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Apostila de Parasitologia Humana: Parte II - Helmintos: Hidatidose e outras cestodioses, Esquemas de Parasitologia

Informações detalhadas sobre a hidatidose humana, causada pela presença de larvas do gênero echinococcus no corpo humano. Apostila de parasitologia humana profa. O texto aborda as localizações principais da doença, o ciclo evolutivo dos parasitas, os sintomas e diagnósticos laboratoriais, além de tratamentos disponíveis. Além da hidatidose, o documento também discute outras espécies de cestodioses, como a infestação por hymenolepis nana, dipylidium caninum e diphyllobothrium latum.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

jacare84
jacare84 🇧🇷

4.5

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Apostila de Parasitologia Humana Parte II Helmintos Profa. Heloisa Werneck de Macedo
Capítulo 2 – Hidatidose e demais cestóides 1
CLASSE CESTODA
Gênero: Echinococcus
Espécie: granulosus
INTRODUÇÃO
A hidatidose humana é doença causada pela presença da larva do Echinicoccus
granulosus (E. granulosus), o cisto hidático, no organismo do homem. Suas principais
localizações são: fígado, pulmão e peritônio. Na América Latina a endemicidade é alta em
áreas rurais do Chile, Argentina, Uruguai e extremo sul do Brasil, onde os focos mais
ativos encontram-se nos municípios fronteiriços do Uruguai, podendo ser considerados
continuação da área endêmica platina.
INFECTIVIDADE
Os vermes adultos vivem no intestino delgado dos cães. As pequenas tênias (3-
6mm), depois de formar as proglotes com seus órgãos genitais hermafroditas, promovem
a fecundação e a produção abundante de ovos. As proglotes gravídicas, à medida em que
se desprendem do estróbilo (corpo), são eliminadas com as fezes do animal e vão poluir o
solo dos campos de pastagens, do peridomicílio, ou mesmo o chão das casas.
Ingeridos pelos hospedeiros intermediários (principalmente ovinos) e homem
acidentalmente, chegam ao estômago e intestino onde as oncosferas (embriões) se
libertam dos embrióforos (membrana protetora), entranhando-se na mucosa e, pela rede
vascular, vão ao fígado, pulmões e mais raramente a outros órgãos. Perde os acúleos,
cresce e vacuoliza-se, evoluindo para cisto hidático que pode chegar a medir de 3 a 5
cm.
De fora para dentro possui as seguintes estruturas:
Membrana adventícia: reação do órgão parasitado à presença do cisto.
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CLASSE CESTODA

Gênero: Echinococcus

Espécie: granulosus

INTRODUÇÃO

A hidatidose humana é doença causada pela presença da larva do Echinicoccus granulosus ( E. granulosus ), o cisto hidático, no organismo do homem. Suas principais localizações são: fígado, pulmão e peritônio. Na América Latina a endemicidade é alta em áreas rurais do Chile, Argentina, Uruguai e extremo sul do Brasil, onde os focos mais ativos encontram-se nos municípios fronteiriços do Uruguai, podendo ser considerados continuação da área endêmica platina.

INFECTIVIDADE

Os vermes adultos vivem no intestino delgado dos cães. As pequenas tênias (3- 6mm), depois de formar as proglotes com seus órgãos genitais hermafroditas, promovem a fecundação e a produção abundante de ovos. As proglotes gravídicas, à medida em que se desprendem do estróbilo (corpo), são eliminadas com as fezes do animal e vão poluir o solo dos campos de pastagens, do peridomicílio, ou mesmo o chão das casas. Ingeridos pelos hospedeiros intermediários (principalmente ovinos) e homem acidentalmente, chegam ao estômago e intestino onde as oncosferas (embriões) se libertam dos embrióforos (membrana protetora), entranhando-se na mucosa e, pela rede vascular, vão ao fígado, pulmões e mais raramente a outros órgãos. Perde os acúleos, cresce e vacuoliza-se, evoluindo para cisto hidático que pode chegar a medir de 3 a 5 cm.

De fora para dentro possui as seguintes estruturas: Membrana adventícia: reação do órgão parasitado à presença do cisto.

Membrana anista: secretada pelo cisto, como barreira defensiva às agressões do hospedeiro. Membrana prolígera: responsável pela proliferação do parasita. Vesículas prolígeras: tem a mesma estrutura da membrana prolígera, e dá origem internamente à numerosos escóleces.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Métodos de detecção de imagens: Raio X (para cistos calcificados); tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc. Reação intradérmica de Casoni: reação cutânea de natureza alérgica; Reações imunológicas: ELISA, Western blot Métodos indiretos: Hemograma (eosinofilia leve)

TRATAMENTO

Cirúrgico; Praziquantel; Albendazol

Cisto hidático no fígado

Hepatomegalia

Reação de Casoni

CLASSE CESTODA

Gênero: Hymenolepis

Espécie: nana

INTRODUÇÃO

O Hymenolepis nana é o menor cestoda parasita do homem (30-50 mm), é hermafrodita e tem como habitat o intestino delgado, onde é encontrado fixado à mucosa através das ventosas e acúleos. Os anéis gravídicos rompem-se ao desprender-se do estróbilo, liberando os ovos. Esses medem 40-50μ, são incolores e transparentes, com membrana externa delgada e interna translúcida, apresentando em cada polo um mamelão bem nítido, e onde saem filamentos que se dispõem na zona livre entre as duas membranas e cercam o embrião hexacanto.

CICLO EVOLUTIVO

Há duas possibilidades: um ciclo sem hospedeiro intermediário (monoxênico) e outro que inclui insetos como pulgas e coleópteros (heteroxênico). Ciclo monoxênico: os ovos são eliminados nas fezes e ao serem ingeridos, principalmente por crianças, chegam ao intestino delgado onde liberam as oncosferas que penetram nas vilosidades intestinais, dando origem à larva cisticercóide. Alguns dias depois a larva desinvaginando o escólex sai da vilosidade, fixa-se à mucosa intestinal e cresce, originando o adulto. Possuem vida curta (mais ou menos 14 dias) quando então morrem e são eliminados. Ciclo heteroxênico: os ovos eliminados com as fezes vão ter ao meio externo e são ingeridos por algum inseto, no intestino do qual transformam-se em larvas cisticercóides. O homem ingerindo acidentalmente o inseto contaminado adquire a helmintose, porque as larvas cisticercóides, ao chegarem ao intestino delgado, desinvaginam o escólex e fixam-se à mucosa, evoluindo para a forma adulta.

QUADRO CLÍNICO

Assintomático no adulto. Em criança podem causar pequenas ulcerações no intestino, levando a perturbações gastrintestinais, convulsões, acesso epileptiformes, vômitos, etc.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Demonstração de ovos nas fezes, por qualquer método de concentração por sedimentação.

TRATAMENTO

Praziquantel Albendazol Mebendazol

CLASSE CESTODA

Gênero: Dipylidium

Espécie: caninum

INTRODUÇÃO

O Dipylidium caninum tem como hospedeiro definitivo o cão e o gato, localizando-se no seu intestino. É muito comum no nosso país, sendo raro em humanos, sendo mais freqüente em crianças onde são encontrados no intestino delgado, isolados ou em grande número. Tem como hospedeiro intermediário a pulga.

MORFOLOGIA

Mede cerca de 15 – 20 cm de comprimento por 3 mm de largura. Rostro com 4 fileiras de acúleos, proglotes gravídicos com cápsulas ovígeras contendo cerca de 20 ovos cada cápsula.

CICLO EVOLUTIVO

As proglotes gravídicas são eliminadas junto com as fezes ou mesmo na ausência de defecação. Os ovos são ingeridos por larvas de pulgas ou de coleópteros sendo a oncosfera liberada e transforma-se em larva cisticercóide (30 dias). Os animais e as crianças se infectam ao ingerirem os insetos contendo as larvas. No intestino dos hospedeiros a maturidade dos vermes é alcançada 30 dias depois da infecção.

QUADRO CLÍNICO

Geralmente assintomático no adulto. Em infecções maciças pode haver irritação da mucosa ou mesmo acesso epileptiformes.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Encontro de proglotes gravídicos nas fezes ou pelo exame parasitológico de fezes, a visualização de cápsulas ovígeras.

TRATAMENTO

Praziquantel Albendazol Mebendazol

CICLO EVOLUTIVO

O verme adulto elimina ovos que saem nas fezes, contendo uma massa de células no seu interior; depois de alguns dias (15 dias na temperatura de 25 OC), há formação de uma larva ciliada (coracídio). Quando o ovo maduro chega até a água, o coracídio levanta o opérculo e sai nadando. É então ingerido por crustáceos, que são os primeiros hospedeiros intermediários. Na cavidade dos mesmos os coracídios transformam-se em larvas procercóides, em 20 dias. Nessa fase são ingeridos junto com os crustáceos pelo segundo hospedeiro intermediário: peixes (truta e salmão). Nesses hospedeiros, as larvas atravessam a parede intestinal e vão fixar-se nos músculos,

transformando-se em larva plerocercóide ou espargano. O homem se infecta ao comer a carne contendo os espargos.

QUADRO CLÍNICO

A patogenia desse verme está relacionada ao seu consumo de vitamina B12, causando uma anemia perniciosa no portador. Provoca dissociação do complexo fator intrínseco cobalamina no intestino delgado. Sem esse fator a vitamina B12 não é absorvida, levando à anemia perniciosa.

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

Demonstração de ovos nas fezes, por qualquer método de concentração por sedimentação.

TRATAMENTO

Praziquantel, Albendazol ou Mebendazol + vitamina B12.