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Guias e Dicas
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Confissão de fé de Westminster, Notas de estudo de Método de Ensino

Estudo sobre a fé cristã, comentários e leituras adicionais

Tipologia: Notas de estudo

2023

Compartilhado em 11/02/2025

israel-lucas-silva-matias
israel-lucas-silva-matias 🇧🇷

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Catecismo Maior de Westminster
1. Qual é o fim supremo e principal do homem?
O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.
Rm 11.36; 1Co 10.31; Sl 73.24-26; Jo 17.22-24.
2. Donde se infere que há um Deus?
A própria luz da natureza no espírito do homem e as obras de Deus claramente
manifestam que existe um Deus; porém a sua Palavra e o seu Espírito o
revelam de um modo suficiente e eficazmente aos homens para a sua salvação.
Rm 1.19-20; 1Co 2.9-10: 2Tm 3.15-17.
3. Que é a Palavra de Deus?
As Escrituras Sagradas, o Velho e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus, a
única regra de fé e prática.
2Tm 3.16; 2Pe 1.19, 21; Is 8.20; Lc 16.29, 31; Gl 1.8-9.
4. Como se demonstra que as Escrituras são a Palavra de Deus?
Demonstra-se que as Escrituras são a Palavra de Deus - pela majestade e pureza
do seu conteúdo, pela harmonia de todas as suas partes, e pelo propósito do seu
conjunto, que é dar toda a glória a Deus; pela sua luz e pelo poder que possuem
para convencer e converter os pecadores e para edificar e confortar os crentes
para a salvação. O Espírito de Deus, porém, dando testemunho, pelas Escrituras
e juntamente com elas no coração do homem, é o único capaz de
completamente persuadi-lo de que elas são realmente a Palavra de Deus.
Os 8.12; 1Co 2.6-7; Sl 119.18, 129, 140; Sl 12.6; Lc 24.27; At 10.43 e 26.22; Rm
16.25-27; At 28.28; Hb 4.12; Tg 1.18; Sl 19.7-9; Rm 15.4: At 20.32; Jo 16.13-
14.
5. Que é o que as Escrituras principalmente ensinam?
As Escrituras ensinam principalmente o que o homem deve crer acerca de Deus
e o dever que Deus requer do homem.
Jo 20.31; 2Tm 1.13.
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Catecismo Maior de Westminster

1. Qual é o fim supremo e principal do homem?

O fim supremo e principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.

Rm 11.36; 1Co 10.31; Sl 73.24-26; Jo 17.22-24.

2. Donde se infere que há um Deus?

A própria luz da natureza no espírito do homem e as obras de Deus claramente manifestam que existe um Deus; porém só a sua Palavra e o seu Espírito o revelam de um modo suficiente e eficazmente aos homens para a sua salvação.

Rm 1.19-20; 1Co 2.9-10: 2Tm 3.15-17.

3. Que é a Palavra de Deus?

As Escrituras Sagradas, o Velho e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus, a única regra de fé e prática.

2Tm 3.16; 2Pe 1.19, 21; Is 8.20; Lc 16.29, 31; Gl 1.8-9.

4. Como se demonstra que as Escrituras são a Palavra de Deus?

Demonstra-se que as Escrituras são a Palavra de Deus - pela majestade e pureza do seu conteúdo, pela harmonia de todas as suas partes, e pelo propósito do seu conjunto, que é dar toda a glória a Deus; pela sua luz e pelo poder que possuem para convencer e converter os pecadores e para edificar e confortar os crentes para a salvação. O Espírito de Deus, porém, dando testemunho, pelas Escrituras e juntamente com elas no coração do homem, é o único capaz de completamente persuadi-lo de que elas são realmente a Palavra de Deus.

Os 8.12; 1Co 2.6-7; Sl 119.18, 129, 140; Sl 12.6; Lc 24.27; At 10.43 e 26.22; Rm 16.25-27; At 28.28; Hb 4.12; Tg 1.18; Sl 19.7-9; Rm 15.4: At 20.32; Jo 16.13-

5. Que é o que as Escrituras principalmente ensinam?

As Escrituras ensinam principalmente o que o homem deve crer acerca de Deus e o dever que Deus requer do homem.

Jo 20.31; 2Tm 1.13.

6. Que revelam as Escrituras acerca de Deus?

As Escrituras revelam o que Deus é, quantas pessoas há na Divindade, os seus decretos e como Ele os executa.

Mt 3.16-17; Is 46.9-10; At 4.27-28.

7. Quem é Deus?

Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo-suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade.

Jo 4.24; Êx 3.14; Jó 11.7-9; At 5.2; 1Tm 6.15; Mt 5.48; Rm 11.35-36; Sl 90.2; 145.3 e 139.1, 2, 7; Ml 2.6; Ap 4.8; Hb 4.13; Rm 16.27; Is 6.3; Dt 32.4; Êx 34.6.

8. Há mais que um Deus?

Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.

Dt 6.4: Jr 10.10; 1Co 8.4.

9. Quantas pessoas há na Divindade?

Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais.

Mt 3.16-17, e 28.19; 2Co 13.14; Jo 10.30.

10. Quais são as propriedades pessoais das três pessoas da Divindade?

O Pai gerou o Filho, o Filho foi gerado pelo Pai, e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, desde toda à eternidade.

Hb 1.5-6; Jo 1.14 e 15.26; Gl 4.6.

11. Donde se infere que o Filho e o Espírito Santo são Deus, iguais ao Pai?

As Escrituras revelam que o Filho e o Espírito Santo são Deus igualmente com o Pai, atribuindo-lhes os mesmos nomes, atributos, obras e culto que só a Deus pertencem.

Deus criou todos os anjos como espíritos imortais, santos, poderosos e excelentes em conhecimento, para executarem os seus mandamentos e louvarem o seu nome, todavia sujeitos à mudança.

Cl 1.16; Mt 22.30; Lc 20.36; Mt 25.31, e 24.36; 1Pe 1.12; 2Ts 1.7, Sl 91.11-12; Mt 13.39; Sl 103.20-21; 2Pe 2.4.

17. Como criou Deus o homem?

Depois de ter feito todas as mais criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea; formou-o do pó, e a mulher da costela do homem; dotou-os de almas viventes, racionais e imortais; fê-los conforme à sua própria imagem, em conhecimento, retidão e santidade, tendo a lei de Deus escrita em seus corações e poder para a cumprir, com domínio sobre as criaturas, contudo sujeitos a cair.

Gn 1.7, e 2.7, 32 e 1.26; Mt 19.4; Ec 12.9; Mt 10.28; Cl 3.10; Ef 4.24; Rm 2.14- 15; Gn 3.6, e 1.28, 3.1-19.

18. Quais são as obras da providência de Deus?

As obras da providência de Deus são a sua mui santa, sábia e poderosa maneira de preservar e governar todas as suas criaturas e todas as suas ações, para a sua própria glória.

Lv 21.8; Sl 104.24; Is 92.29; Ne 9.6; Hb 1.3; Sl 103.19; Mt 10.29-30; Gn 45.7; Rm 11.36; Is 63.14.

19. Qual é a providência de Deus para com os anjos?

Deus, pela sua providência, permitiu que alguns dos anjos, voluntária e irremediavelmente, caíssem em pecado e perdição, limitando e ordenando isso, como todos os pecados deles, para a sua própria glória; e estabeleceu os mais em santidade e felicidade, empregando-os todos, conforme lhe apraz, na administração do seu poder, misericórdia e justiça.

Jd 1.6; Lc 10.17; Mc 8.38; 1Tm 5.21; Hb 12.22; Sl 103.20; Hb 1.14.

20. Qual foi a providência de Deus para com o homem no estado em que ele foi criado?

A providência de Deus para com o homem no estado em que ele foi criado consistiu em colocá-lo no Paraíso, designando-o para o cultivar, dando-lhe liberdade para comer do fruto da terra; pondo as criaturas sob o seu domínio; e

ordenando o matrimônio para o seu auxílio; em conceder-lhe comunhão com Deus, instituindo o dia de descanso, entrando em um pacto de vida com ele, sob a condição de obediência pessoal, perfeita e perpétua, da qual a árvore da vida era um penhor, e proibindo-lhe comer da árvore da ciência do bem e do mal sob pena de morte.

Gn 1.28, e 21.15-16, e 1.26, e 3.8, e 2.3, Êx 20.11; Gl 3.12; Gn 2.9, 16-17.

21. Continuou o homem no estado em que Deus o criou no princípio?

Nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, pela tentação de Satanás transgrediram o mandamento de Deus, comendo do fruto proibido, e por isso caíram do estado de inocência em que foram criados.

Gn 3.6-8, 13.

22. Caiu todo o gênero humano na primeira transgressão?

O pacto sendo feito com Adão, como representante, não para si somente, mas para toda a sua posteridade, todo o gênero humano, descendendo dele por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele na primeira transgressão.

At 17.26; Gn 2.17.

23. A que estado ficou reduzido o gênero humano por essa queda?

Essa queda reduziu o gênero humano a um estado de pecado e miséria.

Rm 5.12; Gl 3.10.

24. Que é pecado?

Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou a transgressão de qualquer lei por Ele dada como regra, à criatura racional.

Rm 3.23; 1Jo 3.4; Gl 3.10-12.

25. Em que consiste o pecado desse estado em que o homem caiu?

O pecado desse estado em que o homem caiu consiste na culpa do primeiro pecado de Adão, na falta de retidão na qual este foi criado e na corrupção da sua natureza pela qual se tornou inteiramente indisposto, incapaz e oposto a todo o bem espiritual e inclinado a todo o mal, e isso continuamente: o que

30. Deixa Deus todo o gênero humano perecer no estado de pecado e miséria?

Deus não deixa todos os homens perecer no estado de pecado e miséria, em que caíram pela violação do primeiro pacto comumente chamado o pacto das obras; mas, por puro amor e misericórdia livra os escolhidos desse estado e os introduz num estado de salvação pelo segundo pacto comumente chamado o pacto da graça.

1Ts 5.9; Gl 3:1; Tt 3.4-7, e 1.2.

31. Com quem foi feito o pacto da graça?

O pacto da graça foi feito com Cristo, como o segundo Adão, e nEle, com todos os eleitos, como sua semente.

Gl 3.16; Is 53.10-11; e 59.21.

32. Como é manifestada a graça de Deus no segundo pacto?

A graça de Deus é manifestada no segundo pacto em Ele livremente prover e oferecer aos pecadores um Mediador e a vida e a salvação por Ele; exigindo a fé como condição de interessá-los nEle, promete e dá o Espírito Santo a todos os seus eleitos, para neles operar essa fé, com todas as mais graças salvadoras, e para os habilitar a praticar toda a santa obediência, como evidência da sinceridade da sua fé e gratidão para com Deus e como o caminho que Deus lhes designou para a salvação.

Gn 3.15; Is 4.3-6; Jo 3.26, 6.27; Tt 2.5; 1Jo 5.11-12; Jo 3.36, 1.2; Pv 1.23; Lc 11.13; 1Co 12.3, 9; Gl 5.22-23; Ez 34.27; Tg 2.18, 12; 2Co 5.14-15; Ef 2.10.

33. Foi o pacto da graça sempre administrado de uma só maneira?

O pacto da graça não foi administrado da mesma maneira; mas as suas administrações no Velho Testamento eram diferentes das debaixo do Novo.

2Co 3.6-9; Hb 8.7-13.

34. Como foi administrado o pacto da graça no Velho Testamento?

O pacto da graça foi administrado no Velho Testamento por promessas, profecias, sacrifícios, pela circuncisão, pela páscoa e por outros símbolos e ordenanças: todos os quais tipificaram o Cristo, que havia de vir e eram naquele

tempo suficientes para edificar os eleitos na fé do Messias prometido, por quem tiveram, ainda nesse tempo, a plena remissão do pecado e a salvação eterna.

Rm 15.8; At 3.24; Hb 10.1; Rm 4.11, 1Co 5.7; Hb 11.13; Gl 3.7-9, 14.

35. Como é o pacto da graça administrado no Novo Testamento?

No Novo Testamento, quando Cristo, a substância, foi manifestado, o mesmo pacto da graça foi e continua a ser administrado na pregação da palavra na celebração dos sacramentos do batismo e da Ceia do Senhor; e assim a graça e a salvação são manifestadas em maior plenitude, evidência e eficácia a todas as nações.

Lc 24.47-48; Mt 28.19-20; 1Co 11.23-25; Rm 1.16; 2Co 3.6.

36. Quem é o Mediador do pacto da graça?

O único Mediador do pacto da graça é o Senhor Jesus Cristo, que, sendo o eterno Filho de Deus, da mesma substância e igual ao Pai, no cumprimento do tempo fêz-se homem, e assim foi e continua a ser Deus e homem em duas naturezas perfeitas e distintas e uma só pessoa para sempre.

Jo 14.16; 1Tm 2.5; Jo 1.1 e 10.30 ; Fl 2.6; Gl 4.4; Lc 1.35; Rm 9.5; Cl 2.9; Hb 13.8.

37. Sendo Cristo o Filho de Deus, como se fêz homem?

Cristo, o Filho de Deus, fêz-se homem tomando para si um verdadeiro corpo e uma alma racional sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem Maria, da sua substância e nascido dela, mas sem pecado.

Jo 1.14; Mt 26.38; Lc 1.31, 35-42; Hb 4.15, e 7.26.

38. Qual a necessidade de o Mediador ser Deus?

Era necessário que o Mediador fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e guardá-la de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor e eficácia aos seus sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça de Deus, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzi-lo à salvação eterna.

At 2.24; Rm 1.4; At 20.28; Hb 7.25; Rm 3.24-26; Ef 1.6; Tt 2.14; Jo 15.26; Lc 1.69, 71, 74; Hb 5.9.

44. Como exerce Cristo as funções de sacerdote?

Cristo exerce as funções de sacerdote oferecendo-se a si mesmo uma vez em sacrifício sem mácula, a Deus, para ser a reconciliação pelos pecados do seu povo e fazendo contínua intercessão por ele.

Hb 9.14, 28, e 2.17, e 7.35.

45. Como exerce Cristo as funções de rei?

Cristo exerce as funções de rei chamando do mundo um povo para si, dando-lhe oficiais, leis e disciplinas para visivelmente o governar; dando a graça salvadora aos seus eleitos; recompensando a sua obediência e corrigindo-os por causa dos seus pecados; preservando-os por causa dos seus pecados; preservando-os e sustentando-os em todas as tentações e sofrimentos; restringindo e vencendo todos os seus inimigos, e poderosamente dirigindo todas as coisas para a sua própria glória e para o bem do seu povo; e também castigando os que não conhecem a Deus nem obedecem ao Evangelho.

Is 55.5; Gn 49.10; 1Co 12.28; Jo 15.14; Mt 18.17-18; At 5.31; Ap 22.12, e 3.19; Rm 8.37-39; 1Co 15.25; Rm 14.11, e 8.28; 2Ts 1.8; Sl 2.9.

46. Qual foi o estado da humilhação de Cristo?

O estado da humilhação de Cristo foi aquela baixa condição, na qual, por amor de nós, despindo-se da sua glória, Ele tomou a forma de servo em sua concepção e nascimento, em sua vida, em sua morte e depois até à sua ressurreição.

Fl 2.6-8; 2Co 8.9.

47. Como se humilhou Cristo na sua concepção e nascimento?

Cristo humilhou-se na sua concepção e nascimento, em ser, desde toda a eternidade o Filho de Deus no seio do Pai, quem aprouve, no cumprimento do tempo, tornar-se Filho do homem, nascendo de uma mulher de humilde posição com diversas circunstâncias de humilhação fora do comum.

1Jo 1.14, 18; Lc 2.7.

48. Como se humilhou Cristo na sua vida?

Cristo humilhou-se na sua vida, sujeitando-se à lei, a qual perfeitamente cumpriu, e lutando com as indignidades do mundo, as tentações de Satanás e as

enfermidades da carne, quer comuns à natureza do homem, quer as procedentes dessa baixa condição.

Gl 4.4; Mt 5.17; Is 53.2-3; Hb 12.2-3; Mt 4.1; Hb 2.17-18.

49. Como se humilhou Cristo na sua morte?

Cristo humilhou-se na sua morte porque, tendo sido traído por Judas, abandonado pelos seus discípulos, escarnecido e rejeitado pelo mundo, condenado por Pilatos e atormentado pelos seus perseguidores, tendo também lutado com os terrores da morte e os poderes das trevas, tendo sentido e suportado o peso da ira de Deus, Ele deu a sua vida como oferta pelo pecado, sofrendo a penosa, vergonhosa e maldita morte da cruz.

Mt 27.4, e 26.56; Is 53.3; Mt 27.26; Lc 22.44; Mt 27.46; Is 53.10; Mt 20.28; Fl 2.8; Gl 3.13.

50. Em que consistiu a humilhação de Cristo depois da sua morte?

A humilhação de Cristo depois da sua morte consistiu em ser ele sepultado, em continuar no estado dos mortos e sob o poder da morte até ao terceiro dia; o que, aliás, tem sido exprimido nestas palavras: Ele desceu ao inferno (Hades).

1Co 15.3-4; Mt 12.40.

51. Qual é o estado de exaltação de Cristo?

O estado de exaltação de Cristo compreende a sua ressurreição, ascensão, o estar sentado à destra do Pai, e a sua segunda vinda para julgar o mundo.

1Co 15.4; Lc 24.51; Ef 4.10, e 1.20; At 1.11.

52. Como foi Cristo exaltado na sua ressurreição?

Cristo foi exaltado na sua ressurreição em não ter visto a corrupção na morte (pela qual não era possível que Ele fosse retido), e o mesmo corpo em que sofrera, com as suas propriedades essenciais (sem a mortalidade e outras enfermidades comuns a esta vida), tendo realmente unido à sua alma, ressurgiu dentre os mortos ao terceiro dia, pelo seu próprio poder, e por essa ressurreição declarou-se Filho de Deus, haver satisfeito a justiça divina, ter vencido a morte e aquele que tinha o poder sobre ela, e ser o Senhor dos vivos e dos mortos. Tudo isto fez Ele na sua capacidade representativa, corno Cabeça da sua Igreja, para a justificação e vivificação dela na graça, apoio contra os inimigos, e para lhe assegurar sua ressurreição dos mortos no último dia.

Cristo há de ser exaltado na sua vinda para julgar o mundo, em que, tendo sido injustamente julgado e condenado pelos homens maus, virá segunda vez no último dia com grande poder e na plena manifestação da sua glória e da do seu Pai, com todos os seus santos e anjos, com brado, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, para julgar o mundo em retidão.

At 3.14-15; Mt 24.30; Lc 9.26, 1Ts 4.16; At 17.31.

57. Quais são os benefícios que Cristo adquiriu pela sua mediação?

Cristo, pela sua mediação, adquiriu a redenção, juntamente com todos os mais benefícios do pacto da graça.

Hb 9.12; 1Co 1.20.

58. Como nos tornamos participantes dos benefícios que Cristo adquiriu?

Tornamo-nos participantes dos benefícios que Cristo adquiriu, pela aplicação deles, a nós, que é especialmente a obra do Espírito Santo.

Jo 1.12; Tt 3.5-6; Jo 16.14-15.

59. Quem são feitos participantes da redenção mediante Cristo?

A redenção é aplicada e eficazmente comunicada a todos aqueles para quem Cristo a adquiriu, os quais são nesta vida habilitados pelo Espírito Santo a crer em Cristo conforme o Evangelho.

Jo 6.37, 39 e 10.15-16; Ef 2.8; Jo 3.5.

60. Poderão ser salvos por viver segundo a luz da natureza aqueles que nunca ouviram o Evangelho e por conseguinte não conhecem a Jesus Cristo, nem nEle crêem?

Aqueles que nunca ouviram o Evangelho e não conhecem a Jesus Cristo, nem nEle crêem, não poderão se salvar, por mais diligentes que sejam em conformar as suas vidas à luz da natureza, ou às leis da religião que professam; nem há salvação em nenhum outro, senão em Cristo, que é o único Salvador do seu corpo, a Igreja.

Rm 10.14; 2Ts 1.8-9; Ef 2.12; Jo 3.18, e 8.24; 1Co 1.21; Rm 3.20, e 2.14-15; Jo 4.22; At 4.12; Ef 5.23.

61. Serão salvos todos os que ouvem o Evangelho e pertencem à Igreja?

Nem todos os que ouvem o Evangelho e pertencem à Igreja visível serão salvos, mas unicamente aqueles que são membros verdadeiros da Igreja invisível.

Rm 9.6; Mt 7.21.

62. Que é a Igreja visível?

A Igreja visível é uma sociedade composta de todos quantos, em todos os tempos e lugares do mundo, professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos.

1Co 1.2; Gn 17.7; At 2.39; 1Co 7.14.

63. Quais são os privilégios da Igreja visível?

A Igreja visível tem o privilégio de estar sob o cuidado e governo especial de Deus; de ser protegida e preservada em todos os tempos, não obstante a oposição de todos os inimigos; e de gozar da comunhão dos santos, dos meios ordinários de salvação e das ofertas da graça por Cristo a todos os membros dela, no ministério do Evangelho, testificando que todo o que crer nEle será salvo, não excluindo a ninguém que queira vir a Ele.

Is 4.5-6; Mt 16.18; At 2.42; Sl 147.19-20; Ef 4.11-12; Rm 8.9; Jo 6.37.

64. Que é a Igreja invisível?

A Igreja invisível é o número completo dos eleitos, que têm sido e que hão de ser reunidos em um corpo sob Cristo, a cabeça.

Ef 1.10; 22-23; Jo 11.52 e 10.16.

65. Quais são os benefícios especiais de que gozam por Cristo os membros da Igreja invisível?

Os membros da igreja invisível gozam por Cristo da união e comunhão com Ele em graça e glória.

Jo 17.21, 24; 1Jo 1.3.

66. Qual é a união que os eleitos têm com Cristo?

obediência e plena satisfação de Cristo, a eles imputadas por Deus e recebidas só pela fé.

Rm 3.22-25, e 4.5; 2Co 5.19, 21; Ef 1.6-7; Rm 3.24, 25, 28, e 5.17-19, e 4.6-8, e 5.1; At 10.43.

71. Como é a justificação um ato da livre graça de Deus?

Ainda que Cristo, pela sua obediência e morte, prestasse uma verdadeira satisfação real e plena à justiça de Deus a favor dos que são justificados, contudo a sua justificação é de livre graça para eles desde que Deus aceita a satisfação de um fiador, a qual podia ter exigido deles; e proveu este fiador, Seu único Filho, imputando-lhes a justiça deste e não exigindo deles nada para a sua justificação senão a fé, a qual também é dom de Deus.

Mt 20.28; Rm 5.8-10, 19; 1Tm 2.5-6; Is 53.5-6; Hb 7.22; Rm 8.32; 2Co 5.21; Rm 3.25; Ef 2.8, e 1.7.

72. Que é a fé justificadora?

A fé justificadora é a que salva. É operada pelo Espírito e pela Palavra de Deus no coração do pecador que, sendo por eles convencido do seu pecado e miséria e da sua incapacidade, e das demais criaturas, para o restaurar desse estado, não somente aceita a verdade da promessa do Evangelho, mas recebe e confia em Cristo e na sua justiça, que lhe são oferecidos no Evangelho, para o perdão de pecados e para que a sua pessoa seja aceita e reputada justa diante de Deus para a salvação.

Hb 10.39; 1Co 12.3, 9; Rm 10.14, 17; Jo 16.8-9; At 16.30; Ef 1.13; Ef 10.43; Fl 3.9; At 15.11.

73. Como justifica a fé o pecador diante de Deus?

A fé justifica o pecador diante de Deus, não por causa das outras graças que sempre a acompanham, nem por causa das boas obras que são os frutos dela, nem como se fosse a graça da fé, ou qualquer ato dela, que lhe é imputado para a justificação; mas unicamente porque a fé é o instrumento pelo qual o pecador recebe e aplica a si Cristo e a sua justiça.

Gl 3.11; Rm 3.28, e 4.5; Jo 1.12; Gl 2.16.

74. Que é adoção?

Adoção é um ato da livre graça de Deus, em seu único Filho Jesus Cristo e por amor dEle, pelo qual todos os que são justificados são recebidos no número dos filhos de Deus, trazem o seu nome, recebem o Espírito do Filho, estão sob o seu cuidado e dispensações paternais, são admitidos a todas as liberdades e privilégios dos filhos de Deus, feitos herdeiros de todas as promessas e co- herdeiros com Cristo na glória.

1Jo 3.1; Ef 1.5; Gl 4.4-5: Jo 1.12; 2Co 6.18; Ap 3.12; Gl 4.6; Sl 103.13; Mt 6.32; Rm 8.17.

75. Que é santificação?

Santificação é a obra da graça de Deus, pela qual os que Deus escolheu, antes da fundação do mundo, para serem santos, são nesta vida, pela poderosa operação do seu Espírito, aplicando a morte e a ressurreição de Cristo, renovados no homem interior, segundo a imagem de Deus, tendo os germes do arrependimento que conduz à vida e de todas as outras graças salvadoras implantadas em seus corações, e tendo essas graças de tal forma excitadas, aumentadas e fortalecidas, que eles morrem, cada vez mais para o pecado e ressuscitam para novidade de vida.

Ef 1.4; 1Co 6.11; 2Ts 2.13; Rm 6.4-6; Fl 3.10; Ef 4.23-24; At 11.18; 1Jo 3.9; Jd 1.20; Ef 3.16-19; Cl 1.10-11; Rm 6.4-6.

76. Que é o arrependimento que conduz à vida?

O arrependimento que conduz à vida é uma graça salvadora, operada no coração do pecador pelo Espírito e pela Palavra de Deus, pela qual, reconhecendo e sentindo, não somente o perigo, mas também a torpeza e odiosidade dos seus pecados, e apreendendo a misericórdia de Deus em Cristo para com os arrependidos, o pecador tanto se entristece pelos seus pecados e os aborrece, que se volta de todos eles para Deus, tencionando e esforçando-se a andar constantemente com Deus em todos os caminhos da nova obediência.

Lc 24.47; 2Tm 2.25; Jo 16.8-9; At 11.18, 20.21; Ez 18.30, 32; Lc 15.17-18; Ez 36.31 e 16.61, 63; Sl 130.34; Jl 2.12-13; Jr 31.18-19; 2Co 7.11; At 26.18; 1Re 8.47-48; Ez 14.6; Sl 119.59, 128; Rm 6.17-18; Lc 19.8.

77. Em que difere a justificação da santificação?

Ainda que a santificação seja inseparavelmente unida com a justificação, contudo elas diferem nisto: na justificação Deus imputa a justiça de Cristo, e na santificação o seu Espírito infunde a graça e dá forças para a exercer. Na justificação o pecado é perdoado, na santificação ele é subjugado; aquela liberta

81. Têm todos os crentes sempre a certeza de que estão no estado da graça e de que serão salvos?

A certeza da graça e salvação, não sendo da essência da fé, crentes verdadeiros podem esperar muito tempo antes do consegui-la; e depois de gozar dela podem sentir enfraquecida e interrompida essa certeza, por muitas perturbações, pecados, tentações e deserções; contudo nunca são deixados sem uma tal presença e apoio do Espírito de Deus, que os guarda de caírem em desespero absoluto.

2Pe 1.10; 1Jo 5.13; Sl 77.7-9, e 22.1 e 31.22, e 73.13-15, 23; 1Jo 3.9; Is 54.7-

82. Em que tempo se realiza a comunhão em glória que os membros da Igreja invisível têm com Cristo?

A comunhão em glória que os membros da Igreja Invisível têm com Cristo realiza-se nesta vida e imediatamente depois da morte, e é finalmente aperfeiçoada na ressurreição e no dia do juízo.

2Co 3.18; Cl 3.3; Lc 23.43; 2Co 5.8; 1Ts 4.17.

83. Qual é a comunhão em glória com Cristo de que os membros da Igreja invisível gozam nesta vida?

Aos membros da Igreja invisível são comunicadas, nesta vida, as primícias da glória com Cristo visto serem membros dEle, a Cabeça, e, estando nEle têm, parte naquela glória que na sua plenitude lhe pertence; e como penhor dela sentem o amor de Deus, a paz de consciência, o gozo do Espírito Santo e a esperança da glória. Do mesmo modo, o sentimento da ira vingadora de Deus, o terror da consciência e uma terrível expectação do juízo, são para os ímpios o princípio dos tormentos, que eles hão de sofrer depois da morte.

Ef 2.5-6; Rm 5.5; 2Co 1.22; Rm 5.1-2 e 14.17; Gn 4.13; Mt 27.4; Hb 10.27; Mc 9.48.

84. Morrerão todos os homens?

A morte, sendo imposta como o estipêndio do pecado, está decretada a todos que uma vez morram, pois todos são pecadores.

Rm 6.23; Hb 9.27; Rm 5.12.

85. A morte sendo o estipêndio do pecado, por que não são os justos livrados dela, visto que todos os seus pecados são perdoados em Cristo?

Os justos no último dia serão libertados da própria morte, e no ato de morrer estarão isentos do aguilhão e maldição dela, de modo que, embora morram, contudo, vem isto do amor de Deus, para os livrar perfeitamente do pecado e miséria e os tornar capazes de maior comunhão com Cristo na glória, na qual eles imediatamente entram.

1Co 15.26, 55-57; Rm 14.8; Sl 116.15; Ap 14.13; Lc 16.25, e 23.45; Fl 1.23.

86. Que é a comunhão em glória com Cristo de que os membros da Igreja invisível gozam imediatamente depois da morte?

A comunhão em glória com Cristo de que os membros da Igreja invisível gozam imediatamente depois da morte, consiste em serem aperfeiçoadas em santidade as suas almas e recebidas nos mais altos céus onde vêem a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção de seus corpos, os quais até na morte continuam unidos a Cristo, e descansam nas suas sepulturas, como em seus leitos, até que no último dia sejam unidos novamente às suas almas. Quanto às almas dos ímpios, são imediatamente depois da sua morte lançadas no inferno onde permanecem em tormentos e trevas exteriores; e os seus corpos ficam guardados nas suas sepulturas, como em cárceres, até à ressurreição e juízo do grande dia.

At 7.55, 59; Ap 7.13, 14, e 19.8; 2Co 5.8; Fl 1.23; At 3.21; Ef 4.20; Ap 7.15; 1Co 13.12; Rm 8.11, 23; 1Ts 4.6; 1Re 2.10; Jo 11.11; 1Ts 4.14; Lc 16.23-24; Jd 1.7.

87. Que devemos crer acerca da ressurreição?

Devemos crer que no último dia haverá uma ressurreição geral dos mortos, dos justos e dos injustos; então os que se acharem vivos serão mudados em um momento, e os mesmos corpos dos mortos, que têm jazido na sepultura, estando então novamente unidos às suas almas para sempre, serão ressuscitados pelo poder de Cristo. Os corpos dos justos, pelo Espírito e em virtude da ressurreição de Cristo, como cabeça deles, serão ressuscitados em poder, espirituais e incorruptíveis, e feitos semelhantes ao corpo glorioso dEle; e os corpos dos ímpios serão por Ele ressuscitados para vergonha, como por um juiz ofendido.

At 24.15; 1Co 15.51-53: 1Ts 4.15-17; 1Co 15.21-23, 42-44; Fl 3.21; Jo 5.28-29; Dn 12.2.