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CLASSE NEMATODA, Notas de aula de Parasitologia

Capítulo 6 – Strongyloides stercoralis 1 ... Espécie: Strongyloides stercoralis ... pelo S. stercoralis, invariavelmente encontramos larvas rabditóides.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Roseli
Roseli 🇧🇷

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Apostila de Parasitologia Humana Parte II Helmintos Profa. Heloisa Werneck de Macedo
Capítulo 6 – Strongyloides stercoralis
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CLASSE NEMATODA
Gênero: Strongyloides
Espécie: Strongyloides stercoralis
INTRODUÇÃO
Essa espécie possui uma particularidade: apenas um de seus estágios de
desenvolvimento, a fêmea partenogenética, parasita o homem. É de distribuição
geográfica mundial, acompanhando a distribuição do Ancilostoma duodenale e Necator
americanus.
MORFOLOGIA
A: Fêmea partenogenética; B: Macho de vida livre; C: Fêmea de vida livre
D: Larva filarióide; C: Larva rabditóide
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CLASSE NEMATODA

Gênero: Strongyloides

Espécie: Strongyloides stercoralis

INTRODUÇÃO

Essa espécie possui uma particularidade: apenas um de seus estágios de desenvolvimento, a fêmea partenogenética, parasita o homem. É de distribuição geográfica mundial, acompanhando a distribuição do Ancilostoma duodenale e Necator americanus.

MORFOLOGIA

A: Fêmea partenogenética; B: Macho de vida livre; C: Fêmea de vida livre D: Larva filarióide; C: Larva rabditóide

Devemos estudar a morfologia desse helminto nas várias fases evolutivas que podem ser vistas durante seu ciclo: fêmea partenogenética parasita, larva rabditóide, larva filarióide, macho e fêmea de vida livre. Fêmea partenogenética: mede cerca de 2,5 mm de comprimento, boca com 3 pequenos lábios, esôfago longo e cilíndrico. São ovovivíparas, o que significa que o ovo quando expulso contem uma larva que abandona a membrana no intestino, de modo que nos casos de parasitismo pelo S. stercoralis , invariavelmente encontramos larvas rabditóides nas fezes recentemente emitidas. Larva rabditóide: mede 0,2 a 0,3 mm de comprimento. Diferencia-se da larva rabditóide do ancilostomídeo por apresentar vestíbulo bucal curto e primórdio genital grande e nítido. Larva filarióide: mede 0,5 mm de comprimento, portanto mais longa que a rabditóide. Possui um vestíbulo bucal curto e esôfago cilíndrico longo, até quase a metade do corpo. A cauda termina em duas pontas minúsculas, formando-se nesse ponto um entalhe.

CICLO EVOLUTIVO

A fêmea parasita é preferencialmente encontrada no duodeno e na porção superior do jejuno. Há casos descritos de terem sido encontradas, no entanto, desde a porção pilórica do estômago até o intestino grosso. Vivem no interior das criptas das mucosas, onde depositam seus ovos, já embrionados, e as larvas (rabditóides) saem do ovo logo após a postura. Ciclo direto: as larvas rabditóides saem junto com as fezes e são lançadas no meio externo. Entrando em contato com terreno arenoso, umidade elevada e temperatura entre

25-30oC, alimentam-se ativamente e evoluem para larvas filarióides infectantes que não mais se alimentam e tem a capacidade de atravessar a pele e penetrar no organismo humano. Ciclo indireto ou de vida livre: as larvas rabditóides que alcançam o meio externo evoluem para machos e fêmeas de vida livre. O macho fecunda a fêmea que inicia a oviposição. Os ovos eclodem pondo em liberdade as larvas rabditóides que evoluem para larva filarióide infectante. Essas larvas infectantes não possuem bainha e tem vitalidade pequena (cerca de 4 semanas). Penetram na pele ativamente, ganham a circulação sangüínea e vão ao coração direito. Daí chegam aos pulmões onde sofrem outra muda e iniciam a migração pela árvore brônquica, indo até a faringe. Podem então ser expelidas com a expectoração ou ser deglutidas. Nesse caso chegam ao intestino, onde sofrem

PATOGENIA E SINTOMATOLOGIA

As alterações podem ser: Cutâneas: nas áreas de penetração das larvas, com formação de edema, eritema, prurido e pápulas hemorrágicas, que desaparecem dentro de 1 a 2 semanas. Pulmonares: podem ocorrer hemorragias petequiais e alterações inflamatórias semelhantes à pneumonia. Intestinais: enterite, por ação mecânica e irritativa da fêmea partenogenética e das larvas. A mucosa apresenta inflamação catarral com pontos ulcerados que podem complicar-se por invasão bacteriana. Observa-se sensação de peso no epigástrio, estofamento abdominal, náuseas e vômitos.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

  • Exame parasitológico de fezes pelos métodos de Baerman ou de Rugai, para demonstração de larvas.
  • Pesquisa de larvas no escarro.

TRATAMENTO

Tiabendazol Albendazol