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Condutos equivalentes e 3 reservatórios, Notas de aula de Hidráulica

sobre condutos em série e paralelo, estudo dos três reservatórios

Tipologia: Notas de aula

2020
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Compartilhado em 27/08/2020

maria-elizabeth-monteiro-vidal-ferr
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Capítulo 5
Condutos em série, paralelo e série-paralelo
5.1. Introdução
É comum, em sistemas hidráulicos, encontrar trechos em que duas canalizações diferentes estão instaladas
lado a lado, ou uma em sequência à outra, como mostra a Figura 5.1. Nessa Figura, os trechos denominados
canalização A, B e C estão em série, enquanto que os trechos denominados canalização D e E estão em
paralelo.Diz-se que o arranjo de todas as canalizações ali mostradas constitui um sistema série-paralelo.
Fig. 5.1 Condutos em série, paralelo e série-paralelo
Pode-se substituir arranjos em série, em paralelo e em série-
paralelo por uma canalização equivalente.
Essa canalização, cujo material, diâmetro e extensão será
definido, e capaz de conduzir a mesma vazão do arranjo com a
mesma perda de carga.
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Capítulo 5 Condutos em série, paralelo e série-paralelo

5. 1. Introdução É comum, em sistemas hidráulicos, encontrar trechos em que duas canalizações diferentes estão instaladas lado a lado, ou uma em sequência à outra, como mostra a Figura 5. 1. Nessa Figura, os trechos denominados canalização A, B e C estão em série, enquanto que os trechos denominados canalização D e E estão em paralelo.Diz-se que o arranjo de todas as canalizações ali mostradas constitui um sistema série-paralelo.

Fig. 5.1 – Condutos em série, paralelo e série-paralelo

Pode-se substituir arranjos em série, em paralelo e em série- paralelo por uma canalização equivalente. Essa canalização, cujo material, diâmetro e extensão será definido, e capaz de conduzir a mesma vazão do arranjo com a mesma perda de carga.

5. 2. Canalização equivalente a um grupo de canalizações em série

5. 2. 1. Caracterização do problema A Figura 5. 2 representa as canalizações 1 , 2 e 3 instaladas em série. Desejamos substituí-la por uma só canalização que seja capaz de transportar a mesma vazão Q transportada pelas três canalizações anteriores, produzindo a mesma perda de carga hf.

Fig. 5.2 – Canalização equivalente a um grupo de canalizações em série

A partir da equação expressão geral das perdas de carga

h QDn L

m f =^ 

(^1 1) D^11 L 1 h Q n

m f =^  2 2

2 2 2 L D h Q n

m f =^  3 3 3 3 3 L D h Q n

m f =^  eqn eq

eqm feq eqD L h =  Q

Escrevemos, para cada uma das canalizações de interesse:

Sabemos que: hfeq = hf 1 + hf 2 + hf 3

(^1 11122223) D^33 L 3 L Q D L Q D L Q D

Q n

m n

m n

m eqn eq

eqm Portanto:  (^) eq = + + 

Ou, genericamente, para n trechos: 

=

n i in

i i eqn

eq eq D

L
D
L

1

^  5.

g

U D

L hf f 2

2 = podemos escrever: L D

Q

g

f D

Q

gD

h f L f (^) 5

2 2

2

2

Portanto, na expressão geral:

Solução:

L

D

Q

h n

m f =^ ^ temos: 9 , 8 0 ,^00165

8 8 0 , 02  =  2 =  2 = x g

f m = 2 n = 5

Se todo o trecho tivesse diâmetro D = 250 mm , sua extensão que asseguraria o escoamento de 37,8 L / s seria:

L L L m D

h Q n

m f (^) 0 , 25 2071

800 795 0 , 001650 ,^0378

5

2

A partir da fórmula 5.1 : 

n i in

i i n eq

eq eq

D

L

D

L

1

 

escrevemos:

Vamos conferir as perdas de carga em

cada trecho, calculadas utilizando as

extensões, diâmetros e fatores de atrito

aplicáveis a cada um deles, para a

vazão de 37 , 8 L / s. Devemos encontrar,

para a sua soma, o valor de 5 m.

k

i (^) i

i eq

eq

D

L

D

L

5 1 5

uma vez que o valor de  é o

mesmo para todos os trechos e

que n = 5 , como vimos.

Portanto: 5 5 5

2071 = + L L = 3660 m

Trecho f  Q

(m³/s)

D (mm) L (m) hf (m)

S = 5,000 m

(^5 0) , 255 0 , 35

600

0 , 25

2071 L = +

5 5 0 , 25 0 , 3

2071 600 L

5 0 , 3

1506 , 304

L

x = L

1506 , 304 0 , 3

L= 3660m

A exemplo do que fizemos no Exemplo Resolvido 1, determinamos, para a expressão geral das perdas de carga, os

valores de , m e n

0 , 00116 9 , 8

8 8 0 , 014  =  2 =  2 =

x g

f m= 2

n= 5

Se todo o trecho tivesse diâmetro D = 500 mm , sua extensão que asseguraria o escoamento de 160 L / s seria:

L L L m

D

h Q

n

m

f 0 , 5 14733

154 140 0 , 001160 ,^16

5

2

A partir da fórmula 5.1: 

k i in

i i n eq

eq eq D

L
D
L

1

^  escrevemos:

k

i (^) i

i eq

eq

D

L

D

L

5 1 5

uma vez que o valor de  é o mesmo

para todos os trechos e que n = 5 ,

como vimos.

5 5 5 5

600 0 , 4

1800 0 , 5

2400 0 , 5

14733 D

Portanto: = +^ + D^ =^0 ,^307 m =^307 mm

Vamos conferir as perdas de carga em

cada trecho, calculadas utilizando as

extensões, diâmetros e fatores de atrito

aplicáveis a cada um deles, para a

vazão de 160 L / s. Devemos encontrar,

para a sua soma, o valor de 14 m.

Trecho fQ (m³/s) D (mm) L (m) hf (m) 1 0,014 0,00116 0,160 500 2400 2, 2 0,014 0,00116 0,160 400 1800 5, 3 0,014 0,00116 0,160 307 600 6,

S = 13,945 m ≈ 14 m

5 5 5 5

600 0 , 4

1800 0 , 5

2400 0 , 5

14733

D

= + +

5 5 5 5

600 0 , 4

1800 0 , 5

2400 0 , 5

14733

D

− − =

5

600 218874 , 5 D

=

218874 , 5

5 600 D =

D = 0 , 307 m

5. 3. 2. Exemplo resolvido 3

Calcular a vazão total que pode ser transportada através da adutora representada na Figura 5. 6 (desprezar as perdas localizadas). Determine as vazões e velocidades em cada um de seus trechos.

Fig. 5.6 – Exemplo resolvido 3: enunciado

Resolução: A partir da expressão 5. 2 :

= 

 

  

  = 

 

 

k i

m

i i

n i

m

eq eq

n eq L

D L

D 1

(^1 )

 

sendo m = 2 , n = 5 e f igual em todos os trechos (portanto, os valores de  também o

serão), podemos escrever:

 n

i (^) i

i eq

eq

L

D

L

D

1

2

1 2 5

1 5 21

2

5 (^22)

1

1

5 1

2

1 5  

  

  + 

  

  = 

 

 

L

D L

D L

D

eq

eq

As canalizações 1 e 2 podem ser substituídas por uma canalização equivalente. Façamos seu diâmetro igual a

400 mm (igual ao do terceiro trecho, para facilitar o nosso cálculo, transformando em condutos de mesmo

diâmetro). Seu comprimento será:

2 5 1 2 5 1 2

1 5

L eq

Leq = 907 m

Assim sendo, tudo se passa como se a adutora fosse totalmente construída de diâmetro 400 mm e extensão igual a:

L = 907 + 600 = 1507 m

Através da fórmula de Darcy-Weisbach determinamos a velocidade média de escoamento da água na canalização

D = 400 mm :

U m s

x

U

g

U

D

h f L

f 0 , 4 2 9 , 8 1 ,^53 /

2 2

e, em consequência,

a vazão

transportada:

Q AU D U (^ )^1 , 53 0 , 192 m ³/ s 192 L / s

2 2 = = = = =

5. 3. 3. Exemplo resolvido 4

No esquema apresentado na Figura 5. 7 foi instalada uma canalização paralela à adutora existente, com 300 mm de diâmetro e 1000 m de comprimento. Calcule a vazão inicial e o acréscimo devido à nova instalação, bem como as vazões em cada uma das canalizações em paralelo.

Fig. 5.7 – Exemplo resolvido 4: enunciado

Resolução:

A vazão inicial (transportada antes da existência da canalização em paralelo) pode ser determinada através

da fórmula de Darcy-Weisbach:

U m s x

U

g

U
D

h f L f (^) 0 , 4 2 9 , 8 2 ,^045 /

2 2 =  =  = Q AU D U (^ )^2 , 045 0 , 257 m ³/ s 257 L / s 4

2 2

Para determinarmos a nova capacidade de transporte da adutora (após a instalação do trecho em paralelo),

determinaremos a extensão equivalente do trecho AB supondo que seu diâmetro fosse igual a 400 mm. Para

tanto, utilizamos a expressão 5.2:

 k

i

m i i

n m i

eq eq

n eq

L

D

L

D

1

(^1 )

em que m = 2 , n = 5 e f é o mesmo em todos os trechos (portanto, os valores de 

também o serão), o que nos permite escrever:

 = 

 

  

  = 

 

 

k i (^) i

i eq

eq L

D L

D 1

2

1 2 5

1 5 2

1 2

1

2

5 (^22)

1

1

5 (^21) 5 1 

L
D
L
D
L
D

eq

eq^2

5 1 2 5 21 5 1 1000

L eq

Substituindo

os valores:

Leq = 452 m

Através da fórmula de Darcy-Weisbach determinamos a velocidade média de escoamento da água na canalização D

= 400 mm :

U m s

x

U

g

U

D

h f L

f 0 , 4 2 9 , 8 2 ,^567 /

2 2

Q AU D U (^ )^2 , 567 0 , 323 m ³/ s 323 L / s 4

2 2

e, em consequência, a vazão transportada:

5. 4. Exercícios resolvidos

5. 4. 1. Dois tubos em paralelo, usados, unem dois reservatórios. O primeiro tubo é de ferro fundido (C= 100 ), extensão igual a 2. 500 m e diâmetro igual a 1200 mm. O segundo tubo é também de ferro fundido (C= 90 ), extensão igual a

  1. 500 m e diâmetro igual a 1000 mm. O desnível entre os reservatórios é igual a 3 , 6 m. Pede-se: a) Qual seria o comprimento equivalente de um tubo de aço revestido ( C = 140 ) D = 1500 mm? b) Qual é a vazão total transportada pelos tubos existentes? c) Qual deveria ser o desnível entre os reservatórios para que os tubos existentes transportassem 4 , 5 m³/s?

Fig. 5.8 – Exercício resolvido 5.4.1: enunciado

Resolução:

A fórmula de Hazen-Williams é:

4 , 87

1 , 85

D

L

C

h Q

f 

e pode ser re-escrita como: L

D

L Q

D

Q

C

h n

m f =^4 , 87 =^ 

1 , 85 1 , 85

em que: 1 , 85

10 , 643 C

 = m =^1 ,^85 n =^4 ,^87

O valor de  é então determinado para cada trecho:

0 , 00212 100

10 , 643 10 , 643 = 100  = 1 , 85 = 1 , 85 = C

C  0 , 00258 90

10 , 643 10 , 643 = 90  = 1 , 85 = 1 , 85 = C

C

0 , 00114 140

10 , 643 10 , 643 = 140  = 1 , 85 = 1 , 85 = C

C

Utilizando a expressão 5. 2 :  = 

 

 

  = 

 

 

k i

m i i

m in eq eq

eqn L

D L

D 1

(^11)

 

obtemos:^1 ,^85

4 , 87 1 1 , 85 4 , (^871) , 851 4 , 87 1 0 , 00258 2500

Leq x x

Leq = 13782 m