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Este documento aborda a clareação de dentes não vital, apresentando a etiologia das alterações de cor, indicadores e contraindicações, materiais e técnicas utilizados, e os riscos, especialmente a reabsorção cervical. O texto discute os materiais e técnicas de clareamento químico e fotoquímico, e os riscos associados, como reabsorção radicular externa e a forma de minimizá-los.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
Compartilhado em 07/11/2022
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Não perca as partes importantes!
CLAREAMENTO EM DENTES NM) VITAIS
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CLAREAMENTO EM DENTES NÃO VITAIS
1 INTRODUÇÃO
Vivemos uma época de extrema valorização da boa aparência, que é associada à saúde e ao sucesso. E os^ padrões^ de beleza que hoje imperam obrigam a uma boa estética dental. Portanto, alterações intensas na coloração dos dentes podem provocar profundo sofrimento psicológico e até influenciar^ o sucesso profissional.^ Dai^ a^ popularização,^ na odontologia restauradora, de tratamentos destinados a obter dentes com cor adequada e de aparência natural. Os dentes freqüentemente sofrem^ mudanças^ em sua^ coloração,^ devido a uma ampla gama de fatores: processo natural de envelhecimento, consumo de alimentos com corantes, uso de medicamentos, tratamento endodósntico, restaurações, traumatismos^ etc. Basicamente, três meios são^ usados^ —^ isoladamente ou combinados entre si^ —^ para restituir aos dentes características de cor apropriadas: a^ microabrasão,^ a^ restauração^ com^ aplicação^ de facetas ou coroas e o clareamento químico. 0 primeiro método tem sua aplicação^ limitada aos casos de pigmentação superficial do esmalte, causada pelo cigarro, pelo consumo de alimentos com corantes, como o café, por batons e outras tinturas, como os evidenciadores^ de placa bacteriana (IORIO, 2001, p. 166). As restaurações e o^ clareamento^ químico aplicam-se aos manchamentos mais profundos, no nível da^ dentina.^ Destes meios, é preferencialmente usado o clareamento, por ser mais^ econômico^ que^ próteses,^ por ter^ aplicabilidade^ mais generalizada e, especialmente, por ser um tratamento mais conservador da^ estrutura dental. De acordo com Barreiros et al. (2002, p. 141),
Nem todos os dentes manchados podem ser clareados quimicamente. Existem algumas situações em que o clareamento traz riscos ao paciente e outras em que o prognóstico é bastante ruim, como no caso de dentes escurecidos há muitos anos. Nessas situações, é mais adequada as restauragdes com coroas ou facetas, que pode ser combinada com clareamento químico para que se obtenham melhores resultados. Somente com um conhecimento detalhado da etiologia do escurecimento, associado a um cuidadoso exame da situação^ geral do dente — presença de restaurações extensas, calcificação^ do canal^ radicular^ etc.^ —, poderá o cirurgião-dentista optar por clarear quimicamente o^ dente, aplicar-lhe^ facetas^ ou coroas, ou combinar os dois tratamentos.
Dada a variedade de materiais e técnicas para^ clareamento químico, é necessário^ que^ o profissional adquira conhecimentos a respeito das indicações^ e contra-indicações^ de cada possibilidade de clareamento dental. Também^ é^ preciso que saiba avaliar os riscos do clareamento químico,^ bem como as formas de^ minimizá-los.^ No caso do^ clareamento^ de dentes não vitais, foco deste trabalho,^ é^ especialmente importante que^ o cirurgião-dentista conheça os riscos da reabsorção^ cervical bem como as formas de^ reduzi-los.
1.2.1 Objetivo geral Este trabalho monográfico^ visa examinar, em^ revisão^ de literatura,^ o clareamento^ de dentes desvitalizados.
1.2.1 Objetivos específicos
6 que podem gerar descoloração dental. Exames clínicos e radiográficos também podem lançar luzes sobre a causa de descolorações localizadas. 0 exame da coloração é de grande importância para o diagnóstico da etiologia do manchamento. Certas cores estão relacionadas a alguns fatores de escurecimento específicos. Abaixo, apresentam-se as causas mais freqüentes de descolorações que requerem clareamento e possíveis opções de tratamento.
2.1.1 Hemorragia pulpar causada por traumatismo
Traumatismos, especialmente em dentes em desenvolvimento, podem provocar manchamento, devido ao extravasamento de sangue para o interior dos canais dentindrios. Falleiros Jr. e Aun (1990, p. 217) descrevem^ o^ processo de escurecimento dental após a hemorragia:
0 sangue proveniente das hemorragias polpares, quando estagnado nacâmara polpar, sofre decomposição. A hemoglobina, quando degradada, libera ferro, que dá origem a um composto negro, o sulfeto de ferro. Este pigmento, como também os vários produtos da penetram nos canaliculos dentindrios escurecendo a estrutura dentária.degradação de^ proteínas^ provenientes da decomposição polpar compostos permanecem na câmara polpar. CI escurecimento tende a0 grau de alteração da cor^ é^ proporcional ao tempo que estes intensificar-se com o^ passar do tempo. Pode ocorrer de o dente que sofreu traumatismo continuar com vitalidade, mas também existe a possibilidade de completa calcificação do conduto radicular. No primeiro caso, o tratamento clareador deverá^ ser realizado externamente. No segundo caso, se não houver também calcificação da câmara pulpar, poderá^ ser realizado clareamento interno unicamente ou combinado com clareamento externo. Se também houver calcificação da câmara, só o^ clareamento extracorondrio^ será possível^ (BARAT1ERI^ et al., 2004, p. 82).
2.1.2 Hemorragia após a remoção pulpar
Segundo Berger (1981, P. 12), após a remoção de polpa vital, pode ocorrer uma grande hemorragia pulpar. 0 sangue dessa hemorragia, penetrando nos canaliculos dentindrios, 1 á permanece e se decompõe, gerando escurecimento. Portanto,^ é^ fundamental que a hemorragia decorrente da remoção da polpa seja cuidadosamente controlada para evitar a^ penetração^ de sangue nos canais dentindrios. Andrade et al. (2003, p. 2) recomendam controle apurado da hemorragia nas pulpectomias como forma de evitar posterior escurecimento dentário. Em dentes cuja polpa já foi removida, é^ indicado^ o clareamento intracorondrio,^ isolado ou associado a clareamento externo. Entretanto, certas^ condições^ podem impedir essa modalidade de clareamento, como se verá^ no item^ 2.2.1.
2.1.3 Abertura coronária insuficiente Nos tratamentos de canal, o^ acesso^ endodõntieo^ deve ser suficientemente^ amplo^ para envolver a remoção de todo o teto da câmara pulpar e^ dos^ cornos pulpares.^ Isso^ permitirá^ que os agentes químicos utilizados no preparo^ biomecânico^ tenham acesso a toda essa^ região. Segundo Baratieri et al. (2004, p. 8), a realização de uma abertura endodõntica criteriosa, removendo todo^ o teto da necróticos câmara pulpar podem levar ao^ é^ fundamental, na medida em que restosmanchamento do dente. Isto é decorrente da químicos (por proteólise enzimática ex., ferro), gerando uma^ que leva à deposiçãodecomposição local de pigmentos.^ em elementos
Como no caso anterior, a remoção^ da polpa faculta a^ adoção^ de^ clareamento interno, sozinho ou juntamente com clareamento extracorondrio.
2.1.6 Materiais restauradores
2.2.1 Indicações e contra-indicações
0 tratamento clareador de dentes desvitalizados é indicado para dentes com pouco tempo de escurecimento. Segundo Berger (1981, P. 13), "os casos de alterações de cor de longo tempo não têm um prognóstico favorável e devem ser evitados seus tratamentos -. Baratieri et al. (2004, p. 66), a esse respeito, ressaltam:
Pacientes com dente não vital escurecido por muitos anos (...), com descoloração severa, devem ser informados que a probabilidade de fato de que quanto mais recente for asucesso,^ após^ o^ clareamento,^ é muito difícil. Isso descoloração^ está^ relacionado ao dental, mais facilmente ela será removida, ou seja, maior a possibilidade desucesso do clareamento dental.
E brio (2001, p. 188) diz que "dentes escurecidos há mais de 5 anos têm pouca chance de um adequado clareamento". Entretanto, Assis e Albuquerque (1999)^ apresentam caso que se contrapõe a isso: Uma paciente de^24 anos apresentava dente bastante escurecido desde a infância, como resultado de tratamento^ endodõntico^ mal executado^ —^ havia até restos de algodão na câmara pulpar. Mesmo com tanto tempo de escurecimento,^ o resultado obtido foi classificado como ótimo pelos autores. Dentes com histórico de clareamento mal-sucedido também^ não^ apresentam bom prognóstico de tratamento. Verificado que o^ procedimento^ clareador^ anterior foi adequadamente executado e, ainda assim, não^ houve resposta favorável, é melhor optar pela aplicação de facetas ou coroas. O clareamento interno é indicado apenas para dentes com^ destruição^ leve. Dentes cuja estrutura remanescente seja pouca podem sofrer fratura ao receber tratamento clareador intracorondrio. Até meados dos anos^ 90,^ acreditava-se que isso poderia ocorrer devido a alterações na estrutura dental. Baratieri^ et al.^ (1996),^ por exemplo, dizem que em dentes amplamente restaurados, poderia haver queda da resistência:
Trabalhos in situ (^) sobre microdureza do esmalte após clareamento caseiro, em que o processo da pesquisa acontece no ambiente oral sob ação da saliva humana (simulando as mesmas condições sofridaspelos dentes dentro da boca) têm demonstrado que não há alteração clinicamente significante da microdureza do esmalte dental. Na verdade, dentes com amplas restaurações não devem sofrer clareamento
da restauração para aplicação do clareador é que provoca queda na resistência mecânica do elemento dental. Como lembram Loguercio et al. (2002, p. 134):
Durante o clareamentocom um material que não devolve a resistência ao elemento dental, de desvitalizados, a câmara pulpar^ é vedada sendo isso agravado quando já houve envolvimento das arestas marginais, que são consideradas regiões de reforço em dentesanteriores. Portanto, o procedimento deve ser realizado com o maior número de cuidados para evitar danos ao remanescente coronário. A resistência proporcionada pelo material restaurador será recuperada depois da restauração definitiva, quando concluído o clareamento interno. Entretanto, durante o período de restauração provisória, é de grande importância um controle cuidadoso da oclusão, para evitar sobrecargas no dente. Não podem ser submetidos a clareamento interno dentes sem adequada endodontia. preciso que o canal radicular esteja completamente obturado, para que os agentes clareadores não possam penetrar nos tecidos periapicais. Da ocorrência dessa eventualidade poderão resultar efeitos graves, inclusive perda dental. Como aponta Pereira (1989),
o primeiro requisito para realização do branqueamentoesteja com o canal tratado adequadamente. Para isso, é^ necessário umé que o dente exame radiográfico inicial, sem o qual não é aconselhável iniciar qualquer tratamento. Dentes cuja endodontia não esteja a contento devem ser retratados antes de se tentar o clareamento. Baratieri et al. (2004, p. 66) dizem que, nesse caso, pode ser mais conveniente
perfeitamente saudáveis. Dentes com evidência de inflamação e/ou sensibilidade à percussão não devem sofrer clareamento interno. Não deve ser realizado clareamento interno em dentes com trincas e/ou restaurações
interno. O clareamento intracoronal fica inviabilizado no caso de dentes desvitalizados cuja câmara pulpar foi bloqueada com restauração adesiva (BARA11ERI et al., 2004, p. 82). Nesse
uma dentina subjacente escurecida. Segundo brio (2001, p. 188), dentes severamente escurecidos, nos quais não atuam com eficiência
parcialmente) e, após, esteticamente recompostos com facetas com resina composta ou com laminados de porcelana. Ainda que não haja intenção inicial do profissional de utilizar uma solução protética,