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como superar as preocupações e lidar com o stress, Notas de aula de Tradução

Como Deixar de se Preocupar e Começar a Viver, Dale Carnegie abordou o problema com grande pormenor. Apenas algu- mas sugestões deste livro podem ajudar a ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Bossa_nova 🇧🇷

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DALE CARNEGIE

COMO SUPERAR

AS PREOCUPAÇÕES

E LIDAR COM

O STRESS

Tradução de LUCÍLIA FILIPE

ÍNDICE

  • PREFÁCIO
  • CAPÍTULO
  • Reconhecer os perigos da preocupação
  • CAPÍTULO
  • Acabar com o hábito da preocupação
  • CAPÍTULO
  • Vencer as preocupações relacionadas com o trabalho
  • CAPÍTULO
  • Desenvolver uma atitude mental positiva
  • CAPÍTULO
  • Vencer o medo
  • CAPÍTULO
  • Lidar com o stress
  • CAPÍTULO
  • Banir o esgotamento
  • CAPÍTULO
  • Reduzir a pressão do tempo
  • CAPÍTULO
  • Lidar com a mudança
  • Sobre Dale Carnegie ANEXO A
  • Os princípios de Dale Carnegie ANEXO B

D A L E C A R N E G I E

ultrapassar os problemas que nos preocupam. Temos de rea- firmar a fé em nós. Aprender a separar as preocupações e a considerá-las à luz da razão, dissecá-las, dividi-las em pedaços pequenos e perguntarmo-nos: «São reais? De onde provêm? Estas preocupações têm algum poder? Há algum princípio por detrás delas?» Devemos lidar com elas com pensamentos racionais. Isso irá desmembrar as preocupações e ajudar-nos a perceber que se trata de sombras falaciosas e ilusórias no nosso espírito. Uma sombra não tem poder — e como a preocupação é uma sombra na nossa mente, não há realidade, princípio ou verdade por detrás dela. Devemos substituir a preocupação por pensamentos positivos e repeti-los até que a nossa mente capte a verdade, o que nos liberta e ajuda a seguir em frente. Dá algum trabalho, mas podemos fazê-lo. Devemos estar determinados a fazê-lo. Temos de dizer para nós: «Vou superar isto. Vou enfrentá-lo. É uma sombra na minha mente e não vou dar poder às sombras.» Neste livro vamos analisar muitos aspectos que nos preo- cupam. Examinaremos as preocupações que surgem na nossa vida doméstica e no nosso trabalho. Discutiremos como lidar com o stress , evitar o esgotamento e desenvolver e manter uma atitude mental positiva que nos permitirá substituir as preocupações por pensamentos e acções positivas. Para tirar o máximo proveito deste livro, leia-o uma vez para compreender a abordagem para lidar com a preocupação e o stress , e depois trabalhe em cada capítulo e comece a apli- car as técnicas para dominar cada competência.

C O M O S U P E R A R A S P R E O C U P A Ç Õ E S E L I D A R C O M O S T R E S S

Nunca seremos capazes de nos livrarmos por completo de preocupações, mas podemos minimizar os seus efeitos negativos e transformá-las em acções positivas que nos tor- nam mais felizes e enriquecem as nossas vidas.

Arthur R. Pell, Editor

Quantas vezes acordámos a meio da noite com suores frios, preocupados com um problema que teremos de enfren- tar no dia seguinte ou até num futuro distante? Com que frequência interrompemos de súbito uma actividade diver- tida e a nossa mente foca-se num problema que nos preocupa muito? É improvável que haja um homem ou mulher que não tenha sentido, repetidamente, esses acessos de preocupação. Contudo, se semanas ou meses depois olharmos para trás, para os assuntos com os quais estávamos tão preocupados, muitas vezes descobrimos que o problema que nos acordou de um sono profundo, ou transformou a nossa alegria em ansie- dade, nunca se concretizou ou foi muito menos preocupante do que antecipámos. Nunca um problema foi resolvido com preocupação. Se a energia que despendemos (e a ansiedade é um grande consumidor de energia) fosse canalizada para abordagens construtivas para resolver o nosso desconforto em vez de cismarmos nele, superaríamos os medos e a inquietação e seríamos pessoas mais saudáveis e felizes.

CAPÍTULO 1

Reconhecer os perigos da preocupação

D A L E C A R N E G I E

Esta ideia não é nova. Ao longo dos tempos, filósofos e profetas exprimiram-na de diversas maneiras. No seu livro Como Deixar de se Preocupar e Começar a Viver , Dale Carnegie abordou o problema com grande pormenor. Apenas algu- mas sugestões deste livro podem ajudar a maior parte das pessoas a colocarem a ansiedade que as preocupa na devida perspectiva.

TRÊS MANEIRAS DE MINIMIZAR

AS PREOCUPAÇÕES

É fácil dizer a alguém para não se preocupar, mas fazê-lo é outro assunto. Eis algumas maneiras que muitas vezes ajudam:

  1. Quando confrontado com um problema preo- cupante, não fique a remoer nele. Enfrente-o de uma vez por todas e tome uma decisão. A maior parte da preocupação é causada pela indecisão. Assim que decidir, mantenha-se firme. Pode nem sempre ser a mais correcta, mas, de um modo geral, qualquer acção positiva é melhor do que nenhuma. Não cometa o erro de esperar nunca cometer erros.
  2. Defina onde termina o pensamento e começa a preocupação. Lembre-se de que preocupar-se não é o mesmo que pensar. O pensamento claro é construtivo. A preo- cupação é destrutiva.

D A L E C A R N E G I E

RECORRER À LEI DAS PROBABILIDADES

Quando Mike abandonou a faculdade, como muitos jovens da sua geração, decidiu percorrer os Estados Unidos à boleia. A mãe ficou desesperada. Passava as noites acordada, preocupada com o que poderia acontecer-lhe. Podia ser assas- sinado, raptado, cair numa valeta, ser preso, adoecer, andar com más companhias, etc. Durante semanas não dormiu, não comeu nem conseguiu desfrutar de qualquer aspecto da sua vida. Tudo o que fez foi preocupar-se. Procurou o conselho de uma velha amiga, que lhe recor- dou que milhares de jovens haviam feito o mesmo. Quantos deles tiveram realmente uma fatalidade? Sugeriu-lhe que se informasse junto da polícia, dos jor- nais e de algumas agências sociais. Estas fontes confirmaram que apenas uma pequena percentagem de jovens tinha sofrido um revés. A lei das probabilidades pesava significativamente a favor de que o rapaz regressasse sem problemas. Assim que a minha amiga aceitou este facto, a sua mente relaxou, deixou de se preocupar e a sua vida voltou ao normal. Como é evidente, de vez em quando tinha pensamentos perturban- tes, mas já não lhe dominavam a vida. No devido tempo, o rapaz regressou a casa e à faculdade. Se ela não tivesse colocado o assunto na perspectiva adequada, a sua saúde e equilíbrio pessoal podiam ter sido afectados.

C O M O S U P E R A R A S P R E O C U P A Ç Õ E S E L I D A R C O M O S T R E S S

VIVER DIARIAMENTE

EM COMPARTIMENTOS ESTANQUES

No seu livro Como Deixar de se Preocupar e Começar a Viver, Dale Carnegie cita os seguintes comentários do Dr. William Osler, um dos grandes cirurgiões e filósofos do início do século xx, extraídos de uma palestra que deu a um grupo de alunos da Universidade de Yale. O Dr. Osler observou que, num grande transatlântico, o comandante tem autoridade para selar alguns comparti- mentos se representarem um perigo para todo o navio. Então, declarou:

Agora, cada um de vocês é uma organização muito mais maravilhosa do que o grande transatlântico e está destinado a uma viagem mais longa. Exorto-vos a que aprendam a controlar a maquinaria de modo a viverem cada dia como um compartimento estanque, que é a maneira mais correcta de garantir a segurança da viagem. Vão para a ponte de comando e verifiquem se, pelo menos, as grandes anteparas estão prontas a funcionar. Primam um botão e oiçam, em cada nível da vossa vida, as comportas de ferro a isolarem o pas- sado — os dias de ontem que já morreram. Primam outro e, com uma cortina metálica, isolem o futuro tão hermeticamente quanto o passado… O futuro é hoje… O amanhã não existe. A perda de energia, a angústia mental, as perturbações nervosas, vão no encalço daquele que se sente ansioso em relação

C O M O S U P E R A R A S P R E O C U P A Ç Õ E S E L I D A R C O M O S T R E S S

- Há um velho ditado: «O passado já lá vai, não pode- mos mudá-lo; o futuro é desconhecido, mas o hoje é uma dádiva — por isso lhe chamamos presente.»

TRÊS PANELAS DE ÁGUA

É muito fácil perder a esperança quando tudo parece estar sempre a correr mal. Às vezes parece que, não importa o que façamos, nada resulta. A parábola que se segue descreve outra maneira de encararmos a vida. Uma rapariga foi ter com a mãe e contou-lhe a sua vida e como estava a ser difícil para ela. Não sabia como iria sobrevi- ver e queria desistir. Estava cansada de lutar e de se debater. Parecia que, quando um problema se resolvia, logo surgia outro. A mãe levou-a para a cozinha. Encheu três panelas com água e colocou cada uma em lume forte. A água não tardou a começar a ferver. Na primeira colocou cenouras, na segunda ovos e, na terceira, grãos de café moídos. Deixou que fervessem sem dizer uma palavra. Cerca de vinte minutos depois, desligou o lume. Tirou as cenouras e colocou-as numa tigela. Tirou os ovos e colocou-os noutra tigela. Depois, com uma concha, tirou o café e deitou-o noutra tigela. Virou-se para a filha e perguntou-lhe: «O que estás a ver?» «Cenouras, ovos e café», respondeu. A mãe fê-la apro- ximar-se e pediu-lhe que apalpasse as cenouras. Ela assim fez, e sentiu que estavam moles. Então, a mãe pediu-lhe que

D A L E C A R N E G I E

pegasse num ovo e partisse a casca. Depois de o descascar, observou que o ovo estava bem cozido. Por fim, a mãe pediu- -lhe que provasse o café. A filha sorriu enquanto saboreava o seu aroma agradável. A seguir, perguntou: «O que significa isto, mãe?» A mãe explicou-lhe que cada um daqueles alimentos tinha enfrentado a mesma adversidade… a água a ferver. Cada um reagiu de forma diferente. A cenoura era forte, dura e resistente. Porém, depois de ter sido submetida à água a ferver, amoleceu e enfraqueceu. O ovo era frágil. A casca fina protegia o seu interior líquido, mas após passar pela água a ferver o interior endureceu. Porém, os grãos de café moídos eram únicos. Depois de estarem na água a ferver, alteraram a água. «Qual deles és tu?», perguntou à filha. «Quando a adver- sidade bate à porta, como reages? És uma cenoura, um ovo ou um grão de café?» Pense: quem sou eu? Sou a cenoura que parece rija mas com o sofrimento e a adversidade murcho, fico mole e perco a força? Sou o ovo que começa com um cora- ção mole mas muda com o calor? Tenho um espírito fluido mas depois de uma morte, uma separação, uma dificuldade financeira ou outra provação endureci e fiquei resistente? A minha casca parece a mesma, mas por dentro sou amarga e dura, com um espírito rígido e o coração endurecido? Ou sou como o grão de café? O grão muda a água quente, a própria circunstância que causa o sofrimento. Quando a água aquece, liberta o seu aroma e sabor. Se formos como o grão de café, quando as coisas pioram melhoramos e alteramos a situação à nossa volta. Quando o momento é o mais negro e as provações