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O paciente passa pela recepção onde é preenchida a ficha de identificação, pesado e encaminhado para o atendimento que é feito pelo estagiário plantonista. O ...
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Danilo Ferreira de Almeida. Orientadora: Prof a MSc. Alana Flávia Romani JATAÍ 2007
Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação defendido e aprovado em 07 de dezembro de 2007, pela seguinte Banca Examinadora: Profa. MSc. Alana Flavia Romani – UFG Presidente da Banca Profa. Dra. Cecília Nunes Moreira Sandrini Membro da Banca M. V. Vanessa Marques Vanin Membro da Banca
Dedico aos meus pais pela luta e esforço, aos professores, residentes e funcionários do H-VET/UFU, a orientadora, aos amigos e aos animais estudados que contribuíram para ampliar meus conhecimentos.
"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." (Philip Ochoa)
ALT...................... Alanina aminotransferase AST...................... Aspartato aminotransferase Bioq...................... Bioquímica CK........................ Creatinina DNNE................... Desvio Nuclear dos Neutrófilos a Esquerda Freq..................... Freqüência HV/UFU............... Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia IFI......................... Imunofluorescência indireta LCR...................... Líquido cefalorraquidiano M/C...................... Média por Campo MPE..................... Membro posterior esquerdo OSH..................... Ovário salpingo histerectomia Out....................... Outubro PCR..................... Reação em cadeia de polimerase Quant................... Quantidade Set....................... Setembro SNC..................... Sistema Nervoso Central T11....................... Vértebra torácica numero 11 T12....................... Vértebra torácica numero 12 UFG..................... Universidade Federal de Goiás UFU..................... Universidade Federal de Uberlândia. Urinal................... Urinálise UTI....................... Unidade intensiva de tratamento.
Sabe-se que a demanda na área de Clinica Médica de pequenos animais vem crescendo consideravelmente nestes últimos anos. Famílias com crianças e pessoas sozinhas têm procurado adotar um animal de estimação a fim de alegrar mais suas vidas ou suprir carências emocionais. O Médico veterinário diante deste quadro e devido à grande procura e oportunidade de trabalho, vem se aperfeiçoando cada vez mais neste campo de atuação. O estágio curricular supervisionado foi realizado no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Uberlândia (HV/UFU), nas áreas de cirurgia, laboratório clínico e clínica médica de pequenos animais, no período de seis de agosto a nove de novembro de 2007, perfazendo um total de 664 horas. Tive como supervisor o Prof. Marco Antônio Ribeiro de Faria, diretor executivo do HV/UFU, e como orientadora, a Profa. MSc. Alana Flávia Romani, coordenadora de estágios do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás. A escolha do HV/UFU para o local de estágio foi feita principalmente devido a alta casuística de atendimentos e pela oportunidade que este local oferece em questão de liberdade de acompanhamento e monitoramento dos casos, e também por proporcionar uma bagagem cultural muito boa que foi importantíssimo para o aproveitamento do estágio supervisionado e para minha própria vida profissional. Desta maneira, fiz um plano de estágio com intuito de obter o máximo de aproveitamento, diante disso segui cronologicamente pelas áreas de cirurgia, laboratório clínico e por fim chegando com um conhecimento maior na clínica médica de pequenos animais. Dentre os vários casos atendidos, foram escolhidos um de Neosporose e um de Hepatozoon, ambos em cães.
Há um centro cirúrgico constituído de quatro ambientes de mesmo tamanho equipados com aparelhos sofisticados de anestesia inalatória e respiração artificial, um canil da cirurgia, composto de oito gaiolas, uma sala de tricotomia, uma sala para confecção de curativos, gesso e talas, duas salas de Raio x, uma sala para ultrasonografia e uma sala de técnica operatória utilizada pelos professores para ministrarem suas aulas. O ambiente externo é constituído por currais de recepção para animais de grande porte, um brete para eqüinos e um para bovinos, um centro cirúrgico e dez baias para pré e pós-operatório. O Hospital no seu quadro técnico conta com duas Médicas veterinárias, três residentes de clínica, um residente e dois técnicos em laboratório, dois residentes de patologia, dois residentes de cirurgia, dois técnicos de enfermagem e dois técnicos de radiologia. O atendimento começa às 7:00 h e encerra as 17:30 h. O paciente passa pela recepção onde é preenchida a ficha de identificação, pesado e encaminhado para o atendimento que é feito pelo estagiário plantonista. O estagiário conduz o paciente e o proprietário até um consultório. Inicialmente é realizada uma anamnese geral, posteriormente uma especial e em seguida, o exame físico. Ao término de preenchimento da ficha o estagiário convoca um veterinário ou um residente disponível, este lê e analisa a ficha preenchida e faz novas perguntas ao proprietário quando achar conveniente e então solicita os exames necessários para fechar o diagnóstico. Um enfermeiro ou o próprio estagiário realiza a colheita dos espécimes clínicos e encaminha para o laboratório. Caso o paciente esteja em estado grave, o médico veterinário já é chamado na recepção e o animal passa direto a UTI, onde os estagiários auxiliam no procedimento. Se o caso for de internação, o animal é encaminhado à enfermaria, onde passará o dia e retornará no dia seguinte se necessário. A receita pode ser feita pelo estagiário, porém carimbada e assinada pelo Médico Veterinário ou residente responsáveis. Desta maneira, as atividades dos estagiários da clínica médica no HV/UFU resumem-se em: recepção do paciente, realização do exame clínico completo, colheita de material para exames, realização de curativos, auxílio nos exames radiológicos, tricotomia e preparação dos animais
para cirurgia, colocação de cateteres, sondas, administração de medicamentos e fluidoterapia. Na cirurgia o estagiário coloca cateteres, contém o animal, realiza a anti- sepsia, responsabiliza-se pela anestesia, assiste as cirurgias ou auxilia o cirurgião em algumas delas. No laboratório de análises clínicas é permitido a realização de todos os exames, mediante acompanhamento de um técnico ou do residente. Os exames feitos são os de rotina, como hemograma completo com pesquisa de hemoparasitos, urinálise, análise de raspado cutâneo, exame parasitológico de fezes, bioquímicas diversas, testes específicos de função hepática como Van den Berg e testes para avaliação do líquido cavitário. 2.1.2 Casos clínicos, cirúrgicos e laboratoriais acompanhados no HV-UFU durante o estágio supervisionado. O estágio foi iniciado na área de cirurgia do período de 06 de agosto permanecendo neste setor até 07 de setembro de 2 007. O aproveitamento foi considerado bom, pois durante este período foi possível acompanhar quase todos os procedimentos cirúrgicos totalizando 52 procedimentos que estão expostos na Tabela 1.
Dando seguimento ao estágio, durante o período de 10 de setembro a 05 de outubro de 2007, estive no laboratório de análises clínicas do HV-UFU. Nesta área houve bastante dedicação, visto que houve ao longo da graduação uma deficiência nesta disciplina. Neste espaço de tempo pude acompanhar a confecção de praticamente todos os exames de rotina. Nas primeiras semanas, anotei e observei cada procedimento adotado pelos técnicos e residentes, a partir da segunda semana comecei a fazer sozinho os exames e quando havia dúvida procurava um técnico ou o residente que me esclarecia de forma clara e objetiva. Este setor tem hoje uma grande rotina de exames. Durante estes 26 dias de estágio nesta área foram realizados 273 hemogramas completos, 106 urinálises, 212 pesquisas se hemoparasitos, 107 bioquímicas sanguíneas diversas, 120 exames parasitológicos de fezes e 25 análises de raspado cutâneo. O laboratório conta hoje com um equipamento de última geração para confecção de hemogramas, com 16 parâmetros analisados automaticamente, o que proporciona bastante agilidade em todo processo. Para exames de urina, utiliza-se a fita reagente e os ensaios bioquímicos ainda são feitos em espectrofotômetro manual. Desta forma, o laboratório de análises clínicas da UFU consegue atender a Faculdade, a cidade e a região. Após passar pela cirurgia e pelo laboratório o estágio foi encerrado na área de clínica médica com início em 08 de outubro e término em 09 de novembro de
TABELA 2 – Casos clínicos acompanhados na clínica médica do HV/UFU no período de 08 de outubro a 09 de novembro de 2008 Ocorrência Espécie Quant. Frequência(%) Distúrbios do Sistema Circulatório Insuficiência Cardíaca Congestiva Direita Canina 2 2, Distúrbios do Sistema Tegumentar Abscesso Canina 2 2, Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitos Canina 1 1, Alergia a Picada de Insetos Canina 1 1, Demodicidose Canina 2 2, Dermatofitose Canina 3 4, Escabiose Canina 1 1, Laceração por Mordedura Canina 2 2, Miíase Canina 1 1, Otite Canina 1 1, Otohematoma Canina 1 1, Distúrbios Oftálmicos Catarata Canina 1 1, Protusão de 3 a pálpebra Canina 1 1, Distúrbios do Trato Urinário Cálculo Uretral Canina 1 1, Insuficiência Renal Aguda Canina 1 1, Insuficiência Renal Crônica Canina 1 1, Distúrbios do Sistema Reprodutivo Carcinoma Escrotal Canina 1 1, Piometra Canina 4 5 , 48 Distúrbios do Sistema Respiratório Broncopneumonia Canina 1 1, Pneumonia por Aspiração Canina 1 1, Traqueobronquite Canina 1 1, Distúrbios do Sistema Digestivo Colestase Hepática Canina 1 1, Fístula Oronasal Canina 1 1, Gastroenterite Felina 1 1, Gastroenterite Canina 2 2, Megaesôfago Canina 1 1, Sialocele Canina 1 1, Distúrbios do Sistema Hemolinfático Erliquiose Canina 10 13, Hepatozoonose Canina 3 4, Haemobartonelose Felina 2 2, (continua)
3.1 Relato de caso 3.1.1 Resenha Chegou ao HV/UFU no dia 23 de outubro de 2007, o animal “Mel”, da espécie canina, fêmea, três anos, da raça Rottweiler, pelagem preta, pesando 31, kg. 3.1.2 Anamnese Foi relatado pelo propietário que há um mês observou episódios de tosse em sua cadela durante uma semana. Desde então ela passou a se levantar com dificuldade e tremendo os membros ao ficar em estação. Observando-a ao caminhar, notou que a mesma estava com a marcha um pouco desequilibrada. Este sintoma foi evoluindo durante uns 20 dias, apresentando incoordenação ao caminhar, quando o faz, é com passos longos e queda. Dessa forma está preferindo ficar quieta. Foi informado também que no decorrer de sua vida, a cadela apresentou Erliquiose duas vezes, relatando que o controle de carrapato é difícil pelo fato do animal ir à fazenda com bastante freqüência. A cadela alimentava-se de ração e ocasionalmente de fígado de vaca cru, no entanto no momento da consulta apresentava-se com o apetite diminuído. A vacinação estava em dia sendo utilizada vacina nacional e quanto à vermifugação, foi realizada há 15 dias. Foi levado anteriormente a outro veterinário que receitou Doxiciclina 200 mg, devendo ministrar um comprimido a cada 12 horas. Fez isso por 8 dias, não obtendo melhoras do quadro resolveu trazer ao HV/UFU.
3.1.3 Exame físico No exame físico, a cadela se apresentava em bom estado nutricional, com presença de carrapatos, mucosas normocoradas, bem hidratada e com pelos brilhantes. Apresentava também temperatura de 39,2 °C, freqüência cardíaca de 108 bpm e freqüência respiratória de 112 mpm. À palpação abdominal, manifestava sensibilidade aumentada, além de esplenomegalia discreta. Na auscultação pulmonar, verificou-se a presença de crepitação na região dos lóbulos craniais e uma discreta arritmia cardíaca. A cadela estava alerta e colocando-a para caminhar em frente do Hospital verificou-se que a mesma possuía ataxia com hipermetria e os membros pélvicos estavam rígidos ao caminhar. Não foi realizado um exame físico mais detalhado do sistema nervoso na cadela “Mel”. 3.1.4 Suspeitas clínicas As suspeitas clínicas foram Cinomose, Neosporose, Toxoplasmose e traumas medulares. 3.1.4 Exames complementares Foram solicitados Hemograma com pesquisa de hemoparasitos, urinálise, exame específico para cinomose realizado por imunocromatografia em laboratório particular conveniado com o HV/UFU. Foram solicitados ainda, sorologia para Toxoplasmose e para Neosporose, estes realizados no setor de imunologia da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia