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Professora da Sociedade Educacional Santa Catarina – UniSociesc,. Joinville-SC, Brasil. 5. Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Neurofuncional no ...
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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CENTRO UNIVERSITÁRIO SOCIESC – UNISOCIESC CAMPUS ANITA GARIBALDI ANDRESSA RIGO RAUBER KAROLINE DE OLIVEIRA MARIA PAULA ENGSTER A CORRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS DO EQUILÍBRIO E DA VELOCIDADE DE MARCHA NA ROTINA CLÍNICA DOS PACIENTES HEMIPARÉTICOS PÓS AVC JOINVILLE 2021
SOCIEDADE EDUCACIONAL SANTA CATARINA – UNISOCIESC CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ANDRESSA RIGO RAUBER KAROLINE DE OLIVEIRA MARIA PAULA ENGSTER A CORRELAÇÃO DAS VARIÁVEIS DO EQUILÍBRIO E DA VELOCIDADE DE MARCHA NA ROTINA CLÍNICA DOS PACIENTES HEMIPARÉTICOS PÓS AVC Trabalho de Conclusão de Curso Submetido a Sociedade Educacional Santa Catarina como parte dos requisitos para obtenção do grau de bacharel em Fisioterapia. Orientador: Profa. Ma. Deise Cristina Veron. Joinville, SC 2021
DEDICATÓRIA Dedicamos esse trabalho aos nossos pais, Verlei Carlos Rauber e Salete Lidiana Rigo Rauber, Marco Antônio Santos de Oliveira e Simone da Rosa de Oliveira, Jairo Engster e Nélia Elaine Wahlbrink Engster, e também, aos nossos irmãos, Alessandra Maria Rigo Rauber, Jéssica Oliveira Soldá e João Pedro Engster, que nos apoiaram e incentivaram durante toda a trajetória acadêmica e foram compreensivos nos momentos de ausência.
AGRADECIMENTOS A realização deste trabalho de conclusão de curso só foi possível graças à ajuda de diversas pessoas e estabelecimentos, dentre os quais agradecemos: À orientadora Deise Cristina Veron e aos colaboradores Antonio Vinicius Soares e Fabiane Maria Klitzke dos Santos, que durante seis meses nos acompanharam dando todo o suporte e auxílio necessários para a elaboração do projeto. Ao Serviço Especializado em Reabilitação (SER), que nos permitiu e possibilitou a realização das pesquisas com os voluntários do estudo. A todos que participaram da pesquisa, pela colaboração e disposição no processo de obtenção dos dados. À Sociedade Educacional Santa Catarina - UniSociesc, que agregou em nosso conhecimento e proporcionou nossa formação acadêmica. Aos nossos pais, que nos incentivaram e não nos permitiram desistir nos momentos difíceis.
RESUMO Introdução. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) resulta de uma perturbação neurológica que apresenta altas taxas de incidência e prevalência no mundo. A hemiparesia é a sua principal manifestação, sendo uma consequência clínica comum que compromete o controle postural estático e dinâmico durante as Atividades de Vida Diária (AVD), ocasionando maior fadiga, aumento do risco de quedas e consequente redução da qualidade de vida. Objetivo. Investigar a correlação entre o desempenho nos testes de equilíbrio avaliados pela Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) e outras variáveis habitualmente utilizadas na rotina clínica dos pacientes hemiparéticos pós- AVC. Método. Estudo Descritivo Correlacional realizado com 38 pacientes hemiparéticos pós-AVC, sendo 20 homens e 18 mulheres com idade média de 59, anos (±10,0). Todos os pacientes foram avaliados antes de iniciar o tratamento fisioterapêutico ambulatorial. Resultados. Foi encontrada significativa correlação entre a EEB e o TUGT (r=-0,82, p<0,05) e entre a EEB e a VM (r=0,79, p<0,05). Pacientes que obtêm uma maior pontuação na EEB possuem uma maior mobilidade funcional e VM, avaliadas pelo TUGT e TVM, respectivamente. Conclusões. Os resultados observados no presente estudo demonstram que uma significativa correlação entre a EEB, o TUGT e a VM fornecem parâmetros avaliativos consistentes para estabelecer condutas terapêuticas direcionadas à independência motora e funcional de pacientes hemiparéticos pós-AVC. Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Hemiparesia. Avaliação. Equilíbrio postural. Velocidade de marcha.
ABSTRACT Introduction. Stroke results from a neurological disorder that has high rates of incidence and prevalence worldwide. Hemiparesis is its main manifestation, being a common clinical consequence that compromises static and dynamic postural control during activities of daily living, causing greater fatigue, increased risk of falls and consequent reduction in quality of life. Objective. Investigate the correlation between the performance on balance tests obtained by the Berg Balance Scale (BBS) and other variables commonly used in the clinical routine of post-stroke hemiparetic patients. Method. Descriptive Correlational Study conducted with 38 post-stroke hemiparetic patients, 20 men and 18 women with a mean age of 59.6 years (± 10.0). All patients were evaluated before starting outpatient physical therapy treatment. Results. Significant correlation was found between BBS and TUGT (r=-0,82, p<0,05) and between BBS and gait speed (r = 0.79, p <0.05). Patients who obtain a higher BBS score have greater functional mobility and gait speed, as assessed by the TUGT and Gait Speed Test (GST), respectively. Conclusions. The results observed in the present study demonstrate that a significant correlation between the BBS, TUGT and gait speed provides consistent evaluation parameters to establish therapeutic approaches aiming at motor and functional independence of post-stroke hemiparetic patients. Keywords. Stroke. Hemiparesis. Assessment. Postural balance. Gait speed.
LISTA DE SÍMBOLOS ( ) Parênteses % Percentual
Maior que
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AVC – (Acidente Vascular Cerebral) AVD – (Atividades de Vida Diária) DP – (Desvio Padrão) EEB – (Escala de Equilíbrio de Berg) HIC – (Hemorragia Intracerebral) OMS – (Organização Mundial de Saúde) QFnp – (Força do quadríceps femoral no lado não parético) QFp – (Força do quadríceps femoral no lado parético) SAH – (Hemorragia Subaracnóidea) SNC – (Sistema Nervoso Central) SSEQ-B – (Escala de Autoeficácia após AVC) TC10M – (Teste de Caminhada de 10 metros) TCLE – (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido) TUGT – ( Timed Up and Go Test ) TVM – (Teste de Velocidade de Marcha) VM – (Velocidade de Marcha)
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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) resulta de uma perturbação neurológica que apresenta altas taxas de incidência e prevalência no Mundo(1). Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)(2)^ apontam o AVC como a segunda maior causa de morte no mundo e a principal causa de incapacidade física e mental em adultos. Estima-se que até 2030 o AVC continue sendo a segunda maior causa de mortes no mundo, sendo responsável por 12,2% dos óbitos previstos para o ano(3). É caracterizado como distúrbio da função cerebral atribuído a uma lesão focal aguda do Sistema Nervoso Central (SNC) por uma causa vascular, incluindo infarto cerebral, Hemorragia Intracerebral (HIC) e Hemorragia Subaracnóidea (SAH)(4). A oclusão de vasos sanguíneos relacionados a irrigação cerebral representa 87% dos casos de AVCs, entretanto eventos hemorrágicos devido à ruptura de vasos, também promovem danos ao tecido, representando 15% dos casos e taxa de mortalidade de 40%(5–7). Cerca de 37% dos pacientes após o acidente vascular cerebral apresentam sequelas discretas da doença, 16% apresentam incapacidade moderada e 32% resultam em sequelas graves com perda da capacidade funcional e ainda passam a depender de cadeira de rodas ou ficam restritos ao leito. As sequelas geram impacto econômico, social e familiar, o que representa alto custo ao sistema de saúde público(8,9).
16 afetado, aumentam a prevalência de quedas nessa população. As quedas interferem na independência do indivíduo vitimado por AVC, sua ocorrência, recorrência e a preocupação com novas lesões e incapacidades são fatores que contribuem para o desenvolvimento do medo de cair(13). Os componentes do controle postural promovem a interação entre a posição do centro de massa, a inércia, a gravidade e a musculatura. Esta interação permite que o corpo permaneça em postura estática e dinâmica e ainda alimente o sistema nervoso de informações para a manutenção da postura(1^4 ). No indivíduo hemiparético ocorrem alterações tanto no equilíbrio dinâmico, quanto no estático, que se relacionam com o déficit proprioceptivo, controle de tronco e força. Com a perda parcial da força muscular ocorre um deslocamento do centro de gravidade, transferindo o peso corporal para o lado não parético e aumentando consideravelmente o risco de quedas(15). O comprometimento do equilíbrio em pacientes hemiparéticos resulta da falha no desempenho efetivo dos sistemas sensoriais (visual, vestibular e somatossensorial) e controle motor (força muscular, coordenação e taxa de resposta do indivíduo) e essas capacidades estão frequentemente comprometidas após um AVC. A assimetria relacionada à hemiparesia impede a orientação e a estabilidade para realizar movimentos com o tronco e os membros(16,17). Estimar as reações de equilíbrio em decorrência de AVC possibilita a escolha da conduta apropriada para o déficit apresentado pelo paciente considerando a utilização de
17 instrumentos validados e de fácil aplicação que permitam elaborar estratégias de intervenção individualizadas (18,19). O presente estudo teve como objetivo investigar a correlação entre o desempenho dos pacientes no teste de equilíbrio com outras variáveis utilizadas na avaliação clínica de pacientes hemiparéticos por AVC.
19 Uma ficha cadastral elaborada pelos autores foi utilizada para coleta de dados clínicos, como tempo de lesão, sexo e idade. A Escala de Autoeficácia após AVC (SSEQ-B) foi aplicada por meio de entrevista para mensurar a autoconfiança nas realizações de atividades de vida diárias (AVD) do indivíduo, envolvendo a mobilidade, o autocuidado, o vestir-se e a motivação para seguir a reabilitação entre outros(20). Trata-se de um instrumento com 13 questões que pontuam de 0-3 cada, sendo que quanto maior a pontuação, maior o nível de confiança do indivíduo. Para avaliação da mobilidade funcional utilizou-se do Timed Up and Go Test (TUGT), verificando-se a capacidade do indivíduo de levantar de uma cadeira, caminhar três metros, girar sobre o próprio eixo, retornar e se sentar novamente(21). O tempo é cronometrado e computado em segundos. Quanto mais rápido melhor a mobilidade. A média de três medidas foi utilizada para análise. Já a VM foi cronometrada por meio do Teste de Velocidade de Marcha (TVM) utilizando-se de um corredor demarcado de 10 metros(2^2 ). Foi solicitado ao indivíduo percorrer o percurso na maior velocidade possível com segurança, sendo permitido o uso de dispositivos auxiliares. A força muscular dos extensores do joelho bilateral foi mensurada com um dinamômetro digital portátil (Chatillon® Ametec Inc, com capacidade 1000 N). Para isso o indivíduo
20 permanecia em um banco com o quadril e joelhos a 90 graus e os pés sem apoio no chão. O dinamômetro portátil foi posicionado no tornozelo e uma contração isométrica de cinco segundos foi solicitada e utilizada para análise a maior de três medidas(2^3 ). O equilíbrio foi avaliado com a EEB, um teste simples, fácil de administrar e seguro, permitindo monitorar o progresso e avaliar a eficácia de intervenções clínicas sendo altamente confiável. Consiste em quatorze itens que requerem manter posições, ou realizar tarefas de diferentes graus de dificuldade. A pontuação máxima é de 56 com itens que pontuam de 0 a 4(2^4 ). Exige como equipamentos, um cronômetro, pois alguns itens são mensurados pelo tempo, uma régua, uma cadeira com encosto e sem braços, e uma cadeira com encosto e com braços(2^5 ). Pontuações menores que 44 indicam alto risco de queda, e a mínima diferença clínica significativa é de 2,7 pontos(2^6 ). Todos os instrumentos foram explicados previamente aos participantes e realizado uma familiarização para então serem aplicados. 2.3 Análise Estatística Os dados foram analisados por meio do software GraphPad Prism 8 ®. Foi utilizada a estatística descritiva para obter as médias e desvios padrões. Para a análise de correlação entre os dados obtidos pela EEB e as demais variáveis do estudo foi