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Tese de conclusao de curso de Engenhari Civil
Tipologia: Teses (TCC)
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Rondonópolis 2017
Rondonópolis 2017
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Anhanguera de Rondonópolis, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil. Orientador: Ângelo Silva.
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, meu guia. A minha mãe Durce por me ajudar e apoiar nas horas mais difíceis desses 5 anos de graduação, meus irmãos Júlia, Joabe Junior e Joao Victor por me ajudarem a desenvolver meu tema com paciência e meu noivo Thiago por longos debates sobre engenharia civil no Brasil.
OLIVEIRA, Jéssica Freitas de. O uso de Concreto Reciclado no Brasil .2017. 35 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil)
Tabela 1 – Quantidade diária de resíduos sólidos urbanos coletados e/ou recebidos, por unidade de destino, segundo os grupos de tamanho dos municípios, Brasil, 2008. .......................................................................................... 15 Tabela 2 – Consumo Mensal em Toneladas de Cimento em 2016. ........................ 20 Tabela 3 – Taxas de desperdício de matérias. ........................................................ 21 Tabela 4 – Características dos agregados graúdos. ................................................ 23 Tabela 5 – Consumo Energético Mundial. ............................................................... 25 Figura 6 – Comparação entre a resistência à compressão aos 28 dias de concreto com agregados de resíduos sólidos de construção (3 amostras) versus concretos contendo agregados naturais. ...................................................... 26 Figura 7 – Curvas granulométricas dos entulhos básicos resultantes nas duas partidas de moagem realizadas, identificadas como 1 e 2 no quadro. ................... 27 Figura 8 – Curvas granulométricas dos entulhos básicos moídos na 2ª partida, da areia de rio usada como agregados miúdo e dos cimentos de 1ª partida. .......... 28
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística NBR Norma Brasileira RCD Resíduos de Construção e Demolição ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland SNIC Sindicato Nacional das Industrias de Cimento RCRA Resource Conservation and Recovering Act
O presente trabalho trata se do questionamento do que fazer e como descartar corretamente o Resíduo Sólido da Construção civil. No Brasil, a maioria dos resíduos sólidos são descartados incorretamente, alguns vão parar em rios e aterros sanitários impróprios, o problema é tão grave que cerca de 50% destes resíduos vão parar em lugares inadequados, como por exemplo lixões. Isso também se tornou um problema ambiental, até 2010 o Brasil não tinha um politica nacional sobre os resíduos e seu descarte, essa politica nacional de resíduos sólidos coloca como meta a eliminação de lixões até
O que fazer então? Como reutilizar esses produtos? Já que esse é um problema que também é ambiental, encontramos uma certa resistência quando se fala em reutilizar alguns materias que até então seu único fim seria parar em lixões. O Brasil ainda está caminhado para conseguir se igualar com diversos países desenvolvidos que tem como a pratica de reciclagem uma saída normal para o problema dos resíduos sólidos. Se bem separados e classificados os resíduos podem até ser usados com agregados em diferentes tipos de obras de construção civil. Diante destas duvidas o trabalho foi desenvolvido com o apoio de diversas bibliografias, para mostrar que é possível reutilizar Resíduos Sólidos da construção civil com segurança e tornar uma obra sustentável, dando fim adequando para o mesmo. O objetivo deste trabalho é compreender e avaliar uma prática que está ganhando espaço no Brasil por causa dos problemas ambientais. Muito usada na Alemanha o Concreto Reciclado usa o resíduo de construção e demolição (RCD), que é todo e qualquer resíduo oriundo de atividades de construção. Ou seja, a finalidade do trabalho é mostrar o uso de resíduo de construção e demolição (RCD) como brita. A pesquisa estará voltada nestes três tópicos: Resíduos sólidos da construção civil e seu descarte.
Concreto Reciclado e suas propriedades. Uso de Concreto Reciclado na Construção Civil. A questão ambiental está cada vez, mas sendo discutida dentro da construção civil. Por ser um dos setores que mais sofre com as oscilações econômicas do país, a questão é como deixar a obra mais barata e sustentável. Os resíduos de construção e demolição é um dos maiores problemas de descarte, podendo representar cerca de 50% do total de resíduos sólidos. O maior problema é o descarte incorreto desses resíduos. Uma das opções de reciclagem deste material e o Concreto Reciclado de resíduos de construção e demolição (RCD), ele possui um comportamento diferenciado em relação a concreto convencional, em função dos resíduos reciclados. Para a realização deste trabalho foram seguidas varias etapas durante todo o processo: definição do tema; definição do problema; estudo analítico e pesquisa bibliográfica. A definição do tema foi baseada em um problema crescente na cidade de Rondonópolis – MT, que tem muitas reclamações aos órgãos públicos de resíduos sólidos descartados em terrenos baldios e córregos da região. A pesquisa bibliográfica foi feita através de livros acadêmicos, arquivos digitais disponibilizados na internet e teses de doutorados. O assunto é relativamente novo no Brasil, o que dificulta um pouco o debate aberto sobre a possibilidade de escolha da substituição do concreto usual pelo concreto reciclado de RCD. A discussão deste projeto é a possibilidade de escolha entre os dois tipos de concreto, sendo que um cumpre o papel de sustentável e economicamente viável. A análise será feita em cima do agregado de construção e demolição e suas propriedades como brita.
a) Resíduos classe I – Perigosos; b) Resíduos classe II – Não Perigosos;
- Resíduos classe II A – Não inertes. - Resíduos classe II B – inertes. Ainda segundo a NBR 10004, 2ª (segunda) edição de 2004, ela explica cada classe de resíduos: Resíduos classe I – Perigosos, são resíduos que trazem risco alto tanto a saúde quanto ao meio ambiente, com propriedades físico-químicas e infectocontagiosas. Geralmente eles apresentam características como inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade. Alguns materiais como elementos radioativos e hospitalares estão nessa classe, com alta possibilidade de contaminação se for descartado de forma incorreta. O descarte correto destes materias é de grande importância, uma vez que a contaminação por esses produtos impactam diretamente na saúde publica. Para o descarte correto destes resíduos perigosos depois de classifica- lós passa se por uma separação entre as suas características, como por exemplo, corrosividade. Um elemento corrosivo vai ser descartado através da incineração, já o hospitalar que apresenta patogenicidade vai passar por um tratamento para a sua eliminação. Resíduos classe II A – Não Perigosos, não inertes, são resíduos com características biodegradáveis, combustibilidade e solubilidade em agua, como por exemplo papel. Por ter essas características esses materias não tem uma chance alta de uma grande contaminação ou inflamabilidade, por exemplo, mas isso não quer dizer que esses materias não façam mal ao meio ambiente e a saúde publica. Um exemplo desta classe é o vidro, muito jogado em lixeiras comuns, causam um enorme transtorno aos garis que se machucam com o material por falta de descarte correto. Muitos desses materias vão parar direto nos lixões e aterros sanitários, por não serem resíduos com alta taxa de risco
de contaminação não se da à devida atenção. Mas por outro lado é uma das classes que mais se faz reciclagem no Brasil, um exemplo são as latinhas de bebidas em geral, muitas pessoas sobrevivem de sua reciclagem catando e vendendo em empresas que fazem esse trabalho. Esses resíduos podem ser tanto armazenados como descartados e reciclados. O armazenamento desses materiais é feito da forma que não mude a sua classificação, não podendo ser armazenados juntos com os resíduos de classe I, e risco de danos ambientais. O descarte pode ser feito em lugares apropriados para esse tipo de material, como aterros sanitários, que é projeto para esse uso. E a reciclagem, que é uma forma sustentável de dar um fim a esses materiais como o papel, plástico, metais, papelão e etc. Resíduos classe II B – inertes. Estes resíduos também apresentam solubilidade ou combustibilidade que tiram boa potabilidade da agua, mudando sua cor, cheiro, turbidez e sabor. Pode ser descartados em aterros sanitários, pois não mudam sua forma original. Exemplos desses resíduos: entulhos, sucata de ferro e aço. A constituição Federal na Lei Nº 12.305, de 2 de Agostos de 2010. diz que o gerenciamento de manejo de resíduos sólidos é de competência do poder público local, todavia a situação não é essa, é em muitos locais não a coleta de lixo e nem o descarte correto.
E segundo o Plano Nacional de resíduos sólidos, os resíduos sólidos de construção civil são: Estes são definido como sendo os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis. (Brasília, 2012.) Um dos maiores problemas na construção civil no Brasil é o que fazer com resíduos sólidos proveniente do canteiro de obra. Sendo um dos termômetros da economia nacional é a primeira que sofre com as recessões que o país passa, ainda mais sendo a que mais produz e descarta incorretamente seus resíduos causando um grande impacto ambiental no Brasil. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos de 2012 em seu decreto cita este problema: A construção civil é um importante segmento da indústria brasileira, tida com um indicativo do crescimento econômico e social. Contudo, também constitui uma atividade geradora de impactos ambientais, e seus resíduos têm representado um grande problema para ser administrado, podendo em muitos casos gerar impactos ambientais. Além do intenso consumo de recursos naturais, os grandes empreendimentos colaboram com a alteração da paisagem e, como todas as demais atividades da sociedade, geram resíduos. (Brasília, 2012). Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2014), estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Entra-se num impasse gigantesco, como conciliar a geração de lucros com uma obra totalmente ou parcialmente sustentável? Por sorte esses resíduos são vistos como classe II A não inertes, que são fáceis de manusear e descartar corretamente. Segundo Vanderley M.
John e Vahan Agopyan (2001) em Reciclagem de resíduos da construção o resíduo da construção é gerado em vários momentos do ciclo de vida das construções: a) fase de construção (canteiro); b) fase de manutenção e reformas; c) demolição de edifícios; Ainda não se tem um estudo que aponta com certeza quantas toneladas de resíduos sólidos da construção civil é descartada de forma incorreta. Pinto (1999) estima uma porcentagem de que varia de 42% a 80% de resíduos gerados proveniente do RCD que é Resíduo de Construção e Demolição. O que faz gerar resíduos sólidos no canteiro de obra é a decorrência dos processos construtivos e também a falta de planejamento da obra, a ausência de bons projetos contribui para geração de RCD. Os matérias que mais se perdem são, argamassas, concreto, tijolos e cerâmicas, todos eles podem ser usados em reciclagem se passarem por todos os processos de separação e trituração. A Resolução 307/2002 do CONAMA, classifica os resíduos sólidos da construção civil em 4 (Quatro) classes: Classe A – Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) De construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem: b) De construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
2.1 Concreto. O concreto é muito usado no Brasil, chega a ser o material construtivo mais usado hoje. Concreto é uma mistura de agregados graúdos e miúdo cimento e agua que formam essa mistura pastosa que endurecido adquire resistência suficiente para resistir aos esforços solicitados. Segundo José Milton de Araújo (2014) em Curso de Concreto Armado, concreto é o material resultante da mistura dos agregados (naturais ou britados) com cimento e água, por algumas necessidades especificas são acrescentados aditivos que melhoram o concreto. Pedroso (2009) fala que o concreto pode se considerar uma pedra artificial que se molda a inventividade construtiva do homem. Que foi capaz de inventar um material que depois de endurecido tem resistência parecida com as das Rochas naturais. Já Neville e Brooks (2013) falam que o concreto é qualquer produto ou massa produzido a partir de um meio cimentante. Araújo (2014) cita em sua obra que a resistência do concreto endurecido vai depender de vários fatores como o consumo de cimento e da agua, o grau de adensamento, os tipos de agregados e aditivos. Quanto maior for o consumo do cimento e menor o de agua a resistência a compressão desse concreto vai ser maior. Essa relação entre cimento e agua determina a porosidade do material. Um material bastante comum em obras, pode ser encontrado em praticamente todo canteiro de obra. A ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland fez uma pesquisa onde mostra o uso de concreto no Brasil. Em 2005 e 2012 o consumo de cimento avançou 80% já o de concreto preparado foi de 180%, estima se que concreteiras tenham produzidos 51 milhões de m³ no ano de 2012. Esse crescimento se deve ao aquecimento da Construção Civil com obras de infraestrutura e habitação. Ainda sobre a pesquisa o concreto em 2006 representava 7,2% do total gasto em matérias, já em 2011 essa porcentagem subiu para 8,7%. E pensando no futuro a pesquisa projeta para 2017 a
produção de concreto atingira a marca de 72,3 milhões de m³, um crescimento que representa 41,2% num período de 5 (cinco) anos. O cimento como um dos aglomerantes para a mistura do concreto também é peça fundamental e cresceu muito seu consumo entre 2009 e 2014 no Brasil segundo o Sindicato Nacional das Industrias de Cimento. Tabela 2: Consumo Mensal em Toneladas de Cimento em 2016. Fonte: SNIC – Sindicato Nacional das Industrias de Cimento 201 6. Tendo em vista todos esses números percebesse que a confecção do concreto é alta o que causa muitos resíduos sólidos nos canteiros de obras, principalmente por causa de sua matéria prima que tem que ser extraída. 2 .1.1 Concreto Reciclado e agregados. Um novo desafio surgiu na construção civil como concreto reciclado, como aplicar de forma eficiente um material que ainda é pouco conhecido no mercado nacional. Como Jonh e Agopyan (2001) citam, o Brasil de maneira geral é muito recente o debate sobre resíduos sólidos, muito diferente do que é