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Guias e Dicas
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Citologia do Colo Uterino: Reparação, Alterações Celulares e Diagnóstico, Slides de Citologia

A citologia do colo uterino, focando no processo de reparação tecidual, alterações celulares associadas a diferentes fatores como diu, radioterapia e deficiência de ácido fólico, e a importância do diagnóstico citológico. Imagens e descrições detalhadas de células de reparação, fibroblastos, alterações atípicas e outras características relevantes para a interpretação de esfregaços cervicais.

Tipologia: Slides

2020

À venda por 02/03/2025

tatiana-rodrigues-qul
tatiana-rodrigues-qul 🇧🇷

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CITOPATOLOGIA
GINECOLÓGICA
ALTERAÇÕES
CELULARES
REATIVAS
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CITOPATOLOGIA

GINECOLÓGICA

ALTERAÇÕES

CELULARES

REATIVAS

Ausência de diátese tumoral. Células isoladas raras ou ausentes. Relação núcleocitoplasmática baixa. Bordas nucleares lisas Como já referido anteriormente, a reparação deve ser diferenciada das neoplasias malignas, especialmente o carcinoma escamoso não queratinizante de grandes células e o adenocarcinoma. Os principais pontos favorecem reparação: Como já comentado anteriormente, a reposição tecidual acontece geralmente através da proliferação concomitante epitelial e mesenquimal. Com relação ao tecido conjuntivo, há o desenvolvimento de tecido de granulação que posteriormente resultará em fibrose. Os esfregaços cervicais podem conter então não somente células de reparação epiteliais, mas também fibroblastos jovens, reativos, isolados e agrupados, estes provenientes do estroma. Eles são reconhecidos pela sua forma alongada, o citoplasma cianofílico e o núcleo único acompanhando a forma da célula, às vezes com nucléolo. Também podem se observar capilares na fase inicial do processo. Alterações Celulares Associadas ao Dispositivo Intrauterino (DIU) O uso do DIU em algumas ocasiões se associa a alterações reativas das células endometriais, endocervicais e/ou metaplásicas escamosas. Essas alterações envolvendo os núcleos podem ser significativas, simulando às vezes neoplasias malignas, especialmente adenocarcinoma. Nas usuárias do DIU as células endometriais podem descamar em qualquer época do ciclo menstrual. No esfregaço essas células se apresentam isoladas ou agrupadas. Podem revelar grandes vacúolos citoplasmáticos, às vezes infiltrados por neutrófilos (leucofagocitose), aumento nuclear com leve hipercromasia, alguns adensamentos de cromatina e nucléolo. Quanto às células endocervicais, podem aparecer como células colunares grandes, hipervacuolizadas, às vezes com neutrófilos intracitoplasmáticos, núcleos aumentados de volume com variação do tamanho e hipercromasia.

Macrocitose – aumento citoplasmático e nuclear (cerca

de duas vezes o tamanho do núcleo normal), com

manutenção da relação nucleocitoplasmática.

Prega longitudinal e dobramento nuclear.

Bi ou multinucleação.

Citoplasma pálido, às vezes com anfofilia.

Vacuolização citoplasmática.

Formas celulares bizarras, às vezes com projeções

citoplasmáticas.

Neutrófilos com núcleos hipersegmentados (seis ou

mais lobos).

Alterações Associadas à Deficiência de Ácido Fólico

A deficiência de ácido fólico é mais comum em mulheres

pós-menopausadas, grávidas e nas usuárias de

contraceptivos orais. As alterações citológicas são às vezes

similares àquelas associadas à radioterapia.

Nos esfregaços citológicos as seguintes características podem

ser evidenciadas:

Células de Reparação

Figura 1 - As Principais Fases do Processo de Reparação a - Há perda de tecido epitelial e fibroconjuntivo, resultante de trauma, infecção, entre outros. Há a migração de células inflamatórias, inicialmente neutrófilos, depois macrófagos, com o objetivo de eliminar células mortas e outros detritos, realizando a “limpeza” da área da lesão; b - Há neoformação de capilares na área onde ocorreu a perda de tecido (área da lesão). c - As células epiteliais das margens da lesão começam a proliferar e a migrar para a área do defeito, constituindo inicialmente uma única camada de células que apresentam intensa atividade metabólica (células de reparação). Concomitantemente, fibroblastos também da vizinhança proliferam e migram para a área da lesão. Essas células mesenquimais são jovens, reativas (células de reparação). Ao lado dos novos capilares, algumas células inflamatórias representam o tecido de granulação. d - As células epiteliais se multiplicam e se diferenciam, reconstituindo o epitélio, que é idêntico ao original. Os fibroblastos também proliferam e produzem fibras colágenas progressivamente em maior número, ao mesmo tempo em que ocorre a regressão dos capilares. Finalmente, há a formação de cicatriz (fibrose).

Figura 3 - Células de reparação. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 100x. Células escamosas e agrupamento em monocamada de células de reparação de origem epitelial à esquerda (seta). Observar o citoplasma abundante e mal delimitado, núcleos volumosos e nucléolos proeminentes característicos. Figura 4 - Células de reparação. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Agrupamento em monocamada de células de reparação de origem epitelial, revelando citoplasma abundante, às vezes bem delimitado, núcleos volumosos, redondos, com bordas regulares, cromatina finamente granular e nucléolos proeminentes, às vezes múltiplos. Figura 5 - Células de reparação. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Agrupamento frouxo de células de origem epitelial com citoplasma abundante, às vezes com prolongamentos, núcleos volumosos com variação do tamanho, redondos ou ovais, com bordas lisas, cromatina finamente granular e nucléolos proeminentes, ocasionalmente múltiplos. A polaridade nuclear está mantida, e a relação nucleocitoplasmática dentro dos limites da normalidade, assinalando natureza benigna.

Figura 6 - Células de reparação. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Agrupamento discretamente desorganizado de células de origem epitelial com citoplasma abundante, núcleos volumosos, com bordas regulares, exibindo cromatina finamente granular e nucléolos proeminentes. Observar a figura de mitose (seta).

Figura 10 - Fibroblastos. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Fibroblastos contendo frequente nucléolo. A proliferação dessas células indica que ocorreu previamente destruição significativa de tecido.

Células de Reparação Atípicas Figura 11 - Células de reparação atípicas. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células de origem epitelial com núcleos volumosos, anisocariose significativa, cromatina às vezes grosseiramente granular. A relação nucleocitoplasmática está levemente aumentada em algumas células. Figura 12 - Células de reparação atípicas. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Há certa desorganização celular no agrupamento. Os núcleos são volumosos, com bordas regulares, nucléolos, exibindo padrão de cromatina mais grosseiro que o habitualmente visto no processo de reparação. Figura 13 - Células de reparação atípicas. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Os núcleos são volumosos, variando de tamanho, com cromatina fina, às vezes de distribuição irregular, e nucléolos proeminentes, múltiplos. A diferenciação com carcinoma escamoso é difícil.

Alterações Celulares Associadas ao DIU Figura 15 - Alterações celulares pelo efeito do DIU. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células glandulares endometriais com grandes vacúolos citoplasmáticos, núcleos volumosos rechaçados para a periferia com hipercromasia e cromatina borrada. Figura 16 - Alterações celulares pelo efeito do DIU. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Conjunto papilar representado por células endometriais às vezes com vacúolos intracitoplasmáticos, núcleos excêntricos, volumosos, com bordas lisas, cromatina finamente granular e, raramente, pequenos nucléolos. Figura 17 - Alterações celulares pelo efeito do DIU. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Células glandulares endometriais levemente degeneradas devido à dessecação. Há frequentes vacúolos citoplasmáticos empurrando os núcleos para a periferia, resultando na aparência de células em “anel de sinete”. A diferenciação citológica com adenocarcinoma é extremamente difícil.

Alterações Celulares Associadas à Radioterapia Figura 18 - Quadro ilustrativo das principais alterações citológicas associadas à radioterapia a - Citomegalia. b - Vacuolização citoplasmática. c - Infiltração neutrofílica e anfofilia citoplasmática. d - Célula pleomórfica com infiltração neutrofílica. e - Célula pleomórfica com coloração citoplasmática bifásica (policromasia/anfofilia) e multinucleação. f - Pseudocanibalismo. g - Células de reparação. h - Histiócito multinucleado. i - Célula com citomegalia e núcleos de forma anormal, volumosos, com cromatina de aspecto borrado.

Figura 21 - Alterações pós-irradiação. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Histiócito multinucleado. Essas células são comuns. Nesta figura, observar a regularidade do tamanho dos núcleos e a cromatina finamente granular. Figura 22 - Alterações pós-irradiação. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Célula pleomórfica, alongada, com infiltração neutrofílica. Figura 23 - Alterações pós-irradiação. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Célula gigante pleomórfica com policromasia (coloração bifásica, com duas cores distintas) citoplasmática, núcleos volumosos, múltiplos, e nucléolos.

Alterações Celulares Associadas à Deficiência de Ácido Fólico - Vitamina B Figura 25 - Ilustração demonstrando algumas das alterações celulares associadas à deficiência de ácido fólico a - Citomegalia. b - Binucleação. c - Multinucleação. d - Aumento nuclear. e - Núcleo dobrado. f - Prega nuclear. Figura 26 - Alterações associadas à deficiência de ácido fólico/vitamina B12. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 100x. Citomegalia (seta). Figura 27 - Alterações associadas à deficiência de ácido fólico/vitamina B12. Esfregaço cervicovaginal, Papanicolaou, 400x. Citomegalia. A célula mostra forma anômala e há anfofilia. Observar o núcleo dobrado.