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Guias e Dicas
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Caso clinico, Notas de estudo de Bioquímica

Broncoconstrição

Tipologia: Notas de estudo

2018

Compartilhado em 29/03/2018

mirian-mendonca-12
mirian-mendonca-12 🇧🇷

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Disciplina: Farmacologia I
Profa. Msc. Déborah Fontoura
Alunos: _Mírian Duarte Mendonça e Luciana Santana da Mota
CASO CLÍNICO (Valor 1,5)
DATA DE ENTREGA 30/março – via AVA
Paciente adolescente, 12 anos, do sexo masculino, é conduzido a um hospital com
sintomas característico de doença broncoconstrictora. Apresenta dificuldade respiratória
e tosse, além de ansiedade. A ele é administrado brometo de ipratrópio associado com
feneterol por via inalatória.
a. Explique, baseando-se na fisiologia, como ocorre a broncoconstricção.
A broncoconstrição aumenta a resistência ao fluxo de ar e diminui a quantidade
de ar “novo” que alcança os alvéolos.
Os bronquíolos, assim como arteríolas, estão sujeitos ao controle reflexo pelo
sistema nervoso e por hormônios. Entretanto, a maioria das alterações minuto a
minuto do diâmetro bronquiolar ocorrem em resposta e sinais parácrinos.
O dióxido de carbono nas vias aéreas é a molécula parácrina primária, afetando
diretamente o diâmetro bronquilar, provocando broncodilatação.
A Histamina é um sinal parácrino que atua como bronconstritor potente. Essa
substância química é liberada pelos mastócitos em resposta a um dano tecidual
ou a reações alérgicas. Em reações alérgicas graves, uma grande quantidade de
histamina pode levar à broncoconstrição generalizada e dificultar a respiração.
O tratamento médico imediato destas pacientes é imperativo.
O controle neural primário dos bronquíolos é feito por neurônios
parassimpáticos que causa broncoconstrição, um reflexo que protege o trato
respiratório inferior de irritantes inalados. Não existe inervação simpática
significativa dos bronquíolos humanos. Contudo, o musculo liso dos bronquíolos
é bem suprido com receptores β2 que respondem à adrenalina. A estimulação dos
receptores β2 relaxa o músculo liso da via aérea, resultado em Broncodilatação.
Esse reflexo é utilizado terapeuticamente no tratamento da asma e de várias
reações alérgicas caracterizadas por liberação de histamina e broncoconstrição.
b. Em relação a terapia medicamentosa, diga se a associação está correta e
explique os mecanismos de ação (incluindo os tipos de receptores) dos dois
fármacos administrados.
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Disciplina: Farmacologia I Profa. Msc. Déborah Fontoura Alunos: _Mírian Duarte Mendonça e Luciana Santana da Mota

CASO CLÍNICO (Valor 1,5)

DATA DE ENTREGA 30/março – via AVA

Paciente adolescente, 12 anos, do sexo masculino, é conduzido a um hospital com sintomas característico de doença broncoconstrictora. Apresenta dificuldade respiratória e tosse, além de ansiedade. A ele é administrado brometo de ipratrópio associado com feneterol por via inalatória.

a. Explique, baseando-se na fisiologia, como ocorre a broncoconstricção.

A broncoconstrição aumenta a resistência ao fluxo de ar e diminui a quantidade de ar “novo” que alcança os alvéolos.

Os bronquíolos, assim como arteríolas, estão sujeitos ao controle reflexo pelo sistema nervoso e por hormônios. Entretanto, a maioria das alterações minuto a minuto do diâmetro bronquiolar ocorrem em resposta e sinais parácrinos.

O dióxido de carbono nas vias aéreas é a molécula parácrina primária, afetando diretamente o diâmetro bronquilar, provocando broncodilatação.

A Histamina é um sinal parácrino que atua como bronconstritor potente. Essa substância química é liberada pelos mastócitos em resposta a um dano tecidual ou a reações alérgicas. Em reações alérgicas graves, uma grande quantidade de histamina pode levar à broncoconstrição generalizada e dificultar a respiração.

O tratamento médico imediato destas pacientes é imperativo.

O controle neural primário dos bronquíolos é feito por neurônios parassimpáticos que causa broncoconstrição, um reflexo que protege o trato respiratório inferior de irritantes inalados. Não existe inervação simpática significativa dos bronquíolos humanos. Contudo, o musculo liso dos bronquíolos é bem suprido com receptores β 2 que respondem à adrenalina. A estimulação dos receptores (^) β 2 relaxa o músculo liso da via aérea, resultado em Broncodilatação. Esse reflexo é utilizado terapeuticamente no tratamento da asma e de várias reações alérgicas caracterizadas por liberação de histamina e broncoconstrição.

b. Em relação a terapia medicamentosa, diga se a associação está correta e explique os mecanismos de ação (incluindo os tipos de receptores) dos dois fármacos administrados.

O tratamento farmacológico da broncoconstrição tem por objetivo não só reduzir a ação dos autacóides e neurotransmissores que desencadeiam o broncoespasmo, mas principalmente ativar os mecanismos que induzem relaxamento do músculo liso respiratório. Os broncodilatadores mais usados na prática clínica são os b (^) 2-agonistas, que podem ser classificados em de curta ação, como o salbutamol, a terbutalina e o fenoterol, cujo efeito broncodilatador dura aproximadamente quatro a seis horas, ou de longa ação, como o salmeterol e o formoterol, com efeito de até 12 horas. A maioria dos efeitos dos b (^) 2-agonistas é mediada pela ativação da adenilciclase e da produção intracelular de AMP cíclico (1)^. O b-receptor é constituído de sete domínios inseridos na membrana celular, dispostos em círculo. Os b (^) 2-agonistas de curta duração estimulam domínios alcançados externamente, enquanto os de longa duração devem penetrar na membrana para estimular lateralmente o receptor, daí seu início retardado de ação (2)^. O formoterol exibe os dois mecanismos de ação, sendo de longa duração e de início rápido de ação.

O b-receptor é acoplado à proteína G e sua ligação leva a subunidade da proteína G a estimular a adenilciclase e a produção de AMP cíclico (2). Este ativa a proteína quinase A, que produz a maioria dos efeitos celulares do b-receptor.

Os b (^) 2-agonistas são parcialmente seletivos para os receptores b2, concentrando o seu efeito sobre a musculatura brônquica e poupando o sistema cardiovascular de para efeitos indesejáveis.

Os broncodilatadores b2-agonistas de curta ação são as medicações de escolha para o alívio dos sintomas da asma, enquanto os b (^) 2-agonistas de longa ação são fármacos que, associados à terapia de manutenção com corticosteroides inalatórios, atuam para o melhor controle dos sintomas (3).

O emprego de b (^) 2-agonistas de curta duração como tratamento isolado de manutenção não é recomendado; o uso frequente (mais de duas vezes por semana) indica necessidade de tratamento anti-inflamatório (4)^.

Quando administrados por via inalatória, esses medicamentos resultam em menos taquicardia e tremor. Raramente desencadeiam arritmias graves. As opções disponíveis para uso inalatório são: solução para nebulização, aerossol dosimetrado e inaladores de pó. Em doses elevadas, podem contribuir para hipopotassemia. Efeitos centrais são incomuns e incluem cefaleia, ansiedade, sedação, fadiga, náuseas e vômitos. Pode haver hipoxemia, em geral discreta, por piora da relação ventilação/perfusão. Em tratamento intensivo, os b (^) 2- agonistas têm sido empregados por via endovenosa ou subcutânea.

Os b 2 de longa duração têm efeito por até 12 horas. Duas preparações são disponíveis: salmeterol e formoterol. O início de ação do formoterol é rápido, semelhante ao dos b 2 de curta duração (um minuto), ao passo que o salmeterol tem início de ação em 20 minutos, com pico de efeito entre duas e três horas, aproximadamente.

Esses medicamentos não têm ação anti-inflamatória, não devendo ser usados isoladamente para o tratamento da asma (5-9)^.

Em caso de crise, um b 2 de ação rápida deve ser preferido, não se reduzindo seu efeito se tiver havido uso prévio de b 2 de ação prolongada (locais distintos de

indesejáveis. Por via oral: um a dois comprimidos de 2,5 mg, duas a três vezes ao dia. Xarope: uma medida, três vezes ao dia. Em aerossol: cinco gotas da solução em 5 ml de soro fisiológico.

Uso prolongado - o uso sob demanda deve ser preferível ao uso regular. Os pacientes devem ser reavaliados para a administração ou intensificação do tratamento anti-inflamatório (por exemplo, inalação de corticosteroides), a fim de controlar as vias aéreas e prevenir os danos pulmonares a longo prazo. Se a obstrução brônquica piorar, é pouco apropriado e eventualmente perigoso simplesmente aumentar o uso de -2-agonistas como BEROTEC, além da dose recomenda e por períodos de tempo prolongados. O uso regular de quantidades aumentadas de BEROTEC para controlar sintomas de obstrução brônquica, pode significar o controle inadequado da doença.

Reações adversas - efeitos indesejáveis frequentes atribuídos a BEROTEC são leves tremores dos músculos esqueléticos, nervosismo, cefaleia, tontura, taquicardia e palpitações. Como com outros betamiméticos, podem ocorrer fadiga, câimbras musculares ou mialgia, náusea, vômito e sudorese.