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Um trabalho de conclusão de curso sobre o desenvolvimento de um compactador automático para latas de bebidas de alumínio, inspirado na arquitetura e futurismo. Ele descreve as etapas projetuais e processos para a produção do produto, que é impresso por uma impressora 3d. O autor identifica problemas relacionados ao descarte de latas de bebidas de alumínio em hotéis, bares e restaurantes e desenvolve um produto que reduz esses problemas através da compactação. O documento também discute as formas de descarte de latas de refrigerantes em estabelecimentos e a importância da reciclagem.
O que você vai aprender
Tipologia: Esquemas
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Rio Tinto, PB Agosto, 2014
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao curso de Design da Universidade Federal da Paraíba – UFPB como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de BACHAREL EM DESIGN.
Orientador: Prof. Kléber da Silva Barros, Mestre
Rio Tinto, PB Agosto, 2014
Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao curso de Design da Universidade Federal da Paraíba – UFPB como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de BACHAREL EM DESIGN.
Assinatura do autor:. Apresentado em Defesa Pública realizada no dia / /. e aprovado por:
. Kléber da Silva Barros, Msc., (Orientador, Presidente)
. Marivaldo Wagner de Souza Silva, D.r , (Membro Examinador)
. Washington Ferreira Silva, Msc., (Membro Examinador) Rio Tinto, PB Agosto, 2014
Quero agradecer a Deus e a Nossa Senhora por me proporcionar saúde e forças para atuar com um bom rendimento nesta graduação. Agradecer a minha família, especialmente ao meu pai, a minha mãe e ao meu irmão Emerson Lucas (In Memoriam) pela perseverança em me proporcionar tudo que há de melhor, pela convivência, pela força, pelo carinho e pelas interseções à minha vitória. Agradecer também a minha namorada, a qual sempre esteve do meu lado, me dando forças para seguir com os meus objetivos nos bons momentos e nos mais difíceis. Ao Professor Kléber Barros, educador brilhante, orientador de grande sabedoria, paciência e disponibilidade. E aos meus grandes irmãos adquiridos nesta jornada, Josinaldo Alves, Marcelo Labanca e Edeildes Júnior pela parceria importante e pela amizade incondicional.
Abstract
This completion of course work presents the development of an automatic compactor aluminum cans, inspired by the aesthetic elements of architecture and futurism, demonstrating the projective steps and processes leading to production of the product, the latter being produced the printed pattern by a 3D printer, scale representing the size and characteristics of materials used in the product. Through research conducted during the development of this work problems relating to discharges of aluminum beverage cans in establishments such as bars and restaurants, as well, were found a product that exert action that would provide the maximum reduction of the problems encountered in these companies was developed through research field, as the objectification of sustainability, increase recycling levels, provide proper storage of such material and facilitating the collection by responsible professionals, generating income and providing environmental preservation. Therefore, it was used as a theoretical foundation to sustainability, the disposal of aluminum beverage cans, recycling this material, and design. As a methodological basis for social and participatory research establishments. Through the study, was generated alternatives that formed the choice of one implementation for improvement. Finally, we present the detailed design phase that corresponds to rendering, technical specifications, application material, technical drawing and images of the model.
Keywords: Sustainability; Dispose of aluminum cans; Compactor cans; Bars and Restaurants.
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Nos últimos anos, percebemos a preocupação no exercício do Designer de Produto, direcionado a consciência social e ambiental seguindo os padrões da sociedade com novas alternativas que priorizem os requisitos sociais, econômicos e sustentáveis onde for a sua atuação. De acordo com Manzini e Vezzoli (2002), para um projeto com planos corretamente sustentáveis devemos levar em consideração todas as fases existentes da vida de um produto. Já é possível atuar com responsabilidade social e fortalecer os meios em que a sustentabilidade será aplicada em qualquer que seja a fase do produto, principalmente em seu descarte. Manzini (2002) afirma que a descontinuidade sistêmica é um requisito fundamental para a sustentabilidade, visto que estamos indo pelo caminho errado em uma sociedade que considera o crescimento continuo de seus níveis de produção e consumo material como uma condição normal e salutar. (MANZINI, 2008). Portanto, podemos analisar um produto popular que é a lata de refrigerante, a qual a sua produção é oriunda do reaproveitamento do produto final descartado e quando se necessita de sua matéria prima, sua extração e seu processamento são responsáveis por grande parte do consumo de energia elétrica como também é diretamente responsável por boa parte da degradação dos recursos naturais, e a lata de refrigerante é considerada um dos produtos que são mais recicláveis no Brasil, assim com sua reutilização é o modo mais rápido e econômico a ser aplicado comparando com o tempo e os gastos da sua fabricação inicial (MATHIAS e AUTRAN, 2002). Com este alto índice de reciclagem no país, podemos simbolizar as extremidades responsáveis pela parte inicial da reciclagem. Podemos considerar estes responsáveis como uma equipe de ações sustentáveis que é composta por facilitadores e os catadores responsáveis pela coleta destes materiais. Os facilitadores desempenham papel significativo na tomada de decisão e nas ações dos usuários finais ou agem como guardiões no processo de tomada de decisões e são considerados fundamentais para o sucesso da entrega de novas soluções (BROWN, 2013).
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Analisar os padrões de durabilidade existentes para os materiais que poderão ser aplicados no produto. Estudar regras básicas de segurança para equipamentos similares e aplicar devidamente no produto que será produzido. Seguir as especificações técnicas para evitar a poluição sonora do ambiente em que o mesmo irá atuar.
Segundo Manzini (2002), a reutilização dos materiais descartados é o primeiro passo para o inicio da descontinuidade sistêmica da população. Esta nova ação será aplicável visando o reaproveitamento de materiais que possam ser reciclados. No caso da latinha de refrigerante, podemos afirmar que o seu componente principal, o alumínio é considerado o terceiro elemento químico mais abundante da crosta terrestre, depois do oxigênio e do silício. (NASCIMENTO, RAFFIN e GUTERRES, 2004). Com essa grande quantidade de alumínio disponível para a extração em nosso planeta, as grandes empresas responsáveis pela utilização do alumínio nas grandes metalúrgicas, fortalecem cada vez mais a sua extração e fabricam cada dia mais produtos com o alumínio in natura , fazendo com que as tecnologias de aplicações deste metal tão nobre cresçam juntamente com a poluição ambiental e a extração desordenada das reservas naturais disponíveis em nosso planeta.
Certamente, a reciclagem de latinhas de alumínio, comparada aos meios de produção tradicionais se torna uma ação bem mais viável e econômica. Visa a diminuição do tempo de produção e é notório a economia de materiais e energia utilizados na indústria, fazendo com que a empresa finalize a sua produção com bem mais rapidez, qualidade e segurança econômica proporcionada pelo corte de custos que a empresa origina diante a reciclagem, principalmente quando se trata do reaproveitamento do alumínio que sempre obteve um caráter bem maior do que qualquer outro metal relevando sua reciclagem, resultado do apelo ecológico em que a mídia, o meio acadêmico e a indústria expõe, tornando-o super valorizado (COELHO, 2009).
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Resgatando o tema anterior, o descarte das latinhas de refrigerante de alumínio deverá ser feita em locais apropriados, que proporcionem uma estocagem em maior quantidade e facilitem o manuseio dos responsáveis pela coleta, todos estes itens disponibilizados pelos proprietários dos estabelecimentos (Facilitadores) em que este projeto irá atuar. Portando este descarte poderá gerar benefícios econômicos, funcionais, estéticos e higiênicos tanto a este facilitador quanto aos responsáveis pela coleta, que poderão ser empresas devidamente regularizadas ou até mesmo catadores informais que fazem parte de cooperativas em suas comunidades.
O ponto de partida para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido através das utilizações de importantes modelos de metodologia de projeto. A primeira metodologia a ser aplicada é disponibilizada por Ézio Manzini que estabelece que os processos projetuais potencialize a sustentabilidade, desde a criação do produto até o descarte do mesmo (MANZINI, 2008).
Em sua literatura, Manzini (2008) proporciona a viabilidade de desenvolver novos produtos com funcionalidades e estruturas inovadoras assumindo em prioridade características sustentáveis em todas as fases, desde as fases iniciais do processo de criação até o descarte e novas formas de reutilização deste produto que será criado (MANZINI, 2008).
Também foi aplicada a metodologia de projeto disponibilizada por Baxter, que fortalece a possível elaboração de um bom planejamento e verificando as oportunidades.
Assim, torna-se viável a criação de um planejamento seguindo a metodologia de Manzini e Baxter (2005) citadas anteriormente, acrescentando também e acrescentando também novas etapas relativas a especificidade do projeto.
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Atualmente, podemos constatar que as oportunidades de se possuir um produto desejável é uma das prioridades de qualquer pessoa, e se analisarmos o design e as formas de produção de como estes produtos são originados, é impossível não pensar e não abordar o assunto em caráter profissional perante o consumismo, a utilização descontrolada de matérias-primas para a produção de novos produtos, a sua comercialização priorizando também as formas de descarte e a possível forma de reaproveitamento deste mesmo produto (GIACOMINI, 2008).
A imagem da Terra vista pelos astronautas teve a virtude de nos incutir à consciência de que, longe de habitar um espaço infinito, habitamos uma espécie de nave espacial isolada, dentro de uma cápsula de recursos constantes, que consumimos, e que somente não esgotamos porque reciclamos. Este conceito da necessidade de reciclagem de nada perder, de nada destruir, de tudo usar de novo desta cápsula de recursos constantes acordou-nos para a ameaça da poluição, que interrompe o processo de reciclagem pela inutilização do recurso ou pelo envenenamento. (SILVA,
Manzini e Vezzoli (2002), frisam que o costume e a necessidade de adquirir bens de consumo que a maioria da sociedade possui. Para uma possível tentativa de estacionar este consumo excessivo com a modificação deste pensamento, deverá ser aplicada a ideia da sustentabilidade juntamente com a descontinuidade sistêmica, assim aparecerão as reduções dos impactos e a melhora da qualidade de todo ambiente social e físico, mesmo sabendo que é uma mudança e aplicação de ações que poderão ser realizadas e constatadas a longo prazo. Desse modo, Manzini e Vezzoli (2002) afirmam que:
A sustentabilidade requer uma descontinuidade sistêmica: de uma sociedade que considera o crescimento continuo de seus níveis de produção e consumo material como uma condição normal e salutar, devemos a partir da redução destes níveis, simultaneamente melhorando a qualidade de todo o ambiente social e físico.
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quando há a necessidade de matérias-primas na indústria, fortalecendo a ideia de ações dispostas a possibilitar a descontinuidade sistêmica da população, elevando o reprocessamento de materiais, despertando o interesse de buscar novas formas de reaproveitamento para a produção de um novo produto, utilizando aquele que foi descartado anteriormente e equilibrando sempre as características econômicas, ambientais e sociais de cada ação realizada pela sociedade e pelas indústrias (MANZINI E VEZZOLI, 2002).
Segundo Lacerda (2002), a reciclagem no Brasil vem crescendo desde a década de noventa, e, o que vem trazendo estes bons resultados para o país são os avanços das tecnologias nas reciclagens de alguns materiais e as novas formas de logísticas aplicadas ao fluxos de materiais descartados nos quais as empresas são responsáveis tanto por uma parte do recolhimento, como também pelo processo de reciclagem e reaproveitamento destes materiais e a sua aplicação em um novo produto, criando assim um ciclo de ações entre as industrias e os consumidores. Assim, Lacerda (2002) afirma que:
Existem ainda outros setores da indústria onde o processo de gerenciamento da logística reversa é mais recente como na indústria de eletrônicos, varejo e automobilística. Estes setores também têm que lidar com o fluxo de retorno de embalagens, de devoluções de clientes ou do reaproveitamento de materiais para produção. Este não é nenhum fenômeno novo e exemplos como o do uso de sucata na produção e reciclagem de vidro tem sido praticado há bastante tempo. Por outro lado, tem-se observado que o escopo e a escala das atividades de reciclagem e o reaproveitamento de produtos e embalagens tem aumentado consideravelmente nos últimos anos.
O gráfico a seguir demonstra a porcentagem do índice de reciclagem no Brasil do ano de 1989 ao ano de 2008.
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Apesar da força em que os vários setores da sociedade brasileira vêm fazendo, existe uma intenção da administração pública em aumentar as atividades de reciclagem em todo território nacional, nos quais 13% estabilizados desde o ano de 2008 não informam processos que avançaram no mercado de reciclagem no Brasil (COMMONER, 1992). Considerando a literatura de Commoner (1992), idealizador de diversos estudos em várias cidades dos Estados Unidos, verificou que era possível alcançar os 15% de índices de reciclagem de materiais sem ocasionar mudanças nas estruturas de coletas de materiais. Para ele, números superiores a trinta por cento seriam os suficientes e objetivos através de programas educacionais e sociais sobre coleta seletiva, com separação dos materiais recicláveis na fonte geradora da matéria orgânica também descartada (COMMONER, 1992). No caso do Brasil, é confirmada a afirmativa de Commoner, já que sem mudanças significativas nos padrões de coleta de resíduos nos últimos 20 anos, o salto nos índices de reciclagem que iniciou de 1% chegando aos 13% e ocorreram a partir das primeiras ações que fortaleceram o apoio as atividades de separação de resíduos sólidos realizadas nos municípios brasileiros e em grupos sociais envolvidos diretamente com a reciclagem, e que um destes grupos são os de
Figura 1 : Reciclagem Global de resíduos Sólidos no Brasil 1999- 2008 Fonte: O desenvolvimento da indústria da reciclagem dos materiais no Brasil: motivação econômica ou benefício ambiental conseguido com a atividade? Fábio Fonseca Figueiredo (2012)
