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Este documento aborda o processo de diagnóstico da doença periodontal, uma condição que afeta os tecidos que suportam os dentes. Os autores discutem sintomas como gengivite e periodontite, além de sistemas de avaliação como o cpitn. Adicionalmente, exploram novos métodos diagnósticos como espectroscopia infravermelha e tomografia de coerência ótica. O exame radiográfico também é discutido em detalhes.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Conexão UNNA Março de 2018 5
Caroline Teggi Schwartzkopf, Emerson Nakao e Prof. Dr. Rodolfo Francisco Haltenhoff Melani
gengiva sadia tem cor rosa pálida, com consis- tência firme e margem com término “em faca”^2. A gengivite é caracterizada por uma alteração na coloração gengival, alterações no tamanho (inchaço tanto coronal quanto vestibulolingual, falsa formação de bolsa), alteração na forma (edemas que leva a perda de adaptação da margem gengival e do tecido papilar), alteração na con- sistência (tecido mole e com edema, sob pressão provo- ca depressão na região) e sangramento a sondagem. Não existe alteração óssea e nem perda de inserção clínica^3. A periodontite é a progressão da gengivite e é carac- terizada por perda óssea e perda do nível clinico de in- serção. Em alguns casos pode-se verificar mobilidade do dente e envolvimento de furca grau3,4. Diversos sistemas foram criados ao longo dos anos para facilitar o diagnóstico da doença. Em 1982 foi desen- volvido, por iniciativa da Organização Mundial da saúde (OMS), um sistema de índices para avaliação da necessi- dade de tratamento periodontal, chamado de Índice das Necessidades de Tratamento Periodontal Comunitário (CPITN), que se resume em^3 : n Divisão da dentição em seis sextantes (um total de duas regiões anteriores e 4 regiões posteriores – man- díbula e maxila) – Se apenas um dente estiver presen- te no sextante, ele será incluído no sextante contíguo. n A sondagem periodontal é realizada ao redor de to- dos os dentes do sextante, onde cada valor da sonda- gem é anotado.
n O registro da condição periodontal é feito da seguin- te forma:
Este sistema apesar de não ter sido criado com propósi- tos epidemiológicos tem sido bastante utilizado em todo o mundo, principalmente pelos países em desenvolvimento^3. Segundo a AAP a avaliação do paciente periodontal deve começar com uma anamnese minuciosa sobre históri- co médico e odontológico, alguns pontos importantes que devem ser verificados são eles 5 :
18 17 16 15 14 13 12 11 0 0 2 2 3 3 4
0 1 2 -3 0 1 0 -2 -1 -1 0 -3 -4 0 -1 0 -1 0 0 -1 0 0 3 4 6 4 1 0 1 2 3 2 1 0 1 1 3 1 0 2 3 0
Mobilidade Implante Furca Sangramento à Sondagem Placa Margem Gengival de SondagemProfundidade^ Vestibular
6 Março de 2018 Conexão UNNA
Divulgação
n A queixa principal do paciente (motivo pelo qual procurou atendimento odontológico) deve ser verifi- cada e avaliada. Informação sobre tratamentos ante- riores e exames anteriores podem ser de grande valia. n Diabetes, paciente gestante, hipertensão, tabagismo, abuso de drogas e medicamentos, doença cardiovas- cular, etc. Caso o dentista julgue necessário uma ava- liação mais detalhada de determinada condição, deve encaminhar o paciente para o médico especialista.
A avaliação também inclui um exame clinico e radio- gráfico cuidadoso. No exame clínico deve-se observar 5,7: n Estruturas extra orais e articulação temporomandibular; n Tecidos e estruturas intra orais; n Condição dos dentes presentes, quais dentes estão au- sentes, condição dos dentes restaurados, dentes com mobilidade, sinais de hábitos parafuncionais, presen- ça de cárie e próteses; n Presença e distribuição de placa e cálculo; n Exame dos tecidos periodontais e periimplantares; n Avaliar e anotar a profundidade de sondagem, locali- zação da margem gengival, verificação do nível clinico de inserção e presença de sangramento a sondagem; n Verificação de mucosa, inserção dos freios, tecido queratinizado e presença de retração gengival;
Divulgação
n Presença de lesão de furca; n Solicitação e análise de exame radiográfico (verifica- ção das estruturas, dentes e análise óssea);
Todos os achados devem ser registrados na ficha do paciente. Com base nas informações colhidas, um diag- nóstico e um plano de tratamento devem ser apresenta- dos para o paciente, que deverá ser informado sobre suas responsabilidades ao longo do tratamento, bem como a respeito das etapas do tratamento, sobre o processo da doença e possíveis complicações 5,7. n Novos métodos têm sido estudados para diagnósti- co das doenças periodontais, como: Espectroscopia infravermelha – mensura a saturação de oxigênio dos tecidos. Um estudo analisou^6 múltiplos índices de inflamação periodontal usando a espectroscopia infravermelha e verificou que a oxigenação dos sí-
tios com doença periodontal foi significativamente menor se comparada aos pacientes com gengivite e saúde periodontal, mostrando que a hipóxia do teci- do reflete o consumo elevado de oxigênio que ocorre em inflamações. Este resultado é condizente com o fato dos patógenos encontrados na doença perio- dontal serem predominantemente anaeróbios. n Tomografia de coerência ótica – pode mostrar com alta resolução imagem sem 3D dos tecidos duros e moles. Porém mais estudos devem ser feitos para que se possa considerar uma tecnologia indicada para diagnóstico periodontal^2 e para obter comprovação desses novos métodos diagnóstico com maior evidência científica.