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O objetivo desse trabalho foi conhecer e divulgar alguns desses compostos que estão presentes em alguns alimentos, cujas pesquisas cientificas apontam pelo menos parcialmente um beneficio para o organismo humano.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
¹ Acadêmico Curso de Nutrição Bloco I – FAP – Parnaíba – PI ² Acadêmica Curso de Nutrição Bloco I – FAP – Parnaíba – PI ³ Orientadora; Professora de Química e Bioquímica do curso de nutrição – FAP- Parnaíba-PI
Compostos Fisiologicamente Ativos dos Alimentos Funcionais
Elijones Galeno Felix¹ Maria Thamires Costa Melo² Adriany Amorim³
O objetivo desse trabalho foi conhecer e divulgar alguns desses compostos que estão presentes em alguns alimentos, cujas pesquisas cientificas apontam pelo menos parcialmente um beneficio para o organismo humano. Mostramos que alimento funcional é aquele que apresenta um ou mais compostos fisiologicamente ativos benéficos à saúde humana. Foram abordados alguns possíveis mecanismos pelos quais esses compostos agem e também suas funções no organismo humano, assim como, algumas doenças que são prevenidas com o consumo dos alimentos funcionais. Além de abordar um contexto histórico e regulamentativo. Com isso percebemos a necessidade de divulgação desses alimentos, a fim de capacitar os leitores a realizarem hábitos alimentares mais saudáveis.
PALAVRAS-CHAVES: Alimentos funcionais. Substâncias bioativas. Saúde.
Somente no século XX, com o desenvolvimento de novas tecnologias de processamento e inovações de alimentos é que as ciências da nutrição e outras ciências contribuíram para o aumento e desenvolvimento de reservas de alimentos mais abundantes, nutritivas e seguras, ajudando a melhoria da saúde em todo o mundo. O entendimento dos mecanismos pelo quais os nutrientes e compostos não-nutricionais funcionam individualmente na fisiologia e mais recente e deve permitir os cientistas desenvolver novos produtos alimentares mais saudáveis. O conceito de alimentos funcionais surgiu no Japão em 1980, surgindo do intuito de aprovar certos alimentos com benefícios documentados a saúde. O Brasil foi um dos primeiros países a
possuírem uma legislação especifica para alimentos funcionais em 1999. Essa nova Área das Ciências dos Alimentos e da Nutrição constitui, atualmente, uma tendência marcante na pesquisa e na indústria de alimentos (SHILS et al , 2009). Os alimentos funcionais tiveram uma influencia de pesquisa nos hábitos alimentares de diversos grupos populacionais, entre eles asiáticos, mediterrâneos, árabes, esquimós e entre outros, foi possível notar ausências de algumas doenças pelo fato de um hábito alimentar com alguns alimentos que hoje são considerados funcionais. Um alimento para ser considerado funcional, deve conter um ou mais compostos químicos que trazem benefícios fisiológicos, comprovados cientificamente, entre esses benefícios podemos destacar prevenção a vários tipos de câncer, doenças cardiovasculares, redução de colesterol, efeitos eliminadores de radicais livres, osteoporoses, entre outras. Para maiores entendimentos iremos tratar de forma simples e universal dos compostos presentes nesses alimentos, que estudos indicam que trazem benefícios para o organismo. Esse presente artigo tratará do ponto de vista dos compostos fisiologicamente ativos presentes nesses alimentos funcionais. De modo que trataremos daqueles compostos que tenham suas ações pelo menos parcialmente comprovadas. Em um futuro próximo os alimentos funcionais, juntamente com uma alimentação balanceada e praticas de exercícios físicos poderão ajudar na prevenção de muitas doenças já conhecidas, assim como prevenir novas doenças.
ALIMENTOS FUNCIONAIS
Os alimentos funcionais unificaram várias ciências, entre elas médica, nutricionais e de alimentos. Podem se configurar como alimentos semelhantes aos convencionais, porém possuem substancias fisiologicamente ativas que podem afetar beneficamente uma ou mais partes do corpo, melhora do desempenho fisiológico ou na prevenção de doenças, agindo como: antioxidantes, diminuição da desagregação plaquetária, alteração do metabolismo do colesterol, redução da pressão do sangue, controle do metabolismo endócrino, detoxificação de cancerígenos (BRAGA, BARLETA, 2009). O homem sempre buscou transformar alimento em medicamento aponta a história, e a observação de grandes grupos populacionais com hábitos alimentares
experimentos em animais para testar a hipóteses de benefícios para saúde e os mecanismos de ação, em outros casos foram iniciados em seres humanos. A eficácia deve considerar a dose mais baixa necessária para a produção de resultados, porque doses elevadas aumentam o risco de intoxicação. Por esses motivos são necessários muitos anos antes que se possam compreender com clareza os reais benefícios desses agentes para saúde. Os compostos fisiologicamente ativos mais estudados da atualidade são os (isoprenóides), como os carotenóides, licopeno, luteína. (Compostos Fenólicos) Lignano, Resveratrol, Flavonóides, isoflavonas, entre outros. (Ácidos graxos) ômega-3, ácido α-linolênico. (Compostos microbianos) Probióticos, Prebióticos (SHILS et al, 2009). Além desses compostos ativos, as Fibras alimentares têm apresentado características e resultados satisfatórios no âmbito dos alimentos funcionais. Sendo relacionada com a prevenção de varias doenças. Os efeitos das fibras no intestinos grosso ( local de atuação), em geral são de fermentação por bactérias, produção de ácidos graxos de cadeia curta e paradoxo do butirato (produção de gases), laxação pela capacidade de aumento do volume do bolo fecal. Para maiores entendimentos iremos mais à frente retornar a falar das fibras e seus benefícios.
CAROTENÓIDES
Já foram identificado mais de seiscentos tipos diferentes de carotenóide, inicialmente serviu de modelo para pesquisa o betacaroteno e seus resultados estabeleceram modelos experimentais para o estudo de outros carotenóides. São substancias lipossolúveis e sua absorção e facilitada na presença de lipídeos na dieta e de enzimas (lípase). Já a presença de fibras solúveis pode interferir na absorção dos carotenóides. O aquecimento dos alimentos que contem o carotenóide melhora consideravelmente a biodisponibilidade, quebrando os complexos proteína-carotenóide (SHILS et al , 2009).
Pacheco e Sgarbieri (2004) afirmam que estudos in vitro têm demonstrado que a atividade antioxidante do β-caroteno é cerca de cem vezes a do α-tocoferol. Em humanos, β-caroteno, α-caroteno e criptoxantina são convertidos em vitamina A, na mucosa intestinal e no fígado. Estudos apontam relação dos carotenóides com o câncer comprovando a redução da carcinogênese, são diversos os tipos de câncer que estudos
indicam que os carotenóides como α-caroteno, licopeno, astaxantina, fucoxantina, podem retardar ou reduzir o desenvolvimento de tumores de pele, induzidos pela radiação ultravioleta, tumores induzidos quimicamente, em vários órgãos como pele, glândulas mamárias, glândulas salivares, sistema respiratório, pulmões, estômago, cólon, pâncreas, bexiga urinária, fígado, tumores de pele transplantados e tumores espontâneos de mama e de fígado. Diversas combinações de β-caroteno, vitamina A e vitamina E, produziram efeitos positivos no tratamento de lesões pré-malignas, reduzindo o risco de câncer em pacientes fumantes e não-fumantes. Os carotenóides são encontrados em diversas fontes alimentares, tomate, cenoura, melão, espinafre, frutas cítricas, manga, abóbora, couve e inhame, sendo os principais compostos: licopeno, caroteno, luteína, zeaxantina, que agem como atividade antioxidante eliminando radicais livres e oxigênio singlete (PACHECO. SGARBIERI, 2004).
Em virtude dos carotenóides assim como outras substancias estarem em pesquisa atualmente, pela falta de comprovações que expliquem como realmente funciona esse composto no âmbito da carcinogênese. E recomendado apenas que se aumente a quantidade de frutas e verduras, como meio de prevenção de diversas doenças.
COMPOSTOS FENÓLICOS
Diversos compostos fenólicos podem se encontrados, assim como as cumarinas, taninos, lignano, reveratrol, flavonóides, isoflavonas e outros. Muitas dessas substâncias têm ações em comum como agentes antioxidantes reagindo contra radicais livres; anticoagulantes, inativantes de carcinógenos; ligam metais; reagem com enzimas e proteínas, em geral, por essas características são considerado como fatores antinutricionais, pelo fato de poderem interferir com a digestão de proteínas e a absorção de minerais.
Os Flavonóides são potentes antioxidantes e sequestradores de metais, já foram descobertos mais de 2.000 compostos como os encontrados nas cascas de frutas cítricas, chá verde e chá preto, estudos tem comprovados uma possível ação protetora cardiovascular. Pesquisas com ratos com uma alimentação a base de gorduras com altos índices de LDL- colesterol, após uma dieta com base nos flavonóides ouve uma redução desse índice sem a alteração de HDL- colesterol (PACHECO. SGARBIERI, 2004).
Considera-se que os ácidos graxos saturados induzem a hipercolesterolemia enquanto que os ácidos graxos poliinsaturados apresentam efeito de redução da hipercolesterolemia. Há várias explicações acerca dos mecanismos pelos quais os ácidos graxos afetam as concentrações do colesterol plasmático, tais como mudanças na composição das lipoproteínas, na produção de LDL, na produção de VLDL pelo fígado e na atividade dos receptores da LDL (MORAIS. COLLA, 2006). Os ácidos graxos ômega 3 devem ser consumidos com cautela em uma proporção ideal seria de aproximadamente de 5:1 de ômega 6 para ômega 3. Os ômega 6 derivados do ácido linoléico exercem importante papel fisiológico: participam da estrutura de membranas celulares, influenciando a viscosidade sangüínea, permeabilidade dos vasos, ação antiagregadora, pressão arterial, reação inflamatória e funções plaquetárias. Estudos mostram os efeitos causados pela substituição de gordura saturada por gordura monoinsaturada na dieta, com a redução nos níveis de colesterol total e de LDL, sem alterar significativamente os níveis de HDL. O azeite de oliva é rico em ácido oléico, contendo de 55 a 83 % deste ácido graxo (BRAGA. BARLETA, 2005).
Prebióticos
Os prebióticos são alimentos constituídos de carboidratos complexos, que não sofrem ação de enzimas salivares e intestinais, por esses motivos são considerados Fibras. Atingindo o cólon sem sofrer hidrolise produzindo efeitos benéficos à microflora colônica. As substâncias como lactose, xilitol, inulina e frutooligossacarídeos apresentam os seguintes efeitos: alteração do trânsito intestinal, reduzindo metabólitos tóxicos; prevenção da diarréia ou da obstipação intestinal, por alterar a microflora colônica; diminuição do risco de câncer; diminuição do nível de colesterol e triglicerídeos; controle da pressão arterial; incremento na produção e biodisponibilidade de minerais; redução do risco de obesidade e diabetes insulino- dependente e redução da intolerância à lactose (ANJO, 2004).
Probióticos
São alimentos produzidos como suplementos, contendo bactérias benéficas que irão auxiliar na melhora do balanço do intestinal pela colonização do intestino. Os probióticos mais importantes são os Lactobacilos acidófilos, casei, bulgáricos, lactis, plantarum; Estreptococo termólilo; Enterococcus faecium e fecalis; Bifidobactéria bifidus, longus e infantis. São encontrados nos leites fermentados e iogurtes e têm a função de estimular o sistema imunológico e alterar o mecanismo microbiano e, por isso, precisam chegar ainda vivos no intestino para haver sua reprodução e produção de substâncias antimicrobianas. O probiótico juntamente com prebiótico com uma combinação balanceada chamada de alimentos simbiótcos (ANJO, 2004).
FIBRAS
As fibras alimentares ou fibras dietéticas constituem um grupo de alimentos funcionais dos mais importantes. Pode ser encontrada principalmente em fontes vegetais. A fibra alimentar possui inúmeros efeitos fisiológicos importantes sobre o trato gastrointestinal que podem ser atribuídas as suas características físico-químicas, que são divididas em dois grupos: Solúveis e Insolúveis em água.
Estudos epidemiológicos correlacionam a maior ingestão de fibra alimentar com a menor incidência de várias doenças, como câncer de cólon e de reto, câncer de mama, diabetes, aterosclerose, apendicite, doença de Crohn, síndrome de cólon irritado, hemorróidas e doença diverticular (PACHECO. SGARBIERI, 2005). Uma das características das fibras é o fato delas não serem digeridas por enzimas em mamíferos e passarem intactas para o intestino grosso no caso das insolúveis. No qual um atributo relevante da fibra solúvel em água é a viscosidade que pode levar ao atraso no esvaziamento gástrico, alem de interferências ou retardo na absorção de nutrientes como o colesterol, glicose e, levando á uma redução no nível sanguíneo de colesterol ou a diminuição da glicemia. Uma característica fundamental da fibra solúvel é sua capacidade para ser metabolizada por bactérias, com a conseguinte produção de gases (flatulência) (MORAIS. COLLA, 2006). A fração insolúvel da fibra e formada principalmente de celulose, lignina e hemiceluloses insolúveis. Essa fração exerce um efeito físico-mecânico, aumentando o
Deve se ressaltar que apenas os alimentos funcionais não serão responsáveis pela uma saúde adequada, como também boa pratica de vida saudáveis ajudaram nos benefícios que esses trazem. Uma alimentação balanceada com consumo de frutas, verduras e vegetal e altamente recomendada, alem de uma pratica de exercícios físicos. Atitudes essas que irão promover uma melhoria da saúde e benefícios para o seu corpo.
A functional food and one that presents one or more physiologically active compounds beneficial to human health. With this work aimed to disclose some of those compounds that are present in some foods, whose scientific research suggest at least partly a benefit for the human body. Will discuss some possible mechanisms by which these compounds act as well as their functions, as well as some diseases that are preventable with the consumption of functional foods. Besides addressing a historical context and regulated. With that perceive the need for dissemination of these foods in order to enable readers to make healthier eating habits.
KEY-WORDS: functional foods. physiological functions. health.
1 SHILS, Maurice E. et al. Nutrição Moderna: Na Saúde e Na Doença. 10. ed. São Paulo: Manole, 2009.
2 PACHECO, Maria Teresa Bertoldo; SAGRBIERI, Valdemiro Carlos. Alimentos Funcionais. Instituto de Tecnologia de Alimentos, Campinas – SP, 2005.
3 ANJO, Douglas Faria Corrêa. Alimentos funcionais em angiologia e cirurgia vascular. Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Jaraguá do Sul,
4 Moraes, Fernanda P.; COLLA, Luciane M.. Alimentos Funcionais e Nutracêuticos: Definições, Legislações e Benefícios a Saúde. Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo - RS, 2006.
5 PADILHA , Patrícia Carvalho; PINHEIROS, Rosilene de lima. O Papel dos Alimentos Funcionais na Prevenção e Controle do Câncer de Mama. Trabalho de Conclusão do Curso de Nutrição Oncológica do Instituto Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2004. 6 Borges VC. Alimentos funcionais : prebióticos, probióticos, fitoquímicos e simbióticos. In: Waitzberg DL. Nutrição Enteral e Parenteral na Prática Clínica. São Paulo: Atheneu, 2005.
7 RAMARATHNAM, N.; OSAWA, T.; OCHI, H.; KAWAKISHI, S. The contribution of plant food antioxidants to human health. Trends in Food Science and Technology , 6: 75-82, 2005.