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Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Profª; Michely O. Silva
A êmese gravídica, vômitos simples do início da gestação, e a hiperêmese gravídica, vômitos incoercíveis da gravidez, diferem apenas na intensidade e na repercussão clínica de seus efeitos. Tratam-se do mesmo processo, no entanto, a hiperêmese configura a forma grave. Náuseas e vômitos da gravidez são condições comuns que afetam 70 a 85% das grávidas. Em 60% dos casos, cessam ao fim do 1 o trimestre; em 90% dos casos, com 20 semanas. Do ponto de vista epidemiológico, a hiperêmese gravídica é cada vez mais rara, e ocorre em 0,5 a 2% das gestações. Não há definição única para a hiperêmese gravídica, sendo a mais aceita aquela que considera a perda ponderal de, no mínimo, 5% do peso prégravídico; anormalidades como desidratação e desnutrição (cetonúria) costumam estar presentes.
O quadro clínico decorre, inicialmente, de perdas hidreletrolíticas; mais tarde, da desnutrição. Nas pacientes negligenciadas, a deficiência de carboidratos acelera o metabolismo dos lipídios, resultando no aparecimento de corpos cetônicos na urina: quadro denominado cetonúria. Quando a desnutrição está muito avançada, ocorre deficiência de tiamina (vitamina B1), que conduz ao quadro neurológico/psiquiátrico.] Formas médias: pacientes abandonadas na êmese simples, por 2 a 4 semanas, com perda ponderal discreta, de 5% do peso pré-gravídico; o pulso mantém- se abaixo de 100 bpm.
Náuseas e vômitos nas primeiras 9 semanas da gravidez acometem quase todas as grávidas. Quando a paciente experimenta náuseas e vômitos após 9 semanas, outras condições, em sua maioria intercorrentes na gravidez, devem ser cogitadas. Em relação ao feto, tem-se observado menor incidência de abortamento e risco aumentado de recém-nascido pequeno para a idade gestacional (PIG). No entanto, a paciente deve ser informada de que a ocorrência de náuseas e vômitos da gravidez, e mesmo da hiperêmese gravídica, na maioria das vezes, evolui com bom prognóstico materno e fetal.
O uso de suplemento multivitamínico no início da gravidez pode reduzir a intensidade de náuseas e vômitos, e simples mudanças alimentares (refeições fracionadas e ricas em proteínas) podem resolver casos leves. Deve-se orientar o uso de bebidas geladas para a melhoria dos sintomas, assim como se deve evitar o uso de bebidas com gás e que contenham cafeína. Em casos de hiperêmese grave (entrar com terapia medicamentosa (respeitando o 1º trimestre). Alimentação enteral.
É a morte ou expulsão ovular ocorrida antes de 22 semanas ou quando o concepto pesa menos de 500g. Pode ser espontâneo ou provocado. O abortamento é dito precoce quando ocorre até a 12ª semana e tardio quando ocorre entre a 13ª e a 22ª semanas. O abortamento tem como fatores etiológicos os seguintes: alterações cromossomiais, anomalias do ovo e da implantação, placentopatias, mecanismos imunológicos, ginecopatias (malformações uterinas, miomatose uterina, alterações endometriais devido à curetagem uterina, infecções, cicatrizes cirúrgicas, incompetência istmo-cervical), endocrinopatias (diabetes, tireoidopatias) anemias graves, sífilis na gestação, além de doenças cardiorrespiratórias.
Ameaça de abortamento ou aborto evitável: Caracteriza-se pela integridade do ovo, com útero compatível com a idade da gravidez e colo impérvio. Há presença de sangramento vaginal discreto ou moderado, sem que ocorra modificação cervical, geralmente com sintomatologia discreta ou ausente (dor do tipo cólica ou peso na região do hipogástrio). O exame especular identifica sangramento em pequena quantidade proveniente do canal cervical Ao toque vaginal, o colo uterino apresenta-se fechado e bem formado e os anexos e fundos de saco estão normais e livres. A ameaça de abortamento pode evoluir para gestação normal ou para abortamento inevitável. Na admissão hospitalar devido a abortamento, evitável ou não, deve-se solicitar o VDRL para afastar o diagnóstico de sífilis. Em caso de resultado reagente, inicie o tratamento imediatamente.
O tratamento é discutível. Como regra geral, o repouso no leito é medida aconselhável para todas as situações e deve ser preferencialmente domiciliar. O repouso diminui a ansiedade, favorecendo o relaxamento e reduzindo os estímulos contráteis do útero. Tranquilizantes e/ou sedativos, em doses pequenas, podem ser administrados. Deve-se orientar abstinência sexual.
Caracteriza-se pela interrupção da gestação com permanência do produto conceptual na cavidade uterina. Pode ocorrer discreto sangramento, com colo impérvio, regressão dos fenômenos gravídicos e redução do volume uterino em relação à idade gestacional. Conduta: encaminhar a paciente para o hospital de referência obstétrica, para a realização de curetagem uterina.
Aborto infectado Caracteriza-se por quadro infeccioso materno, com presença de embrião íntegro ou não e quadro hemorrágico variável. Associa-se, habitualmente, à manipulação uterina. Pode apresentar secreção fétida endovaginal, dor pélvica intensa à palpação, calor local e febre, além de comprometimento variável do estado geral. Na dependência do estágio clínico, pode ser dividido em: Grau 1: é o mais frequente; a infecção está limitada ao conteúdo da cavidade uterina; (^) Grau 2: a infecção já se expande à pelve (pelviperitonite); (^) Grau 3: peritonite generalizada e infecção sistêmica com grave comprometimento do estado geral, coagulação intravascular generalizada, insuficiência renal, falência de múltiplos órgãos e choque séptico.
GRAVIDEZ ECTÓPICA A gravidez ectópica pode ser reconhecida quando o embrião se implanta fora do útero, sendo também denominada gravidez extrauterina (tubária, ovariana). A gravidez tubária representa mais de 95% das ectópicas. O abortamento é a complicação mais frequente do início da gravidez e ocorre em 15 a 20% das gestações clinicamente evidentes. Já a gravidez ectópica incide 10 vezes menos, em 1,5 a 2% das gestações, mas é uma patologia potencialmente fatal para a paciente.
Lesão das tubas uterinas, doença inflamatória pélvica (DIP), cirurgia tubária prévia ou gravidez ectópica anterior são importantes fatores de risco para a ectopia. A concepção com o dispositivo intrauterino (DIU) ou após a ligadura tubária é rara, mas estima-se que 25 a 50% dessas gestações sejam ectópicas. História de infertilidade Ligadura tubária Gravidez tubária anterior
Pacientes com gravidez tubária rota (romper) exibem quadro clínico de choque, incluindo hipotensão, taquicardia e dor à palpação e devem ser tratadas em bases emergenciais. Antes da ruptura, a maioria das pacientes apresenta-se manifestações inespecíficas que podem assemelhar-se ao quadro de abortamento. (^) Esses sinais e sintomas incluem hemorragia de 1º trimestre (de sangue escuro ou claro, que raramente excede o fluxo menstrual normal), dor abdominal ou pélvica que pode ser leve a debilitante. Mulheres com esse quadro clínico devem ser consideradas altamente suspeitas de gravidez ectópica, sendo necessário o diagnóstico definitivo.
Medicamento (MTX) Cirurgia