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Um estudo sobre o efeito da compactação do solo sobre o desenvolvimento radicular de plantas. O texto discute a importância do solo para a vida humana e a agricultura, descreve a compactação do solo e seus efeitos negativos, e propõe soluções sustentáveis para reduzir a compactação e minimizar os impactos na natureza. As soluções incluem o manejo do solo, plantio direto e rotação de culturas.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Efeito da compactação do solo sobre o desenvolvimento das plantas
Rafael Oliveira¹ e Ricardo de Souza Ferreira¹
Resumo. O solo é a camada superficial da crosta terrestre, constituída de água, sais minerais, matéria orgânica e poros, que facilitam as trocas gasosas das plantas com a atmosfera, a absorção e retenção de água. Podendo ser considerado um organismo vivo, devido às freqüentes transformações químicas e biológicas que ocorrem, sendo necessário realizar o seu manejo de forma correta para evitar o desequilíbrio de sua estrutura física e química. Devido a importância do solo para a produção, este trabalho teve por objetivo relacionar a compactação dos solos com a absorção de nutrientes e o desenvolvimento das plantas. Para tanto utilizou-se a pesquisa bibliográfica e a técnica da revisão de literatura. Foi possível concluir que ocorre perda de produtividade devido o mau desenvolvimento radicular das plantas devido a resistência mecânica imposta pela compactação. O sistema de plantio direto e a rotação de cultura contribuem para a formação de matéria orgânica e manutenção da umidade no solo.
Palavras chave : Desenvolvimento radicular. Manejo de solo. Rotação de cultura.
¹ Aluno do 2º semestre do curso de Agronomia da EDUVALE
Introdução
O solo é a camada superficial da crosta terrestre composta por matéria orgânica, sais minerais, água e poros. Segundo Revista Brasileira de Ciência de Solo. O solo é um substrato básico para a vida no planeta servindo como meio para o desenvolvimento das plantas e para a atividade microbiana, mas também como fator de dreno e reciclagem de muitos nutrientes que podem se acumular e poluir o nosso meio ambiente. Multiquip do Brasil (2004, p.3). Segundo Reichert et al (2007 ). ”O solo é o componente fundamental dos ecossistemas terrestres, afetando o balanço de energia, ciclo da água, ciclagem de nutrientes e a produtividade do ecossistema” (REICHERT et al, 2007). O solo é essencial na vida do ser humano, pois nele constrói-se, vive-se, produz- se fibras e alimentos, tornando-se necessário o seu uso consciente e sustentável, propiciando formação de matéria orgânica, manutenção da umidade no solo possibilitando com maior facilidade as trocas gasosas, absorção dos nutrientes pelas plantas, desta forma podendo reduzir os custos na adubação e preparo do solo. Entretanto, a maneira de preparo convencional do solo desequilibra e altera as suas características físicas, químicas, biológicas e facilita a compactação. Segundo Santos Junior (2005). “Compactação é o processo pelo qual as partículas do solo e agregados são rearranjados, tendo estes últimos suas formas e tamanhos alterados” (SANTOS JUNIOR; SÀ, 2005). Em solos compactados ocorre alteração da estrutura e, conseqüentemente, decréscimo da porosidade, da macroporosidade, da disponibilidade de água e nutrientes e da difusão de gases no solo cujas relações com o desenvolvimento das raízes são fundamentais (BEUTLER; CENTURION, 2004). Na agricultura moderna, a compactação ocorre principalmente pelo tráfego de máquinas com peso excessivo e que trafegam quando o solo está muito úmido, atingindo 68 milhões de hectares compactados no mundo (BEUTLER et al, 2006). Devido à deterioração e rearranjo da estrutura, a compactação pode atingir níveis críticos ocasionando a perda das transformações químicas, físicas, biológicas, reduzindo o potencial produtivo das plantas, além de predispor o surgimento de erosões pela redução da infiltração e porosidade do solo (SANTOS JUNIOR; SÀ, 2005). O sistema radicular menos desenvolvido absorve menos água reduzindo o potencial de água e a pressão de turgor das raízes, aumentando a produção e concentração de ácido
revolvimento do solo, podem ocasionar compactação (MELO JÚNIOR; CAMARGO; WENDLING, 2011 ).
Rotação de cultura
Rotação de cultura é a alternância de diferentes espécies vegetais em sequência temporal numa área beneficiando com seus “restos” a cultura sucessora. Segundo Duarte (2010), é uma pratica importante para a manutenção e efeitos da micorriza no crescimento e desenvolvimento das plantas. Com a rotação é possível quebrar o ciclo de pragas, promover o incremento de inimigos naturais e propiciar um maior equilíbrio ambiental e proporciona resíduos para beneficiar a cultura posterior, sendo imprescindível para o sucesso e viabilidade do sistema de plantio direto (SALTON; HERNANI; FONTES, 1998). Além de reduzir drasticamente a erosão hídrica do solo, afeta indiretamente a estabilidade estrutural por meio do incremento da matéria orgânica e atividade biológica do solo, proporciona o aumento de matéria orgânica e a cultura posterior se beneficia pelos poros das raízes da cultura anterior (MELO JÚNIOR; CAMARGO; WENDLING, 2011). Comparando diferentes sistemas de rotação em SPD com rotação de cultura, verifica-se o aumento da taxa de carbono orgânico, portanto a cobertura por palhada contribui de forma significativa para a recuperação dos estoques de matéria orgânica (CALONEGO; ROSOLEM). Atualmente tornou-se muito importante o manejo sustentável do solo, pois o atual paradigma pressuposto pela “revolução verde” originou grandes alterações no meio ambiente e nos agroecossistemas, gerando grandes impactos, desequilíbrios e redução na produtividade e produção.
Considerações Finais
O solo é considerado um organismo vivo devido as interações químicas, físicas e biológicas, portanto não pode ser considerado suporte físico para o desenvolvimento
e crescimento das plantas, mas o responsável pela vida e sobrevivência do planeta. Seu manejo realizado de forma correta pode melhorar a produção, produtividade e qualidade do meio ambiente, entretanto se for realizado de forma incorreta pode gerar grandes impactos e desequilíbrios na natureza, resultar na ocorrência de erosões e até inviabilizar a realização das atividades agrícolas. O plantio direto não revolve o solo, promove a cobertura permanente do solo evitando a perda de nutrientes por lixiviação, erosão e contribui para a manutenção da umidade do solo e a rotação de cultura beneficia a próxima cultura com os “restos” da anterior. Ambas possibilitam um maior índice de matéria orgânica, melhorando o poder de aeração do solo e penetração das raízes na busca de nutrientes, tornando a atividade agrícola mais sustentável quando comparada com o sistema convencional de revolvimento do solo.
Referencias
BEUTLER, Amauri Nelson; CENTURION, José Frederico. Compactação do solo no desenvolvimento radicular e na produtividade da soja. Faculdade de Ciências Agrarias e Veterinária, Jaboticabal, 2004.
BEUTLER, Amauri Nelson et al. Efeito da compactação na produtividade de cultivares de soja em latossolo vermelho. Revista Brasileira Ciência do Solo, 2006.
CALONEGO, Juliano Carlos; ROSOLEM, Ciro Antonio. Estabilidade de agregados do solo após manejo com rotações de culturas e escarificações. Revista Brasileira Ciência do Solo, 2008.
COMPACTAÇÂO de solo um manual básico. Rio de Janeiro: Multiquip do Brasil, 2004, p.3.
CORÁ, J.E. et al. Seção IV. Manejo e conservação do solo e da água: Variabilidade espacial de atributos do solo para adoção do sistema de agricultura de precisão na cultura de cana-de-açúcar. Revista Brasileira Ciência do solo,2004. DUARTE JUNIOR, José Barbosa; COELITO, Fábio Cunha. Rotação de culturas. Programa Rio Rural, Niterói,2010.
LOPES, Alfredo Scheid et al. Sistema plantio direto : Bases para o manejo da fertilidade do solo. Agência Nacional para a Difusão de Adubos, São Paulo.