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Informações sobre a cólera, uma doença causada pela bactéria Vibrio cholerae toxigênico dos sorogrupos O1 e O139. São abordados o agente etiológico, reservatório, modo de transmissão, período de incubação e transmissibilidade. O Vibrio cholerae tem como reservatórios o homem (portador assintomático) e o ambiente aquático. A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral e pode ser direta ou indireta. O período de incubação varia de algumas horas a 5 dias e o período de transmissibilidade perdura enquanto houver eliminação do agente etiológico nas fezes.
Tipologia: Trabalhos
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A cólera é causada pelo Vibrio cholerae toxigênico dos sorogrupos O1 e O139, uma bactéria (bacilo) gram- negativa, aeróbia ou anaeróbia facultativa com flagelo polar. Outros sorogrupos (não O1 e não O139), toxigênicos ou não, assim como cepas não-toxigênicas dos sorogrupos O1 e O139, também podem causar diarreia, porém menos severa que a cólera e sem potencial epidêmico. O Vibrio cholerae O1 pode ser classificado em dois biotipos, Clássico e El Tor, os quais apresentam diferenças em propriedades fenotípicas e genotípicas, patogenicidade e padrões de infecção e sobrevivência nos hospedeiros humanos. As estirpes de El Tor são frequentemente associadas a infecções assintomáticas, menor taxa de mortalidade, melhor sobrevida no ambiente e no hospedeiro humano e maior eficiência da transmissão pessoa a pessoa, quando comparadas às estirpes clássicas, que causam manifestações clínicas mais graves.
O Vibrio cholerae tem como reservatórios o homem (portador assintomático) e o ambiente aquático. Como faz parte da microbiota marinha e fluvial, pode se apresentar de forma livre ou associado a crustáceos, moluscos, peixes, algas, aves aquáticas, entre outros, incluindo superfícies abióticas. Algumas dessas associações permitem que a bactéria persista no ambiente mesmo quando não há casos da doença na população. Além disso, possibilitam a ocorrência de transmissão da cólera pelo consumo de peixes, mariscos e crustáceos crus ou mal cozidos.
A transmissão da cólera ocorre por via fecal-oral e pode ser direta ou indireta: ▪ Transmissão direta: ocorre pela contaminação pessoa a pessoa. ▪ Transmissão indireta: ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados.
Varia de algumas horas a 5 dias. Na maioria dos casos, esse período é de 2 a 3 dias.
Perdura enquanto houver eliminação do agente etiológico nas fezes, o que ocorre, na maioria dos casos, até poucos dias após a cura. Para fins de vigilância, o período aceito como padrão é de 20 dias.
As manifestações clínicas mais frequentes da cólera são diarreia e vômitos com diferentes graus de intensidade. Também pode ocorrer dor abdominal e, nas formas severas, cãibras, desidratação e choque. Febre não é uma manifestação comum. Nos casos graves, mais típicos, aproximadamente 5% dos infectados, o início é súbito, com diarreia aquosa, abundante e incoercível (difícil de controlar), com inúmeras dejeções diárias. Nesses casos, a diarreia e os vômitos determinam uma extraordinária perda de líquidos, que pode ser da ordem de 1 a 2 litros por hora. Tal quadro leva rapidamente à desidratação intensa e deve ser tratado precoce e adequadamente, para evitar a ocorrência de complicações e óbito.
As complicações da cólera são decorrentes da depleção hidrossalina, imposta pela diarreia e pelos vômitos, e ocorrem mais frequentemente em indivíduos idosos, diabéticos, desnutridos, portadores do vírus HIV e com patologia cardíaca prévia. A desidratação não corrigida levará à deterioração progressiva da circulação, da função renal e do balanço hidroeletrolítico, causando danos a todos os sistemas do organismo. Como consequência, podem ocorrer choque hipovolêmico, necrose tubular renal, atonia intestinal, hipocalemia (levando a arritmias cardíacas) e hipoglicemia (com convulsões e coma em crianças). Em gestantes, o choque hipovolêmico pode induzir a ocorrência de aborto e parto prematuro.
Diarreia e vômito são as manifestações clínicas mais frequentes. Os principais sintomas são variados e vão desde infecções inaparentes (sem sintomas) até casos graves. As fezes podem se apresentar com aspecto água amarela-esverdeada, sem pus, muco ou sangue. Em alguns casos pode haver, de início, a presença de muco. As fezes podem apresentar um aspecto típico de “água de arroz”. A diarreia, na maioria dos casos, é abundante e incontrolável, e o doente pode apresentar inúmeras evacuações diárias, o que pode levar a um estado de desidratação grave e choque.