


Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Broncoconstrição
Tipologia: Notas de estudo
1 / 4
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Disciplina: Farmacologia I Profa. Msc. Déborah Fontoura Alunos: _Mírian Duarte Mendonça e Luciana Santana da Mota
CASO CLÍNICO (Valor 1,5)
DATA DE ENTREGA 30/março – via AVA
Paciente adolescente, 12 anos, do sexo masculino, é conduzido a um hospital com sintomas característico de doença broncoconstrictora. Apresenta dificuldade respiratória e tosse, além de ansiedade. A ele é administrado brometo de ipratrópio associado com feneterol por via inalatória.
a. Explique, baseando-se na fisiologia, como ocorre a broncoconstricção.
A broncoconstrição aumenta a resistência ao fluxo de ar e diminui a quantidade de ar “novo” que alcança os alvéolos.
Os bronquíolos, assim como arteríolas, estão sujeitos ao controle reflexo pelo sistema nervoso e por hormônios. Entretanto, a maioria das alterações minuto a minuto do diâmetro bronquiolar ocorrem em resposta e sinais parácrinos.
O dióxido de carbono nas vias aéreas é a molécula parácrina primária, afetando diretamente o diâmetro bronquilar, provocando broncodilatação.
A Histamina é um sinal parácrino que atua como bronconstritor potente. Essa substância química é liberada pelos mastócitos em resposta a um dano tecidual ou a reações alérgicas. Em reações alérgicas graves, uma grande quantidade de histamina pode levar à broncoconstrição generalizada e dificultar a respiração.
O tratamento médico imediato destas pacientes é imperativo.
O controle neural primário dos bronquíolos é feito por neurônios parassimpáticos que causa broncoconstrição, um reflexo que protege o trato respiratório inferior de irritantes inalados. Não existe inervação simpática significativa dos bronquíolos humanos. Contudo, o musculo liso dos bronquíolos é bem suprido com receptores β 2 que respondem à adrenalina. A estimulação dos receptores (^) β 2 relaxa o músculo liso da via aérea, resultado em Broncodilatação. Esse reflexo é utilizado terapeuticamente no tratamento da asma e de várias reações alérgicas caracterizadas por liberação de histamina e broncoconstrição.
b. Em relação a terapia medicamentosa, diga se a associação está correta e explique os mecanismos de ação (incluindo os tipos de receptores) dos dois fármacos administrados.
O tratamento farmacológico da broncoconstrição tem por objetivo não só reduzir a ação dos autacóides e neurotransmissores que desencadeiam o broncoespasmo, mas principalmente ativar os mecanismos que induzem relaxamento do músculo liso respiratório. Os broncodilatadores mais usados na prática clínica são os b (^) 2-agonistas, que podem ser classificados em de curta ação, como o salbutamol, a terbutalina e o fenoterol, cujo efeito broncodilatador dura aproximadamente quatro a seis horas, ou de longa ação, como o salmeterol e o formoterol, com efeito de até 12 horas. A maioria dos efeitos dos b (^) 2-agonistas é mediada pela ativação da adenilciclase e da produção intracelular de AMP cíclico (1)^. O b-receptor é constituído de sete domínios inseridos na membrana celular, dispostos em círculo. Os b (^) 2-agonistas de curta duração estimulam domínios alcançados externamente, enquanto os de longa duração devem penetrar na membrana para estimular lateralmente o receptor, daí seu início retardado de ação (2)^. O formoterol exibe os dois mecanismos de ação, sendo de longa duração e de início rápido de ação.
O b-receptor é acoplado à proteína G e sua ligação leva a subunidade da proteína G a estimular a adenilciclase e a produção de AMP cíclico (2). Este ativa a proteína quinase A, que produz a maioria dos efeitos celulares do b-receptor.
Os b (^) 2-agonistas são parcialmente seletivos para os receptores b2, concentrando o seu efeito sobre a musculatura brônquica e poupando o sistema cardiovascular de para efeitos indesejáveis.
Os broncodilatadores b2-agonistas de curta ação são as medicações de escolha para o alívio dos sintomas da asma, enquanto os b (^) 2-agonistas de longa ação são fármacos que, associados à terapia de manutenção com corticosteroides inalatórios, atuam para o melhor controle dos sintomas (3).
O emprego de b (^) 2-agonistas de curta duração como tratamento isolado de manutenção não é recomendado; o uso frequente (mais de duas vezes por semana) indica necessidade de tratamento anti-inflamatório (4)^.
Quando administrados por via inalatória, esses medicamentos resultam em menos taquicardia e tremor. Raramente desencadeiam arritmias graves. As opções disponíveis para uso inalatório são: solução para nebulização, aerossol dosimetrado e inaladores de pó. Em doses elevadas, podem contribuir para hipopotassemia. Efeitos centrais são incomuns e incluem cefaleia, ansiedade, sedação, fadiga, náuseas e vômitos. Pode haver hipoxemia, em geral discreta, por piora da relação ventilação/perfusão. Em tratamento intensivo, os b (^) 2- agonistas têm sido empregados por via endovenosa ou subcutânea.
Os b 2 de longa duração têm efeito por até 12 horas. Duas preparações são disponíveis: salmeterol e formoterol. O início de ação do formoterol é rápido, semelhante ao dos b 2 de curta duração (um minuto), ao passo que o salmeterol tem início de ação em 20 minutos, com pico de efeito entre duas e três horas, aproximadamente.
Esses medicamentos não têm ação anti-inflamatória, não devendo ser usados isoladamente para o tratamento da asma (5-9)^.
Em caso de crise, um b 2 de ação rápida deve ser preferido, não se reduzindo seu efeito se tiver havido uso prévio de b 2 de ação prolongada (locais distintos de
indesejáveis. Por via oral: um a dois comprimidos de 2,5 mg, duas a três vezes ao dia. Xarope: uma medida, três vezes ao dia. Em aerossol: cinco gotas da solução em 5 ml de soro fisiológico.
Uso prolongado - o uso sob demanda deve ser preferível ao uso regular. Os pacientes devem ser reavaliados para a administração ou intensificação do tratamento anti-inflamatório (por exemplo, inalação de corticosteroides), a fim de controlar as vias aéreas e prevenir os danos pulmonares a longo prazo. Se a obstrução brônquica piorar, é pouco apropriado e eventualmente perigoso simplesmente aumentar o uso de -2-agonistas como BEROTEC, além da dose recomenda e por períodos de tempo prolongados. O uso regular de quantidades aumentadas de BEROTEC para controlar sintomas de obstrução brônquica, pode significar o controle inadequado da doença.
Reações adversas - efeitos indesejáveis frequentes atribuídos a BEROTEC são leves tremores dos músculos esqueléticos, nervosismo, cefaleia, tontura, taquicardia e palpitações. Como com outros betamiméticos, podem ocorrer fadiga, câimbras musculares ou mialgia, náusea, vômito e sudorese.