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Este texto discute as dificuldades enfrentadas por pais na aplicação de novas teorias educacionais e psicológicas, que propuseram respeitar as crianças e suas preferências. O autor argumenta que, embora essas ideias são importantes, muitos pais têm dificuldade em estabelecer limites adequados e em ensinar aos filhos a compreenderem e respeitar as fronteiras de outros.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Com as mudanças ocorridas durante o século XX, tanto no campo das relações humanas como na educação, as pessoas foram aprendendo a respeitar as crianças, entendendo que elas têm querer, gostos, aptidões próprias a até indisposições passageiras - exatamente como nós, adultos.
Com isso, sem dúvida, muita coisa melhorou para as crianças - e, claro, para nós adultos também. O relacionamento entre pais e filhos ganhou mais autenticidade, menos democrática. E o entendimento cresceu... Todos ficaram felizes... Será? Será que as coisas aconteceram assim de forma tão harmoniosa, com todos? Na verdade, não. Em muitos casos, surgiram problemas, porque ocorreram uma série de enganos e distorções em relação a essa nova forma de relacionamento familiar. E por quê? Será que essas novas teorias estavam, afinal erradas? Em parte sim e em parte não. O problema maior que ocorreu - e ainda vem ocorrendo - é que muitos pais estão tendo sérias dificuldades para colocar em prática essa nova forma de educar, que é de fato muito mais difícil.
Como saber a hora de dizer sim e a hora de dizer não? Aliás, perguntam-se, aflitos, muitos pais: há de acordo com essas novas teorias, realmente uma hora para dizer não? Negar alguma coisa para os filhos parece um crime, um verdadeiro pecado atualmente, ou, no mínimo, um ato autoritário, um modelo antiquado de educar. Afinal, tantas obras publicadas indicam tudo que não se deve fazer e tão poucas oferecem realmente uma diretriz para clarear o caminho de quem quer bem orientar os filhos... Muitos pais e mamães ficam em sérias dificuldades ao tentarem colocar em prática aquelas ideias tão lindas que tinham em mente ao iniciarem o longo e delicado caminho da formação das novas gerações:" comigo vai ser tudo diferente; não vou ser igual aos meus pais em nada...", afirmam, convictos. Cheios de boas intenções lá vão eles e... de repente, as coisas deixam de ser tão simples e fáceis. Ao contrário. O dia-a-dia parece se tornar muito, mas muito complicado mesmo. Ai, meu Deus, o que fazer? Aquele relacionamento ideal, perfeito, em que a mamãe, com todo carinho ( e com toda a razão), explica (sem nenhum autoritarismo e cheia de compreensão), que aquele CD que o filhinho
arranhou, tão inocentemente, "tadinho" - não era para ser riscado... mas, mesmo com todo com toda a conversa, com todo afeto demonstrado e outras tantas racionais explicações, o CD foi arranhado, sim. E não apenas um, mas vários! Explicado assim, com tanto carinho e amor, deveria Ter funcionado, afinal usou toda sua psicologia, não foi?... Então, o que está acontecendo?
Depois de falar, explicar, sorrir, explicar de novo, acariciar, entender, compreender - tudo, tudo, conforme manda o figurino da nova educação - não é que o que parece que seu doce filhinho não entende o diálogo? Pois, afinal, não se foi para o lixo toda a ma-ra-vi-lho-sa coleção de CD's do maridinho?... Como é que pode? E agora? Onde foi que eu errei? Perguntam-se, desesperados, os pais. Afinal, conversam, explicam, não agridem, não impõem, não batem, não castigam... e, no fim, a vida está virando um verdadeiro inferno, quanto mais fazem, mais os filhos querem que se faça, já não sabem mais como agir, estão desesperados! Um belo dia, percebem-se, admirados, a dizer " no meu tempo não era assim", aquela frase odiável que ouviram tantas vezes e, agora, quem diria, eles próprios a estão dizendo, é o que é pior, resolveram "virar a mesa", estão castigando os filhos, berrando, se escabelando, irritados, perdidos... Parece o fim do mundo? Parece. Mas, felizmente, não é. Já dizia Aristóteles, um filósofo que viveu muito antes de Cristo, "a justiça está no meio-termo". Ou seja, o que ocorreu foi que, no afã de atender aos reclamos da moderna pedagogia e da psicologia, os pais perderam um pouquinho o rumo - e, sem querer, exageraram na dose - quiseram tanto acertar que, por vezes, erraram. Mas, calma, nada que não tenha remédio! Algumas regras básicas são suficientes para colocar a casa em ordem e a vida em paz!... E é exatamente o que vamos fazer aqui: explicar com clareza e objetividade como ser um pai moderno - sem perder a autoridade, sem deixar que os filhos cresçam sem limites e sem capacidade de compreender e enxergar o outro - habilidades básicas e essenciais para quem deseja criar cidadãos, seres humanos capazes de praticar o humanismo com a mesma naturalidade com que respiram! Para possibilitar o surgimento desse ser humano maravilhoso é necessário que os pais tenham certeza de uma coisa: dar limites é importante. Não pode haver dúvidas quanto a isso. Antes de começar é preciso pensar - e decidir. É fundamental acreditar que dar limites aos filhos é iniciar o processo de compreensão e apreensão do outro (atualmente muita gente acredita que o limite provoca necessariamente um trauma psicólogo e, em consequência, acaba abrindo mão desse elemento fundamental na educação) Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites - isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida - mas nem tudo e nem sempre. Essa diferença pode parecer sutil, mas é fundamental. Entre satisfazer o próprio desejo e pensar no direito do outro, muitos tendem a preferir satisfazer o próprio desejo, ainda que, por