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O objetivo deste trabalho foi comparar a atividade de eliminação em pé de Eucalyptus sp. em uma área de preservação permanente de nascente e faixa marginal de rio, realizada pelos métodos mecânico (anelamento), e químico (inoculação de herbicida). A área de estudo pertence a uma empresa florestal localizada no estado de São Paulo. Foram amostradas 15 árvores em cada método, sendo cinco por trabalhador, e cada trabalhador executou a atividade em ambos os métodos de trabalho. A análise técnica foi
Tipologia: Notas de estudo
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COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DE ELIMINAÇÃO DE Eucalyptus sp. EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
COMPARAÇÃO ENTRE DOIS MÉTODOS DE ELIMINAÇÃO DE Eucalyptus sp. EM ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentadoFlorestalda Faculdadeno Curso deJaguariaíva Engenharia – FAJAR, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Florestal. Orientador: Prof. MSc. Felipe Martins de Oliveira
Dedico este trabalho a minha família em especial a minha mãe Maria Benedita da Veiga Segala e minha esposa Carla Cristina Rosa que me apoiaram e estiveram juntos comigo durante essa árdua caminhada para a realização de um sonho.
Agradecimentos
A Deus por ter me ajudado em todas as dificuldades, colocando pessoas e situações em meu caminho que foram de fundamental importância. Sem Ele nada teria sentido. A minha mãe Maria Benedita da Veiga Segala por ter dado todo o apoio e auxílio necessário para a realização desta conquista, sem ela isso não seria possível. Obrigado minha mãezinha! Ao Prof. MSc. Felipe Martins de Oliveira, pela sabedoria e habilidade com que orientou esse trabalho e também aos Professores que ajudaram direta ou indiretamente na obtenção dos resultados. Aos meus amigos de trabalho Aelcio Lopes Rocha, Marcos Vinícius Nozaki Gomes, Renato Felipe do Amaral e Salim Fernando de Souza que colaboraram para a realização do trabalho. À empresa DIMAFRAN REFLORESTAMENTO LTDA na pessoa do Supervisor Florestal Carlos Adriano Almeida Fagundes e ao Sr. Sidney José de Andrade proprietário da empresa por dar apoio e suporte e fornecer materiais e dados da empresa usados no desenvolvimento e realização deste trabalho. À empresa SUZANO PAPEL E CELULOSE por ceder a área a ser estudada na realização do trabalho. À empresa CIAPINA por fornecer materiais usados no desenvolvimento do trabalho. Aos colegas de curso, pelo companheirismo. A todos aqueles que, direta ou indiretamente, possibilitaram a realização deste trabalho.
Tabela 1. Produtividade da eliminação para ambos os métodos. ............................................. 32 Tabela 2. Análise estatística da produtividade média da eliminação pelo método mecânico e método químico. ....................................................................................................................... Tabela 3. Custos operacionais de ambos os métodos estudados. ............................................. (^3234) Tabela 4. Custo de produção de ambos os métodos. ................................................................ 34 Tabela 5. Descrição dos sintomas apresentados pelas árvores testadas após a eliminação...... 35
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Na economia brasileira, o setor florestal se destaca como um dos pilares do crescimento sustentável do país, contribuindo com uma parcela importante para o desenvolvimento e gerando produtos para o consumo direto ou para exportação. Uma mostra disso é sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil que, de acordo com Tonello et al. (2008), compôs cerca de 3%, perfazendo um total de US$ 30 bilhões, com o destaque de três setores: celulose e papel; siderurgia e carvão vegetal; e madeira e móveis. De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas - ABRAF (2011), a área ocupada por plantios florestais dos gêneros Eucalyptus e Pinus , no Brasil, em 2010, totalizou 6.510.693 ha, sendo 73,0% correspondente aos plantios de Eucalyptus e 27,0% aos de Pinus. Além disso, manteve 4,7 milhões de postos de empregos, incluindo empregos diretos (640,4 mil), empregos indiretos (1,45 milhões) e empregos resultantes do efeito‑renda (2,60 milhões). Nesse âmbito, a maioria das empresas do setor cumpre a
legislação trabalhista e também garante e respeita os direitos dos trabalhadores terceirizados, oferecendo benefícios como alimentação e alojamento adequado, onde a integridade e a segurança do trabalhador são questões primordiais. Completando os três vértices do desenvolvimento sustentável, segundo Hoeflich e Tuoto (2007), o Setor Florestal é um dos que mais cumprem a legislação ambiental relativa à sua área. Os mesmos autores comentam sobre a importância das plantações florestais, as quais oferecem respeitáveis benefícios ambientais, implicando na conservação e na proteção de áreas de preservação permanente e reserva legal, sem custo à administração pública. Além disso, dentre as atividades que a empresa florestal executa, visando o cumprimento da legislação e a conservação do meio ambiente, podem ser citados a manutenção de áreas de reserva legal e preservação permanente, a recuperação de áreas
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Diante do exposto, percebe-se a necessidade da readequação das áreas de preservação permanente que possuem espécies exóticas invasoras vivendo em seu interior, por meio de técnicas que causem o menor impacto possível ao meio ambiente e à vegetação nativa.
1.1 Objetivos
Esta pesquisa teve o objetivo geral de comparar tecnicamente dois métodos de eliminação para erradicação de Eucalyptus sp. em situação de espécie exótica invasora em área de preservação permanente.
1.2 Objetivos Específicos
a) Comparar a produtividade dos dois métodos; b) Comparar os custos dos dois métodos utilizados; c) Comparar a eficácia dos dois métodos dentro do período de observação.
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2.1 O setor florestal e a preservação ambiental
O Setor Florestal tem se destacado nos últimos anos tornando-se um negócio rentável e importante para economia de muitos países principalmente a do Brasil, porém, com esse destaque obtido surgiram questionamentos da sociedade e por órgãos não governamentais como ONGs e outras entidades a respeito da segurança do meio ambiente, surgindo uma consciência social a respeito dos problemas ambientais (BASS0 et al. 2011). Segundo a mesma autoria, o Brasil do início da década de 90 foi marcado pelas preocupações com o meio ambiente, ocasionadas principalmente pelo aumento do desmatamento na região amazônica. Tal situação fez surgir novos valores relacionados com o meio ambiente e sua preservação, afetando vários setores, dentre eles o florestal. Nesse contexto, questões como desmatamento, manejo florestal sustentável e conservação das florestas passaram a ter grande destaque, subsidiando o surgimento de campanhas ambientalistas e até mesmo a pressões contra produtos oriundos de florestas tropicais, sugerindo a substituição da madeira por produtos alternativos similares (NARDELLI e GRIFFITH, 2003a). Com tantas exigências no que tange às adequações para o setor florestal ficar em conformidade com a lei que determina a legitimidade das práticas florestais adotou-se um sistema de certificação florestal para padronizar as práticas utilizadas em florestas plantadas. (NARDELLI e GRIFFTH, 2003b). Segundo Nebel et al. (2005) apud Basso (2011), uma estratégia para alcançar esses objetivos é o estabelecimento de programas para certificação voluntária do manejo florestal. Por meio desta ferramenta é possível obter benefícios nos aspectos ecológicos, econômicos e sociais, pois, ao buscar pela certificação, as empresas lançam mão de um instrumento
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de vegetação, reconhecidas de utilidade às terras que revestem, são bens de^ [...] Art. 1° As florestas existentes no território nacional e as demais formas interesse comum a todos os habitantes do País, exercendo-se os direitos depropriedade, com as limitações que a legislação em geral e especialmente esta Lei estabelecem [...]. (BRASIL, 1965).
Basso et al. (2011), avaliando a influência da certificação florestal no cumprimento da legislação ambiental e florestal, verificaram que para a maioria das empresas florestais, a maior dificuldade em relação as suas não conformidades com os princípios do FSC são referentes ao princípio 1, “Obediência às Leis”. O mesmo autor relata que as unidades de manejo florestal - UMF, em média, apresentaram duas ou mais não conformidades em relação à legislação ambiental, sendo que a maior parte destas (75,5%) se referia especificamente às áreas de reserva legal - RL e áreas de preservação permanente - APPs. Este fato indica que os produtores florestais possuem dificuldades em se adequarem ao estabelecido no Código Florestal Brasileiro. Esta dificuldade foi levantada por Calabria (2004), o qual expõe que os produtores rurais não vêm cumprindo a legislação florestal no tocante às APPs e RL.
2.2 Legislação ambiental acerca das áreas de preservação permanente
Segundo o Código Florestal brasileiro (Lei 4.771 de 15/09/1965), o conceito de Áreas de Preservação Permanente (APP), emerge do reconhecimento da importância da manutenção da vegetação de determinadas áreas, as quais ocupam porções particulares de uma propriedade.
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As Áreas de Preservação Permanente e outros espaços territoriais especialmente protegidos, como instrumentos de relevante interesse ambiental, integram o desenvolvimento sustentável, objetivo das presentes e futuras gerações (BRASIL, 2002). A mesma Resolução n. 303, de 20 de março de 2002., no Art. 2º trata sobre as definições e limites referentes às Áreas de Preservação Permanente.
definições:^ [...] Art. 2º Para os efeitos desta Resolução, são adotadas as seguintes I - nível mais alto: nível alcançado por ocasião da cheia sazonal do cursod´água perene ou intermitente; II - nascente ou olho d´água: local onde aflora naturalmente, mesmo que deforma intermitente, a água subterrânea; [...].
No Art. 3º da mesma Resolução diz-se “Constitui Área de Preservação Permanente a área situada:” [...] I - em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto, em projeçãohorizontal, com largura mínima, de: a) trinta metros, para o curso d´água com menos de dez metros de largura; b) cinquenta metros, para o curso d´água com dez a cinquenta metros de largura; c) cem metros, para o curso d´água com cinquenta a duzentos metros de largura; d) duzentos metros, para o curso d´água com duzentos a seiscentos metros de largura; e) quinhentos metros, para o curso d´água com mais de seiscentos metros de largura; II - ao redor de nascente ou olho d´água, ainda que intermitente com raio mínimo de cinquenta metros de tal forma que proteja, em cada caso, a baciahidrográfica contribuinte; III - ao redor de lagos e lagoas naturais, em faixa com metragem mínima de: a) trinta metros, para os que estejam situados em áreas urbanas consolidadas; b) cem metros, para as que estejam em áreas rurais, exceto os corpos d´águacom até vinte hectares de superfície, cuja faixa marginal será de cinquenta metros; [...].
2.3 Espécies exóticas invasoras
“O processo de invasão de um ecossistema por uma planta ou espécie exótica, acontece quando qualquer espécie que não seja natural de um ecossistema é introduzida no
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composição, estrutura ou função do ecossistema. Porém, desconsidera-se as espécies nativas que crescem e se multiplicam descontroladamente em decorrência de algum distúrbio ecológico, comportando-se como invasoras. A estas se pode atribuir o termo “superdominantes”. De acordo com Brasil (2002), o Decreto n.º 4.339, de 22 de agosto de 2002, instituiu a Política Nacional da Biodiversidade. O item 2. VIII deste decreto preconiza que o poder público deve determinar medidas para evitar a degradação ambiental quando existir evidência científica de risco sério e irreversível à diversidade biológica. Sendo assim, considerando os impactos negativos de EEIs, pode-se considerar entre as medidas cabíveis a erradicação da espécie que coloca em risco os demais componentes ambientais. O item 11.1.13 do decreto supracitado descreve a recomendação de erradicação e o controle de EEIs que possam afetar a biodiversidade (OLIVEIRA; PEREIRA, 2010). Ainda segundo a mesma autoria, a discussão sobre o controle e a erradicação de espécies exóticas invasoras ressalta a complexidade dos sistemas ecológicos. Ela se caracteriza tanto pela dificuldade em antever os efeitos de uma intervenção, como pela complexidade de estabelecer o limite entre quando iniciar a erradicação é uma medida precoce ou quando adiar torna o controle impossível.
2.4 O eucalipto como espécie exótica invasora
2.4.1 Ocorrências conhecidas
É um dos gêneros mais cultivados no Brasil e no mundo, com produção de madeira para celulose, lenha, carvão, placas e construção em geral. A ampla dispersão no país se dá
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por seu grande uso mesmo de maneira generalizada para fins comerciais, seu processo de invasão e espalhar se dá por meio de estradas e hidrovias. Invasões são conhecidas na região de campos no Paraná, nos pampas do Rio Grande do Sul e em São Paulo. Espécies de eucalipto estão dispersando e invadindo vários ambientes naturais no mundo. Na África do Sul, estão sendo removidos de grandes áreas de invasão, causando desequilíbrio de cursos d’água e nascentes, juntamente com outras espécies invasoras de árvores, chegando a causar a extinção de rios e substituindo a vegetação nativa ( fynbos ). Entre as espécies mais agressivas estão E. Grandis , E. diversicolor e E. Globulus. O E. Globulus é altamente invasivo no México no Havaí e na Califórnia, EUA. Outras espécies invasoras também em tais lugares são E. deglupta e E. Robusta. No México, o gênero tem grande agressividade para invadir (INSTITUTO HÓRUS, 2003).
2.4.2 Impactos
Dada a importância econômica do gênero em muitos países do mundo, os impactos a ocasionados referem-se à dispersão de sementes e mudas de árvores utilizadas para vários fins, desde a decoração até a produção comercial. Os plantios comerciais são um problema apenas quando não manejados de maneira adequada que não inclua um plano de controle de dispersão das plantas. Se isso ocorre, as plantações funcionam como fontes de dispersão através de estradas e rios ocasionando invasões biológicas, que podem afetar os ambientes naturais ou seminaturais e constituindo um problema pela disseminação por estradas e rios (INSTITUTO HÓRUS, 2003). Segundo Wallace et al. (2008). apud Silva et al. (2011) a dispersão de sementes de eucalipto ocorre por gravidade e, geralmente, depositam-se próximas da árvore mãe. No