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Elaboração e Importância do Orçamento em Obras Civis, Manuais, Projetos, Pesquisas de Engenharia Civil

Este documento aborda a importância do orçamento em obras civis, discutindo as etapas essenciais em seu processo de elaboração, os custos diretos e indiretos, a mão de obra e a aplicação da taxa de bdi. Além disso, é tratado o conceito de bdi e como alguns itens devem ser transferidos para a planilha de quantidades da obra.

O que você vai aprender

  • Por que a atenção na mão de obra e nas leis trabalhistas é essencial na elaboração orçamentária em obras civis?
  • Quais itens devem ser transferidos para a planilha de quantidades da obra?
  • Como a taxa de BDI é aplicada em um orçamento de obras civis?
  • Quais são os custos diretos e indiretos em um orçamento de obras civis?
  • Como se processa a elaboração do orçamento em obras civis?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 03/05/2021

Patyventorin
Patyventorin 🇧🇷

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Baixe Elaboração e Importância do Orçamento em Obras Civis e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity!

INTRODUÇÃO

Na construção civil, o orçamento de obra é indispensável para o sucesso das empresas em seus projetos. Ter todas as etapas e atividades desenhadas, estimar os recursos necessários e prever a composição das equipes de pro ssionais são apenas algumas das tarefas mais desa adoras. No projeto da obra, o orçamento requer atenção e foco dos pro ssionais envolvidos. Um bom orçamento na construção civil permite prever receitas e despesas futuras, controlar desvios e até projetar com bastante precisão o resultado econômico a ser alcançado na conclusão do projeto.

O orçamento na construção civil deve contemplar todas as necessidades da obra, aquelas já apresentadas e também aquelas que estão por vir. Com um universo de possibilidades tão amplo, prever o custo das situações inusitadas, que as vezes fogem do roteiro da obra é um dos maiores desa os. Realizar um bom orçamento requer um trabalho minucioso e a contribuição de diversas áreas da empresa, como compras e recursos humanos.

Só inicie uma obra com o orçamento pronto e  nalizado. Pois assim você poderá manter seus custos, acompanhar a evolução  nanceira do projeto e chegar à margem de lucro almejada. Um orçamento na construção civil bem elaborado é a chave para o sucesso dos negócios.

Maria Izabel de Paula Rbeiro, Engenheira M. Sc.

1 - Analisar

é entender

Para se fazer um orçamento de obras civis adequado e completo é necessário uma análise plena da obra que se vai executar. O sucesso do empreendimento vai muitas vezes da coerência desse orçamento com a realidade do executar. Temos de vivenciar a máxima: Analisar é entender!

Por que? Em um primeiro instante o orçamentista vai receber documentos que são: projetos

arquitetônicos e complementares, edital, especi cações técnicas, planilhas orçamentárias preenchidas totalmente (ou não) e a taxa de BDI. Normalmente é assim que acontece na vida prática. O orçamentista tem de analisar todo esse material e entender, e assim colocar em prática todos os procedimentos elaborativos do processo orçamentário.

A pergunta clássica do cliente sempre será essa: Quanto vai custar? Pergunta frequente na vida orçamentária e de grande importância e que está atrelada na expertise do o rçamentista, que incluirá neste momento mais três perguntas:

O que fazer? - Como custear? - Em quanto tempo?

E o resultado será o orçamento que passará por fazer como: Viabilidade Técnica e Econômica, Pré-planejamento, EAP (estrutura analítica do projeto), a elaboração do orçamento, planejamento, controle e execução. EAP – Estrutura Analítica do projeto

Fonte: EAP – Estrutura Analítica do projeto - https:// gestaoprodutiva.com.br/eap-estrutura-analitica-projeto/

A EAP é essencial para o orçamento, planejamento, monitoramento e controle do projeto, sendo adotada para o entendimento da comunicação do escopo do projeto entre as partes interessadas –stakeholders. Esse diálogo é de extrema importância para o esclarecimento de todo o processo executivo do empreendimento até a conclusão da obra.

São diversos benefícios com o uso da EAP, por exemplo:

  • Diminuição da complexidade do projeto
  • Monitoramento do progresso das atividades
  • Aumento da assertividade na estimativa dos custos
  • Redução de possíveis esquecimentos de atividades
  • Auxílio na formação do time de colaboradores

Elaboração Orçamentária em Obras Civis

2 - Administrar os custos de um

projeto/empreendimento, costuma ser

um grande dilema nas organizações?

A grande questão é como aliar o que o cliente está disposto a pagar com o valor monetário que o projeto precisa para ser executado. Primeiro o custo tem de ser o mais real possível, não podemos passar para o cliente preços com descontos de época. Principalmente quando o serviço só vai acontecer meses depois de fundação, estrutura, alvenaria e cobertura. A responsabilidade no orçar é grande e a visão panorâmica faz sentido. E na verdade o orçamento é um passo. E o controle desses custos, como deverá ser feito?

Para que tudo se realize a contento temos de vislumbrar a gestão de custos, que podemos de nir como a arte de administrar os valores monetários do projeto, obra, através do levantamento das necessidades  nanceiras e do controle desses gastos para alinhar o que foi estipulado com o que realmente foi gasto, sempre observando as melhores escolhas que o projeto precisa. Esta de nição nos faz ver que na prática temos de elaborar:

**- Definir atividades macro e as estimativas do projeto, além das entregas;

  • Redigir e publicar uma declaração do escopo – eap;
  • Estimar o custo e determinar o orçamento do projeto/empreendimento;
  • Elaborar cronogramas, gráficos;
  • Estabelecimento das etapas construtivas;
  • Definir as habilidades especiais e os recursos necessários para realizar as**

tarefas do projeto

Na verdade esse posicionamento elucida de forma harmônica que as fases de obra citada no PMBOK são:

Um adequado orçamento de obras é a condição suprema para que a rentabilidade da construtora ou incorporadora se faça acontecer, e deve ser realizado com regularidade de forma que as obras tenham produtividade e se desenvolvam de forma satisfatória, com recursos otimizados.

3 - Orçamento de

uma obra: Aspectos

importantes

Ter vivência de obra é conhecimento básico, é o ponto de partida para a elaboração de orçamento. A obra ensina como executar orçamento, conhecer as etapas construtivas tão importantes para o orçamento, cronogramas, etc. O que importa é que tenhamos algumas premissas conectadas ao orçamento, como:

1 - Novas tecnologias: ERPS (SISPLO, SIENGE, etc), BI, CRM, BIM, (REVIT, NAVISWORK,

ACCA Primus, Edi cius), Fotogrametria (Drones), Impressora 3D, Automação, Sistemas de preços referenciais, MS PROJECT, PRIMAVERA, SPIDER PROJECT, Excel Avançado, Google Drive, Dropbox, Zoom, CLASSROOM, Plugins e apps diversos.

2 - Projetos compatibilizados e especificações técnicas em nível executivo ,

onde se possa fazer análise e entendimento dos riscos com pleno domínio avaliatório e coleta de informações com realidade.

3 – Orçamento analítico – Com uso de tecnologias BIM 4D e 5D, para que se possa

realizar simulações, renderização, e CLASH DETECTION, por exemplo. Condições e expertises para análise do resultado com visões e interpretações com foco em: BDI, qualidade, segurança, sustentabilidade e produtividade.

O que se espera do trabalho orçamentário é o desenvolvimento de planilhas que demonstrem A ELABORAÇÃO orçamentária. Orçar uma obra signica estimar o custo de sua execução utilizando uma das técnicas: A primeira, podemos chamar de

1 - COMPARAÇÃO

A técnica da comparação é utilizada na fase de viabilidade, para a tomada de decisão gerencial. Para utilizar esta técnica bastam informações básicas obtidas de estudo preliminar. Ex: cub, custos unitários sist. informação tcpo, informativo sbc.

2 - QUANTIFICAÇÃO

A técnica de quanti cação é utilizada para elaborar uma estimativa mais precisa, servindo também para orientar a execução da obra. São necessários projetos detalhados. Ex: sinapi, sicro, tcpo, orse, etc.

Basicamente perante uma planilha temos

  • C = Q X CUSTO UNITÁRIO
  • C = CUSTO
  • Q = QUANTIDADE DE SERVIÇOS
  • C.UNIT = CUSTO UNITÁRIO (COMPOSIÇÃO DE CUSTO E PREÇOS DOS INSUMOS)

De nindo, temos tópicos a entender:

  • A matemática é simples, mas o trabalho é complexo;
  • Grande número de informações a serem coletadas e processadas;
  • Grande possibilidade de erro;
  • Necessidade de método e técnicas;
  • Pró atividade;
  • Conhecimento de como se executa.

Um orçamento na Construção Civil bem elaborado é a chave para o sucesso dos negócios.

Conhecer a realidade do mercado e suas condicionantes regionais e locais, juntamente com os métodos construtivos, clima, e outros, faz com que se tenha a consciência de quanto in uencia diretamente na qualidade do orçamento.

Um orçamento detalhado ou analítico faz o sucesso do empreendimento, assim como suas composições de custo que vão sendo melhoradas a cada obra e que podem ser aproveitadas para uma outra obra similar, criando sua memória de cálculo. Todo esse trabalho requer muita análise e percepção para que o orçamento seja de rigor e assertividade.

disposiçoes legais, muito importante saber!

Estabelece regras e critérios para elaboração do orçamento de referência de obras e serviços de engenharia, contratados e executados com recursos dos orçamentos da união e dá outras providências.

Art. 3º composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de

licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de referência do sistema nacional de pesquisa de custos e índices da construção civil - SINAPI, excetuados os ítens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.

Art. 4º o custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes

I - Taxa de rateio da administração central; II - Percentuais de tributos incidentes sobre o preço do serviço, excluídos aqueles de natureza direta e personalística que oneram o contratado; III - Taxa de risco, seguro e garantia do empreendimento; e Iv - Taxa de lucro.

Sabe-se que todo orçamento é uma estimativa, então, quanto maior a sua assertividade, menores serão as incertezas que envolvem a execução da obra — a nal, serão conhecidas tanto as despesas diretas quanto as indiretas, o valor aproximado de cada uma delas e a lucratividade esperada.

Ao lado dessas características está o BDI que é um dos fatores que resultam no preço de venda, pois engloba todas as variáveis possíveis em um empreendimento.

Quando o BDI é calculado erroneamente, há um preço nal não competitivo, gerando dé cit  nanceiro ao construtor ou construtora.

O preço de venda de um empreendimento nunca será semelhante ao de outro, porque, uma vez que as condições não são idênticas, cada obra é uma obra e o BDI obtido será diferente — seja pelos tributos, taxas, riscos, complexidade da obra entre outros fatores.

Além de exercer in uência sobre os orçamentos de obras e empreendimentos, o BDI é muito importante em licitações, uma vez que faz parte das regras e critérios que constam na elaboração de orçamentos de serviços e obras que serão contratados com os recursos da União, conforme o Decreto 7983 de 2013.

6 - Decreto

Nº 7.983/

Maria Izabel de Paula Ribeiro

7 - Formação

de preço

Custos diretos e indiretos

  • Classi cação X Elaboração Para o orçamentista, custo é o gasto que tem de ser levantado para a execução de um bem ou objeto, para tal na elaboração do orçamento, devemos estimar o custo unitário do serviço. Entender o que vem a ser custo direto e indireto é conhecimento básico no orçamento.

Classificação de Custo:

- Custos Diretos: Inclui a soma de todos os gastos que incorre diretamente na produção de uma unidade do produto. Portanto, além dos gastos com a compra de material e mão-de-obra direta, também devem ser incluídos outros gastos necessários à produção como, por exemplo, equipamentos, seguro, manutenção, depreciação de máquinas, etc. Após obter o custo direto de produção por unidade, estas despesas são multiplicadas pelo número total de unidades a serem produzidas. Dessa forma torna-se muito importante o conhecimento de todo processo produtivo para o obtenção do produto. Porque assim será possível a correta apropriação dos quantitativos de serviços de custos diretos para que sejam avaliados e mensurados os custos indiretos e administrativos.

Um exemplo de custo direto, é o caso do concreto simples, onde as horas trabalhadas de pedreiro, servente, betoneira, vibrador de imersão e dos materiais em função do traço exigido (m3 de areia, m3 de brita, kg de cimento e eventualmente, algum aditivo, que representam este custo.

- Custos Indiretos Os custos indiretos são aqueles que dão base à produção para que o objeto possa ser construído. E só podem ser realmente mensurados, quando já se conhecem os custos diretos do objeto. Os custos indiretos correspondem a: - Despesas com energia, abastecimento, refeições, segurança e outros; - Despesas com as instalações do escritório e administrativo da obra – aluguel, condomínio, luz, telefone, diretores, gerente, contador, pessoal técnico, cadistas, secretária, manutenção, depreciação de máquinas, etc; - Despesas com comercialização – montagem de propostas, comissões, fretes, visitas aos clientes, marketing, brindes etc; - Despesas com controle – equipe de controle de produção; - Despesas com o canteiro de produção: barracões, containers, ligações provisórias, placa da obra, limpeza da obra etc.

Elaboração Orçamentária em Obras Civis

  • mão de obra será terceirizada ou contratada;
  • materiais que serão utilizados;
  • dimensionamento das equipes;
  • o tempo de execução,
  • e outros dados que sejam relevantes ao projeto.

O orçamentista pode aplicar os indicadores de produtividade e de nir cada etapa de serviço de forma bem detalhada e completa.

Se o orçamento for realizado de forma con ável e realista vai permitir assim que as decisões tomadas no transcorrer do serviço orçamentário, com cautela e assertividade.

E com o orçamento pronto, podemos gerar a curva ABC e nela veri car, quais materiais que representam maior custo em determinado contexto. Assim, é possível focar na realização de melhores negociações para adquirir esses materiais, em vez de usar outros cuja redução de valor não seria tão signi cativa.

A adoção da curva ABC e as medições da obra, pode-se comparar o que foi realizado com o que foi planejado, consegue-se dessa forma, veri car diferenças e tomar decisões por exemplo, a reestruturação da equipe, mudança no processo executivo, entre outras opções.

Além disso, o orçamento ainda possibilita que as etapas de serviços que podem ser readequadas de forma a alcançar o custo  nal planejado. Mas ´podemos analisar alguns aspectos que fazem parte do contexto orçamentário, como:

1 - Cumprimento de prazos

Os prazos de compras, de serviços devem ser obedecidos porque quando se tem orçamentos bem realizados é possível fazer programações de compras, de entregas, de locação de equipamentos, contratação de mão de obra, sempre de acordo com cada etapa da obra, evitando atrasos dos prazos projetados

2 - Conhecimento do custo final do orçamento

O orçamento apresenta seu custo  nal e sua programação deve ser cumprida e é por isso que a assertividade e o detalhamento do orçamento se fazem presente. Não esquecer que o orçamento deve ser atualizado sempre condizendo o que se fez e o que há de fazer. Essa atualização do orçamento se faz possível controlar e garantir a lucratividade do empreendimento.

3 - Criação de uma base de Composições de custos, seus insumos e coeficientes

Para o orçamento a determinação das composições de custo e quantidade de insumos é uma tarefa primordial para o orçamento. As composições de custo que são obtidas através de sistemas de informação do mercado, mas essas composições são referenciais, padrões médios, mas que na verdade as composições devem ser elaboradas pela empresa re etindo a sua realidade através da apropriação do processo produtivo.

Elaboração Orçamentária em Obras Civis

Esse procedimento, além de criar uma base de dados, também é importante para manter o orçamento atualizado e  el ao projeto, desde o início.

O custo de obra envolve composições de custo, onde a mão de obra nos seus insumos, requer entender de produtividade que é aferida em canteiro de obras, e nesse tocante, temos de citar o custo hora dos colaboradores. No momento de se calcular o custo hora, não podemos incluir apenas o valor dos Encargos Sociais, mas sim, Encargos Complementares. Uma prática desenvolvida pelo SIANPI e o SICRO.

Mas temos sobre os Encargos Socias a desoneração da folha de pagamento onde a contribuição previdenciária sobre a receita bruta (CPRB) de 4,5 % que está inserida no BDI, em substituição a contribuição previdenciária patronal (CPP) de 20% sobre a remuneração dos empregados e dos contribuintes individuais, prevista no art. 22 da Lei nº 8.212/1991. Esta regra é denominada de desoneração da folha de pagamento e, entre as atividades que podem continuar aplicando a regra, estão indústrias que produzem os produtos com os NCMs listados na Lei nº 12.546/2011; Serviços de Tecnologia da Informação – TI; Serviços de Call Center; Setor de Transporte rodoviário coletivo de passageiros, enquadradas nas classes 4921-3 e 4922-1 da CNAE 2.0; transporte ferroviário de passageiros, enquadradas nas subclasses 4912-4/01 e 4912-4/02 da CNAE 2.0; transporte metroferroviário de passageiros, enquadradas na subclasse 4912-4/03 da CNAE 2.0; transporte rodoviário de cargas, enquadradas na classe 4930-2 da CNAE 2.0; Empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens de que trata a Lei nº 10.610, de 20/12/2002, enquadradas nas classes 1811- 3, 5811-5, 5812-3, 5813-1, 5822-1, 5823-9, 6010-1, 6021-7 e 6319-4 da CNAE 2.0; Empresas do setor da construção civil enquadradas nos grupos 412, 432, 433 e 439 da CNAE 2.0; e Empresas de construção civil de obras de infraestrutura, enquadradas nos grupos 421, 422, 429 e 431 da CNAE 2.0.

4 - Maior poder de negociação

O orçamento permite conhecer quais são as etapas, os materiais e equipamentos que apresentam maior representatividade no custo  nal, veja a curva ABC que nos dá essa informação de forma certeira. Dessa forma, o orçamento faz com que as negociações sejam focadas nesses aspectos, direcionando esforços ao que de fato importa.

5 - Canteiro de Obras – maior controle

Com um orçamento analítico ou detalhado é possível controlar e reduzir os custos do canteiro de obras que são signicativos e que correspondem a custos altos com a completude das normas regulamentadoras. O importante é evitar imprevistos que produzirão gastos adicionais importantes, o que devemos é ter um controle maior dos serviços e manter sempre o cronograma atualizado.

6 – Mercado atuante e real

A empresa se é organizada e possui uma carteira de fornecedores atuante e tem um empreendimento bem estruturado — tanto no planejamento físico quanto no  nanceiro — a empresa consegue entregar a obra dentro do prazo planejado e com os custos estimados. E isso é percebido no mercado, tanto pela satisfação dos clientes quanto de investidores, que terão maior tranquilidade para acreditar na gestão da empresa, e que passa a entrar no mercado de trabalho com e cácia.

7 - Planejamento mais ágil

O orçamento possibilita a elaboração dos custos das etapas de estimativas de prazos e preços de todos os insumos, dos custos diretos e indiretos completos por um cronograma físico-nanceiro, assim como um  uxo de caixa, capaz de melhorar a gestão da obra, tanto em relação a aquisições, quanto a produtividade, custos e  uxo de caixa.

Maria Izabel de Paula Ribeiro

10 - Quais as etapas

essenciais no processo

de elaboração do

orçamento de obras

civis?

Toda obra de construção civil se inicia com o orçamento, para que as chances de prejuízos e gastos não previstos sejam minoradas.

Portanto, o orçamento é o instrumento que nos leva ao preço  nal, isto é, dando a base do preço de uma obra, e a partir dele, todas as etapas executivas da obra serão iniciadas.

Desta forma, tendo de nido o preço  nal do orçamento para as mais diferentes  nalidades, a empresa se mantém competitiva no mercado. A nal, compreende-se se é viável realizar a obra e quais os riscos possíveis que possam aparecer. Mas o importante. é que o orçamento seja muito bem avaliado e entendido, porque seu objetivo maior é de otimizar os riscos.

Por isso, o orçamento deve seguir normas, decretos que coadunam com as especicações e orientações da Engenharia, da Arquitetura, da Administração e da Contabilidade.

Mas observe que se não houver delimitado o preço-base correto antes do início das obras, o negócio pode enfrentar grandes riscos para a sua conclusão. Todos os gastos devem ser previstos e calculados ainda no planejamento, no orçamento e principalmente no projeto.

Deve haver o conhecimento integral de todas as etapas executivas da obra desde o prazo máximo de execução, até a qualidade dos materiais empregados, passando pela logística da obra e contratação de colaboradores quali cados, todas estas questões precisam ser detalhadas, porque um orçamento con ável é aquele que foi elaborado por o pro ssional ciente das informações necessárias.

10.1 - TIPOS DE ORÇAMENTO PARA UMA OBRA CIVIL E SUAS ESPECIFICAÇÕES

Os tipos de do orçamento que podemos realizar está na fase em que o projeto se encontra. Podemos ir do orçamento estimativo com o projeto em Estudo preliminar até o orçamento analítico ou detalhado com o Projeto Executivo.

Sobre o orçamento de estimativa de custos, trata-se mais de uma avaliação aproximada dos custos relativos ao projeto, do que um orçamento em si. Também pode ser baseado nas tabelas por m2 que são desenvolvidas pelas empresas públicas ou privadas para construções que compartilhem o mesmo porte e características ou o CUB/SINDUSCON.

Entretanto, é importante frisar que esse orçamento ajuda a compreender o quanto será gasto, porém o seu grau de con ança é bem baixo. O mais utilizado é o Custo Unitário Básico

  • CUB. Através dele, o valor médio por metro quadrado de cada estado é obtido por meio

Maria Izabel de Paula Ribeiro

de coleta dos valores praticados pelas construtoras.

O orçamento analítico é o mais detalhado e formal de apresentação de todos os custos relacionados à edi cação. Cada um dos serviços e etapas ganha uma prospecção dos gastos, de forma discriminada que vai além da delimitação das quantidades de materiais, mas também dos equipamentos e pro ssionais diretamente responsáveis. Porém, é preciso ter o conhecimento sobre os custos diretos e os custos indiretos. Ele é o mais preciso e essencial quanto há o escopo do projeto desenvolvido e aprovado.

10.2 - LEVANTAMENTO DO VALOR UNITÁRIO E DOS CUSTOS INDIRETOS

Para realizar o levantamento das quantidades de serviços que serão utilizados na construção, primeiro deve-se reunir os projetistas. que apresentam o projeto e a base de cálculos relacionados a eles. Mesmo de posse dessas quantidades, precisamos observar os demais serviços necessários que representam os custos indiretos, que devem estar quanti cados.

A partir desse levantamento de quantidades de serviços, saberemos as quais são as etapas executivas da obra, a equipe técnica, o prazo de execução etc.

O próximo passo está nas Composições de Preços Unitários – CPU, que é montagem dos custos de cada serviço que será executado na obra. Um momento de extrema importância e que traduz o conhecimento do sistema de informação adotado e a expertise do orçamentista. Todos os serviços possuem suas composições unitárias, o que é primordial conhecer para ter um orçamento real e justo em gastos.

Com as composições de custo podemos fazer a discriminação de todos os materiais necessários, a equipe, o prazo do serviço.

Para além dos insumos de materiais, mão de obra e equipamentos, existem outros tipos de custos envolvidos no projeto de uma obra civil, os gastos indiretos também precisam ser previstos e devem ser quanti cados.

Em cada construção encontramos características especícas, principalmente as que dizem sobre a localização da obra, a segurança dos pro ssionais que trabalham nela e da edi cação em si, gastos de alimentação, transportes, energia elétrica, água, esgoto, dentre outros. Tudo deve estar previsto na planilha orçamentária, junto com os cálculos sobre as despesas operacionais, na montagem do BDI, que signi ca Boni cações e Despesas Indiretas. incluindo o percentual do lucro e dos impostos que incidem na Nota  scal.

Contudo, é importante salientar mais uma vez que cada obra tem as suas características, portanto ter um BDI  xo no orçamento pode gerar um erro fatal. Para não haver erros, o orçamentista deve indicar na planilha o custo do serviço unitário, e o preço de venda, que será o custo com a incidência do valor de seu BDI.

Parece tudo muito complicado e trabalhoso?

Elaboração Orçamentária em Obras Civis

12 - Preço de venda -

BDI, como entender?

É extremamente importante ao construtor estar atento aos custos da obra, sejam eles diretos, indiretos, ao lucro que a empresa deseja alcançar e tributos cobrados.

Saber como elucidar, estabelecer critérios assertivos a todos esses valores e, no  m, estabelecer o lucro pretendido exige o conhecimento sobre BDI. Porque é através dele que a empresa arbitra seu lucro, e o custo de uma obra é transformado em preço de venda.

Saber calcular o BDI pode trazer consequências como o preço de venda se elevará e poderá diminuir a competitividade da empresa no mercado. Ou se for o contrário, poderá afetar consideravelmente o lucro do construtor ou, levar a prejuízos.

Saber o seu preço de venda, ter suas despesas indiretas bem calculadas é a fórmula do sucesso.

12.1 - CONCEITO

BDI signica Benefícios e Despesas Indiretas, ou seja, é uma taxa que quanti ca o lucro, os tributos sobre a nota  scal e as despesas indiretas de uma obra. O BDI nada mais é que o percentual que se deve multiplicar aos custos diretos e indiretos da obra, ou seja, o seu preço total de custo, para que se chegue ao preço  nal de venda, que em suma é a aplicação da taxa de BDI.

O orçamento de um serviço, produto ou construção espelha uma sequência de custos onde se encontra uma equação econômica e  nanceira do que se vai executar, re etindo para o cliente uma expectativa de preço do que se propõe.

Na elaboração do orçamento temos o BDI (Benefícios e Despesas Indiretas), ou lucro que irá designar em percentual a parcela signicativa para o custo  nal de venda, exprimindo- se primeiramente sob forma de taxa aplicável aos custos diretos do orçamento. Devemos ter sempre em mente, que um orçamento é composto de custos indiretos, administrativos e diretos, quando conhecidos todos esses, é onde vamos estabelecer os critérios para à avaliação da margem de lucro desejada que varia de empresa para empresa, tornando complexa a comparação de taxas de BDI padrão que irão ser diferentes para cada situação empresarial.

O lucro ( BDI ) é o que se busca em cada realização de um empreendimento, produto ou serviço. Para tanto, fazem-se estudos, critérios no campo da gestão organizacional na empresa, mão de obra, material, projetos. Toda a empresa se encarrega assim, para um único universo no atendimento das prerrogativas impostas que é o lucro a ser alcançado.

Na situação onde as empresas têm que manter um custo fechado ( quando não há reajustamento) até o  nal do serviço, sem reajuste e se sujeita as mudanças na economia, o lucro pode estar garantido numa forma de gestão empresarial onde se adota o uso de especicações alternativas, projetos completos, critérios de cálculo para o levantamento dos serviços, tipo, porte, prazo, localização condições de execução determinado pela CONTRATANTE, normas de medição e pagamento, formas de contratação, treinamento e criatividade

Muitas empresas adotam a nomenclatura BDI (Bene cios e Despesas Indiretas), outras LUCRO, mas os dois de nem a mesma metodologia. Como é mais solicitado o termo BDI este capítulo irá tratá-lo como tal.

O BDI (Benefícios e Despesas Indiretas) é de extrema importância em uma empresa. Seu índice vem representado em percentual e é inserido em cada custo de serviço na planilha orçamentária ou no preço  nal total. Trata-se de assunto polêmico porque está diretamente ligado à cultura técnica empresarial e à uma logística que gera estratégias condizentes com as variações da nossa economia a nível de tributos e à uma idéia de que o BDI será um acréscimo de seu capital.

Podemos analisar o BDI mediante esta equação:

BDI = DESPESAS INDIRETAS/ OPERACIONAIS + IMPOSTOS NF + LUCRO

O BDI somente pode ser calculado depois de se obter o custo total da obra, e deve ser muito bem avaliado. Suas aplicações podem ser feitas através:

  • BDI APLICADO SOBRE O CUSTO GLOBAL – GOVERNO
  • BDI APLICADO SOBRE O CUSTO UNITÁRIO – SETOR PRIVADO

12.1.1 Fatores a serem considerados no BDI e sua aplicação

  • Localização da obra
  • Prazo
  • Complexidade da obra
  • Qualidade das informações no projeto
  • Magnitude do custo direto
  • Qualidade da empresa; dimensionamento da equipe
  • Tipo do contrato

Maria Izabel de Paula Ribeiro