Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Vivências de mulheres submetidas à braquiterapia: desafios e apoio durante o tratamento, Manuais, Projetos, Pesquisas de Oncologia

Este documento aborda as experiências de mulheres submetidas à braquiterapia no tratamento do câncer ginecológico. Ele explora as principais categorias relacionadas a esse tema, incluindo o medo e a ansiedade associados ao tratamento, os efeitos agudos do procedimento, o apoio psicossocial durante o tratamento, o significado do uso de dilatadores após a braquiterapia, as implicações psicológicas do diagnóstico e tratamento, e o acolhimento da equipe multidisciplinar. O documento destaca a importância de uma abordagem integral no cuidado dessas pacientes, envolvendo suporte emocional, informação detalhada sobre o tratamento e estratégias para minimizar os efeitos colaterais. Essa compreensão abrangente pode contribuir para uma melhor qualidade de vida e bem-estar das mulheres durante e após o tratamento de braquiterapia.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2023

Compartilhado em 04/05/2024

kiko-tavares
kiko-tavares 🇧🇷

1 / 9

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
CATEGORIA 1 : O medo do desconhecido
Esta categoria abrange o medo e a ansiedade associados ao tratamento, possivelmente
decorrentes do desconhecimento sobre a braquiterapia. Embora a quimioterapia e a
teleterapia sejam amplamente discutidas, uma notável falta de recursos informativos
disponíveis sobre a braquiterapia para a população.
“O tratamento foi assim: eu estava muito nervosa, muito assustada, mas, graças a Deus,
ocorreu tudo bem.” (MSB 2)
"Só ansiedade particular minha, apenas ansiedade. A ansiedade é pelo medo do tratamento."
(MSB 3)
“Realmente, foi o medo de chegar, o medo do desconhecido. O medo do desconhecido faz a
gente ficar um pouco nervosa, ansiosa, mas foi passando. Graças a Deus, esta é a última e
estou bem. A gente pesquisa na internet, vê que causa um monte de coisas, o que dá um certo
medo, mas a doutora me tranquilizou, dizendo que essas coisas acontecem, mas não com
tanta frequência como está escrito.” (MSB 7)
“ De início, fiquei assustada, não é? É um tratamento diferente. Nunca tinha ouvido falar. Já
tinha ouvido falar de quimio, de rádio, mas de braquiterapia não. No entanto, as instruções
e os médicos sempre me deixaram tranquila, dizendo "Fica tranquila".” (MSB 10)
“Então, eu achava que ia ser pior, porque eu fiquei com muito medo, mas, na verdade, não é
bom. Eu achei que ia ser pior.” (MSB 12)
O temor, uma presença constante nas expressões das mulheres entrevistadas, está
associado a uma sensação de inquietação diante de uma ameaça real ou imaginária, originada
de uma situação concreta e prejudicial. No entanto, mediante orientações precisas e/ou
esclarecedoras sobre a origem da aflição, a sensação inicial de medo, apreensão e nervosismo
pode prontamente ser substituída por um sentimento de alívio e bem-estar. (ALMEIDA;
PEREIRA; OLIVEIRA, 2008).
Em face de desafios ou situações novas, é comum que as pessoas experimentem
ansiedade, um estado emocional de tensão. Na prática clínica oncológica, preocupações como
dor, perda de função e procedimentos geram ansiedade.
O medo exposto por mulheres durante o uso de dilatadores é uma reação
compreensível diante do desconhecido e da sensação de vulnerabilidade associada ao
diagnóstico. Esses dispositivos, embora sejam ferramentas importantes para preservar a saúde
e facilitar o tratamento, podem desencadear ansiedade devido à natureza íntima do
procedimento. É crucial destacar que o desconforto inicial pode ser superado com o apoio
adequado, informações claras e uma abordagem cuidadosa por parte dos profissionais de
saúde. A compreensão e a comunicação aberta sobre os benefícios do tratamento, aliadas a
estratégias que visem ao conforto emocional das pacientes, minimizam o medo associado ao
uso de dilatadores.
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Vivências de mulheres submetidas à braquiterapia: desafios e apoio durante o tratamento e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Oncologia, somente na Docsity!

CATEGORIA 1 : O medo do desconhecido Esta categoria abrange o medo e a ansiedade associados ao tratamento, possivelmente decorrentes do desconhecimento sobre a braquiterapia. Embora a quimioterapia e a teleterapia sejam amplamente discutidas, há uma notável falta de recursos informativos disponíveis sobre a braquiterapia para a população. “O tratamento foi assim: eu estava muito nervosa, muito assustada, mas, graças a Deus, ocorreu tudo bem.” (MSB 2) "Só ansiedade particular minha, apenas ansiedade. A ansiedade é pelo medo do tratamento." (MSB 3) “Realmente, foi o medo de chegar, o medo do desconhecido. O medo do desconhecido faz a gente ficar um pouco nervosa, ansiosa, mas foi passando. Graças a Deus, esta é a última e estou bem. A gente pesquisa na internet, vê que causa um monte de coisas, o que dá um certo medo, mas a doutora me tranquilizou, dizendo que essas coisas acontecem, mas não com tanta frequência como está escrito.” ( MSB 7 ) “ De início, fiquei assustada, não é? É um tratamento diferente. Nunca tinha ouvido falar. Já tinha ouvido falar de quimio, de rádio, mas de braquiterapia não. No entanto, as instruções e os médicos sempre me deixaram tranquila, dizendo "Fica tranquila".” ( MSB 10 ) “Então, eu achava que ia ser pior, porque eu fiquei com muito medo, mas, na verdade, não é bom. Eu achei que ia ser pior.” ( MSB 12 ) O temor, uma presença constante nas expressões das mulheres entrevistadas, está associado a uma sensação de inquietação diante de uma ameaça real ou imaginária, originada de uma situação concreta e prejudicial. No entanto, mediante orientações precisas e/ou esclarecedoras sobre a origem da aflição, a sensação inicial de medo, apreensão e nervosismo pode prontamente ser substituída por um sentimento de alívio e bem-estar. (ALMEIDA; PEREIRA; OLIVEIRA, 2008). Em face de desafios ou situações novas, é comum que as pessoas experimentem ansiedade, um estado emocional de tensão. Na prática clínica oncológica, preocupações como dor, perda de função e procedimentos geram ansiedade. O medo exposto por mulheres durante o uso de dilatadores é uma reação compreensível diante do desconhecido e da sensação de vulnerabilidade associada ao diagnóstico. Esses dispositivos, embora sejam ferramentas importantes para preservar a saúde e facilitar o tratamento, podem desencadear ansiedade devido à natureza íntima do procedimento. É crucial destacar que o desconforto inicial pode ser superado com o apoio adequado, informações claras e uma abordagem cuidadosa por parte dos profissionais de saúde. A compreensão e a comunicação aberta sobre os benefícios do tratamento, aliadas a estratégias que visem ao conforto emocional das pacientes, minimizam o medo associado ao uso de dilatadores.

ALMEIDA, L. H. R. B. DE .; PEREIRA, Y. B. A. DE S.; OLIVEIRA, T. A. DE ..

Radioterapia: percepção de mulheres com câncer cérvico-uterino. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, n. 4, p. 482–487, jul. 2008. CATEGORIA 2 : Os efeitos agudos relacionados ao tratamento de braquiterapia A braquiterapia pode resultar em efeitos agudos e tardios. Contudo, durante a entrevista, as mulheres ainda estavam em meio ao tratamento, e apenas os efeitos agudos foram destacados pelas pacientes. As queixas urinárias e a dor foram os efeitos mais mencionados, impactando consideravelmente a qualidade de vida dessas mulheres. “ No primeiro dia, é como se você tivesse um filho, mas depois tudo vai ficando normal. Senti dor, mas tomava dipirona. ” (MSB 2) “Eu sinto uma ardência ao urinar parece até quando você está com infecção. “ (MSB 4) “Só mesmo na hora de fazer xixi que dói muito.” (MSB 6) “Na minha opinião, porque sou leiga nessa parte, como paciente, eu preferiria que a anestesia permanecesse até o final, até quando tirassem tudo, pois o processo de remoção também incomoda, machuca e causa dor. Quando colocam, não sentimos, pois estamos com a anestesia, mas quando retiram e não há anestesia, sinto muita ardência, sinto dor. Quando termina o tratamento e vão retirar o espéculo, tirar tudo, também dói. Realmente é muito incômodo. (...) As dores que sinto, não sei se outras mulheres as sentem ou se isso é considerado normal; sinto cólicas.” (MSB 9) “Em casa, senti ardência, e ao urinar, parecia que estava com infecção urinária. No mesmo dia, melhora; só fica aquela ardência no dia e depois melhora, depois fica uma coceira.” (MSB 13) “Assim, na hora em que está fazendo o procedimento e eu acordo, sinto aquela cólica que dá para aguentar, mas aí aviso o anestesista, estou sentindo dor, e ele vai e faz o remédio.” (MSB 14) A dor é uma sensação sensorial e emocional desagradável vinculada a danos reais ou potenciais nos tecidos corporais. Trata-se de uma resposta intrincada do sistema nervoso, englobando a detecção de estímulos prejudiciais, a transmissão de sinais nervosos e a interpretação desses sinais pelo cérebro (SANTANA, 2020). A forma como cada pessoa percebe a dor é subjetiva e pode variar consideravelmente. Além do aspecto físico, a experiência dolorosa envolve uma dimensão emocional, sendo impactada por fatores psicológicos, sociais e culturais. (SANTANA, 2020). Possivelmente, o conceito mais abrangente aplicável aqui é o de "dor total". Esse conceito incorpora uma visão multidimensional da dor, reconhecendo que o componente

A gente é humano, vai reclamar, mas eu tenho muito mais a agradecer do que a reclamar, porque sou muito apoiada. Minha mãe, meus filhos e as pessoas da igreja, inclusive quem está comigo hoje, é uma amiga da igreja que veio em todas as sessões e também na radio .” (MSB 9) “ Apoio da minha igreja, dos meus amigos - tenho amigos que já passaram por câncer, e eles sempre dizem que vai dar tudo certo, que estou bem. E a igreja, né? O apoio das pessoas da igreja, sempre perguntando como estou.” (MSB 10) “ Meus pais, meu irmão, minha sogra e meu ex-marido. Meu ex-marido me acolheu; estou na casa dele durante todo o tratamento. Somos amigos. Temos um filho de 12 anos e convivemos juntos por 25 anos. Mesmo separados, ele continua me dando apoio. Tive um relacionamento e me largou antes mesmo de começar o tratamento. Já superei. “ (MSB 14) Pode-se fundamentar o entendimento de que qualquer condição patológica naturalmente impõe à pessoa a vivência de uma crise e a necessidade de romper com a estabilidade física anteriormente existente, abrindo caminho para uma nova adaptação psicológica diante desse processo. A espiritualidade é expressa através de relatos de algumas mulheres, podendo ser sintetizada como a busca por significado e propósito em suas experiências. Essa perspectiva engloba o autoconhecimento, ou seja, a compreensão de si mesmas e do significado que atribuem à vida, assim como a relação com um ser superior (SILVA et al., 2023) Um estudo destaca que, para além da religião e espiritualidade, as mulheres empregam outras estratégias, como o apoio psicossocial, desempenhando um papel crucial na preservação de seu bem-estar físico e emocional. A família, destacada como um grupo íntimo, tem lugar significativo ao manter a esperança das pacientes e auxiliar na prevenção de fontes desnecessárias de estresse (SILVA et al., 2023). Além disso, o tratamento do câncer muitas vezes é percebido e tomado como ferramenta de aprendizagem de revalorização de si e da família, e muitas buscaram refletir, valorizar e experienciar a vida de outra maneira após o tratamento. O desafio da braquiterapia pode ser fisicamente e emocionalmente exigente, e ter uma rede de apoio composta por familiares, amigos e profissionais de saúde proporciona um alicerce essencial. Essa rede não apenas oferece auxílio prático, mas também fornece conforto emocional, compreensão e encorajamento. A troca de informações e experiências dentro dessa rede pode contribuir para a tomada de decisões informadas e ajudar o paciente a lidar melhor com as complexidades do tratamento. A presença de apoio durante a braquiterapia não apenas alivia o fardo do paciente, mas também promove um ambiente de cuidado integral, para o enfrentamento desse processo saúde-doença. DA SILVA, Lucas Novais et al. O papel da espiritualidade para pacientes com câncer do colo do útero: uma revisão integrativa. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, v. 6, n. 13, p. 89- 103, 2023.

CATEGORIA 4 : Significado do uso do dilatador após o tratamento de braquiterapia Esta categoria aborda o significado da utilização do dilatador vaginal após a braquiterapia, o que se revelou um desafio considerável para as mulheres. Para algumas delas, essa prática pode ser desconfortável, gerando desconforto físico e emocional, mas compreendem a sua necessidade para evitar o estreitamento do canal vaginal. Além disso, a necessidade de incorporar esse instrumento à rotina pós-tratamento pareceu estranha, especialmente para aquelas que nunca vivenciaram situações semelhantes anteriormente. “ Eu acho que para mim vai se tornar algo, não vou dizer incômodo, mas estranho, porque nunca precisei, então a gente se sente meio estranha. Mas, se tem que usar, vamos usar. É uma experiência que vai valer a pena mais para frente. “ (MSB 1) “ Vou ser sincera com você, me sinto apavorada, ainda mais sabendo que é dia sim e dia não. Não consigo, porque acho que vou sentir dor. Quando vou tomar banho e me lavar, já sinto isso muito apertado, então é um incômodo eu mesma me tocar só para ver como está, se vai doer ou não, eu nem consigo imaginar isso aqui. Relação sexual mesmo, não consigo de jeito nenhum, desde que descobri que estou doente.” (MSB 5) “ Não é uma coisa muito agradável, né? Estar com um pênis de borracha não é muito agradável. Mas vou tentar, porque ela estava me explicando sobre o estreitamento do canal e como isso pode prejudicar exames futuros. Vou enfrentar como uma parte do tratamento .” (MSB 9) “Para mim, foi uma surpresa; eu nunca tinha ouvido falar disso. Estou começando a digerir, porque é algo que nunca ouvi falar. Como eu mencionei, não sou de pesquisar, então eu não sabia sobre esse detalhe do fechamento do canal. Ninguém nunca mencionou. Vamos ver, não sei mesmo. Eu esperava tudo, menos isso.” (MSB 10) “RISADAS. Estou achando chato. Já passaram mais de 5 anos desde que eu tive uma relação e agora ter que voltar com esse negócio vai ser estranho, entendeu?” (MSB 13) “Vai ser incômodo, né? Vai ser complicado, mas temos que fazer.” (MSB 17) Fatores sociais e ginecológicos desempenham um papel significativo na ocorrência da estenose vaginal e na adoção do dilatador vaginal após o tratamento de braquiterapia pélvica. A orientação em saúde fornecida por enfermeiros e fisioterapeutas, tanto durante o tratamento quanto no acompanhamento subsequente, é uma contribuição crucial para a prevenção da estenose vaginal (HAMES et al., 2020). Em estudo notou-se baixo desejo sexual, principalmente devido às diversas alterações hormonais desencadeadas pela menopausa induzida. Além disso, as mudanças físicas na

Reconhece-se que este procedimento é, de fato, complexo, demandando, assim, uma preparação psicológica da mulher para evitar surpresas no momento efetivo da braquiterapia. A realização muitas vezes intensifica a aflição e o receio associado a uma experiência desconhecida, apesar dos esforços em curso para mitigar essas tensões. Como resultado, é comum observar elevação da pressão arterial nas mulheres, que, em alguns casos, persiste mesmo diante da administração de medicações, além do aumento da sudorese, mãos frias e outros sintomas (SOARES et al., 2016). Neste contexto, torna-se evidente que o desconforto físico e psicológico está intimamente ligado à realização da braquiterapia. As fases do procedimento, como a instalação e remoção dos aplicadores, geralmente associadas à percepção dolorosa, somadas ao uso do dilatador vaginal após o tratamento, conferem um significado de agressão à mulher, representando uma invasão tanto física quanto emocional (HAMES et al., 2020). Claramente, dedicar atenção ao conforto físico implica abordar desconfortos evidentes, como a dor, e esse cuidado não apenas promove o conforto psicológico, mas também previne complicações e desconfortos mais significativos. O diagnóstico e tratamento do câncer ginecológico frequentemente desencadeiam implicações psicológicas nas mulheres afetadas. A notícia do diagnóstico pode desencadear uma ampla gama de reações emocionais, como ansiedade, medo e estresse. As incertezas relacionadas ao prognóstico, aos efeitos colaterais do tratamento e às mudanças no corpo podem impactar a saúde mental das pacientes. O enfrentamento das intervenções terapêuticas, como cirurgias, radioterapia e quimioterapia, pode gerar desafios emocionais, levando a questões relacionadas à autoimagem, autoestima e sexualidade. Além disso, as preocupações com a recorrência da doença e as mudanças na qualidade de vida a longo prazo podem persistir mesmo após a conclusão do tratamento. O suporte psicológico, incluindo terapia individual, apoio de grupos e a participação de familiares, desempenha um papel fundamental no enfrentamento das implicações psicológicas do câncer ginecológico. Abordar as necessidades emocionais das pacientes é importante para promover uma abordagem integral no cuidado dessas mulheres, permitindo uma melhor qualidade de vida e bem-estar durante e após o tratamento. HAMES, Maria Eduarda et al. Significado do uso do dilatador vaginal após a braquiterapia em mulheres com câncer ginecológico e condições ginecológicas relacionadas à estenose vaginal. 2020. SOARES, Míbsam Lysia Carvalho Alves et al. O custo da cura: vivências de conforto e desconforto de mulheres submetidas à braquiterapia. Escola Anna Nery, v. 20, p. 317-323,

CATEGORIA 6 : Acolhimento da equipe multidisciplinar no tratamento de braquiterapia Nesta categoria, explora-se o acolhimento proporcionado pelos profissionais da braquiterapia às pacientes, destacando sua importância na melhoria da experiência, na promoção de uma adesão mais efetiva ao tratamento, e redução dos sentimentos de medo e ansiedade. "Minha experiência é que realmente é necessário, e não é nada daquilo que as pessoas falam. Realmente, não se sente nada, e a equipe é maravilhosa. Não tenho do que reclamar. Uma experiência que está valendo muito a pena para mim." (MSB 1) "Fui muito bem recebida e agradeço a todos vocês da equipe, todas as médicas e enfermeiras, pelo carinho. Recebi um acolhimento muito grande, então a gente não se sente perdida, né? Aquela coisa pavorosa, não é assim. Às vezes as pessoas fantasiam um pouquinho as coisas, não é?" (MSB 2) "Foi bem tranquilo; a equipe é muito boa, sempre me tratou com carinho. Mas foi tranquilo. Eu imaginava que fosse outra coisa por causa da anestesia, né?" (MSB 3) "As pessoas envolvidas no trabalho, foram muito atenciosas, e é muito bom para gente que está do lado de cá. A parte do cobertor é muito boa." (MSB 9) O ambiente deve ser monitorado pela equipe de saúde, podendo ser aproveitado pelo profissional enfermeiro a aplicação de tecnologias educativas para melhor educação em saúde e conforto psicológico, gerando alívio e tranquilidade, principalmente nos momentos que antecedem a aplicação da braquiterapia (HAMES, 2O22.) As recomendações para o autocuidado munidas de uma educação em saúde adequada, e atenção clínica devida, contribuem para a adesão ao tratamento e às práticas de autocuidado. Portanto, entender os significados do uso do dilatador, da braquiterapia e seus efeitos é uma obrigação dos profissionais para melhor atenção oncológica (HAMES et al., 2022). A consulta de enfermagem às mulheres é vista como uma estratégia que traz segurança, pois é nela que recebem orientações de cuidado relacionados com o período trans e pós-braquiterapia, recebem assistência aos problemas de saúde e educação em saúde. A atenção recebida reduz os medos e ansiedade (ARAUJO; et al., 2017; HUMPREY; et al., 2021).