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Relação entre Cinderela e a Vida Real: A Mulher e a Busca do Príncipe Encantado, Notas de aula de Psicologia

Este documento aborda a relação entre o conto de fadas cinderela e a vida real, onde mulheres sentem-se incompletas, mesmo tendo realizado profissionalmente, por não terem encontrado o tal príncipe encantado que habitou sua infância. O texto explora as influências da sociedade e da família nas escolhas e na vida das mulheres, além das contribuições da psicologia sobre a busca da mulher pelo homem perfeito e as implicações sociais relacionadas a isso.

O que você vai aprender

  • Quais são as implicações sociais relacionadas à busca do ideal de homem pela mulher?
  • Como a Psicologia contribui para o entendimento da busca da mulher pelo homem perfeito?
  • Quais são as influências da sociedade e da família nas escolhas e na vida das mulheres?
  • Como a busca da mulher pelo homem perfeito é descrita no conto de fadas Cinderela?
  • Quais são as contribuições do conto de fadas Cinderela para a construção do ideário feminino?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Gisele
Gisele 🇧🇷

4.5

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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE
SILVANA DA SILVA PEREIRA
CINDERELA: A MULHER CONTEMPORÂNEA
ARIQUEMES - RO
2014
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FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE

SILVANA DA SILVA PEREIRA

CINDERELA: A MULHER CONTEMPORÂNEA

ARIQUEMES - RO 2014

Silvana da Silva Pereira

CINDERELA: A MULHER CONTEMPORÂNEA

Ariquemes-RO 2014

Monografia apresentada ao curso de Graduação em Psicologia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente – FAEMA, como requisito à obtenção de grau Bacharel em Psicologia

Profº Orientadora: Ms Carla Patrícia Rambo

Silvana da Silva Pereira

CINDERELA: A MULHER CONTEMPORÂNEA

COMISSÃO EXAMINADORA

____________________________________________

Profª. Orientadora Ms Carla Patrícia Rambo FAEMA

____________________________________________

Profª. Dr. Maila Beatriz Goellner FAEMA.


Prof Ms. Roberson Geovani Casarin FAEMA

Ariquemes, 10 de Novembro 2014

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de graduação em Psicologia, da Faculdade de Educação e Meio Ambiente FAEMA como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharelado em Psicologia.

A minha Mãe que estaria muito feliz com essa conquista.

que chegou toda tímida e conquistou seu lugar em meu coração, obrigada por sempre estar presente na minha vida. A Patrícia que chegou ao finalzinho, mas ocupou um lugar no meu coração, obrigada pela ajuda, por acreditar em mim. Obrigada por fazerem parte desse sonho agora realizado, por me darem a chance de ter vocês na minha vida, vocês sempre estarão no meu coração mesmo que não estejam mais presentes em minha vida.

A todos os meus amigos de sala de aula , uma família nova que conquistei obrigada a cada um de vocês por fazerem parte da minha vida. Obrigada por tudo que me ensinaram e pelo apoio que me deram em todos os momentos difíceis que passei. Vocês são os melhores amigos que alguém poderia ter conquistado na vida e estarão em meu coração para sempre nunca esquecerei vocês. Amigos para sempre é o que nos iremos ser.

A minha professora orientadora Carla Patrícia Rambo , por acreditar em mim pela dedicação, compreensão e paciência em todas as etapas deste trabalho.

A todos os professores que fizeram parte da nova etapa da minha vida com quem muito aprendi. Em especial aos professores Roberson Geovani Casarin e Carla Patrícia Rambo com os quais aprendi uma nova visão de mundo e passei a ver o outro com os olhos dele. O que aprendi com vocês é algo imensurável algo que o

dinheiro jamais poderia comprar a aceitação incondicional do outro.

“Conhecer a sua própria escuridão é o melhor método para lidar com a escuridão dos outros”. Carl Gustav Jung

ABSTRACT

This work approaches the relation between Cinderella's fairy tale and the real life, where women end up do not feeling complete even professionally realized for didn’t find the enchented Prince that lived her life since childhood. It shows how society and family have influence in the choices and life specially to women that fell charged when do not attain what the society designated, and this speech will just be modified when the woman could stray her beliefs, prejudice and taboos present in the society, because the woman is what she does about herself, this way the discussion of this search, bibliographic intent, permeate Contemporary Cinderella, the construction of the female ideas and its implication in daily routine. Design that could be observed how influente is the society and family to female identity. Notwithstanding, it was sought to understant woman’s search to the perfect man through Cinderella’s fairy tale, as well as checking social implications coupled to an ideal man search of the woman and so, embrace the psychology contributions about this problem. The method used to this bibliografic search, that for Gil (2010) is that elaborated approach with material already published being used imprinted material like: magazines, newspaper, books and so materials from Internet.

Key words: Cinderella, identity , contemporary woman, psychology.

SUMÁRIO

  • INTRODUÇÃO
  • 2 OBJETIVOS
    • 2.1 OBJETIVO GERAL
    • 2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
  • 3 METODOLOGIA
  • 4 REVISÃO DE LITERATURA
    • 4.1 A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA MULHER: A CINDERELA CONTEMPORÂNEA
  • CONCLUSÃO
  • REFERÊNCIAS
  • APÊNDICE

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constituem a postura feminina do aspecto relacionamento, parecendo ter o controle do comportamento e atitudes, porém não se pode afirmar o que é certo ou errado cientificamente na postura feminina quando o assunto é ter ou não um parceiro e o quanto que essas atitudes são socialmente estabelecidas e transmitidas de geração a geração. Pensando nisso entra-se em uma questão seria como discutir através de um conto de fadas “Cinderela”, o cotidiano e suas implicações na construção social que levam a busca para a tentativa de encontrar o sonhado príncipe encantado. Para almejar essa discussão sobre esta problemática, criaram-se estratégias objetivas, tendo como geral discutir através do conto de Fadas da Cinderela, a construção do ideário feminino e suas implicações no cotidiano.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Discutir através do Conto de Fadas Cinderela, a construção do ideário feminino e suas implicações no cotidiano.

2.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS

Entender a busca da mulher pelo homem perfeito através do Conto de Fadas Cinderela; Verificar as implicações sociais atreladas á busca do ideal de homem pela mulher. Abarcar as contribuições da psicologia acerca dessa problemática

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA MULHER: A CINDERELA CONTEMPORÂNEA

O conto de fadas “Cinderela” tem sido um dos contos mais populares. Originou-se na China por volta de 860 a. C. Existem varias versões, porém as mais conhecidas são a de Charles Perrault de 1697, baseadas em um conto italiano popular chamado A Gata Borralheira e a dos Irmãos Grimm que é semelhante à de Perrault. (CÂNDIDO, 2011). No Brasil Morgana (2011), conta a história da Cinderela na versão original de Charles Perrault. O intuito de utilizar o conto de Cinderela é um exemplo de como a menina deve se comportar tendo uma postura doce, respeitosa, sensível e perdoadora, traços típicos da postura “ideal” feminina. Empregar este conto não é uma tentativa de fazer com que mulheres não encontrem o seu par, mas que seja de uma maneira consciente e que entendam que são completas consigo mesma, encontrar alguém para dividir o dia-dia é consequência de um autoconhecimento, e não por dependência ou implicações que a sociedade contextualiza, como se a mulher fosse obrigada a ter alguém para completar-se. Para entender a mulher contemporânea, abaixo segue a história do Conto de Fadas Cinderela, como base para as discussões deste trabalho. Como praticamente em todos os contos a história se inicia com “Era uma vez” Morgana (2011), não começou diferente. Assim:

Era uma vez um nobre que casou - se pela segunda vez com uma mulher com um gênio terrível e a mesma tinha duas filhas que tinham o mesmo gênio. Esse nobre tinha uma filha linda e doce como era sua mãe, ela se chamava Cinderela, logo após o casamento a madrasta colocou a mostra seu mau gênio, a mesma odiava as qualidades da enteada o que fazia suas filhas serem mais detestáveis. A madrasta obrigava a Cinderela a fazer os serviços pesado da casa, ela quem lavava as louças, as roupas, limpava as escadas e os quartos. Seu quarto agora era o sótão enquanto madrasta e irmãs dormiam em quartos luxuosos, decorados com tapetes e espelhos onde passavam a maior parte do tempo se olhando e alimentando sua vaidade.

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Cinderela aceitava tudo com paciência e não se queixava ao pai que, mas parecia estar enfeitiçado pela nova esposa. Todos os dias após terminar seus serviços ela se sentava perto da lareira junto às cinzas por isso era conhecida como Gata borralheira. Apesar das roupas luxuosas das irmãs, Cinderelas que usava trapos era visivelmente mais bonita que as outras irmãs. Morgana (2011) continua contando que certo dia o príncipe resolveu dar um baile e todas as pessoas importantes do reino foram convidadas e a família de Cinderela que fazia parte da nobreza também foi convidada. As irmãs de Cinderela ficaram eufóricas, passaram todas suas horas a escolherem seus vestidos, joias e penteados que iriam ao baile. Isso significava mais trabalho para Cinderela que apesar do serviço da casa ainda tinha que lavar e passar os vestidos para elas.

Contudo Morgana (2011), da ênfase que tudo era voltado para o tão esperado dia do baile. Trouxeram o melhor cabeleireiro da região para fazer os melhores penteados, mas quanto mais arrumadas ficavam mais suas feiuras eram percebidas. Toda hora chamavam por Cinderela para pedir sua opinião, pois sabiam de seu bom gosto e ela sempre educada dava as melhores sugestões. Elas perguntaram quer ir ao baile com a gente Cinderela? E Cinderela respondeu pobre de mim nem tenho o que vestir, vocês estão brincando comigo. Porém as irmãs responderam: Tem razão todos dariam muita risada se vissem a Gata borralheira entrando no baile. Cinderela sempre bondosa não se ofendia e ajudava para que elas ficassem o melhor possível. As irmãs que estavam bem gordas ficaram dois dias sem comer tentando emagrecer um pouco, rasgaram um monte de corpetes de tanto aperta-lós querendo afinar a cintura. Ao chegar o grande dia, elas começaram a se arrumar logo pela manhã até hora partirem, Cinderela ficou vendo suas irmãs saírem para o baile junto com sua madrasta e começou a chorar. Sua madrinha chegou a viu chorando e perguntou por que ela estava assim? Cinderela disse que gostaria muito de ir ao baile o que não sabia é que sua madrinha era uma fada. Morgana (2011) continua contando a história quando enfim coloca a atuação da fada madrinha de Cinderela. A madrinha começa dizendo: Eu farei você ir ao baile como a moça mais bonita do reino. A fada madrinha pediu a Cinderela que trouxesse uma abobora, ela trouxe a maior que encontrou e a fada madrinha transformou a abobora em uma linda carruagem, depois pegou seis camundongos e os transformou em seis belos cavalos de raça. Cinderela trouxe Tom o cachorro da

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elas não sabiam, pois ninguém sabia e disseram que o príncipe tinha ficado pasmo com ela. Cinderela disse que também queria tê-la conhecido e as irmãs riram e debocharam dela dizendo imagina uma Gata borralheira sem modos chegaria perto da princesa. Morgana (2011) continua a empolgante história de Cinderela contando sobre o segundo baile, sendo que seria na noite seguinte onde às irmãs e a madrasta seguiram em direção ao segundo baile, quando chegaram lá Cinderela estava ainda mais bela que na noite anterior. Estava com um vestido verde da cor dos seus olhos e trazia nele todos os peixinhos do mar, o príncipe estava totalmente encantado com ela que não a soltava um só minuto. Ela até esqueceu o conselho da madrinha e quando percebeu já era quase 00h, ela saiu dos braços do príncipe que saiu correndo atrás dela, mas não conseguiu alcançá-la. Cinderela deixou cair um de seus sapatinhos de cristal que o príncipe pegou e levou com todo cuidado. Cinderela chegou a casa sem fôlego, pois o encanto se quebrou e ela teve que voltar a pé para casa, tudo voltou ao normal só lhe restou um pé do sapatinho de cristal do que perdeu. O rei deu ordem que a procurassem, mas não a acharam em lugar algum. Quando as irmãs chegaram Cinderela perguntou se elas haviam se divertido e se a princesa estava lá novamente e elas disseram que sim e que ela saiu correndo na décima segunda badalada do sino e que tinha deixado cair o seu sapatinho de cristal o mais lindo do mundo. Contaram que o príncipe pegou o sapatinho e junto com os seus soldados saíram à procura da linda moça pela qual ele estava apaixonado. Elas estavam certas, pois dias depois o príncipe mandou anunciar que se casaria com aquela cujo sapatinho coubesse no pé. Mandou experimentar nas princesas, duquesas, na corte inteira mais foi em vão. Levaram-no nas duas irmãs que não hesitaram em experimenta-lo sem sucesso. Cinderela que observava tudo de longe viu seu sapatinho e pediu para experimenta-lo, as irmãs começaram a rir porem o fidalgo que fazia a prova do sapatinho reconheceu Cinderela e disse que era justo que ela experimentasse, pois tinha ordem que todas moças do reino o experimentasse. Ele pediu para que Cinderela sentasse e colocou o sapatinho em seu pé e coube perfeitamente e para maior espanto das irmãs ela tirou o outro do bolso e o calçou. Em seguida a madrinha entra e toca no vestido maltrapilho de Cinderela e o transforma em um lindo vestido. As irmãs percebendo que ela era a linda princesa jogaram-se aos seus pés lhe pedindo perdão por todos maus tratos e humilhações, Cinderela perdoou tudo e as abraçou. Levaram Cinderela para o

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príncipe que a achou mais bela do que nunca, em poucos dias estavam casados. Cinderela casou as duas irmãs com dois grandes senhores da corte, mas preferiu nunca mais vê lãs por motivo de segurança. (MORGANA, 2011). A partir deste conto de fadas, Dowling escreveu seu livro intitulado “Complexo de Cinderela”, livro que foi publicado no ano de 1981, traduzido para o português em

  1. (BOMFIM, 2009). Meter (2014) diz que o livro da psicóloga americana Colette Dowling, remete a mulher que prefere acomodar-se, inutilizando seu potencial criativo e intelectual, além de deixar de competir no mercado de trabalho. Dessa maneira, assume uma postura passiva e resignada, sempre à espera que algo bom aconteça, pois não faz nada para que isto ocorra similar à história de Cinderela. Entretanto a motivação para tamanha submissão segundo Dowlling (1982) parte do desejo dos cuidados de outrem. A força que parece manter ainda mulheres acorrentadas a uma espécie de rede de costumes e medos que parece coagir retendo as mulheres numa espécie de escuridão que as impede de utilizarem seus intelectos e capacidade criadora. Da mesma maneira que Cinderela, as mulheres de hoje anseiam por algo externo que venham transformar sua história. Contudo, é possível observar que a mulher contemporânea, aquela com nível superior e condições financeiras propícias para a sua independência se esconderem em um casamento deixando oportunidades passarem sem fazer nada. Mesmo mulheres com carreiras cheias de êxito tendem a se submeter-se aos outros e gastar muito de sua energia em busca de amor, ajuda e proteção. A despeito disso a frustração de mulheres que apesar de bem sucedidas profissionalmente e de terem alcançado diversos direitos antes negados (como de trabalho, voto, liberdade de expressão e afins) não se sentem bem com tudo isso. Elas querem na verdade o conforto do lar, servir o marido, cuidar dos filhos e retomar todas as lembranças que ela e sua geração lutaram pra se desgarrar, assim como expõem SANTANA (2010). A esse respeito, reporta-se a fala de Dowling (1982), milhares e milhares de mulheres, educadas de modo que as impossibilita a enfrentar a realidade adulta. Tudo quando parte de forma a integrar a educação feminina parece conter a mensagem de que são uma metade e que só seriam completas quando encontrasse a outra parte em alguma pessoa, para assim serem sustentadas, protegidas, alimentadas pela alegria conjugal e serem “felizes para sempre” como no conto de fadas.