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Guias e Dicas
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CARTOGRAFIA BÁSICA EVOLUÇÃO DO SISTEMA GEODÉSIO, Trabalhos de Geodésia e Cartografia

mostrar conteúdos abordados em sala de aula para reconhecer avaliar e aplicar os conceitos de cartografia e topografia básica com foco nas escalas, cartas, mapas, plantas. A cartografia temática e a evolução do sistema geodésico.

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 17/03/2021

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UNIVERSIDADE DE SOROCABA
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
ENGENHARIA AMBIENTAL
CARTOGRAFIA BÁSICA
Sorocaba/SP
2018
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UNIVERSIDADE DE SOROCABA

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

ENGENHARIA AMBIENTAL

CARTOGRAFIA BÁSICA

Sorocaba/SP

Alex Rodrigues Moraes - 00087205

CARTOGRAFIA BÁSICA

Trabalho com objetivo de mostrar conteúdos abordados em sala de aula para reconhecer avaliar e aplicar os conceitos de cartografia e topografia básica com foco nas escalas, cartas, mapas, plantas. A cartografia temática e a evolução do sistema geodésico.

Orientador: Jomil Costa Abreu Sales

Sorocaba/SP

1. INTRODUÇÃO.

A Cartografia é um conjunto de estudos e operações científicas, artística e técnicas baseado nos resultados de observações diretas ou de análise de documentação, com vistas à elaboração e a preparação de cartas, planos e outras formas de expressão, bem como sua utilização.

A Cartografia como atividade já aparece nas descobertas pré-históricas, antes mesmo da invenção da escrita. Como vocábulo, Cartografia foi criada pelo historiador português Visconde de Santarém em carta de 8 de dezembro de 1839, escrita em Paris e dirigida ao historiador brasileiro Adolfo Varnhagem. Antes da consagração deste termo como vocábulo usado era cosmografia.

Foi a principal ferramenta usada pela humanidade para ampliar os espaços territoriais e organizar sua ocupação. Hoje ela está presente no cotidiano da sociedade, levando soluções para problemas urbanos, de segurança, saúde pública, turismo e auxiliando as navegações. As informações cartográficas constituem as bases sobre as quais se tomam decisões e encontram soluções para os problemas socioeconômicos e técnicos existentes.

2. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS GEODÉSICOS.

Durante quatro décadas foram utilizados procedimentos e instrumental hoje considerado como “clássicos” em Geodésia, uma vez que era o que havia de mais preciso neste período. No princípio foram estabelecidas as grandes cadeias de triangulação, posteriormente iniciou-se a densificação através do método da poligonação. O instrumental usado na época era teodolitos e medidores eletrônicos de distância, como por exemplo, o teodolito Wild T3 e o distanciômetro AGA-600, respectivamente. A evolução não está presente somente no instrumental e nos métodos de levantamento, mas também nos métodos de ajustamento e sistemas de referência aos quais as coordenadas eram referidas. O primeiro ajustamento foi realizado pelo método das equações de observação, sendo referido ao sistema Córrego Alegre. Em 1996 a rede geodésica foi reajustada simultaneamente graças à utilização da técnica de Helmert Blocking, disponível no sistema GHOST (Geodetic Adjustment using Helmert Blocking of Space and Terrestrial data - o mesmo sistema de ajustamento utilizado pelos canadenses no projeto NAD83) (Beattie, 1987). O estabelecimento da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo do Sistema GPS -RBMC - foi outro passo de grande importância para a Geodésia a nível nacional. Esta rede é atualmente composta por 13 estações, sendo nove delas coincidentes com estações SIRGAS, fornecendo assim todas as informações necessárias para a integração do SGB aos sistemas de referência terrestres internacionais, para o acompanhamento das variações de coordenadas (velocidades) das estações devido aos fenômenos descritos acima, além de levar o novo conceito de estação “ativa” ao SGB.

2.1. Sistema Córrego Alegre.

Para se estabelecer um SGR, no Brasil e na época, vários ajustes eram necessários para se definir um sistema geodésico. Antes do advento tecnológico da computação, estes ajustes eram feitos com calculadoras mecânicas e com o uso das tábuas de logaritmo. Com essa tecnologia estabeleceu-se o Datum Córrego Alegre de 1949. A escolha do vértice Córrego para ponto datum, apoiado no elipsoide internacional de Hayford para superfície matemática de referência, foi baseada em determinações astronômicas realizadas na implantação da cadeia de triangulação em Santa Catarina Suas especificações (como informação para este trabalho) foram definidas (IBGE, 2013a):

  • Superfície de referência: Elipsoide Internacional de Hayford 1924. Semieixo maior: 6378388 metros. Achatamento: 1/
  • Ponto Datum: Vértice Córrego Alegre. - Coordenadas: latitude =  = 19º 50’ 15,14’’ S e longitude =  = 48º 57’ 42,75” W;

3. ESCALAS.

A escala cartográfica é um importante elemento presente nos mapas, sendo utilizada para representar a relação de proporção entre a área real e a sua representação. É a escala que indica o quanto um determinado espaço geográfico foi reduzido para “caber” no local em que ele foi confeccionado em forma de material gráfico.

Sabemos que os mapas são reproduções reduzidas de uma determinada área. Mas essa redução não ocorre de forma aleatória, e sim de maneira proporcional, ou seja, resguardando uma relação entre as medidas originais e suas representações. A expressão numérica dessa proporção é a escala.

Por exemplo: se uma escala de um determinado mapa é 1:500, significa que cada centímetro do mapa representa 500 centímetros do espaço real. Consequentemente, essa proporção é de 1 por 500.

Existem, dessa forma, dois tipos de escala, isto é, duas formas diferentes de representá-la: a escala numérica e a escala gráfica. A numérica, como o próprio nome sugere, é utilizada basicamente por números; já a gráfica utiliza-se de uma esquematização.

3.1. Escala grande, escala pequena. Qual é a diferença?

Imagine que todo mapa é uma visão aérea sobre o determinado espaço. Dessa forma, para saber se uma escala é grande ou pequena, ou se ela é maior do que outra, basta entender que a escala nada mais é do que o nível de aproximação da visão aérea do mapa. Outra forma é observar a escala numérica, lembrando que ela se trata de uma divisão. Assim, quanto menor for esse denominador, maior será a escala.

Exemplo. Considere essas duas escalas: a) 1:5000; b) 1:10000. A primeira escala é uma divisão de 1 para cinco mil que, quando calculada, com certeza dará um número maior que uma divisão de 1 para dez mil. Portanto, a primeira escala é maior do que a segunda. Quanto maior a escala, menor a área representada e maior é o nível de detalhamento.

4. A REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA.

4.1. Cartas, Mapas e Plantas.

4.1.1. Mapa.

Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma Figura planetária, delimitada por elementos físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos, temáticos, culturais e ilustrativos. Suas características são a representação plana; geralmente em escala pequena; área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.), político- administrativos; destinação a fins temáticos, culturais ou ilustrativos.

4.1.2. Carta.

Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala. Suas características são a representação plana; escala média ou grande; desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática; limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes.

4.1.2.1. Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM).

A distribuição geográfica das folhas ao Milionésimo foi obtida com a divisão do planeta em 60 fusos de amplitude 6º. Numeradas a partir do antemeridiano -180°. Cada um destes fusos por sua vez está divididos a partir da linha do Equador em 21 zonas de 4º de amplitude para o Norte e com o mesmo número para o Sul. Cada uma das folhas ao Milionésimo pode ser acessada por um conjunto de três caracteres: 1º) letra N ou S - indica se a folha está localizada ao Norte ou a Sul do Equador. 2º) letras A até V - cada uma destas letras se associa a um intervalo de 4º de latitude se desenvolvendo a Norte e a Sul do Equador e se prestam a indicação da latitude limite da folha. 3º) números de 1 a 60 - indicam o número de cada fuso que contém a folha.

5. CARTOGRAFIA TEMÁTICA.

A cartografia temática surgiu de forma sucessiva à cartografia topográfica. Desenvolveu-se a partir da demanda por mapas específicos para atender a novas solicitações por conta da sistematização dos ramos de estudos emancipados com a divisão do trabalho científico, no fim do século XVIII e início do XIX. Apesar de em essência todo mapa possuir um tema, o que pode ser denominada cartografia temática possuí métodos específicos e teorizações, que foram sendo incorporadas a cartografia com o intuito de garantir a produção do conhecimento na transmissão de informações qualitativas e quantitativas

.

5.1. Mapas temáticos.

Os mapas temáticos são representações gráficas da superfície terrestre ilustradas de acordo com algum critério preestabelecido. Para designar os diferentes aspectos do espaço geográfico, utilizam-se as legendas e os símbolos a elas correspondentes para especializar determinados fenômenos.

Mais do que apenas realizar descrições espaciais sobre determinadas atividades ou fenômenos naturais, os mapas temáticos também possuem o mérito de apresentarem formas distintas de leitura e interpretações da realidade, ofertando ao seu leitor uma melhor noção das manifestações sociais e da natureza, como as atividades culturais de uma região ou os índices pluviométricos de um país.

5.1.1. Mapas demográficos.

São elaborados para descrever dados relacionados com a população de um determinado território. Podem explicitar a quantidade de habitantes, a localização, a densidade de ocupação ou os fluxos migratórios.

5.1.2. Mapas econômicos.

Descrevem as atividades econômicas e a apropriação do espaço geográfico por elas realizada. Os mapas econômicos são importantes na compreensão de temas como a expansão da agropecuária, a localização industrial, a disponibilidade e a extração de recursos naturais, os sistemas de produção de energia, o conjunto de meios de transporte existente em um território, entre outras questões.

5.1.3. Mapas físicos.

Apontam a localização e a distribuição de elementos naturais, dividindo-se em vários subtipos, como os mapas topográficos (formas de relevo), os hidrográficos (cursos d'água), os hipsométricos (variações de altitudes), climáticos (variações atmosféricas), dentre tantos outros. Com eles, é possível realizar ações de planejamento de atividades econômicas ou de formas de ocupação e transformação dos solos.

5.1.4. Mapas políticos.

Escrevem as delimitações territoriais de países, estados e municípios, com as delimitações de suas fronteiras. Estas não existem na natureza, trata-se de uma construção intelectual humana representada cartograficamente para a melhor compreensão das divisões do espaço geográfico mundial.