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Guias e Dicas
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Cirurgia de animais de companhia, Resumos de Veterinária

Cirurgia de animais de companhia

Tipologia: Resumos

2023

Compartilhado em 17/04/2025

PedroSartori625
PedroSartori625 🇧🇷

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Clínica Cirúrgica de
Animais de Companhia
Maria Eduarda Cabral
Nome:________________________________________
Licenciado para Vitor Pegoretti, CPF: 435.848.278-33
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Clínica Cirúrgica de

Animais de Companhia

Maria Eduarda Cabral

Nome:________________________________________

SUMÁRIO

  • Afecções Cirúrgicas do Sistema Tegumentar p.
  • Afecções Cirúrgicas do Conduto Auditivo p.
  • Princípios da Ortopedia p.
  • Principais Doenças Articulares em Cães e Gatos p.
  • Neurologia Cirúrgica p.
  • Afecções Cirúrgicas do Trato Gastrointestinal p.
  • Principais Afecções Relacionadas à Dispneia Inspiratória p.
  • Afecções Cirúrgicas do Sistema Respiratório Inferior p.

A cicatrização da ferida é um processo biológico de restauração de tecido lesionado ou substituição por colágeno. 4 fases dinâmicas:  muitos autores recentemente consideram 3 fases dinâmicas.

alguns autores consideram inflamação e debridamento como

uma fase única.

as fases ocorrem de maneira simultanea

DURAÇÃO DE APROXIMADAMENTE 5 DIAS Hemorragia. Ao lesionar a pele ocorre um extravasamento de sangue, nos primeiros 15 minutos acontece uma vasoconstrição para evitar um intenso derrame de sangue. Em seguida ocorre uma vasodilatação, aumentando a permeabilidade vascular que possibilita a chegada de células sanguíneas, como plaquetas, leucócitos, fibrinogênio, entre outras. Aumento de permeabilidade vascular (fibrinogênio e elementos de coagulação).  com o aumento da permeabilidade ocorre a formação de coágulos. Quimiotaxia de células circulatórias – ativação de macrófagos, neutrófilos, linfócitos e fibroblastos. Os sinais clássicos da inflamação são calor, rubor, edema e dor.  começa a ter uma liberação de fluido, quimiotaxia de células e migração de leucócitos para a área atingida. A duração aproximada é de 3 a 5 dias, devido a isso que o anti-inflamatório para a ferida não precisa perdurar por mais de 5 dias. DURAÇÃO DE ATÉ 5 DIAS Ocorre de forma concomitante com a inflamação. Neutrófilos (6h) O debridamento é a limpeza da ferida, essa limpeza ocorre primariamente pela migração de neutrófilos. Esses neutrófilos migram em torno de 6 horas para a lesão, atuam impedindo a infecção por meio da fagocitose de resíduos e de microrganismos, além de desempenharem o papel de estimular os monócitos. Monócitos/macrófagos (12h) Os monócitos/macrófagos são as principais células relacionadas a cicatrização de feridas. Os monócitos costumam chegar em torno de 12h no sítio da ferida e entre 24 a 48h se tornam macrófagos, sendo que os monócitos são precursores dos macrófagos. Sintetizam fatores de crescimento que atuam na formação e remodelamento do tecido. Secretam colagenase (remoção de tecido necrótico, material estranho e bactérias).  colagenase é uma enzima que atua na remoção do tecido necrótico.  é capaz de debridar e remover qualquer tecido desvitalizado da ferida, material estranho e bactérias.  a colagenase não degrada o tecido saudável. Estimulam a angiogênese e migração de fibroblastos.

 angiogênese: extremamente importante por precisar de novos vasos nesse tecido, possibilitando a chegada de novas células.  fibroblastos: atuam na deposição de colágeno, sendo a principal fonte da cicatriz. INDISPENSÁVEIS NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO! Se tiver neutropenia a cicatrização será mais lenta, entretanto se não houver monócitos/macrófagos ocorrerá alterações no processo cicatricial. INÍCIO DE 3 A 5 DIAS APÓS A LESÃO É chamada de proliferativa pela proliferação intensa de novas células. Começa a ocorrer no final da inflamação e nessa fase ocorre 3 formações importantes, sendo elas:

Fibroblastos migram do tecido circunjacente para a ferida

  • centripeta. Neovascularização + fibroblastos + tecido fibroso. Tecido de granulação O tecido de granulação é desejável em toda ferida extensa, sendo um tecido carnudo e vermelho brilhante, ou seja, é um tecido de granulação saudável.  o brilhante significa que o tecido está úmido, sendo a umidade indispensável para o processo cicatricial da ferida. 0,4 a 1mm/dia em direção centrípeta (de fora para dentro). Preenche o defeito e protege o ferimento.  resistente a infecção, é um tecido bastante vascularizado apresentando muitas células de defesa.  entretanto, é um tecido frágil. Miofibroblastos – contração da ferida. Epitelização Ocorre de maneira concomitante ao tecido de granulação, sendo a formação de um novo epitélio, ou seja, da pele. Importante contra infecções e perda de fluido interno. 24 – 48h em tecidos suturados.  cicatrização por primeira intenção. Em tecidos abertos, 3 a 5 dias quando houve a formação de bom tecido de granulação. A epitelização ocorre acima do tecido de granulação. Ambiente úmido e tecido viável são importantes para que ocorra o processo de epitelização.  a umidade é diferente da secreção, a umidade é o fluido, o tecido não pode ficar com secreção. Contração Os miofibroblastos migram da borda para o centro fazendo diminuir a ferida. Reorganização de colágeno e contração de miofibroblastos nas bordas a ferida. Simultânea a granulação e epitelização. 0,6 a 0,8mm/dia. Limitada em pele sob tensão.  se tem um local de ferida que a pele tem muita tensão, sendo comum em regiões de extremidade, como por exemplo extremidade de membros, nesses casos a contração é limitada e a ferida contrai até certo ponto, mas depois disso não ocorre mais a cicatrização, não fechando essa ferida e nesses casos sendo necessário pensar em plastia.  se a contração é muito intensa em feridas extensas, pode ter a contração dos bordos da ferida,

A cicatrização ocorre de maneira mais demorada. Idade Mais lenta em animais idosos. Quanto mais filhote mais rápida será a cicatrização, caso seja necessário fazer uma plastia tem que intervir no momento certo para conseguir realiza-la. Hipoproteinemia Baixa de proteína causa um retardo na cicatrização e uma força reduzida do ferimento. Doenças concomitantes Insuficiência Hepática (IH): deficiência no fator de coagulação.  ocorre uma demora nas fases iniciais, de inflamação e hemorragia. Hiperadrenocorticismo (HAC): excesso de glicocorticoides inibem a angiogênese (formação de novos vasos), fibroblastos e epitelização.  também conhecida como Síndrome de Cushing. Diabetes: retardo devido à diminuição da função leucocitária. Uremia: diminuição no tecido de granulação e epitelização – alteração do metabolismo. Infecção: alteração em citocinas e fibroblastos. Espécies: gatos cicatrizam mais lentamente. Periósteo, fáscias e tendões: não suportam tecido de granulação.  periósteo: o periósteo é a parte externa que recobre o osso, como se fosse uma membrana externa e é uma estrutura extremamente importante para a consolidação óssea.  advém os vasos que vascularizam a parte externa óssea.  quando há a presença de periósteo ocorre um retardo na cicatrização, ou seja, o tecido de granulação não se forma no periósteo.  quando tem exposição óssea demora para cobrir. Corpos estranhos (suturas, implantes), tecido necrótico, espaço morto.  se tiver a exposição de um implante ortopédico raramente tem o tecido de granulação por cima, sendo muitas vezes necessário realizar uma plastia na região.  o tecido necrótico é desvitalizado, retardando a cicatrização.

 o espaço morto é o espaço que fica entre o subcutâneo e a musculatura.  as vezes o animal chega com ferida por mordedura e ao realizar o procedimento de lavagem por dentro é possível notar que o subcutâneo está descolado, se o espaço morto permanecer terá atraso na cicatrização e a formação de seroma (líquido inflamatório), além da infecção. Hipóxia.  ausência de oxigênio em qualquer célula leva a uma lesão desse tecido, se a hipóxia for acentuada terá necrose, mas se não for acentuada, se for apenas leve pode causar retardo na cicatrização.  animal anêmico tem uma certa hipóxia nos tecidos, principalmente das regiões periféricas. Eletrobisturi.  faz a hemostasia pelo aumento de temperatura, porém queima o tecido.  esse tecido queimado retarda a cicatrização, sendo necessário utilizar com cautela, além disso pode ocorrer deiscência dos pontos idem. TECIDO NECRÓTICO Fonte: Acervo pessoal Profa. Dra. Maria Helena Larcher Caliri Tipos de Debridamento O debridamento é a limpeza da ferida, sendo a retirada das sujidades.

 Cirúrgico: remoção de necrose através de

intervenção cirúrgica com instrumental específico.  é feito como uma cirurgia, o animal é levado no centro cirúrgico e é feito com material estéril.  sempre que for mexer com ferida o ideal é mexer com estéril para não levar contaminação.  remove tecido morto através de intervenção cirúrgica, é feito quando as necroses são muito extensas.

 Autolítico: remoção de debris através das

células do próprio organismo.  as próprias células do organismo fazem a remoção dos debris, células mortas e necrose, porém, é possível acelerar esse debridamento autolítico.

 Mecânico: remoção de necrose e debris através

de bandagens aderentes ou limpeza com alta pressão.  é a remoção dos debris através de bandagens aderentes, ao puxar a bandagem ela traz o resto de necrose junto.  a limpeza com alta pressão é feita com solução fisiológica e com uma agulha na extremidade, fazendo a solução fisiológica sair com uma alta pressão.

 Enzimático/químico: remoção de necrose e

debris através de pomadas ou coberturas.  ex. papaína.

 muitos animais que não são atendidos logo após a mordedura acabam apresentando o quadro de sepse devido a esse importante descolamento de subcutâneo.  a mordedura é uma ferida contaminada, podendo infeccionar e resultar em sepse. Há um dano extenso na pele e tecidos moles adjacentes. É a sutura. Não são todas as feridas que podem ser feitas esse tipo de cicatrização. Indicada quando as feridas são recentes, ou seja, com um . Mínima contaminação. Incisões cirúrgicas e lacerações (exceto por mordedura) são possíveis de realizar a cicatrização por primeira intenção por conseguir coaptar os bordos. NUNCA mordedura.  mordedura não se encaixa nessa cicatrização de primeira intenção por apresentar contaminação.  se fechar a ferida por mordedura, não ocorrerá a lavagem interna do ferimento, potencializando o crescimento bacteriano. Precisa lembrar das fases da cicatrização, a cicatrização por primeira intenção não chega a visualizar todas as fases. As fases estarão presentes na cicatrização por segunda intenção. O tempo de epitelização é de 24 a 48h em feridas suturadas, nessa ferida temos um início de epitelização em 24.  se o cachorro for para casa depois de 5 dias internado na clínica após a cirurgia e retornar com queixa de deiscência de ferida e contaminação, será pouco provável que tenha adquirido em casa devido ao tempo de epitelização.  essa contaminação pode ter sido adquirida durante o procedimento cirúrgico, da própria ferida ou após o procedimento, caso o animal tenha se sujado na baia ou algo do tipo. Ferimentos com mais de 8h. Contaminadas (mordedura). Debridamento, granulação, contração e epitelização.  visualiza todas as fases da cicatrização. Se teve deiscência de pontos não adianta suturar novamente naquele momento.

Sutura de feridas já tratadas.  são feridas que não puderam ser suturadas no primeiro momento por serem contaminadas, mas já estão livres de contaminação e podem ser suturadas. Sem contaminação. Com tecido de granulação saudável. Revitalização de bordas e sutura.  tem que revitalizar as bordas da ferida, pois as bordas da ferida invertem e contraem, com isso, não adianta sutura-las.  a sutura só consegue ser feita se tiver vaso sanguíneo e tecido subcutâneo, para fazer essa cicatrização precisa cortar a borda da ferida e deixa-las retilíneas. Pode ser feita nas plastias. Primeira coisa a se fazer é cobrir ferida com compressa/atadura para não cair mais contaminação nessa ferida. ESTABILIZAR o paciente – feridas raramente são emergências!  são emergências quando tem hemorragias ativas por seccionar vasos importantes, como da artéria femoral que precisa fazer a hemostasia.  anamnese (tempo, causa, ambiente que o animal vive), exame físico (extensão, tipo, hemorragia).  se o animal é de fazenda ou chácara precisa pensar em picadas de animais peçonhentos como diferencial.  analgesia – opioides, AINEs. Sedação, anestesia.  se o animal precisar ser sedado ou anestesiado será apenas após a estabilização do paciente. Inspeção e hemostasia. Tricotomia.  gel para proteção.  lâmina barbear, máquina de tricotomia. Precisa fazer a tricotomia ao redor de forma ampla para o pelo não cair na ferida, pois os pelos são fontes de contaminação. Para evitar que os pelos caiam na ferida o ideal é colocar um gel de proteção (gel de ultrassom ou pomadas, como furanil), coloca por cima da ferida para evitar que caia mais pelos no ferimento. A tricotomia pode ser feita com lâmina de barbear em regiões que são mais difíceis ou quando está com muita secreção ou necrose, também pode ser feita em feridas antigas com muitas crostas. Limpeza – de maneira estéril.  solução fisiológica ou ringer lactato a 8 PSI de pressão. Dependendo da ferida precisa de uma sedação para conseguir limpa-la, sempre deve ser feita de maneira estéril para evitar mais contaminação. A limpeza pode ser feita com soro fisiológico ou ringer com lactato, sendo realizada com pressão para promover o debridamento mecânico.

 limpeza da ferida.  quase todas as bandagens levam a algum tipo de debridamento.  controle de edema e hemorragia.  eliminação de espaço morto.  sempre que tem um espaço morto tem chance de acumular sangue e secreção sendo um meio de cultura para as bactérias.  umidade da ferida.  imobilização do tecido da ferida.  conforto e absorção de secreção. A camada externa da bandagem deve sempre estar seca, se estiver molhada por fora devido a secreção ou outro motivo, deve realizar a troca.  se for por secreção significa que a quantidade de secreção produzida já ultrapassou a capacidade de absorção da bandagem. Bandagens simples devem ser trocadas ao menos uma vez ao dia, exceto as que recobrem tecido de granulação (2 dias). troca em 3-7 dias. Camada de contato (primária) Debridamento.  por ficar em contato direto com a ferida acaba sendo a camada que leva a um debridamento e o acelera. Administração de medicamentos. Transmitir o exsudato do leito da ferida para a segunda camada. Ocluir o ferimento. Depende da fase da ferida, quantidade de exsudato, presença de necrose. Tipos:  aderente ou não aderente.  oclusiva ou semioclusiva. BANDAGEM ADERENTE Início do tratamento. Debridamento mecânico (não seletivo).  quando retirar a bandagem irá trazer com ela as células.  o seu ponto negativo é que o debridamento não é seletivo, ao mesmo tempo que tira necrose também lesiona o tecido de granulação.  se continuar fazendo bandagem aderente sobre o tecido de granulação pode acarretar em tecido de granulação exuberante.  em cães e gatos não é comum ter o tecido de granulação exuberante, como em equinos. Gaze embebida em solução fisiológica ou ringer lactato (aderente úmida) ou gaze seca (aderente seca). Dor na remoção e lesão de tecido saudável. Devem ser trocadas diariamente, as vezes mais de uma vez por dia. Úmida-seca É a mais utilizada. Moderada quantidade de exsudato, tecido necrótico. 1ª camada de gaze úmida (solução fisiológica, ringer lactato ou antibióticos).  camada fina de gaze, cerca de 2 a 3 gazes.  não usar pomadas, pois elas retirarão a aderência. 2ª camada de gaze seca. Úmida-úmida Grande quantidade de exsudato viscoso (queimaduras). Pouco tecido necrótico. Duas camadas de gaze umedecida. Seca-seca Tecido necrótico. Exsudato de baixa viscosidade. Duas camadas gaze seca. Não promove um debridamento tão intenso quanto a úmida-seca, o tecido necrótico precisa estar um pouco úmido para conseguir aderir e fazer o debridamento. BANDAGEM NÃO ADERENTE Indicada quando tem um tecido de granulação saudável. Pouco exsudato (sanguinolento).

Camada não aderente (gel, pomada, creme) seguida de camada absorvente. Coberturas hidrófilas Hidrocoloide, alginato de prata, alginato de cálcio. Altamente absorventes, ou seja, absorvem todo o exsudato da ferida. Mantém umidade no leito da ferida. Menor frequência de troca. Pode ser usada quando tem necrose e secreção. Bandagem não aderente semioclusiva Permite entrada de ar e saída de exsudato. Mais utilizadas na veterinária. Bandagem não aderente oclusiva Totalmente impermeáveis a bactérias e fluidos. NÃO EXISTE UM ÚNICO CURATIVO QUE PRODUZA O MICROAMBIENTE IDEAL PARA TODOS OS FERIMENTOS OU PARA TODAS AS FASES DE CICATRIZAÇÃO DE UM FERIMENTO. COBERTURAS HIDRÓFILAS São o que leva a uma cicatrização mais rápida de uma ferida. Absorvem o exsudato. Hidrogel Gel, folhas secas ou hidratadas. Oclusivo.  a partir do momento que coloca o hidrogel não ocorre mais a passagem de gases e a entrada de microrganismos. Confortável, alívio da dor. Umidade, promove debridamento autolítico, granulação e epitelização. Veículo para antibióticos e outras medicações. Feridas, pouco exsudato, com ou sem necrose, sem infecção.  de preferência feridas sem necrose. Troca em 24-72h.  quanto maior a quantidade de exsudato, mais rápido troca. Hidrocoloides Bastante utilizado no dia-a-dia. Ataduras adesivas oclusivas. Camada interna adesiva, impermeável à água e às bactérias. Estimulação da angiogênese. Absorção de exsudatos, manutenção da umidade (debridamento autolítico, epitelização). Podem reduzir a contração. Tecido de granulação (com ou sem necrose), sem infecção, pouco exsudato.  indicado quando tem o tecido de granulação, utiliza mais quando não há necrose ou há poucos pontos de necrose. Extensão de 2cm além do ferimento. Até 7 dias ou quando saturado – coloração esverdeada e mau cheiro.  duração depende da quantidade de exsudato na ferida.  se a bandagem externa tiver com secreção, é a hora de trocar o curativo como um todo.  ao tirar o hidrocoloide teremos um odor fétido, tem que tomar cuidado para não confundir com infecção.

 queimaduras.  amplo espectro bactérias e fungos.  potencial nefrotóxico (máximo 7 dias). Sulfadiazina é um antibiótico em formato de creme, tomar cuidado por ser nefrotóxica, então não utilizar por mais de 7 dias. Camada intermediária (secundária) Camada absorvente.  responsável por absorver o exsudato, as membranas já fazem essa absorção, mas também transmitem o exsudato para a camada secundária. Mantém agentes nocivos (exsudato, bactérias, sangue) longe da superfície da ferida. Amortece traumas. Pode ser feito de algodão hidrofílico, compressas, gazes. Aplicada com certa pressão. Camada externa (terciária) Protege contra contaminação externa. Atadura, malha tubular (não oclusivas). Esparadrapo (locais fáceis de molhar – patas): olcusivas. Tie-over Feridas em áreas inacessíveis, difíceis (axila, inguinal).  é um tipo de sutura feita em áreas difíceis de parar o curativo devido a alta mobilidade. Suturas nas bordas (finalidade de aproximação). Camada de contato e intermediária.  por cima da camada intermediária amarra os fios para manter o curativo na ferida. Bandagem em cabeça É importante pegar próximo aos olhos e que as orelhas fiquem de fora da bandagem. Bandagem extremidade proximal

Feridas por laceração, mordedura, abscessos, seromas.  cirurgias que descolam muito o subcutâneo coloca dreno para evitar a formação do seroma. Drenar secreções (espaço morto).  são feitos para drenar secreções e diminuir a quantidade de secreção do espaço morto. Lavar feridas. Desvantagem – fonte de contaminação.  sempre utilizar e mexer com o dreno de maneira estéril, o animal que utiliza dreno não pode ir para a casa, tem que estar internado.  o dreno deve estar sempre coberto por material estéril. Retirar em 72h. Dreno de Penrose Evitar incisão cirúrgica. Respeitar gravidade. Cobrir com material estéril. Fonte: Fossum. Cirurgia de pequenos animais, 4ª ed. Composta por:  pavilhão auricular.  meato acústico externo (formado pelo canal vertical e horizontal que se direcionam para a parte interna do crânio).  membrana timpânica (divide a orelha em externa e interna). Composta por:  cavidade timpânica – bula timpânica.  tuba auditiva. Composta por:  labirinto ósseo - cóclea, vestíbulo e canais semicirculares.  formado pelos ossículos da orelha.  audição e equilíbrio.  o vestíbulo é o local associado a manutenção do equilíbrio, sendo o sistema vestibular.

 é importante por ser um exame preliminar por conseguir identificar qual célula prevalece, se tem fungos, ácaros, bactérias e a partir disso podemos fazer um swab ou iniciar o tratamento. Swab (cultura bacteriana/fúngica, antibiograma).  culturas bacterianas fazemos o antibiograma. Principais agentes infecciosos relacionados a otite

Staphylococcus (gram positiva).
Streptococcus (gram positiva).
Pseudomonas (gram negativa – costumam ser bactérias

mais resistentes).

Malassezia (secundária).

 é um fungo, demonstra que o animal está passando por um processo inflamatório que teve uma desordem

e levou a uma infecção por Malassezia
Staphylococcus, Streptococcus e Malassezia são

microrganismos comuns do conduto auditivo, quando tiver um desequilíbrio teremos a proliferação desses agentes. IMAGEM A: secreção amarelada, mais característico de bactérias. IMAGEM B: secreção enegrecida é mais sugestivo de ácaros e fungos. IMAGEM C: otite crônica. IMAGEM D: hiperpigmentação, característica de Malassezia, estando com um aspecto de cronicidade. Condutos obstruídos parcialmente ou totalmente se indica o tratamento cirúrgico. Fonte: Harvey et al., (2004) A otite é mais que um problema somente na orelha, está relacionada a outros problemas, podendo ser dermatológicos, de hipersensibilidade e afins. Pólipos, neoplasias. Complicação e/ou recorrência de otite externa. Pode estar associada a alterações em nervo facial, síndrome de Horner.  síndrome Horner é mais comum em gatos e está relacionada a alterações em nervo facial. idem otite externa + inclinação da cabeça (síndrome vestibular periférica).  a síndrome vestibular periférica é mais comum de se encontrar em otites internas. Diagnóstico Anamnese e exame físico. Otoscópio (eritema, espessamento, presença parasitas, aspecto secreção, integridade da membrana timpânica). Swab (cultura bacteriana/fúngica, antibiograma) e citologia. Radiografia (opacidade de bula timpânica – otite média).

Tomografia computadorizada.  avalia o aspecto da otite, verifica se está apenas média ou se já tem comprometimento interno, além de analisar a bula timpânica. Síndrome de Horner Mostra alteração em nervo facial, pois esse nervo passa na região dorsoventral da orelha, próximo a orelha média, quando tem uma grande inflamação no local teremos alteração do nervo facial Ptose palpebral.  pálpebra mais caída. Miose.  pupila diminuída.  anisocoria é a diferença de tamanho das pupilas. Protusão de terceira pálpebra. Enoftalmia.  sensação de olho mais fundo. Alteração pode acontecer em cães e gatos e não é patognomônica para otite. alterações no encéfalo. relacionada a orelha, animal não apresenta alteração de consciência. A radiografia deve ser feita com o animal sedado ou anestesiado. Visualiza esclerose e opacificação das bulas timpânicas, sugerindo otite média. Identificar a causa (fúngica, bacteriana, parasitária, alérgica, pólipos, neoplasias).  pólipos ou neoplasias podem ser visíveis no otoscópio ou em tomografia computadorizada em alguns casos Retirar excesso de pelos do conduto auditivo, não pode retirar todos porque eles formam uma barreira de proteção. Terapia tópica (no geral, surte bons resultados) ou sistêmica:  deve ser feita no mínimo de 14 a 21 dias!  ceruminolítico.  antibiótico - cefalexina, enrofloxacina.  antifúngico – cetoconazol.  anti-inflamatório – corticoide (tira o prurido, sendo o corticoide o mais utilizado).  analgésico – lidocaína.  se o animal tiver febre, apatia e entre outros sinais podemos entrar com o tratamento sistêmico. Se tiver com muito cerume utiliza o ceruminolítico por uns 3 dias, após esses 3 dias começa o tratamento com antibiótico, antifúngico, ao finalizar o tratamento da otite