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Guias e Dicas
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Cash Flow De Projecto, Manuais, Projetos, Pesquisas de Gestão de Recursos Humanos

Autor: Sergio Alfredo Macore / Helldriver rapper

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2015

Compartilhado em 08/11/2015

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helldriver-rapper-7 🇧🇷

4.3

(111)

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ÍNDICE
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................. 3
1. OBJECTIVOS........................................................................................................................................... 4
1.1. Objectivo geral....................................................................................................................................4
1.2. Objectivos Específicos........................................................................................................................4
2. Metodologia............................................................................................................................................... 4
4. CASH FLOW DE PROJECTO..................................................................................................................5
4.1. Cash Flow........................................................................................................................................... 5
4.2. Importância do cash flow....................................................................................................................6
4.3. Abrangência do cash flow...................................................................................................................6
4.4. Os momentos de cash flow de projecto.............................................................................................. 7
4.5.1. Os cash flow devem ser líquidos de impostos................................................................................. 9
4.5.2. Os cash flow devem ser consistentes...............................................................................................9
4.6. Perspectivas de cash flow de projecto.............................................................................................. 10
4.6.1. Cash flow to equity (CFE).............................................................................................................10
4.6.2. Free cash flow to the firm (FCF)................................................................................................... 11
4.7. Dimensão do cash flow de projecto..................................................................................................12
4.8. Componente da projecção do cash flow........................................................................................... 12
5. CASO PRATICO.....................................................................................................................................15
5.1. O Caso da Toyota De Moçambique..................................................................................................15
6. ESTIMATIVA DOS CASH FLOW DE PROJETO.................................................................................17
6.1. Vida Económica ou Vida Útil do Projecto........................................................................................18
6.2. Receita Líquida de Vendas................................................................................................................18
6.3. Custos Operacionais......................................................................................................................... 18
6.4. Despesas Operacionais..................................................................................................................... 19
6.5. Despesas Financeiras........................................................................................................................20
Conclusão.....................................................................................................................................................22
Bibliografia.................................................................................................................................................. 23
INTRODUÇÃO
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ÍNDICE

  • INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................
    1. OBJECTIVOS...........................................................................................................................................
    • 1.1 Objectivo geral....................................................................................................................................
    • 1.2. Objectivos Específicos........................................................................................................................
    1. Metodologia...............................................................................................................................................
    1. CASH FLOW DE PROJECTO..................................................................................................................
    • 4.1 Cash Flow...........................................................................................................................................
    • 4.2. Importância do cash flow....................................................................................................................
    • 4.3. Abrangência do cash flow...................................................................................................................
    • 4.4. Os momentos de cash flow de projecto..............................................................................................
    • 4.5.1 Os cash flow devem ser líquidos de impostos.................................................................................
    • 4.5.2. Os cash flow devem ser consistentes...............................................................................................
    • 4.6. Perspectivas de cash flow de projecto..............................................................................................
    • 4.6.1. Cash flow to equity (CFE).............................................................................................................
    • 4.6.2 Free cash flow to the firm (FCF)...................................................................................................
    • 4.7 Dimensão do cash flow de projecto..................................................................................................
    • 4.8. Componente da projecção do cash flow...........................................................................................
  • 5 CASO PRATICO.....................................................................................................................................
    • 5.1. O Caso da Toyota De Moçambique..................................................................................................
  • 6 ESTIMATIVA DOS CASH FLOW DE PROJETO.................................................................................
    • 6.1. Vida Económica ou Vida Útil do Projecto........................................................................................
    • 6.2 Receita Líquida de Vendas................................................................................................................
    • 6.3. Custos Operacionais.........................................................................................................................
    • 6.4 Despesas Operacionais.....................................................................................................................
    • 6.5 Despesas Financeiras........................................................................................................................
  • Conclusão.....................................................................................................................................................
  • Bibliografia..................................................................................................................................................

O presente trabalho de pesquisa, tem como o tema Cash Flow De Projecto. Na verdade, diante do tema, pode-se ver que em contextos financeiros modernos de concorrência de mercado exigem das empresas maior eficiência na gestão financeira de seus recursos, não cabendo indecisões sobre o que fazer com eles. Sabidamente, uma boa gestão dos recursos financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital giro, promovendo maiores lucros pela redução principalmente das despesas financeiras e é essa a finalidade do cash flow.

Em verdade, a actividade financeira de uma empresa requer acompanhamento permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem como proceder aos ajustes e correcções necessários. O objectivo básico da função financeira é prover a empresa de recursos de caixa suficientes de modo a respeitar os vários compromissos assumidos e promover a maximização de seus lucros

1. OBJECTIVOS

1.1. Objectivo geral

4.1 Cash Flow...........................................................................................................................................

O termo Cash-Flow (em português, fluxos de caixa), designa o saldo entre as entradas e saídas de capital de uma empresa durante um determinado período de tempo, podendo ser calculado mediante a construção de um mapa de fluxos de tesouraria. Geralmente, e por uma questão de utilidade prática, os fluxos medidos não são rigorosamente de caixa, mas antes as transacções de exploração que se traduzam em movimentos monetários no curto prazo.

Desta forma, o conceito de cash-flow passa a incluir as vendas e os custos (excluindo obviamente os custos que não representam movimentos monetários como por exemplo as amortizações de instalações e equipamentos) e não os recebimentos e os pagamentos.

Fórmula de Cálculo do Cash-Flow: CF = RL + AA - REx

Onde:

■ CF é o cash-flow, ■ RL os resultados líquidos, ■ AA as amortizações e outros ajustamentos de valor efectuados aos activos ■ REx os resultados extraordinários.

Por vezes, no cálculo do cash-flow, são utilizados apenas os custos de exploração e os proveitos de exploração. Neste caso, o resultado é o cash flow de exploração, que mede capacidade da empresa em gerar disponibilidades através da sua actividade normal, isto é, além de expurgada de acontecimentos extraordinários, é também expurgada dos resultados das políticas de aplicações financeiras e de financiamento.

Pelo facto de proporcionar uma medida da capacidade da empresa em libertar meios monetários, o cash-flow torna-se um excelente indicador da capacidade de auto financiamento da empresa, isto é, da sua capacidade para efectuar novos investimentos sem necessidade de recorrer a fontes de financiamento externas.

4.2. Importância do cash flow

O cash flow é indispensável para uma sinalização dos rumos financeiros dos negócios. Através de sua elaboração é possível prognosticar eventuais excedentes ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas. Para se manterem em operação, as empresas devem liquidar correctamente seus vários compromissos, devendo como condição básica apresentar o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos vencimentos. A insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de entregas de materiais e mercadorias, e ser causa de uma séria descontinuidade em suas operações.

A manutenção de saldos de caixa propícia folga financeira imediata à empresa, revelando melhor capacidade de pagamento de suas obrigações. Neste posicionamento, a administração não deve manter suas reservas de caixa em móveis elevados como forma de maximizar a liquidez. Ao contrário, deve buscar um volume mais adequado de caixa sob pena de incorrer em custos de oportunidades crescentes. É indispensável que a empresa avalie criteriosamente o seu ciclo operacional de maneira a sincronizar as características de sua actividade com o desempenho do caixa.

4.3. Abrangência do cash flow...................................................................................................................

Foi comentado que o fluxo de caixa descreve as diversas movimentações financeiras da empresa em determinado período de tempo, e sua administração tem por objectivo preservar uma liquidez imediata essencial à manutenção das actividades da empresa. Por não incorporar explicitamente um retorno operacional, seu saldo deve ser o mais baixo possível, o suficiente para cobrir as várias necessidades associadas aos fluxos de recebimentos e pagamentos.

Deve-se ter em conta que saldos mais reduzidos de caixa podem provocar, entre outras consequências, perdas de descontos financeiros vantajosos pela incapacidade de efectuar compras a vista junto aos fornecedores. Por outro lado, posição de mais elevada liquidez imediata, ao mesmo tempo em que promovem segurança financeira para a empresa, apura maior custo de oportunidade. Em essência, este é o dilema risco e rentabilidade presente nas finanças das empresas.

4.4. Os momentos de cash flow de projecto

Cash flow durante o período de análise

De uma forma geral, as necessidades de fundo de maneio dependem do tipo de actividade da empresa (comercio, industria ou serviços), pois que o ciclo de cash to cash (tesouraria) poderá ser mais longo ou mais curto. Por último, temos duas observações:

■ O investimento em fundo de maneio correspondera a diferença entre o fundo de maneio depois de período sucessivos. ■ A falta de consideração do fundo de maneio em análise de investimento conduzira a um erro grave na tomada de decisões.

Deste modo, com ajustamento das contas de exploração pela s contas do fundo de maneio (conta do balanço), o cash flow de exploração resultara de:

CF = (V – C) x ( 1- T) + AR- WC = EBIT x (1 – T) + AR – WC

Onde:

EBIT = Resultados antes do juro de imposto, decorrente da diferença entre proveitos e custo de exploração antes da função financeira. ■ T = Taxa de imposto ■ AR = Amortizações dos exercícios. Trata-se de um ajustamento por se tratar de um custo não desembolsáveis que apenas serve para a poupança fiscal. ■ WC = investimento em fundo de maneio

Repare que se o período inicial for incluído, o cash flow terá a seguinte formulação:

CF = EBIT x (1 – T) + AR – WC – CAPEX

Sendo CAPEX, o valor de investimento imobilizado. Ressalta-se que é usual referir-se a cash flow bruto ( Grouss Cash flow, GCF) como o cash flow antes de investimento. Ou seja:

GCF = EBIT x (1 – T) + AR.

4.5. Principais regras sobre Cash Flow de Projecto

A estimativa dos cash flow devera obedecer as seguintes regras:

■ Os Cash flow devem ser líquidos de impostos sobre resultados;

■ Os cash flow devem ser incrementais: Apenas os cash flow que dizem respeito ao projecto, deverão ser considerado. Todos os Cash in Flow e Cash Out Flow que podem ser identificados, como resultados directo do projecto, incluído as consequências de projecto, noutros negócios da empresas. ■ Os cash flow devem ser consistentes com a taxa de desconto. Em particular, cash flow para accionistas ( cash flow to equity, CFE) devem ser descontáveis a taxa de custo de capital dos accionistas e cash flow para empresa ( cash flow to the firm, também, Free Cash flow, FCF) devem ser descontado a taxa de custo médio ponderado do capital (WACC).

4.5.1 Os cash flow devem ser líquidos de impostos.................................................................................

Os impostos sobre os resultados devem ser considerados na medida em que são pagos, traduzindo um fluxo de caixa negativo. O valor de amortização de imobilizado é um elemento importante devido aos efeitos fiscais dai advenientes. Altas taxas de amortização de imobilizados representam um incentivo fiscal, visto que reduzem o lucro tributável e resultado numa poupança fiscal de maior magnitude.

O valor da poupança fiscal, calcula-se como o produto da taxa de imposto e o valor das amortizações. Refira-se que a poupança fiscal pressupõe lucros tributáveis positivos, situação em que o projecto é susceptível de tributação fiscal. Por outro lado num cenário em que há incentivos fiscais traduzidos por um imposto nulo, o valor das amortizações não tem relevância para o cálculo dos cash flow porque não é um custo desembolsavel como seria o caso de salário, água e energia.

4.5.2. Os cash flow devem ser consistentes...............................................................................................

A dimensão temporal dos cash flow envolve a consideração da taxa de actualização para efeitos de comparação de valores que ocorrem em momentos diferentes. Devera haver consistência entre os cash flow e a taxa de desconto a ser considerada, isto é:

Tabela: Cash flow e taxa de desconto

A. GRUPO DE INVESTIDORES TAXA DE DESCONTO Cash flows livre (free cash flows) Custo médio ponderado do capital (WACC)

  • Imposto (T)

= Resultado liquido

  • Amortização de exercício

= Cash flow das operações

  • Investimento e fundo de maneio (WC)
  • Investimento em imobilizado (CAPEX)
  • Amortizações da divida (A)
  • Novos endividamentos (D)

  • Aumentos de capital (C)

= Free Cash Flow to equity (CFE)

Quanto ao cash flow to equity (CFE), observa-se o seguinte:

■ Os juros são custos aceites fiscalmente; ■ A amortização da divida é um fluxo financeiro que não é considerado para efeitos fiscais.

A regra de consistência implica que os cash flow to equity (CFE) sejam descontados a taxa de capital próprio.

4.6.2 Free cash flow to the firm (FCF)...................................................................................................

Reflecte os fundos libertados pelo projecto e disponíveis a todos os financiadores tanto credores e accionistas. Com efeito os cash flow livres são equivalentes a soma dos cash flow recebidos pelos financiadores.

4.7. Dimensão do cash flow de projecto

Na elaboração de um projecto, é necessário quantificá-lo para poder saber em que momento ocorrerá às saídas e as entradas de recursos.

A este procedimento denominamos dimensionamento do fluxo de caixa.

O fluxo de caixa nada mais é do que a sincronização dos ingressos e desembolsos de um projecto durante sua vida útil, a fim de que, com algumas técnicas de análise de investimento, se possa avaliar a sua viabilidade financeira de implantação.

Para dimensionar o fluxo de caixa de projecto é preciso que se tenha claro todo e qualquer desembolso que o projecto irá gerar, e todas as despesas desembolsáveis que terá, a fim de que se possa saber em que momento a empresa fará o efectivo desembolso e terá o efectivo ingresso de recursos.

4.8. Componente da projecção do cash flow...........................................................................................

Basicamente, o investimento caracteriza-se por um desembolso inicial em prol da obtenção de uma série de ganhos futuros. Para a definição do cash flow do projecto, é necessário que se defina primeiramente o horizonte de análise, que também chamamos de horizonte de projecção. Normalmente este horizonte corresponde à vida útil do projecto.

Durante o período de vida útil do projecto, é necessário construir a projecção dos fluxos de caixa futuros. Geralmente essas estimativas são realizadas com base em três elementos:

  1. Investimento inicial

Corresponde aos gastos incorridos no início do investimento. Devem ser considerados todo e qualquer desembolso de recurso que o investimento necessite, como: valor das máquinas e equipamentos, despesas de montagem e treinamento pessoal.

  1. Fluxos de caixa incremental

Caso o projecto de investimento a ser implantado venha substituir um projecto já existente e o projecto existente tenha um valor de revenda, este deverá servir para abater o valor inicial do projecto a ser implantado.

■ O valor do investimento a ser realizado durante a execução do projecto; ■ (^) A vida útil de cada componente dos investimentos;

■ O valor das receitas, ano a ano, esperada para o projecto, durante sua vida útil; ■ A evolução dos custos (fixos e variáveis) prevista para cada ano; ■ O valor de recuperação que se espera obter graças a venda dos resíduos do projeto, ao final de sua vida útil.

3 – Elaboração do cash flow de projecto: O cash flow de um projecto nada mais é do que o levantamento dos reais valores que serão desembolsados, e que ingressarão na empresa em seu exacto momento de acontecimento. Graficamente podemos representar o fluxo de caixa de um projecto da seguinte maneira:

Fluxo de Caixa Incrementais

Investimento Inicial

Diagrama geral do fluxo de caixa de um projecto de investimento.

Para obter o fluxo de caixa livre de um projecto de investimento, utilizam-se as seguintes expressões:

(+) Receitas (-) Custos e despesas variáveis (-) Custos e despesas fixas (excepto depreciação) (-) Depreciação

(=) Lucro operacional tributável (-) Imposto de renda (=) Lucro Líquido Operacional (+) Depreciação (=) Fluxo de caixa operacional (FCO) (+/-) Investimentos ou desinvestimentos líquidos em equipamentos (+/-) Investimentos ou desinvestimentos em capital de giro (=) Fluxo de caixa livre (FCL)

5 CASO PRATICO.....................................................................................................................................

5.1. O Caso da Toyota De Moçambique..................................................................................................

A Toyota De Moçambique está estudando a possibilidade de adquirir uma nova máquina para produção de novos produtos.

Estimativas apontam que será necessário o investimento de 500.000mt no projecto, sendo que 10% deste valor serão destinados para capital de giro (estoques, crédito, clientes).

O valor das máquinas é de 400.000mt e estima-se também que, ao final dos 5 anos de vida útil do projecto, este equipamento poderá ser vendido por 20% de seu valor de aquisição. As receitas geradas pelo projecto são de 250.000mt no primeiro ano com um crescimento de 5% ao ano. Os custos variáveis de produção são de 35% da receita e os custos fixos estão estimados, excluindo- se a depreciação, em 20.000mt ao ano.

A empresa está situada em uma faixa de alíquota de imposto de renda de 25%.

Com base nestes dados, a presidência da empresa solicitou ao director financeiro a projecção do fluxo de caixa do projecto. Para elaborá-lo vamos, inicialmente, estimar as receitas do projecto. Neste caso, basta aplicar uma taxa de 5% sobre a receita inicial para os anos seguintes. As receitas previstas ficariam assim configuradas:

0 1 2 3 4 5 Receitas - 250.000 262.500 275.625 289.406 303.

Os custos variáveis correspondem a 35% das receitas. Neste caso, basta aplicar o percentual sobre a receita de cada ano. Teríamos então:

(=) Lucro operacional tributável

(-) Imposto de renda (25%)

(=) Lucro liquido operacional

(+) Depreciação - 64.000 64.000 64.000 64.000 64. (=) Fluxo de caixa operacional (FCO)

(+/-) Investimentos ou desinvestimentos líquidos em equipamentos

(+/-) Investimentos ou desinvestimentos em capital de giro

(=) Fluxo de caixa livre (FCL)

6 ESTIMATIVA DOS CASH FLOW DE PROJETO.................................................................................

A construção do cash flow de um projecto de investimento deve ser realizada para que o projecto possa ser analisado com vistas na tomada de decisão sobre a implantação ou não. O cash flow é estruturado mediante a estimação dos valores de entradas e saídas de recursos financeiros. Os principais passos para estimar o cash flow são detalhados a seguir:

6.1. Vida Económica ou Vida Útil do Projecto O horizonte de projecção em que o projecto deverá produzir resultados econômicos é denominado Vida Económica do Projecto. A escolha do horizonte de projecção do cash flow não tem uma regra definida, dependendo do julgamento do analista, do sector da empresa e do crescimento projectado. Números usuais são 5, 7, 10 ou 12 anos, mas há casos de 2 ou 3 anos, para pequenos projectos. Também há situações em que o horizonte de projecto é fixado em 25 anos ou mais. Horizontes largos assim, são mais comuns em empreendimentos grandes, como por exemplo: siderurgia, construção de usina hidroeléctrica, rodovias, ferrovias, etc. Uma forma de reduzir a

arbitrariedade na escolha do horizonte de projecto é considera-lo pelo menos superior ao período em que o projecto ainda não está estabilizado. De maneira geral, é possível delinear o horizonte de um projecto em função das seguintes variáveis:

■ Vida útil dos equipamentos: projectos industriais ■ Tempo de esgotamento das jazidas ou reservatórios: projecto de mineração ou produção de petróleo ■ Tempo de obsolescência: projectos de alta tecnologia ■ Desejo do investidor: qualquer tipo de projecto

6.2 Receita Líquida de Vendas................................................................................................................

Compreende a variável mais importante e mais difícil de projectar pois ela que actua no sentido de fazer crescer o valor do investimento. Portanto a mais polémica. A dificuldade vem da relativa imprevisibilidade do comportamento dos mercados, que pode afectar a segurança com que são estimados volumes, preços e margens. Em termos práticos, essa variável envolve todas as entradas de caixa provenientes da venda de serviços e produtos, oriundos do investimento.

6.3. Custos Operacionais.........................................................................................................................

Referem-se a todos os gastos incorridos em decorrência directa da implementação de um investimento. Para efeito de análise, os custos podem ser classificados ou agrupados distintamente em Custos Fixos e Custos Variáveis.

Custos Fixos: são aqueles que existem seja qual for o nível de produção e que não são directamente alocáveis aos produtos ou aos serviços vendidos. Os itens mais importantes são: Seguros, Taxas, Manutenção dos Equipamentos, Depreciação dos Equipamentos da Fábrica, Royalties, Salários Supervisores de Produção, controle de qualidade, serviços de infra estrutura, aluguel, etc. Os custos fixos são comumente rateados ou alocados, às vezes em mais de um estágio, aos produtos e serviços da empresa.

Custos Variáveis : são aqueles que dependem proporcionalmente ao nível de operação do investimento. Os itens mais importantes são: matéria-prima, embalagens, mão-de-obra, energia,

determina, basicamente, como o fluxo de caixa do projecto é repartido entre proprietários e credores.· 6.6. Despesa de Depreciação, Amortização e Exaustão Na avaliação económica de investimentos, as despesas de depreciação, exaustão e amortização são considerados como despesas não desembolsáveis e portanto não deveriam ser consideradas para o cálculo do fluxo de caixa. Esses valores por não representarem, na realidade, um comprometimento de caixa da empresa, e são irrelevantes para o processo de dimensionamento dos benefícios económicos de uma proposta de investimento. A Depreciação é a redução do valor do bem (moveis utensílios, máquinas, equipamentos, veículos, ferramentas etc) no tempo em decorrência de desgaste ou pela obsolescência tecnológica. No fluxo de caixa a depreciação é um custo sem desembolso, o qual, sendo abatido dos lucros, em cada exercício fiscal, acarreta menor lucro tributável, o qual, por sua vez, mantida a mesma alíquota do imposto de renda, resulta em menor imposto de renda a pagar. Para efeito de fluxo de caixa, o valor da depreciação que interessa é aquele estabelecido em termos contábeis, uma vez que o benefício fiscal é calculado com base nessa referência. Existem vários métodos para se obter o valor da depreciação: soma dos dígitos, inclinação dupla, exponencial, depreciação por produção, e o método linear. EXEMPLO: Uma empresa esteja adquirindo uma empilhadeira no valor de 100.000. A vida útil do equipamento é de 5 anos. Não se espera que haja valor residual. Qual será o valor a ser depreciado anualmente? Depreciação = 100.000 / 5 anos = 20.000,00/anualmente.Resultado Operacional: Reflecte a capacidade de geração de caixa operacional por parte do projecto. Esse resultado é obtido pela diferença entre o Resultado Bruto e as Despesas Operacionais e a Depreciação, Exaustão e Amortização. ■ Imposto de Renda e Contribuição Social : são calculados sobre o Resultado Operacional decorrente exclusivamente das operações. Imposto de Renda = Resultado Operacional x % IR

A alíquota do IR gira em torno de 15% para lucros de até 240 mil anuais e 25% para lucros estimados acima desse valor, e a contribuição social de 9%.

Se o projecto previr prejuízos operacionais em alguns períodos, o que pode ser normal nos períodos iniciais, ocorrerá benefício fiscal proporcionado por esse prejuízo, que é apropriado pelo projecto nos três períodos seguintes, respeitando os limites estabelecidos legalmente. Esses prejuízos reduzem em até 30% do lucro tributável de cada exercício, ficando o restante sem correcção, para ser aproveitados nos próximos. ■ Resultado Liquido Operacional: é, obtido pela diferença entre o Resultado Operacional e a Provisão do Imposto de Renda. È o resultado que o projecto terá sem dívidas financeiras.

6.7. Reversão da Depreciação, Exaustão e Amortização

Para efeito de elaboração de um fluxo de caixa, essa despesas embora não serem consideradas como desembolsáveis ou seja não envolvem saídas de caixa, elas influenciam na apuração do imposto de renda, pois inicialmente são abatidas como despesas e depois acrescidas ou revertidas para a determinação do Fluxo de Caixa Operacional.

6.8. Fluxo de Caixa Operacional

A análise da perspectiva de investimento de capital examina os fluxos de caixa sob óptica operacional. Por operacional entende-se que apenas os valores associados aos activos sob análise deveriam ser considerados. Esse item corresponde basicamente, aos recursos disponibilizados ou necessários decorrentes das operações da empresa.

Conclusão

Ao chegar o fim deste trabalho, pode-se constatar que, a condição base, para que a empresa viva e ganhe dinheiro é ter recebimentos operacionais que superem os pagamentos operacionais. O Administrador se depara com o dilema do Risco e Rentabilidade, se por um lado ela precisa manter uma liquidez imediata essencial a manutenção das actividades, por outro lado, ele pode incorrer em riscos de custos de oportunidade, então o grande desafio para os administradores é buscar um volume adequado de caixa para empresa, de forma a incorrer o mínimo possível em riscos. A Demonstração de Fluxo de Caixa é uma importante ferramenta que auxilia na tomada de decisões e pode facilitar o trabalho dos administradores através das análises de fluxos passados e previsão de fluxos futuros.