Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Cisto Periodontal Lateral: Um Caso Raro de Camuflagem de Cisto Residual, Provas de Diagnóstico

Um relato de caso de um cisto periodontal lateral que apresentou características semelhantes a um cisto residual após a enucleação. O documento discute a importância do diagnóstico diferencial entre esses tipos de cistos, promovendo um correto tratamento. O texto também cita estudos relacionados e fornece informações sobre a prevalência, localização e características desse tipo de cisto.

O que você vai aprender

  • Quais são as principais causas e localizações de cistos periodontais laterais?
  • Por que é importante realizar um diagnóstico diferencial entre cistos periodontais laterais e residuais?
  • Quais são as principais abordagens terapêuticas para tratamento de cistos periodontais laterais?
  • Quais são as principais características radiográficas de um cisto periodontal lateral?

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

usuário desconhecido
usuário desconhecido 🇧🇷

4.6

(158)

172 documentos

1 / 16

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
UNIVERSIDADE TIRADENTES
HAZILA THAYNÁ VARJÃO SANTOS
RAFAELA HELLEN BATISTA VARJÃO
CISTO PERIODONTAL LATERAL CAMUFLANDO
CISTO RESIDUAL: RELATO DE CASO RARO
Aracaju
2016
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Cisto Periodontal Lateral: Um Caso Raro de Camuflagem de Cisto Residual e outras Provas em PDF para Diagnóstico, somente na Docsity!

UNIVERSIDADE TIRADENTES

HAZILA THAYNÁ VARJÃO SANTOS

RAFAELA HELLEN BATISTA VARJÃO

CISTO PERIODONTAL LATERAL CAMUFLANDO

CISTO RESIDUAL: RELATO DE CASO RARO

Aracaju

HAZILA THAYNÁ VARJÃO SANTOS

RAFAELA HELLEN BATISTA VARJÃO

CISTO PERIODONTAL LATERAL CAMUFLANDO

CISTO RESIDUAL: RELATO DE CASO RARO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Coordenação do Curso de Odontologia da Universidade Tiradentes como parte dos requisitos para obtenção do grau de Bacharel em odontologia. PROFº PAULO ALMEIDA JÚNIOR

Aracaju

AUTORIZAÇÃO PARA ENTREGA DO TCC

Eu, PAULO ALMEIDA JÚNIOR orientador das discentes HAZILA THAYNÁ

VARJÃO SANTOS e RAFAELA HELLEN BATISTA VARJÃO, atesto que o trabalho

intitulado: “CISTO PERIODONTAL LATERAL CAMUFLANDO CISTO

RESIDUAL: RELATO DE CASO RARO” está em condições de ser entregue à

Supervisão de Estágio e TCC, tendo sido realizado conforme as atribuições designadas

por mim e de acordo com os preceitos estabelecidos no Manual para a Realização do

Trabalho de Conclusão do Curso de Odontologia.

Atesto e subscrevo,

__________________________________

Orientador(a)

EPÍGRAFE

"As nuvens mudam sempre de posição, mas são sempre nuvens no céu. Assim devemos ser todo dia mutantes, porém leais com o que pensamos e sonhamos; lembre-se, tudo se desmancha no ar, menos os pensamentos". Paulo Beleki

Cisto periodontal lateral camuflando cisto residual: relato de caso raro

Hazila Thayná Varjão Santos(a); Rafaela Hellen Batista Varjão(a); Paulo Almeida Júnior (b); Ricardo Luiz Cavalcanti de Albuquerque Júnior(c) (a)Graduanda em Odontologia – Universidade Tiradentes;(b)PhD. Professor Titular I do Curso de

Odontologia da Universidade Tiradentes;(c)PhD. Professor Titular do Curso de Odontologia da Universidade Tiradentes.

_____________________________________________________________________________________

Resumo

O cisto periodontal lateral é um cisto odontogênico raro e de etiologia controversa. Acomete mais a mandíbula, na região de canino e pré-molares associado à raiz de um dente vital. Não apresenta sintomatologia, envolvendo pacientes entre a quinta e sétima década de vida. Radiograficamente possui uma área radiolúcida bem circunscrita. Em raros casos, a lesão permanece mesmo após a exodontia e se assemelha radiograficamente, a um cisto residual. O tratamento preconizado é a enucleação, com rara recidiva. O objetivo deste trabalho é apresentar o caso clínico de uma paciente, com 50 anos, encaminhada ao Hospital Regional de Itabaiana (Sergipe) após uma avaliação clínica de reabilitação oral. A radiografia panorâmica evidenciou uma área radiolúcida unilocular, bem circunscrita e delimitada por um halo radiopaco. Solicitaram-se exames laboratoriais e tomografia Cone Beam, realizando assim a biópsia incisional que obteve como diagnóstico cisto periodontal lateral. Após a enucleação da lesão, sob anestesia geral, um novo exame histopatológico foi realizado, porém o resultado obtido foi de cisto residual, devido à presença do processo inflamatório. Conclui-se que o cisto periodontal lateral pode apresentar características clínicas e radiográficas semelhantes ao cisto residual, por isso, deve-se levar em consideração as características histopatológicas para determinar um correto diagnóstico.

Palavras-chave: Cisto Periodontal; Cistos Odontogênicos; Diagnóstico Diferencial.


Abstract

The lateral periodontal cyst is a rare odontogenic cyst and controversial etiology. It afflicts more the mandible, in the region of canine and premolars associated to the root of a vital tooth. Without symptomatology, involving patients between the fifth and seventh decade of life. Radiographic features a radiolucent well-circumscribed area. In rare cases, the lesion remains even after dental extraction and radiographically resembles, as a residual cyst. The indicated treatment is enucleation, with rare relapse. The purpose of this work is to present the clinical case of a 50 years old patient, who was refered to the Regional Hospital of Itabaiana (Sergipe) after a clinical evaluation of oral rehabilitation. The panoramic radiography evidenced an unilocular radiolucent area, well circumscribed and delimited by a radiopaque halo. Were requested additional laboratorial exams and computed tomography Cone Beam and so held the incisional biopsy obtained as lateral periodontal cyst diagnosis. After enucleation of the injury, under general anesthesia, a new histopathological examination was performed, but the result was residual cyst due to the presence of inflammatory process. It is concluded that the lateral periodontal cyst may present clinical and radiographic features similar to the residual cyst, so that the histopathologic findings must be taken into account to determine the correct diagnosis.

Keywords: Periodontal Cyst; Odontogenic Cysts; Differential Diagnosis.

1

1- Introdução O cisto periodontal lateral é uma lesão cística dos maxilares que causa muitas opiniões controversas sobre a sua origem. Acredita-se que esse cisto está relacionado com a proliferação de restos da lâmina dentária (LIMA, et al., 2005, MENDES, 2006, PEREIRA, 2006, REGEZI, 2008, FRIEDRICH, 2014, NEVILLE, 2016). Segundo Domingues, et al., (2007), são três as teorias que buscam explicações para determinar a fonte que origina o cisto periodontal lateral, os remanescentes da lâmina dental, os remanescentes da bainha de Hertwig e o epitélio reduzido do esmalte. O cisto periodontal lateral representa um cisto odontogênico de desenvolvimento raro, associado ao ligamento periodontal da superfície lateral da raiz de um dente erupcionado e com vitalidade pulpar. Constitui de 0,8 a 1,5% dos casos de cistos que acometem os maxilares (ALTINI, et al., 1992, CARTER, 1996, KEREZOUDIS, 2000, MARX, 2003, MENDES, 2006, NART, 2007, SHEAR, 2011), sendo 80% dos casos detectados na mandíbula, principalmente entre as raízes dos pré-molares e caninos. É mais comum na 5º, 6º e 7º décadas de vida, sendo os homens mais afetados que as mulheres (ALTINI, et al., 1992, KEREZOUDIS, 2000, GARAU, 2002, LIMA, 2005, RAMER, 2005, DEMATHÉ, 2006, DOMINGUES, 2007, NART, 2007, REGEZI, 2008, de CARVALHO, 2011, SHEAR, 2011, SELVAMANI, 2012, ANDRADE, 2012, FRIEDRICH, 2014, NEVILLE, 2016). Este cisto possui evolução lenta, na maioria dos casos não possui sintomatologia dolorosa (CARTER, et al., 1996, KEREZOUDIS, 2000, GARAU, 2002, LIMA, 2005, DEMATHÉ, 2006, MENDES, 2006,

REGEZI, 2008, SHEAR, 2011,

ANDRADE, 2012, NEVILLE, 2016),

sendo menor que 1 cm e podendo variar de 3mm à 12mm de diâmetro (BINNIE, et al., 1999, MARCUCCI, 2005, REGEZI, 2005, DOMINGUES, 2007, SHEAR, 2011). Comumente, não provoca expansão óssea ou afastamento de raízes dentais. Se houver expansão óssea, a consistência desse cisto será firme a palpação. A mucosa dessa região tem aspecto normal, mas pode estar avermelhada, semelhante a uma hiperemia inflamatória ou amarelada como um abscesso submucoso maduro (DOMINGUES, et al., 2007). Por essa lesão não apresentar sintomatologia dolorosa ao paciente, o mesmo é frequentemente detectado através de exames radiográficos de rotina (MENDES, et al., 2006, NART, 2007, REGEZI, 2008, KELSEY, 2009, ORTEGA, 2010, NIKITAKIS, 2010, SHEAR, 2011, NEVILLE, 2016). De acordo com Neville, et al., (2016) radiograficamente, o cisto apresenta-se como uma área radiotransparente bem circunscrita, localizada lateralmente à raiz de um dente com vitalidade. Essas características não são suficientes para o diagnóstico, devido outras lesões poderem apresentar aspectos semelhantes, como o tumor odontogênico queratocisto, cisto odontogênico botrióide, cisto radicular lateral e cisto odontogênico glandular. Para um diagnóstico correto é preciso também avaliar as características histopatológicas. Este cisto possui uma cápsula fibrosa fina, geralmente não inflamada, revestida por epitélio com espessura de apenas uma a três células na maioria das regiões. Na maioria das vezes este epitélio consiste em células escamosas achatadas, mas às vezes as células podem ser cuboidais. Focos de células claras, ricas em

3

A radiografia panorâmica, trazida pela paciente revelou uma área radiolúcida unilocular, bem circunscrita por um halo radiopaco na mandíbula, do lado esquerdo, sem presença de dente associado (Figura 3). Para melhor avaliação e planejamento foi solicitada tomografia computadorizada Cone Beam de mandíbula que revelou em cortes transseccionais uma imagem hipodensa circunscrita, bem delimitada, compatível com lesão benigna. Presença de abaulamento da cortical óssea, porém com rompimento da crista óssea alveolar (Figura 4).

Após avaliação dos exames laboratoriais solicitados (Hemograma completo, Hemoglobina Glicada, Coagulograma, Uréia, Creatinina, Eletrocardiograma, TGO, TGP, Sódio, Potássio, Glicemia em jejum) foi realizada a biópsia incisional, sob anestesia local, para determinar qual o tipo de lesão e a melhor forma de tratamento. A peça foi encaminhada para análise histopatológica, medindo 1,0 x 0,3 x 0,2 cm e apresentando consistência borrachóide, formato irregular, superfícies lisas e coloração brancacenta com pequenos pontos avermelhados. Durante o exame microscópico, observou-se fragmento de cápsula cística constituída por tecido conjuntivo fibroso denso, moderadamente celularizado e sede de discreto infiltrado inflamatório mononuclear (Figura 5 A). Esta se mostrou parcialmente revestida por epitélio escamoso não queratinizado delgado exibindo áreas focais de espessamentos em placa ora luminais

Figura 2. Imagem intraoral, apresentando em área edêntula no lado esquerdo abaulamento ósseo de coloração normal.

Figura 3. Área radiolúcida unilocular bem delimitada por um halo radiopaco na região da mandíbula do lado esquerdo em área edêntula.

Figura 4. Presença de abaulamento da cortical óssea, causando rompimento da crista óssea alveolar.

4

ora murais (Figura 5 B e C). Exsudato fibrinohemorrágico completando o quadro histopatológico. Como diagnóstico foi emitido o laudo de cisto periodontal lateral.

Diante deste resultado, foi planejado a enucleação cirúrgica, sob anestesia geral e entubação nasotraqueal, o que só acabou ocorrendo três meses após a biópsia incisional devido à falta de vaga no centro cirúrgico do hospital. Foi realizada uma incisão na crista óssea alveolar com relaxante que se estendeu da região de molares até a região anterior correspondente a unidade 32 (Figura 6). Em seguida, foi executado o descolamento do retalho mucoperiosteal, de modo a expor a região vestibular (Figura 7); procedeu-

se ostectomia com broca esférica, sob irrigação constante com solução de soro fisiológico a 0,9% (Figura 8). Após a exposição, promoveu-se a curetagem da lesão e limpeza da área (Figura 9 e Figura 10). O retalho foi suturado com ponto simples, utilizando nylon 5- (Figura 11).

Figura 5. (A) Fragmento de cápsula cística constituída por tecido conjuntivo fibroso denso parcialmente revestido por epitélio escamoso não queratinizado delgado. (B) e (C) Áreas focais de espessamentos epiteliais em placas murais e luminais, respectivamente.

Figura 6. Incisão com relaxante, que se estendeu da região de molares até região anterior que corresponde a UD

Figura 7. Exposição da região vestibular. vestibular.

C (^) 25 μm

A^100 μm^25 μm

Figura 6. Incisão com relaxante, que se estendeu da região de molares até região anterior que corresponde a UD 32.

B

6

discreta neoformação vásculocapilar. Esta se mostrou parcialmente revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado exibindo hiperplasia intensa arciforme (Figura 14 A), exocitose linfoneutrofílica, degeneração vacuolar hidrópica e espongiose (Figura 14 B). Acúmulos focais de imagens negativa de cristais de colesterol (Figura 14 C) suscitando reação tipo corpo estranho, sendo, portanto, emitido o diagnóstico de cisto odontogênico de natureza inflamatória.

O controle clínico e radiográfico de quatro meses mostrou presença de formação e remodelação óssea na região (Figura 15 A e B).

3- Discussão O cisto periodontal lateral representa menos de 2% dos casos de cistos odontogênicos, (PEREIRA, et al., 2006, SELVAMANI, 2012, NEVILLE, 2016), porém, Altini, et al., (1992), Carter, (1996), Kerezoudis, (2000), Marx, (2003), Mendes, (2006), Nart, (2007), Regezi, (2008), Shear, (2011), relataram que a prevalência desse cisto é de 0,8% a 1,5%. Para alguns autores como, Altini, et al., (1992), Kerezoudis, (2000), Garau, (2002), Lima, (2005), Ramer, (2005), Demathé, (2006), Nart, (2007), Domingues, (2007), Regezi, (2008), Friedrich, (2014), Neville, (2016), esta lesão é mais comum durante a 5ª, 6ª e 7ª décadas de vida. O caso citado corrobora com os dados encontrados, pois a paciente se encontra na 6ª década de vida. Há divergências quanto ao sexo acometido, porém existe uma

Figura 15 B. Remodelação óssea, no lado esquerdo da mandíbula (imagen mais aproximada).

Figura 1 4. (A) Fragmento de cápsula cística parcialmente revestida por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado exibindo intensa hiperplasia arciforme. (B) Epitélio apresentando intensa exocitose linfoneutrofílica, degeneração vacuolar hidrópica e espongiose. (C) Acúmulos focais de imagens negativas de cristais de colesterol suscitando reação tipo corpo estranho. (D) Infiltrado inflamatório linfoplasmocitário, macrófagos e ocasionais polimorfonucleares neutrófilos, bem como de discreta neoformação vasculocapilar.

Figrua 15 A. Remodelação óssea no lado esquerdo da mandíbula.

7

prevalência de (2:1) pelo sexo masculino (MENDES, et al., 2006, DOMINGUES, 2007, REGEZI, 2008). No caso, a paciente é do sexo feminino. Preferencialmente, cerca de 75% a 80% dos casos de cisto periodontal lateral localiza-se na mandíbula, em região de incisivos laterais, caninos e pré-molares, associado à raiz de um dente vital. Quando presente na maxila, essa lesão acomete principalmente a região anterior (KEREZOUDIS, et al., 2000, LIMA, 2005, RAMER, 2005, DEMATHÉ, 2006, NART, 2007, REGEZI, 2008, de CARVALHO, 2011, SHEAR, 2011, ANDRADE, 2012, SELVAMANI, 2012, FRIEDRICH, 2014). Entretanto, Domingues, et al., (2007) e Neville, et al., (2016), afirmaram que na arcada superior acomete a mesma região dentária que na mandíbula. No caso exposto, a lesão encontra-se na mandíbula em região de pré-molares e molares, no entanto sem a presença de dentes adjacentes. Grande parte dos autores (CARTER, et al., 1996, KEREZOUDIS, 2000, GARAU, 2002, LIMA, 2005, DEMATHÉ, 2006, MENDES, 2006, REGEZI, 2008, KELSEY, 2009, ORTEGA, 2010, NIKITAKIS, 2010, SHEAR, 2011, ANDRADE, 2012, NEVILLE, 2016), certificaram que clinicamente, este cisto possui crescimento lento, normalmente assintomático, como observado no caso descrito. Comumente exibe pequenas dimensões, com diâmetros que variam de 3 mm a 12 mm, sendo menor que 1 cm (BINNIE, et al., 1999, MARCUCCI, 2005, DOMINGUES, 2007, REGEZI, 2008, SHEAR, 2011). Porém, no caso exposto a lesão apresentou inicialmente um tamanho maior de 4,5 cm x 1,3 cm. Radiograficamente, o cisto periodontal lateral, apresenta-se como uma área radiolúcida unilocular bem

circunscrita, arredondada, ovóide ou em forma de “gota de lágrima” localizada lateralmente a raiz de um dente vital (ALTINI, et al., 1992, KEREZOUDIS, 2000, GARAU, 2002, LIMA, 2005, MARCUCCI 2005, DEMATHÉ, 2006, MENDES, 2006, PEREIRA, 2006, DOMINGUES, 2007, REGEZI, 2008, de CARVALHO, 2011, FRIEDRICH, 2014). Além disso, Neville, et al., (2016) afirmaram, que alguns cistos podem se desenvolver em áreas edêntulas. A radiografia panorâmica da paciente revelou uma área radiolúcida unilocular, bem circunscrita e delimitada por um halo radiopaco na mandíbula do lado esquerdo sem presença de dente associado. Na biópsia, os achados microscópicos da lesão foram similares comumente na literatura, exibindo uma cápsula cística revestida por um epitélio não queratinizado, sem inflamação (MENDES, et al., 2006, PEREIRA, 2006, REGEZZI, 2008, MOEHLECKE, 2011, SHEAR, 2011, PORTO, 2016, NEVILLE, 2016). Porém, na biópsia da peça cirúrgica as características que eram esperadas não foram obtidas, observando características histológicas compatíveis com o cisto residual. Este fato ocorreu, provavelmente, porque o procedimento cirúrgico só foi realizado três meses após a biópsia incisional, ocasionando um estímulo inflamatório, devido à comunicação da cavidade oral com o cisto, isso demonstra a importância de uma boa anamnese, exame clínico, radiográfico e histopatológico. Apesar do tamanho da lesão, o tratamento de escolha foi a enucleação cirúrgica, como citado pela maioria dos autores (KEREZOUDIS, et al., 2000, MARCUCCI, 2005, RAMER, 2005, SAPP, 2005, MENDES, 2006, PEREIRA, 2006, DOMINGUES, 2007, FORMOSO, 2008, SHEAR 2011,

9

14- MARCUCCI, Gilberto. Fundamentos de Odontologia Estomatologia. Rio de Janeiro: Guanabara, 2005. 167 p. 15- MARX, R. E.; STEM, D. Oral and maxillofacial pathology: a rationale for diagnosis and treatment. Illionois: Quintessence Publishing Co., 2003.585-588p. 16- MENDES, R. A.; VAN DER WAAL I. An unusual clinic radiographic presentation of a lateral periodontal cyst-report of two cases. Med. Oral Pathol. Oral Cir. Bucal ,, v.11, n.2, p.185-187, octuber, 2006. 17- MOEHLECKE, Betine Pinto; ROSSI, Felipe; RADOS, Pantelis Varvaki; PAIVA, Ricardo Losekann; MOURE Sabrina Pozatti; MUNERATO, Maria Cristina.Cisto periodontal lateral: relato de caso e revisão de literatura. RFO, Passo Fundo ., v.16, n.1, p.81-84, jan./abr., 2011. 18- NART, J. GAGARI; E. KAHN, M. A.; GRIFFIN, T. J. Use of guided regeneration in the treatment of a lateral periodontal cyst with a 7- month reetry. J Periodontal., v.78, n.7, p.1360-1364, jul., 2007. 19- NEVILLE, Brad W; DAMM, Douglas D.; ALLEN, Carl M.; BOUQUOT, Jerry E. Patologia Oral &Maxilofacial. 4º ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2016. 645- 647 p. 20- NIKITAKIS, N. G.; BROOKS, J. K.; MELAKOPOULOS, I; YOUNIS, R. H.; SCHEPER, M. A.; PITTS, M. A.; Al-MUBARAK, H.; SKLAVOUNOU, A. Lateral periodontal cysts arising in periapical sites: a report of two cases. J Endod., v.36, n.10, p.1707-1711, octuber, 2010. 21- ORTEGA, A.; FARIÑA V.; GALLARDO, A.; ESPINOZA, I; ACOSTA, S. Nonendodontic periapical lesions: a retrospective study in Chile. Int Endod J., v.40, n.8, p.661, may, 2007. 22- PEREIRA, Anderson Marciano; SEGUNDO, Airton Vieira Leite; FALCÃO, Marcelo Ferreira Lima; ANDRADE, Emanuel Sávio de Souza; SILVA, Uoston Holder da; SILVA, Josimário João da. Cisto periodontal lateral em localização pouco usual. Odontol Clín-Cient., v.5, n.1, p.75-81, jan/mar., 2006. 23- PORTO, Damião Edgleys; SANTOS, Hellen Bandeira de Pontes; BRITO,

Lívia Natália Sales;NONAKA, Cassiano Francisco Weege. Cisto periodontal lateral em maxila mimetizando cisto residual: Relato de caso incomum. Faculdade de Odontologia de Lins/Unimep. v. 26, n. 1, p. 37-43, jan/jun 2016. 24- RAMER, M; VALAURI, D. Multicystic lateral periodontal cyst and botryoid odontogenic cyst. Multifactorial analysis of previously unreported series and review of literature. N Y State Dent J., v.71, n.4, p.47-51, jun-jul., 2005. 25- REGEZI, Joseph A.; CIUBBA, James J.; RICHARD, C. K. Jordan. Patologia oral: Correlações clinicopatológicas. 5º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 240 - 241 p. 26- SAPP, J. P; EVERSOLE L. R; WYSOCKI, G. P. Patología Oral y Maxilofacial contemporánea. 2ª ed. Madrid: Elsevier-Mosby, 2005. 45 - 87p. 27- SELVAMANI, Manickam; DONOGHUE, Mandana; BASANDI, Praveen Shivappa. Analysis of 153 cases of odontogenic cysts in a South Indian sample population: a retrospective study over a decade. Braz Oral Res. v.26, n.4, p.330-334, jul./aug., 2012. 28- SHEAR, Mervyn, SPEIGHT, Paul M. Cistos da Região Bucomaxilofacial. 4º ed. São Paulo: Santos, 2011. 84-91p.