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Tipologia: Resumos
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SÍNTESE
DE 1 MINUTO
É possível, sim, aprender a se tornar interessante. Mas nem pense que você poderá algum dia se tornar interessante, e permanecer nesse estado, sem melhorar como pessoa humana. Os outros só vão gostar de estar ao seu lado se você for do tipo que lhes ofereça algo de valor, algo que os ajude a entender e viver a vida de uma maneira mais completa. É ensinando os outros a pensar e cultivando um interesse genuíno por eles que você vai aparecer como uma pessoa interessante. Para isso acontecer, não deixe de ler bons livros, de seguir blogs relevantes, de assistir aos melhores filmes, de buscar a verdade onde quer que ela apareça. Isso tudo, aliado à disposição de servir, vai aumentando o seu tamanho e a sua relevância. Você fica praticamente irresistível.
5 COMO SER INTERESSANTE
7 COMO SER INTERESSANTE
É POSSÍVEL
ENSINAR ALGUÉM A
SER INTERESSANTE?
Depois de ver o título deste e-book, algumas pessoas podem coçar a cabeça e dizer: “Não é possível que o Dr. Italo vá falar disso mes- mo” O jargão “como ser interessante” soa um pouco antigo; talvez até um pouco charlata- nesco. A idéia embutida nisso é que não tem como ensinar alguém a ser interessante, que quem é interessante, já nasce assim. Mas eu discordo. Há sim meios de ensinar as pesso- as a serem interessantes. Acho até que poucas pessoas nascem com a questão de ser interes- sante dentro de si.
Em 1936, Dale Carnegie publicou um livro chamado Como fazer amigos e influenciar pessoas. Esse não foi o primeiro livro sobre o assunto, mas sem dúvida foi o mais famo- so. O livro é vendido até hoje. Ele foi escrito no momento pós-depressão da bolsa de Nova York, grave para a população americana; por
isso digo que não é um livro ruim. Não adianta torcer o nariz e dizer que é auto-ajuda fajuta. Não é um livro de auto-ajuda de baixa qualidade.
Agora, o conteúdo do livro não se identifica com o que vou falar aqui, sobretudo porque ele marcou uma gera- ção. Um monte de gente do mundo do coaching usa ele- mentos de Como fazer amigos e influenciar pessoas. Dale Carnegie mesmo dizia que é mais fácil ganhar um milhão de dólares nos EUA do que emplacar uma frase em língua inglesa. E o título do livro foi maximamente parodiado, zoado, copiado; o próprio “como fazer” virou fonte para um monte de produtos.
Na introdução de sua obra, Dale Carnegie vai sistema- tizando a técnica – ou, segundo ele, a ciência – de fazer amigos e influenciar pessoas. A maior parte dos passos que ele sugere diz respeito a você. Por exemplo, se você quer fazer amigos e influenciar pessoas, tem de fazer com que as pessoas gostem de você. Você tem de fazer com que as pessoas prestem atenção em você. É toda hora você, você, você. A idéia do autor é fazer uma transubs- tanciação do sujeito, isto é, de algum modo eu devo mu- dar a minha natureza, tornando-me interessante. Se eu for interessante, você vai querer ser meu amigo. Se eu for interessante, vou poder influenciá-lo. E a maior parte da literatura que vem na seqüência absorve algo dessa idéia
DOIS ERROS
DE AVALIAÇÃO
Algumas ideias que estão na nossa cabeça nos fazem cair em enganos, são grandes falhas que não nos deixam ser interessantes. A pri- meira delas é achar que o interesse dos outros por nós deveria vir de modo automático. Ou seja, pelo simples fato de eu estar namorando uma bela dama, ou de estar casada com um bom moço, ou de um filho aparecer no seio da família, ou de eu virar gerente da empresa ou presidente da república etc., automatica- mente o interesse das pessoas viria para cima de mim. Porém se trata de uma das maiores falácias que existem.
Não existe nada de automático no proces- so de ser interessante. O fato de você ganhar dinheiro não lhe dá automaticamente a capa- cidade de ser interessante. O fato de você ler um, dois ou mil livros não vai lhe dar auto- maticamente a qualidade de ser interessante. E por aí vai. A coisa nunca acontece num pas- se de mágica.
Se você adquiriu este e-book achando que tudo seria por mágica, ele não é para você. Não há nada que possamos fazer que nos dê automaticamente a faculdade de ser in- teressantes. Você acha que Barack Obama ficou interes- sante para uma parte dos EUA e do mundo porque ele virou o presidente da república? Claro que não. Assumir um cargo, ou ganhar dinheiro, ou ficar bonita pode aju- dar ou atrapalhar a aquisição da faculdade de ficar inte- ressante. Você não vai ficar interessante da noite para o dia num passe de mágica.
A segunda coisa, mais profunda e definitiva, é achar que algo episódico pode acontecer e resolver a questão. Não há nada pontual que possa torná-lo(la) interessante. Ima- gine uma situação em que você tenha ido a um bar com os amigos e lá pelas tantas tenha contado uma piada incrí- vel. Todo mundo estava bêbado na medida, o timing foi certinho, foi um estouro. Aí você pensa: “Agora sim em- plaquei; me tornei uma pessoa interessante”. Pode acon- tecer de a expectativa das pessoas aumentar em relação a você, e que mandando piadas cada vez melhores você mantenha o posto. Mas o mais provável é que o álcool na cabeça de todo mundo não deixe ninguém lembrar direito da piada depois. O interesse dos outros por você nunca vai nascer de um ato episódico. Não há nada que você faça uma única vez que o torne interessante de fato. Em parte temos esse fetiche por causa da indústria fono-
quem diz que sabe fazer uma coisa dessa. Em regra, na balada, o apelo sexual sempre vence. Isso não é propria- mente ser interessante no sentido forte da expressão – que quero construir aqui. Eu não desconsidero em nada o elemento da beleza, acho que a gente tem de buscar ser bonito. Mas isso não vai lhe dar os elementos para você se tornar uma pessoa interessante.
As pessoas interessantes têm uma presença duradoura na nossa vida e nos ajudam a ser quem nós mesmos somos. São aquelas pessoas com as quais gostamos de estar junto; sabemos que elas são boas; se elas nos pe- dem alguma coisa, atendemos ao pedido sem demora. É como se tornar esse tipo de pessoa que vou ensinar hoje. Agora, você quer ter barriga negativa? Não digo que é mais fácil nem mais difícil, mas que é outra coisa que você vai ter de fazer. Ser interessante tem o elemen- to da consistência: você vai durar na história da outra pessoa atraindo-a, de algum modo, para certo lugar.
1º ENSINAR
O OUTRO A
PENSAR
Se você prestar atenção, vai perceber que as pessoas que foram interessantes para você ajudaram-no a pensar. Elas deram um mo- delo de pensamento. Muitos professores do colégio são exemplo disso. Para alguns, não existe pessoa mais interessante do que os pro- fessores de história. Com 13 anos a gente é um bobão, e chega o sujeito que leu um monte de livro e consegue contar como as coisas acon- teceram na Rússia, na França; fala do capita- lismo, do comunismo etc. Aí achamos aquele cara interessante, porque ele nos tira de um lugar de ignorância e nos põe diante de uma janela, olhando um universo que não conhe- cíamos. Isso determina monstruosamente a capacidade de ser interessante.
Quem nos ajuda a pensar se torna interes- sante naturalmente. Por que as pessoas que viajam tendem a ser mais interessantes quan-
beça uma categoria nova de pensamento, uma forma de pensar sobre a vida. Ele não vai explicar para você como a vida é, como poderia ser etc. Por acaso é interessante sentar no fim de semana com a avó e ficar ouvindo sobre a unha encravada dela? Você até pode estar ali por com- paixão; não porque ela é interessante, mas porque você é neto e tem de amá-la. Conversa de velho que só fala de doença não é interessante porque não abre nada de novo, não ensina a pensar em nada. Agora, se um velho fala das experiências que ele teve diante de uma crise financeira, ou de uma desilusão amorosa, ou de quando foi para a guerra, com certeza vai ficar interessante. Você não tinha aquelas categorias na cabeça.
Esse é um primeiro elemento do ser interessante : ajudar o outro a pensar sobre coisas que ele não teria a capa- cidade de pensar sozinho.
2º A ARTE O AJUDA A
SER INTERESSANTE
Então, alguém pode dizer: “Beleza, Italo, mas você é um professor, tem por ofício fazer isso. Para você é fácil. Mas eu não sou professor; sou um contador, sou um dentista. Minha função na vida é outra. Se eu chegar nos am- bientes e começar a falar como faço obtura- ção, o pessoal vai embora”.
Aqui entra o elemento da experiência da arte. Um sujeito que vê muitos filmes vai se tornar mais interessante, se souber usar esse fato. Quando você fala para os outros coisas que eles não teriam acesso natural- mente e que os ajuda a pensar sobre uma questão da vida, social ou política, automa- ticamente você se torna interessante. Não precisa querer ser interessante como o seu pastor ou o seu amigo. Cada um vai ser in- teressante a sua maneira. Isso depende da vivência individual. Um pastor vai ser inte-