Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Colangite Biliar Primária, Resumos de Gastroenterologia

A colangite biliar primária (cbp) é a doença colestática autoimune mais comum, marcada pela presença de um autoanticorpo específico (ama) e inflamação granulomatosa de ductos biliares intra-hepáticos que levam à destruição das suas células epiteliais, colestase crônica, fibrose e cirrose. É uma doença hepática autoimune caracterizada pela destruição progressiva dos ductos biliares intra-hepáticos, provocando colestase, cirrose e insuficiência hepática. Ocorre um ataque autoimune nos pequenos canais biliares. A cbp tem predomínio no sexo feminino (relação 9:1) e maior prevalência em mulheres acima de 40 anos. Ocorre quase exclusivamente em mulheres de 35 a 70 anos. Há associação com outras doenças autoimunes, sendo as mais frequentes a síndrome de sjögren (até 50% dos casos), doença de raynaud e esclerose sistêmica forma limitada. Atualmente, a maioria dos casos é diagnosticada em fase precoce, sendo que mais de 50% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico.

Tipologia: Resumos

2024

À venda por 21/10/2024

augusto-molinaroli
augusto-molinaroli 🇧🇷

7 documentos

1 / 4

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Colangite Biliar Primária
1
Colangite Biliar Primária
A colangite biliar primária CBP é a doença colestática autoimune mais comum,
marcada
pela presença de um autoanticorpo específico AMA e inflamação granulomatosa
de ductos
biliares intra-hepáticos que levam à destruição das suas células epiteliais,
colestase crônica,
fibrose e cirrose.
É uma doença hepática autoimune caracterizada pela destruição progressiva dos
ductos biliares intra-hepáticos, provocando colestase,cirrosee insuficiência
hepática. Ocorre um ataque autoimune nos pequenos canais biliares.
A CBP tem predomínio no sexo feminino (relação 91 e maior prevalência em
mulheres acima de 40 anos. Ocorre quase exclusivamente em mulheres de 35 a
70 anos.
Há associação com outras doenças autoimunes, sendo as mais frequentes a
síndrome de Sjögren (até 50% dos casos), doença de Raynaud e esclerose
sistêmica forma limitada.
Atualmente, a maioria dos casos é diagnosticada em fase precoce, sendo que
mais de 50% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico.
Os sintomas mais comuns são fadiga e prurido, presentes em mais de 70% dos
casos. Icterícia e má absorção intestinal ocorrem apenas na fase avançada da
doença.
Os pacientes geralmente são assintomáticos ao diagnóstico, mas podem
apresentar sinais de fadiga ou sintomas de colestase (p. ex., prurido e
esteatorreia) ou de cirrose (p. ex.,hipertensão portale ascite).
O exame físico destes pacientes pode ser inocente ou demonstrar manifestações
cutâneas
(hiperpigmentação, xantomas, xantelasmas, escoriações, icterícia),
hepatoesplenomegalia e sinais
de cirrose descompensada.
pf3
pf4

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Colangite Biliar Primária e outras Resumos em PDF para Gastroenterologia, somente na Docsity!

Colangite Biliar Primária

A colangite biliar primária CBP é a doença colestática autoimune mais comum, marcada pela presença de um autoanticorpo específico AMA e inflamação granulomatosa de ductos biliares intra-hepáticos que levam à destruição das suas células epiteliais, colestase crônica, fibrose e cirrose.

É uma doença hepática autoimune caracterizada pela destruição progressiva dos ductos biliares intra-hepáticos, provocando colestase, cirrose e insuficiência hepática. Ocorre um ataque autoimune nos pequenos canais biliares. A CBP tem predomínio no sexo feminino (relação 9 1  e maior prevalência em mulheres acima de 40 anos. Ocorre quase exclusivamente em mulheres de 35 a 70 anos.

Há associação com outras doenças autoimunes, sendo as mais frequentes a síndrome de Sjögren (até 50% dos casos), doença de Raynaud e esclerose sistêmica forma limitada. Atualmente, a maioria dos casos é diagnosticada em fase precoce, sendo que mais de 50% dos pacientes são assintomáticos ao diagnóstico.

Os sintomas mais comuns são fadiga e prurido, presentes em mais de 70% dos casos. Icterícia e má absorção intestinal ocorrem apenas na fase avançada da doença.

Os pacientes geralmente são assintomáticos ao diagnóstico, mas podem apresentar sinais de fadiga ou sintomas de colestase (p. ex., prurido e esteatorreia) ou de cirrose (p. ex., hipertensão portal e ascite). O exame físico destes pacientes pode ser inocente ou demonstrar manifestações cutâneas (hiperpigmentação, xantomas, xantelasmas, escoriações, icterícia), hepatoesplenomegalia e sinais de cirrose descompensada.

Devemos suspeitar de CBP no seguinte cenário: Suspeitar de colangite biliar primária se os pacientes têm níveis séricos inexplicavelmente elevados de fosfatase alcalina e gamaglutamil transpeptidase, mas aminotransferases minimamente anormais, sobretudo se têm sintomas constitucionais ou manifestações de colestase (p. ex., prurido, osteoporose, deficiência de vitamina D.

Colestase crônica intra-hepática, especialmente em mulheres de meia-idade com outras doenças autoimunes. IgM aumentada, eosinofilia, dislipidemia, deficiências de vitaminas lipossolúveis e elevação de ceruloplasmina e de ácidos biliares. AAN positivo  30 50%. Para o diagnóstico de colangite biliar primária CBP são necessários 2 de 3 critérios: evidência bioquímica de colestase; positividade do anticorpo antimitocôndria AMA em títulos maiores ou iguais a 1 80 na imunofluorescência indireta IFI e/ou AAN com padrões específicos; biópsia hepática com colangite destrutiva não supurativa e destruição dos ductos biliares interlobulares.

Nos casos de negatividade do AMA, títulos  1 80 ou padrão atípico na IFI, deve- se fazer a pesquisa por imunoblotting ou ELISA. O AMA pode estar ausente em 5% dos portadores de CBP e, nesses casos, a positividade do AAN nos padrões anti-gp210 (padrão de envelope nuclear) e anti-sp100 (padrão de nuclear dots) podem auxiliar no diagnóstico.

A biópsia hepática é desnecessária nos casos de colestase com positividade do AMA e está indicada quando o AMA e padrões específicos do AAN forem negativos e/ou

transaminases mais que 5 vezes o valor normal, pode-se considerar o uso de budesonida em caso de não resposta. Está contraindicada em pacientes com cirrose hepática, pelo risco de trombose de veia porta.

O tratamento é feito com a utilização de ácido ursodesoxicólico, ácido obeticólico, bezafibrato, colestiramina (para o prurido), complementação das vitaminas lipossolúveis e, nos casos avançados, transplante hepático.