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civ1112 - aula05, Notas de estudo de Cultura

Matéria de Isostatica

Tipologia: Notas de estudo

2012

Compartilhado em 14/09/2012

rafael-ban-ban-10
rafael-ban-ban-10 🇧🇷

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bg1
Introdução à Análise de Estruturas – Luiz Fernando Martha 27
Relações diferenciais de equilíbrio para vigas
Já foi visto que o equilíbrio de vigas pode ser imposto globalmente, o que resulta na determinação
das reações de apoio (para vigas isostáticas), ou em porções isoladas, o que possibilita a
determinação dos esforços internos (também para vigas isostáticas).
As condições de equilíbrio para vigas também podem ser impostas em pequenas porções isoladas, o
que resulta em relações diferenciais de equilíbrio entre a taxa de carregamento transversal, o esforço
cortante e o momento fletor.
Considere a viga biapoiada com carga uniformemente distribuída mostrada abaixo.
VA VB
S
Q
M
Q+
Q
M+
M
x
VA VB
l
q
q
q
x
x
q
x
O objetivo desta análise é determinação das
seguintes relações:
Taxa de variação do esforço cortante no trecho de
comprimento
x:
x
Q
Taxa de variação do momento fletor no trecho de
comprimento
x:
x
M
O equilíbrio da pequena porção de comprimento
x resulta em:
()
=++=
00 QQxqQFy
q
x
Q=
()()
=+++=
0
2
00 xQQMM
x
xqMQMS
++=
++= 22
xq
x
x
Q
Q
x
M
x
xq
QQM
+= 2
xq
xqQ
x
M
2
xq
Q
x
M
=
A relação
Q/
x mostrada acima tem uma interpretação que é indicada no diagrama de esforços
cortantes da viga:
+ql/2
–ql/2
l
x
Q(x)
Q=q
x
x
α
A inclinação da reta do diagrama, isto é, o
coeficiente angular do diagrama de esforços
cortantes é igual a –q (igual a menos a taxa
de carregamento transversal distribuído
aplicado de cima para baixo):
qq
x
Q==
α
tan
A taxa variação do esforço cortante no
trecho de comprimento
x é igual a –q.
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pf4
pf5

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Relações diferenciais de equilíbrio para vigas

Já foi visto que o equilíbrio de vigas pode ser imposto globalmente, o que resulta na determinação

das reações de apoio (para vigas isostáticas), ou em porções isoladas, o que possibilita a

determinação dos esforços internos (também para vigas isostáticas).

As condições de equilíbrio para vigas também podem ser impostas em pequenas porções isoladas, o

que resulta em relações diferenciais de equilíbrio entre a taxa de carregamento transversal, o esforço

cortante e o momento fletor.

Considere a viga biapoiada com carga uniformemente distribuída mostrada abaixo.

V A V^ B

S

Q

M

Q+ ∆Q

M+ ∆M

V (^) A (^) ∆x

V B

l

q

q q

x

x

q ∆x

O objetivo desta análise é determinação das

seguintes relações:

Taxa de variação do esforço cortante no trecho de

comprimento ∆ x :

x

Q

Taxa de variação do momento fletor no trecho de

comprimento ∆ x :

x

M

O equilíbrio da pequena porção de comprimento ∆ x resulta em:

∑ Fy=^0 ⇒ +Q−q⋅∆x^ −^ (^ Q+^ ∆Q)^ =^0 ⇒ q

x

Q

∑ = ⇒ ⋅ − − ⋅ ⋅ +^ (^ + )^ −(^ + )^ ⋅ =^0 ⇒

0 0 M M Q Q x

x M (^) S Q M q x ∆ ∆ ∆

q x x x

Q

Q

x

M

x

q x M Q Q

q x Q q x x

M^ ∆

q x Q x

M ∆

A relação ∆ Q / ∆ x mostrada acima tem uma interpretação que é indicada no diagrama de esforços

cortantes da viga:

+ql/ 2

–ql/ 2

l

x

Q(x)

∆Q= – q ∆x

∆x

α

A inclinação da reta do diagrama, isto é, o

coeficiente angular do diagrama de esforços

cortantes é igual a – q (igual a menos a taxa

de carregamento transversal distribuído

aplicado de cima para baixo):

q q x

Q

=− ⇒ α= ∆

tan

A taxa variação do esforço cortante no

trecho de comprimento ∆ x é igual a – q.

A relação ∆ M / ∆ x também tem uma interpretação que é indicada no diagrama de momentos fletores

da viga:

+ql^2 / 8

l

x

M(x)

∆M

∆x

β

A inclinação da reta que interpola os valores

do diagrama de momentos fletores no trecho

com comprimento ∆ x é igual à taxa de

variação do momento fletor no trecho:

β

tan 2

q x Q x

M

Agora imagine que o comprimento do trecho isolado ∆ x tenha um valor tão pequeno quando se

queira. Isto é, imagine no limite quando ∆ x tender a zero. Nessa situação, as taxas de variação do

esforço cortante e do momento fletor vão tender a valores pontuais das inclinações dos diagramas.

Matematicamente, os limites das taxas de variação de esforço cortante e momento fletor quando o

comprimento do trecho tende a zero são representadas por:

dx

dQ

x

Q

x

∆ 0

lim ; sendo que

dx

dQ

é chamada de derivada do esforço cortante em relação a x.

dx

dM

x

M

x

∆ 0

lim ; sendo que

dx

dM

é chamada de derivada do momento fletor em relação a x.

A derivada de uma função qualquer representa a taxa de variação pontual da função.

As expressões para as derivadas do esforço cortante e momento fletor são:

→ →

q q x

Q

dx

dQ

x 0 x 0

lim lim ∆ (^) ∆ ∆

q dx

dQ

= − ( derivada do esforço cortante é igual a – q )

=^ →

→ →

Q

q x Q x

M

dx

dM

x x 2

lim lim 0 0

∆ ∆

Q(x ) dx

dM

= ( derivada do momento fletor é igual a Q )

Estas expressões são chamadas relações diferenciais de equilíbrio de vigas.

Observe que estas expressões são gerais, isto é, não são específicas para o caso da viga biapoiada

com carga uniformemente distribuída. Isto porque, mesmo no caso de carga distribuída não

constante, no limite quando ∆ x tende a zero, a taxa de carregamento distribuído no trecho de

comprimento dx é constante e igual a q(x) , sendo q(x) o valor da carga no ponto de avaliação.

A interpretação da derivada do momento fletor é mostrada abaixo:

x

M(x)^ β

V A V^ B

S

l

q

x

S

A derivada do momento fletor é a inclinação

da curva do diagrama de momentos fletores

em qualquer ponto de avaliação, isto é a sua

taxa de variação pontual (ou sua derivada) é

igual a:

= Q( x)=tan β dx

dM

Viga biapoiada com cargas concentradas

Descontinuidade com valor da carga concentrada aplicada

Q > 0 ⇒ momento fletor aumenta de valor Carga concentrada para baixo ⇒ “bico” para baixo

Descontinuidade com valor da reação de apoio concentrada Descontinuidade com valor da reação de apoio concentrada

Q < 0 ⇒ momento fletor diminui de valor

Reação concentrada para cima ⇒ “bico” para cima

Reação concentrada para cima ⇒ “bico” para cima

Valor máximo de momento fletor pois esforço cortante troca de sinal neste ponto

Trecho horizontal pois (^) = 0 dx

dQ

(carga distribuída nula)

M

Q

Descontinuidade com valor da carga concentrada aplicada

Descontinuidade com valor da reação de apoio concentrada

Q > 0 ⇒ momento fletor aumenta de valor Carga concentrada para baixo ⇒ “bico” para baixo

Q < 0 ⇒ momento fletor diminui de valor

Reação concentrada para cima ⇒ “bico” para cima

Reação concentrada para cima ⇒ “bico” para cima

Valor máximo de momento fletor pois esforço cortante troca de sinal neste ponto

Trecho horizontal pois (^) = 0 dx

dQ

(carga distribuída nula)

M

Descontinuidade com valor da reação de apoio concentrada

Q

Viga contínua com balanços e com carga uniformemente distribuída

q

Descontinuidade com valor da reação de apoio concentrada

q dx

dQ = − ⇒

Todos os trechos têm a mesma inclinação

Reação concentrada para cima ⇒ “bico” para cima

Valores mínimos locais de momento fletor pois o esforço cortante troca de sinal nestes pontos

Valores máximos locais de momento fletor pois o esforço cortante é nulo nestes pontos

q dx

d M 2 =−

2 ⇒

Todos os trechos têm concavidade para cima

Tangente horizontal pois esforço cortante é nulo na extremidade

Tangente horizontal pois esforço cortante é nulo na extremidade

M

Q