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Este documento aborda a geração de calor para processos de queima e secagem em cerâmicas vermelhas, utilizando-se de hidrocarbonetos, principalmente madeira. O texto explica as reações de oxidação dos componentes da madeira, sua composição química elementar, e os mecanismos específicos de oxidação de carbono e hidrogênio. Além disso, discute-se sobre a importância da disponibilidade e custo da madeira, a análise da composição química dos gases de combustão, e as medidas diretas de controle de poluição do ar. O documento também menciona os diferentes tipos de equipamentos utilizados para neutralizar ou reter os poluentes produzidos.
Tipologia: Esquemas
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A geração de calor para os processos de queima e secagem em cerâmicas vermelhas, realizada pela combustão de hidrocarbonetos, é em síntese, a oxidação de carbono e hidrogênio com oxigênio, produzindo como resultado a liberação calor e a produção de gases de combustão, vapor de água e material particulado.
Os hidrocarbonetos apresentam composição predominante de compostos à base de hidrogênio e carbono, abundantes na natureza. A maioria das cerâmicas vermelhas utiliza como fontes de energia térmica madeira de eucalipto, pinus, bagaço de cana, bambu, capim elefante e raramente gás natural ou óleo BPF (combustíveis de origem fóssil).
A predominância das empresas deste segmento opta pela utilização de madeira de eucalipto ou pinus sob a forma de toras (lenha), cepilhos, cavacos ou pó, em função dos seguintes fatores:
CARBONO - C - 49 a 50 % (combustível) HIDROGÊNIO - H - 6 % (combustível) OXIGÊNIO - O - 44 % NITROGÊNIO - H - 0,1 A 1 % CINZAS: 0,2 % produzidos por substâncias incombustíveis. Encontram-se outros elementos químicos em pequenas quantidades tais como: cálcio, potássio, sódio e magnésio.
Relacionamos abaixo os mecanismos de oxidação dos componentes da madeira:
REAÇÃO N. 1: C + 02 = C02 + 8.050 Kcal /kg de C A reação completa de oxidação do carbono ocorre quando há disponibilidade de oxigênio suficiente. Observamos que nesta reação ocorre a maior liberação de calor por Kg de C. Portanto, ao oxidar um átomo de carbono será inevitavelmente produzida uma molécula de gás carbônico ou dióxido de carbono.
No entanto quando não há oxigênio em quantidade suficiente ocorre a combustão incompleta do carbono que libera uma quantidade reduzida de calor, como podemos observar na reação abaixo:
REAÇÃO N. 2: 2C + 02 = 2C0 + 2.380 Kcal/kg de C Comparando a reação n. 2 com a n.1, observamos as seguintes diferenças:
A queima de hidrogênio libera alta carga de calor e resulta em vapor de água. REAÇÃO N. 3: 2H2 + 02 = 2H20 + 29.060 Kcal/kg de H
A umidade é um fator muito importante na combustão de madeira. Após o corte, a madeira contém em média 50 a 60 % de umidade. Estocada em local coberto após seis a oito meses sofre uma redução para 15 a 20 %. Para observar a importância da umidade no poder calorífico do cavaco picado de madeira tomamos como base a geração de 1.000.000 Kcal, comparando o consumo de madeira nas diversas faixas de umidade.
% UMIDADE PODER CALORÍFICO POR Kg DE CAVACO
CONSUMO EM KG PARA GERAR 1.000.000 KCAL
AUMENTO NO CONSUMO EM RELAÇÃO AO CAVACO COM 10% DE UMIDADE 10 3930 254, 15 3675 272,11 6,94% 20 3425 291,97 14,74% 25 3175 314,96 23,78% 30 2925 341,88 34,36% 35 2675 373,83 46,92% 40 2425 412,37 62,06% 45 2175 459,77 80,69% 50 1920 520,83 104,69% 55 1670 598,80 135,33% 60 1420 704,23 176,76% 65 1170 854,70 235,90% Em algumas cerâmicas de São Paulo os cavacos são acondicionados e protegidos contra intempéries em galpões especialmente construídos para este fim com capacidade de armazenamento de até 8.000 m3.
Pás carregadeiras remexem as pilhas de cavacos de cinco a seis vezes ao dia, proporcionando contato do produto com o ar e sua secagem natural, reduzindo a umidade de 40% para patamares que variam de 10 a 20 %, gerando reduções no consumo de madeira e melhorando o processo de queima pela queda da quantidade de vapor de água no interior dos fornos.
Observaremos que a utilização de uma quantidade menor de combustível implica de forma direta a redução de elementos na atmosfera.
padrões de qualidade do ar definem as concentrações máximas legalmente estabelecidas para um poluente na atmosfera, garantindo a proteção da saúde e do meio ambiente. Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos produzidos por determinados poluentes e são fixados em níveis que possam propiciar uma margem de segurança adequada.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90. Uma vez produzido o CO2 é liberado para a atmosfera e não há nenhuma forma de transformá-lo, a não ser por reações fotossintéticas realizadas por plantas e algas.
Dependendo da aplicação e do tipo de poluente produzido pelo processo podem ser dimensionados vários equipamentos, desde lavadores de gases com coluna vertical ou horizontal, lavadores tipo Venturi, ciclones ou multiclones, precipitadores eletrostáticos, filtros de mangas, entre outros. O que definirá o tipo de equipamento mais adequado para cada aplicação será:
Os lavadores de gases são colunas horizontais ou verticais, dotados de circuitos hidráulicos compostos por: bomba, rede hidráulica, bicos pulverizadores e tanque para armazenamento da água ou solução recirculante, lavagem dos contaminantes com água ou soluções.
São utilizados de forma mais freqüente em instalações para neutralização de gases corrosivos com baixas concentrações de materiais particulados e faixas granulométricas superiores a 250 microns.
Utilizados para a retenção de gases com baixas concentrações de materiais particulados, apresentam algumas desvantagens operacionais importantes:
Os ciclones e multiclones são coletores inerciais que impõem uma força centrífuga no interior de cilindro com entrada tangencial, projetando as partículas do fluxo de ar contra suas paredes, removendo-as do fluxo de gases. São equipamentos utilizados para material particulado com frações grossas entre 80 a 200 microns. Apresentam as seguintes desvantagens:
A utilização de elementos filtrantes têxteis é a mais recomendada para a retenção de materiais particulados presentes em fluxos gasosos, com predominância granulométrica entre 3 a 50 microns. Os elementos filtrantes são fabricados em tecidos técnicos, costurados em formatos cilíndricos, denominados comercialmente como "mangas filtrantes". A principal variável que determinará o tamanho de um filtro de mangas é a relação definida entre a vazão volumétrica e a área filtrante total disponível, também chamada de taxa ou velocidade de filtragem, definida em m3/m2/min.
A velocidade de filtragem é definida mediante o fornecimento das seguintes variáveis: