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Avaliação Socioeconômica e Saúde da População Atendida em Petrópolis, Trabalhos de Epidemiologia

Um estudo realizado na unidade de saúde estrada da saudade em petrópolis, no qual os autores avaliaram o contexto socioeconômico da população atendida e a situação de saúde no território. Os dados foram coletados do banco de dados e-sus e transformados em relatórios individuais e consolidados. As principais práticas identificadas foram as visitas domiciliares, reuniões coletivas, utilização de mapas criativos, grupos de educação em saúde e interação entre ensino, psf e população.

Tipologia: Trabalhos

2022

Compartilhado em 16/09/2022

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monica-rossi-couto 🇧🇷

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CURSO DE NUTRIÇÃO
ANA BEATRIZ FIGUEIREDO, GABRIELLE MELLO,
MAYARA DIAS, MÔNICA ROSSI E VICTÓRIA WEBER
PERFIL DA UNIDADE DE SAÚDE ESTRADA DA SAUDADE
Petrópolis
2022
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CURSO DE NUTRIÇÃO

ANA BEATRIZ FIGUEIREDO, GABRIELLE MELLO,

MAYARA DIAS, MÔNICA ROSSI E VICTÓRIA WEBER

PERFIL DA UNIDADE DE SAÚDE ESTRADA DA SAUDADE

Petrópolis

ANA BEATRIZ FIGUEIREDO, GABRIELLE MELLO,

MAYARA DIAS, MÔNICA ROSSI E VICTÓRIA WEBER

PERFIL DA UNIDADE DE SAÚDE

ESTRADA DA SAUDADE

Trabalho inserido no projeto CINUS e apresentado como parte dos requisitos para cumprimento das disciplinas de Saúde Coletiva 2.

Petrópolis

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO....................................
    1. OBJETIVOS.........................................
    1. MÉTODOS...........................................
    1. RESULTADOS.....................................
    1. CONCLUSÕES....................................
    1. REFERÊNCIAS....................................

1. INTRODUÇÃO

A saúde é um direito garantido pelo Estado, firmado pela Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), em que “os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais”, ou seja, a saúde engloba diversas outras esferas além da física. Visando isso, a Unidade de Saúde da Família entra com o papel de abordar o processo de saúde-doença dos indivíduos de modo singular e articulado ao contexto familiar e comunitário. De acordo com o Ministério da Saúde, USF é "uma unidade pública de saúde destinada a realizar atenção contínua nas especialidades básicas, com uma equipe multiprofissional habilitada para desenvolver as atividades de promoção, proteção e recuperação, características do nível primário de atenção”. A USF é a transformadora do modelo de saúde centralizado, focado apenas na doença e na figura médica: ela abrange o coletivo e a equipe multiprofissional, visando também aspectos externos, como a família e a comunidade. Ela considera essas áreas como componentes do cuidado, resolvendo de forma mais profunda os problemas dos pacientes. Ademais, sua equipe multiprofissional é padronizadamente composta por um médico generalista, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e cinco a seis agentes comunitários de saúde e, dependendo do município, conta também com o apoio de profissionais da equipe de saúde bucal, saúde mental e reabilitação. O profissional deve ter qualificação e perfil diferenciados, com características mais sensíveis, comunicativas e capazes de criar maiores vínculos, dado que o acompanhamento será sempre com o mesmo grupo de indivíduos de certa comunidade. Na PSF é feito o cadastramento dos pacientes, este é importante para que a equipe da unidade de saúde saiba que a pessoa está vinculada e sendo acompanhada. Também são feitas visitas à domicílios e reconhecimento do bairro, para que possam conhecer um pouco as condições de moradia, acesso aos locais, condições ambientais e assim ajuntar estas informações. É importante ressaltar que a PSF não se limita apenas ao atendimento dos pacientes, mas também tem um importante papel social, desenvolvendo projetos e grupos com diversas finalidades, desde ajudar pacientes viciados em drogas até associação de artesanato, promovendo uma interação social.

3. MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal e observacional realizado na Unidade de Saúde Estrada da Saudade. A coleta das informações ocorreu através dos dados do e-SUS disponibilizado pela preceptora da unidade e dados aos alunos do quarto período do curso de Nutrição da UNIFASE na Unidade de Saúde da Família Estrada da Saudade. Também utilizamos como dados informações coletadas em duas visitas feitas à unidade, sendo uma delas com reconhecimento de território e populacional.

4. RESULTADOS

Os resultados encontrados a partir dos dados coletados mostraram que apesar do trabalho das equipes estar direcionado principalmente para a assistência aos programas do Ministério da Saúde direcionados a doenças e a grupos prioritários, vem sendo desenvolvidas, também, práticas inovadoras que potencializam a construção do conhecimento sobre a situação de saúde no território. Foram coletados no banco de dados do posto as seguintes informações: faixa etária, número de atendimentos à domicílio, as doenças da população, a quantidade e a situação dos domicílios, a qualidade da água e o número de pessoas em condições de rua. Também foram observadas as atividades que o posto desenvolve para ajudar a população local. As faixas etárias vão de 0 anos até 80 anos ou mais, sendo destes, 1884 do sexo masculino e 2074 do sexo feminino. A população total registrada é de 3958, tendo quase 60% idades entre 20 e 59 anos. São feitas visitas à domicílio para atendimento a pessoas que necessitam, em 2019 foram feitas 6.272 visitas, 2.650 em 2020, 3.311 em 2021 e 985 em 2022 do período de janeiro até abril. Da população local, 215 são fumantes, 237 são alcóolicos e 27 fazem uso de outras drogas. Em relação às doenças, 150 tem diabetes, 458 tem hipertensão arterial, 30 tiveram ou têm câncer, 15 tiveram AVC, 122 tiveram diagnóstico de algum problema de saúde mental por profissional de saúde, 12 tiveram infarto e 54 tiveram internação nos últimos 12 meses. Ainda contam com alguns habitantes que possuem deficiência, sendo 6 com problemas auditivos, 36 físicos, 55 Intelectual/Cognitivo, 10 visual e 55 com outras deficiências não especificadas. 1700 1800 1900 2000 2100 Cidadão - Genêro Feminino Masculino 0 200 400 600 800 1000 0 a 9 anos 10 a 19 anos 20 a 34 anos 35 a 49 anos 50 a 64 anos 65 a 79 anos 80 anos ou mais Cidadão - faixa etária feminino masculino Gráfico 1 Gráfico 2

Essa diferença salarial também reflete na qualidade de vida dos moradores, bem como em suas casas. Dos 1754 domicílios, 1254 são próprios, 336 alugados (o que já compromete boa parte da baixa renda da população) e o resto cedido, financiado, ocupado ou em outra situação não descrita. Destas, o acesso de 50 é de chão batido ou fluvial, resto pavimentado. Apenas 100 não possuem paredes com revestimento e 4 não possuem energia elétrica. Em relação à qualidade da água, 336 domicílios possuem água clorada, 5 possuem água fervida, 949 água filtrada, 1 água mineral, 165 água sem tratamento e de 298 domicílios não há informações. Foi registrado também uma nascente de água não potável na comunidade, utilizada para diversas atividades, desde o consumo até para lavar roupas. É importante destacar que a utilização de água contaminada pode acarretar inúmeros prejuízos para a saúde, como contração de doenças como a Hepatite A e leptospirose; entretanto, nos dados coletados não há dados sobre esses índices. 0 50 100 150 200 250 1/4 de salário mínimo 1/2 salário mínimo 1 salário mínimo 2 salários mínimos 3 salários mínimos 4 salários mínimos Renda familiar Gráfico 5 0 200 400 600 800 1000 Água clorada Água fervida Água filtrada Água mineral Água sem tratamento Não informado Qualidade da água Gráfico 6

A forma de escoamento dessa água é um ponto que ainda precisa ser melhorado. 1344 domicílios possuem rede coletora de esgoto ou pluvial, 11 fossa séptica ou rudimentar, de 78 essa água vai direto para um rio, lago ou mar e de 40 fica a céu aberto. Essa falta de saneamento básico atrai para a região animais e insetos peçonhentos, além do mau cheiro. Foram registradas ainda 6 pessoas em situação de rua. Esse número aumentou após a pandemia, estimulado por um maior índice de conflitos familiares nesse período, tornando difícil a convivência domiciliar. Ademais, o posto de saúde inclui diversas atividades e projetos, como: Serenata da alegria onde os funcionários e estagiários vão até a casa dos pacientes cantar e levar alegria. Pacotinho do amor, neste projeto existe a arrecadação de roupas e fraldas para os bebês que acabaram de nascer e que não possuem o básico. Aquecendo corações é um projeto que visa a assistência social que ajuda o indivíduo de conforme as necessidades, como por exemplo na pandemia o projeto auxiliou com entregas de cestas básicas, arrecadações no Natal e etc. Existe também um projeto que trabalha as expectativas dos adolescentes e jovens, neste projeto eles levam os participantes para conhecerem centros de ensino técnico e universidade, a fim de gerar interesse nos jovens e auxiliar na expectativa de um futuro melhor. Outro projeto de grande importância é o ‘Grupo Quem Perde Ganha’ este grupo foi criado a partir da necessidade e melhora da saúde mental dos profissionais da unidade, sendo exclusivamente para eles, neste projeto são elaboradas rodas de conversa, roda de terapia, festas típicas, entre outros.

6. REFERÊNCIAS

e-SUS - BRITO, Geraldo Eduardo Guedes de; MENDES, Antonio da Cruz Gouveia; SANTOS NETO, Pedro Miguel dos. O objeto de trabalho na Estratégia Saúde da Família. Interface - Comunicação, Saúde, Educação , [S.L.], v. 22, n. 64, p. 77-86, 20 jul. 2017. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1807-57622016.0672. Disponível em:http://www.scielo.br/j/icse/a/xTL58HHyhLy5kjspPbYmLbC/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 17 de maio de 2022. MARQUI, Alessandra Bernadete Trovó de. Caracterização das equipes da Saúde da Família e de seu processo de trabalho: characterization of family health teams and their work proces. On Line : on line, Rs, v. 1, n. 1, p. 1-6, 14 nov. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/pHqBHKf7rKPzgztgrqcD9tt/?lang=pt BARROS, Irdaleide Costa. A importância da estratégia de saúde da família: contexto histórico. Teófilo Otono – Minas Gerais. 2014. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4357.pdf Lei nº 8.080, de 19/09/1990: Sistema Único de Saúde (SUS)