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Um caso de ceratose actínica pigmentada, uma lesão potencialmente neoplásica induzida pela radiação ultravioleta. O artigo destaca a importância do exame físico minucioso e dermatoscopia na confirmação do diagnóstico diferencial, que pode ser confundido com outras condições. O documento também discute as características clínicas e histopatológicas da ceratose actínica pigmentada, além de destacar a importância da prevenção e tratamento adequado.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Relato de Caso
Pigmented actinic keratosis: Case report
Introdução
Objetivos
Materiais / Sujeitos e Métodos
Resultados
Conclusões
Abstract
A ceratose actínica é uma lesão induzida pela radiação ultravioleta que pode evoluir para carcinoma espinocelular invasivo. A condição ceratose actínica pigmentada foi descrita pela primeira vez em 1978 por James et al. Desde então, esse tipo de ceratose actínica atraiu atenção devido ao diagnóstico clínico diferencial. Relatar um caso de ceratose actínica pigmentada, demonstrar a importância do exame físico minuncioso e diagnóstico de uma lesão de potencial transformação neoplásica cutânea que possui diagnósticos diferenciais mais comuns. Paciente de 71 anos, sexo masculino, fototipo II. No exame físico, apresentou uma placa hipercrômica acastanhada de superfície rugosa, medindo aproximadamente 0,5cm, localizada em região temporal direita. Dermatoscopia com presença de grânulos acastanhados ao redor de alguns folículos capilares e telangiectasias. A biópsia incisional (punch) teve como resultado ceratose actínica pigmentada. No retorno foi prescrito diclofenaco 3% + ácido hialurônico 2,5% para uso duas vezes ao dia. O médico deve ficar alerta aos aspectos que vão além das queixas dos pacientes. Foi de importante a anamnese do paciente no caso relatado, o exame físico geral e a dermatoscopia da lesão para que o diagnóstico confirmado com biópsia não fosse negligenciado e o tratamento adequado fosse instituído.
Actinic keratosis is a lesion induced by ultraviolet radiation that may develop into invasive squamous cell carcinoma. The pigmented actinic keratosis condition was first described in 1978 by James et al. Since then, this type of actinic keratosis has attracted attention due to the differential clinical diagnosis. Report a case of pigmented actinic keratosis, demonstrate the importance of thorough physical examination and diagnosis of a lesion of potential cutaneous neoplastic transformation that has common differential diagnoses. A 71, male patient, phototype II. On physical examination, he presented a brownish hyperchromic plaque with rough surface, measuring approximately 0.5 cm, located in the right temporal region. Dermatoscopy with brownish granules around some hair follicles and telangiectasia. Incisional biopsy (punch) resulted in pigmented actinic keratosis. On return, 3% diclofenac+2.5% hyaluronic acid was prescribed for twice daily use. The physician should be alert to aspects that go beyond patient complaints. The patient's case history, the general physical examination and the dermoscopy of the lesion were important so that the confirmed biopsy diagnosis was not neglected and the appropriate treatment was instituted.
Ana Carolina dos Santos Praia Pós-Graduanda em Dermatologia Faculdades BWS Brasil
Larissa Amanda de Paiva e Vilhena Pós-Graduanda em Dermatologia Faculdades BWS Brasil
Byron José Figueiredo Brandão Professor - Dermatologia Faculdades BWS Brasil
Resumo Responsabilidades
Palavras-chave
Ceratose actínica. Envelhecimento da pele. Dermatopatias.
Keywords Keratosis actinic. Skinagin. Skin diseases
Trabalho submetido: 05 / 12 / 19. Publicação aprovada: 18 / 12 / 19. Financiamento: nenhum. Conflito de interesses: nenhum.
A ceratose actínica é uma lesão induzida pela radiação ultravioleta natural (solar) ou artificial (câmaras de bronzeamento, PUVA) que pode evoluir para carcinoma espinocelular invasivo. É mais freqüente em áreas fotoexpostas da pele, predominantemente em pacientes de fototipos I e II de Fitzpatrick, sendo mais comum no sexo masculino e acima dos 50 anos de idade. A frequência das lesões aumenta a cada década de vida, nos residentes de países próximos ao equador e em pessoas que trabalham em ambientes abertos^1. As lesões têm curso crônico, em geral são múltiplas, caracterizam-se por pequenas lesões (alguns milímetros a pouco mais de dois centímetros de diâmetro), muitas vezes podem apresentar-se discretamente salientes, de coloração acastanhada ou eritematosa, com superfície áspera ao tato; às vezes, o aspecto é de lesão atrófica e eritematosa com descamação^2. A condição ceratose actínica pigmentada foi descrita pela primeira vez em 1978 por James et al. Desde então, esse tipo de ceratose actínica atraiu atenção devido ao diagnóstico clínico diferencial. Apresenta como diagnóstico diferencial importante a ceratose seborreica, que é um tumor epitelial benigno, mais comum a partir dos 50 anos e nos caucasianos^3. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso de ceratose actínica pigmentada, demonstrar a importância do exame físico minuncioso e diagnóstico de uma lesão de potencial transformação neoplásica cutânea que possui diagnósticos diferenciais mais comuns. Com o diagnóstico correto é possível tratar adequadamente a alteração da pele, acompanhar a evolução e prevenir complicações^4.
Paciente M. M., de 71 anos, sexo masculino, fototipo II, aposentado, proveniente do interior de São Paulo, tabagista, hipertenso e dislipidemico. Relatou exposição solar intensa durante a vida devido trabalho durante a infância e
Ao exame físico notou-se pele xerótica com fotodano global aparente, peitoral eritrodérmico com presença de telangiectasias e máculas acastanhadas de tamanhos variados. Na face, foram observadas telangiectasias em região malar e nasal, placa atrófica em região malar com dermatoscopia sugestiva de carcinomabasocelular (CBC). Além da lesão a qual o paciente se queixou, foi observada uma segunda lesão durante o exame (Figura 1): uma placa hipercrômica acastanhada de superfície rugosa, medindo aproximadamente 0,5 cm, localizada em região temporal direita. Dermatoscopia com presença de grânulos acastanhados ao redor de alguns folículos capilares e telangiectasias (Figura 2). Os diagnósticos diferenciais sugeridos foram: ceratose seborreica, ceratose actínica pigmentada e carcinomabasocelular pigmentado. Foi observada ausência de pseudocistos córneos e pseudoaberturas foliculares, achados comuns na dermatoscopia de ceratose seborreica^5. Foi solicitada a realização de biópsia nas duas lesões e retorno com resultado. Foi realizada biópsia excisional de lesão em região malar esquerda com diagnóstico de CBC. E biópsia incisional (punch) em lesão temporal direita teve como resultado ceratose actínica pigmentada, a microscopia do histopatológico demonstrou ceratinócitos basais despolarizados e atípicos, por vezes pigmentados; a derme superficial exibindo discreto infiltrado linfocitário perivascular com alguns melanófagos de permeio e intensa degeneração basofílica do colágeno. No retorno foi prescrito fórmula com diclofenaco 3% + ácido hialurônico 2,5% para uso duas vezes ao dia, foi orientado a aumentar os cuidados com a exposição à radiação ultravioleta, utilizar filtro solar com FPS 60 em todas as áreas foto expostas, chapéu quando possível, hidratante para corpo todo e retorno em 3 meses. No retorno, foi prescrito tretinoína para tratamento de campo do fotodano e suspenso o diclofenaco 3%+ ácido hialurônico 2,5%, foi feito o reforço das orientações de fotoproteção e recomendado o acompanhamento periódico com o dermatologista. Com o passar dos anos, o envelhecimento leva ao aparecimento de alterações não vistas anteriormente durante a juventude e durante a fase adulta. Elas
distinguem-se em dois fenômenos: o envelhecimento cutâneo propriamente dito e o envelhecimento de pele devido à radiação ultravioleta. Entre as alterações do envelhecimento de pele devido a radiação ultravioleta está a ceratose actínica. O diagnóstico baseia-se na visualização direta da lesão, biópsia e exame histopatológico para confirmação^5. No caso apresentado após exame físico e dermatoscópico o diagnóstico foi confimado com biópsia e anatomopatológico característico de queratose actínica pigmentada. No caso relatado, a ceratose actínica pigmentada não foi a lesão que motivou o paciente a ir a consulta dermatológica, foi um achado através de um exame físico minuncioso decorrente da história prévia do paciente de intensa exposição solar e fotodano cutâneo aparente. O paciente do caso apresenta 71 anos e perfil de indivíduo suscetível a ceratoses actínicas. Após a suspeita clínica do diagnóstico da lesão houve a confirmação através da biópsia. Caso a atenção fosse dada apenas a lesão da qual o paciente se queixou, provavelmente o diagnóstico da ceratose actínica pigmentada não teria sido feito e a prevenção da possível complicação de malignização não seria feita adequadamente. Sem a dermatoscopia da lesão, o diagnóstico diferencial de ceratose seborreica poderia ter prevalecido e a biópsia não seria solicitada. O tratamento pode ser feito com tópicos: 5 - fluorouracil 2 a 5%, imiquimode a 5%, diclofenaco a 3% em gel, retinóides (tretinoína e adapaleno), ácido tricloroacético, nitrogênio líquido, gás carbônico, eletrocoagulação com ou sem curetagem, esfoliações químicas, dermoabrasão, laser de CO2, terapia fotodinâmica, exérese cirúrgica, terapia com enzimas tópicas e dieta com baixos teores de gordura. É importante observar a localização da lesão e o risco quanto à evolução e recidivas para a escolha do tratamento^1. Devido à relação da ceratose actínica pigmentada com a radiação ultravioleta, foi recomendado ao paciente o uso de medidas de fotoproteção. O tratamento escolhido no primeiro retorno após a confirmação com o resultado da biópsia foi o diclofenaco 3%+ ácido hialurônico 2,5%, conforme indica a literatura consultada, e após três meses houve a troca para o uso de tretinoína, tratamento que também está