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Guias e Dicas
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Comportamento e desenvolvimento de Fasciola hepatica ..., Notas de aula de Parasitologia

DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA. Comportamento e desenvolvimento de Fasciola hepatica (Linnaeus, 1758) de bovinos naturalmente infectados em sagüi (Callithrix.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA
Comportamento e desenvolvimento de Fasciola
hepatica (Linnaeus, 1758) de bovinos
naturalmente infectados em sagüi (Callithrix
penicillata) e gerbil (Meriones unguiculatus)
EVELINE ALBUQUERQUE MENDES
Belo Horizonte
2006
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA

Comportamento e desenvolvimento de Fasciola

hepatica (Linnaeus, 1758) de bovinos

naturalmente infectados em sagüi (Callithrix

penicillata) e gerbil (Meriones unguiculatus)

EVELINE ALBUQUERQUE MENDES

Belo Horizonte

EVELINE ALBUQUERQUE MENDES

Comportamento e desenvolvimento de Fasciola hepatica (Linnaeus, 1758) de bovinos naturalmente infectados em sagüi (Callithrix penicillata) e gerbil (Meriones unguiculatus)

Dissertação apresentada ao

Programa de Pós-Graduação do

Departamento de Parasitologia, do

Instituto de Ciências Biológicas da

Universidade Federal de Minas

Gerais, como parte dos requisitos

para obtenção do grau de Mestre

em Parasitologia.

Orientador: Walter dos Santos Lima

BELO HORIZONTE

Agradecimentos

− Aos meus filhos, Daniel e Camila, que acreditaram no meu sonho; − Ao Roberto, por seu amor e cumplicidade; − À minha mãe, que muito me ajudou; − Ao meu professor e orientador, Walter dos Santos Lima, pela confiança e apoio; − Ao Professor Anilton C. Vasconcelos, do Departamento de Patologia Geral, ICB-UFMG, Laboratório de Apoptose, que gentilmente auxiliou na interpretação dos resultados; − Ao Professor Alan Lane de Melo, por sua ajuda; − Ao Professor Múcio F. Ribeiro, que cordialmente registrou as primeiras alterações macroscópicas; − Ao Professor Marcus Pezzi Guimarães, pelas correções; − Á Professora Teofânia e alunos do Laboratório de Malacologia, que filmaram cercárias e rédias; − À professora Luciana, do Departamento de Patologia Geral, ICB-UFMG, Laboratório de Apoptose, por sua alegria de viver; − A Lanuze, uma pessoa singular; forte; determinada...; sua amizade tornou tudo muito mais fácil, obrigado por tudo, por sua ajuda incondicional, indispensável durante esta trajetória; minha amiga que quero guardar para sempre; − Ao Eduardo e ao Márcio, pelo conhecimento partilhado; amigos que também quero guardar para sempre; − Aos colegas do Laboratório de Culicídeos, especialmente ao Andrey e Givago, sempre prontos a me ajudar, me auxiliaram principalmente no registro das alterações macroscópicas; − Ao Michel do Laboratório de Ectoparasitos, que gentilmente registrou as principais alterações microscópicas; − Ao Daniel do Laboratório de Ectoparasitos, por sua ajuda e amizade; − A Heloisa, pelo exemplo de perseverança;

Resumo

Metacercárias de Fasciola hepatica foram utilizadas na infecção de

Callithrix penicillata e Meriones unguiculatus. Os C. penicillata foram infectados

via oral com dez metacercárias. Foi verificada uma media diária de 1.089 a

4.356 ovos, sugerindo que estes constituem modelos animais adequados à

manutenção do ciclo biológico de F. hepatica em laboratório. Os M.

unguiculatus foram infectados via oral com cinco metacercárias. O período pré-

patente foi em média de 55,57 ± 2,34 dias. O baixo número de ovos nas fezes

sugere que estes animais não constituem modelos de laboratório adequados à

manutenção do ciclo do parasito. Miracídios foram utilizados na infecção de L.

columella e a produção dos estádios evolutivos do parasito, determinada. O

número médio de rédias e metacercárias oriundas de F. hepatica de bovinos foi

superior às obtidas de F. hepatica dos C. penicillata. A análise morfométrica dos

ovos mostrou a ocorrência de diferenças morfológicas. Foi realizada a infecção

experimental de M. unguiculatus com diferentes cargas parasitárias e avaliadas

alterações patológicas macroscópicas e microscópicas e o perfil hematológico

do sangue periférico através do hematócrito e contagens global e diferencial de

leucócitos. As lesões se concentraram principalmente no fígado. O perfil

hematológico do sangue periférico indicou uma resposta celular inespecífica.

Metacercariae of Fasciola hepatica deriving from bovines were used in

the experimental infection of Callithrix penicillata and Meriones unguiculatus.

The elimination of parasitic eggs in the excrements of both hosts was evaluated.

In the infection of C. penicillata significantly high averages of OPG were verified,

suggesting that these animal models are suitable to the maintenance of the

biological cycle of F. hepatica in laboratory. The reduced number of eggs of F.

hepatica eliminated in the excrements of M. unguiculatus suggests that these

animals are not suitable laboratory models to the maintenance of the biological

cycle of the parasite. Miracidia were used in the infection of L. columella and the

production of the evolutionary stadiums of the parasite, determined. The

average number of rediae and metacercariae of F. hepatica deriving from

bovines was higher to the number deriving from C. penicillata. The morfometric

analyses of eggs from the parasite showed the occurrence of morphological

differences. The experimental infection of M. unguiculatus was done with

different parasitic loads, the macroscopic and microscopic pathological

alterations and the hematological pattern of the peripheral blood, through

hematócrito and global and differential counting of leukocytes, were evaluated.

The injuries concentrate mainly in the liver. The hematological pattern of the

peripheral blood indicated an unspecific cellular response.

Listas

FIGURA 8A- Fotomicrografia do fígado de um gerbil infectado com 3Mc, aos 80 DPI, mostrando área de hemorragia antiga de coloração castanho-escuro, com deposição de hemossiderina (seta de duas cabeças).........................................

FIGURA 8B- Fotomicrografia do detalhe anterior mostrando infiltrado inflamatório (seta) ao redor da área de hemorragia antiga.....................................................

FIGURA 9A- Fotomicrografia do fígado de um gerbil infectado com 5Mc, aos 30 DPI, mostrando extensa área de hemorragia (asterisco) e área de deposição de proteínas do parasito (seta de pontas redondas)................................................

FIGURA 9B- Fotomicrografia do detalhe anterior mostrando infiltrado inflamatório ao redor, formado por polimorfonucleares e predomínio de mononucleares (setas) ao redor das áreas de hemorragia (asteriscos) e deposição de proteínas (seta de pontas redondas)...................................................................................

FIGURA 10A- Fotomicrografia do baço de um gerbil infectado com 3Mc, aos 20 DPI, mostrando o rompimento de um folículo (seta); áreas de hemorragia (asteriscos) e de necrose (seta larga).................................................................

FIGURA 10B- Fotomicrografia mostrando extensa área de hemorragia (asterisco) e deposição de fibrina ao redor (seta larga de uma cabeça).............

FIGURA 11A- Fotomicrografia do rim direito do gerbil infectado com 5Mc, aos 40DPI, mostrando quatro ovos de Fasciola hepatica com infiltrado inflamatório constituído predominantemente por polimorfonucleares (setas) e áreas de hemorragia no parênquima (asteriscos).............................................................

FIGURA 11B- Fotomicrografia do rim direito mostrando intenso infiltrado inflamatório com predomínio de mononucleares, no parênquima do órgão e ao redor de dois ovos de Fasciola hepatica (setas)................................................

FIGURA 11C- Fotomicrografia do rim direito do gerbil infectado com 5Mc, aos 40 DPI, mostrando um ovo de Fasciola hepatica com infiltrado inflamatório ao redor formado por polimorfonucleares e áreas de hemorragia no parênquima do órgão...................................................................................................................

FIGURA 12- Fotomicrografia do diafragma de um gerbil infectado com 3Mc, aos 80 DPI, mostrando ovos de Fasciola hepatica aderidos ao tecido conjuntivo e escassos macrófagos formando discreta reação fibrótica (seta)...................................................................................................................

FIGURA 13A- Fotomicrografia dos linfonodos mesentéricos de um gerbil infectado com 3Mc, aos 80 DPI, mostrando vários ovos de Fasciola hepatica aderidos ao tecido..............................................................................................

FIGURA 13B- Fotomicrografia do detalhe anterior mostrando um ovo de Fasciola hepatica................................................................................................

FIGURA 14- Valores médios do hematócrito dos Meriones unguiculatus grupo controle (GSI) e infectados experimentalmente com três metacercárias (G3Mc), cinco metacercárias (G5Mc) e oito metacercárias (G8Mc) de Fasciola hepatica de bovinos. ..........................................................................................................

FIGURA 16- Valores médios do número de leucócitos dos Meriones unguiculatus grupo controle (GSI) e infectados experimentalmente com três metacercárias (G3Mc), cinco metacercárias (G5Mc) e oito metacercárias (G8Mc) de Fasciola hepatica de bovinos. ........................................................................

FIGURA 17- Valores médios do número de neutrófilos bastonetes dos Meriones unguiculatus grupo controle (GSI) e infectados experimentalmente com três metacercárias (G3Mc), cinco metacercárias (G5Mc) e oito metacercárias (G8Mc) de Fasciola hepatica de bovinos..........................................................................

Tabelas

TABELA 1 - Valores médios das contagens do OPG dos Meriones unguiculatus positivos, realizadas em intervalos de 30 dias até 226 dias após o período pré- patente.................................................................................................................

TABELA 2 – Medidas de comprimento e largura de ovos de Fasciola hepatica oriunda de bovinos, de Callithrix penicillata e Meriones unguiculatus. ...............

TABELA 3- Percentagem dos Meriones unguiculatus dos grupos G3Mc, G5Mc e G8Mc, infectados experimentalmente com três, cinco e oito metacercárias de Fasciola hepatica oriunda de bovinos, respectivamente, após a passagem em Callithrix penicillata, que apresentaram lesões no período do 10° ao 100° DPI com intervalos de dez dias, quando foram realizadas necropsias......................

TABELA 4- Órgãos que apresentaram alterações macroscópicas encontradas nos Meriones unguiculatus dos grupos G3Mc, G5Mc e G8Mc, infectados experimentalmente com três, cinco e oito metacercárias de Fasciola hepatica oriunda de bovinos, respectivamente, após a passagem em Callithrix penicillata, no período do 10° ao 100° DPI com intervalos de dez dias quando foram realizadas necropsias..........................................................................................

TABELA 5- Número de parasitos e ovos de Fasciola hepatica recuperados dos Meriones unguiculatus infectados experimentalmente com três, cinco e oito metacercárias de Fasciola hepatica oriunda de bovinos, respectivamente, após a passagem em C. penicillata, no período do 10° ao 100° DPI com intervalos de dez dias quando foram realizadas necropsias....................................................

Abreviaturas

Mc – Metacercárias GI – Gerbil infectado GNI – Gerbil não infectado OPG – Ovos por grama de fezes G3Mc - Gerbil infectado com três metacercárias G5Mc - Gerbil infectado com cinco metacercárias G8Mc - Gerbil infectado com oito metacercárias GSI - Gerbil sem infecção G1 a G7 - Gerbil número um..., Gerbil número sete DPI - Dias após a infecção

5.5. Estádios evolutivos de F. hepatica na infecção experimental de L. columella

    1. Introdução ...........................................................................................
    1. Revisão de Literatura ..........................................................................
  • 2.1. Histórico.......................................................................................................
  • 2.1.1. Hospedeiro intermediário .........................................................................
  • 2.2. Biologia........................................................................................................
  • 2.3. Patogenia.....................................................................................................
  • 2.4. Epidemiologia .............................................................................................
  • 2.5. Diagnóstico .................................................................................................
  • 2.5.1. Diagnóstico parasitológico .......................................................................
  • 2.5.2. Diagnóstico hematológico ........................................................................
  • 2.6. Fasciola hepatica em hospedeiro primata não humano .............................
  • 2.7. Fasciola hepatica em gerbil ........................................................................
      1. Justificativa ..........................................................................................
      1. Objetivos .............................................................................................
  • 4.1. Objetivo geral ..............................................................................................
  • 4.2. Objetivos específicos ..................................................................................
      1. Material e métodos ..............................................................................
  • 5.1. Manutenção do ciclo de F. hepatica em laboratório ...................................
  • 5.2. Animais .......................................................................................................
  • 5.2.1. Infecção de Callithrix penicillata ..............................................................
  • 5.2.2. Infecção de Meriones unguiculatus .........................................................
  • 5.3. Coleta de fezes e exame coprológico para obtenção de ovos....................
  • 5.4. Obtenção dos estádios evolutivos ..............................................................
  • 5.4.1 Miracídios .................................................................................................
      1. Infecção de moluscos .........................................................................
  • 5.4.2. Cercárias .................................................................................................
  • 5.4.3. Metacercárias ..........................................................................................
  • ............................................................................................................................
  • 5.6. Variabilidade morfológica de ovos de F. hepatica.......................................
  • 5.7. Alterações patológicas
  • 5.7.1. Alterações macroscópicas e microscópicas ............................................
  • 5.7.2. Perfil hematológico...................................................................................
      1. Análise estatística................................................................................
      1. Resultados ..........................................................................................
  • penicillata ........................................................................................................... 7.1. Dinâmica da eliminação de ovos de F. hepatica na infecção de C.
  • unguiculatus ....................................................................................................... 7.2. Dinâmica da eliminação de ovos de F. hepatica na infecção de M.
  • 7.3. Variabilidade morfológica dos ovos de F. hepatica ....................................
  • 7.4. Produção de rédias e metacercárias de F. hepatica ..................................
  • infectados por diferentes números de metacercárias de F. hepatica................. 7.5. Alterações patológicas macroscópicas observadas em M. unguiculatus
  • 7.5.1. Recuperação de parasitos .......................................................................
  • infectados por diferentes números de metacercárias de F. hepatica ................ 7.6. Alterações patológicas microscópicas observadas em M. unguiculatus
  • números de metacercárias de F. hepatica ........................................................ 7.7.Perfil hematológico na infecção de M. unguiculatus infectados por diferentes
  • 7.7.1 Hematócrito ..............................................................................................
  • 7.7.2. Contagem global de leucócitos ...............................................................
  • 7.7.3. Contagem diferencial ...............................................................................
  • 7.7.3.1. Neutrófilos bastonetes ..........................................................................
  • 7.7.3.2. Neutrófilos segmentados.......................................................................
  • 7.7.3.3. Basófilos ...............................................................................................
  • 7.7.3.4. Linfócitos ...............................................................................................
  • 7.7.3.5. Monócitos .............................................................................................