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Cardiopatias Congênitas: Classificação, Diagnóstico e Tratamento, Resumos de Pediatria

Uma visão abrangente das cardiopatias congênitas, cobrindo sua classificação (acianogênicas e cianogênicas), diagnóstico (exames complementares como ecocardiograma e cateterismo) e tratamento (clínico e cirúrgico). discute detalhadamente diferentes tipos de cardiopatias, incluindo suas manifestações clínicas, abordando também a crise hipóxica na tetralogia de fallot e suas complicações. o texto é informativo e útil para estudantes de medicina.

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 03/05/2025

emilia-carvalho-9
emilia-carvalho-9 🇧🇷

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Cardiopatias congênitas- acianóticas e cianóticas
Definição
anormalidades na estrutura e na função cardiocirculatória, presente no nascimento, mesmo que diagnosticada na idade adulta
período de desenvolvimento de cardiopatias congênitas: 8-10s (quando o coração está se formando)
Teste do coraçãozinho
Manifestações clínicas
sopro- importante determinar as características
Sopro- é um sinal e não uma doença, deve estabelecer se apresenta algum risco para o paciente ou não, através de suas características
e presença de sinais e sintomas associados.
Sopro diastólico→ sempre maligno
Sopro sistólico→ pode ou não ser benigno
taquidispnéia
hipoxemia- cianose e baqueteameno digital (nem todas crianças apresentam)
alterações de pulso
baixo ganho ponderal
arritmias
síncope
choque cardiogênico
crises hipoxêmicas
palptações
Exames complementares
→ na suspeita diagnóstica
anamnese
exame físico- saber determinar as características do exame físico cardiovascular
eletrocardiograma
radiografia de tórax→ saber calcular o ICT + observação da trama vascular pulmonar (saber se tem uma cardiopatia de
hiperfluxo, normofluxo ou hipofluxo pulmonar)
Cardiopatias congênitas- acianóticas e cianóticas
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Baixe Cardiopatias Congênitas: Classificação, Diagnóstico e Tratamento e outras Resumos em PDF para Pediatria, somente na Docsity!

Cardiopatias congênitas- acianóticas e cianóticas

Definição

anormalidades na estrutura e na função cardiocirculatória, presente no nascimento, mesmo que diagnosticada na idade adulta período de desenvolvimento de cardiopatias congênitas: 8-10s (quando o coração está se formando)

Teste do coraçãozinho

Manifestações clínicas

sopro- importante determinar as características

Sopro- é um sinal e não uma doença, deve estabelecer se apresenta algum risco para o paciente ou não, através de suas características e presença de sinais e sintomas associados.

Sopro diastólico→ sempre maligno

Sopro sistólico→ pode ou não ser benigno

taquidispnéia hipoxemia- cianose e baqueteameno digital (nem todas crianças apresentam) alterações de pulso baixo ganho ponderal arritmias síncope choque cardiogênico crises hipoxêmicas palptações

Exames complementares

→ na suspeita diagnóstica

anamnese exame físico- saber determinar as características do exame físico cardiovascular eletrocardiograma radiografia de tórax→ saber calcular o ICT + observação da trama vascular pulmonar (saber se tem uma cardiopatia de hiperfluxo, normofluxo ou hipofluxo pulmonar)

Confirmação diagnóstica

ecocardiograma: fetal, transtorácico, transesofágico o ECO é o padrão ouro para diagnóstico de cardiopatias congenitas, sendo o TT o mais utilizado em crianças (boa janela) cateterismo tomografia ressonância

Classificação clínica

a partir da SATURAÇÃO, classificamos em cianogênica: sat.<92% acianogênica: sat.>92% a partir do FLUXO PULMONAR, classificamos em hipofluxo- obstrução na artéria pulmonar fluxo normal hiperfluxo- mais sangue chega para a artéria pulmonar

SHUNT moderado- grande: cansaço para mamar (interrupção frequente) taquidispneia e sudorese excessiva IVA de repetição IC aguda (pode ser a primeira manifestação) baixo ganho ponderal tratamento clínico suporte nutricional medicações anticongestivas: captopril, furosemida, espironolactona, hidrocloro, digoxina profilaxia para endocardite cirurgico: correção dos defeitos complicações desnutrição infecções- pneumonia de repetição, endocardite infecciosa ICC arritmia hipertensão pulmonar

obs: a presença de hipertensão pulmonar contraindica a realização de cirurgias para a correção da cardiopatia

  1. CIA a. presença de orifício entre os átrios b. 6%-10% das cardiopatias c. sobrecarga das câmaras direitas- fluxo se desloca de uma câmara de alta pressão para uma de baixa (shunt da E→ D) d. apresenta poucos sintomas de início, predomínio dos sintomas tardios e. exame físico:

i. desdobramento constante fixo de B ii. sopro sistólico em ejeção, discreto (1-2+ em 6+) no foco pulmonar, ocorre devido hiperfluxo

  1. CIV a. presença de orifício entre os ventrículos b. cardiopatia mais frequente c. sobrecarga pressórica das câmaras esquerdas d. exame físico i. sopro sistólico 4+ em 6+ na borda esternal esquerda baica com irradiação em faixa, podendo apresentar frêmito- é um sopro bem evidente e. 70% das CIV fecham sozinhas devido ao aumento de massa muscular
  2. PCA a. falta de oclusão no canal que comunica o istmo da aorta ao teto da bifurcação das artérias pulmonares (comunicação fisiológica e obrigatória na vida fetal)- 100% dos bebês vão nascer com o canal arterial aberto, normalmente o seu fechamento completo ocorre até 21d de vida b. sobrecarga de câmaras esquerdas c. muito incidente em prematuros d. exame físico i. sopro contínuo em região infraclavicular E ii. pulsos amplos iii. maior diferencial de pressão sístole x diastole e. tratamento a. PARACETAMOL
  3. defeito do septo AV total a. cardioatia congênita mais comum nos indivíduos com Sd. de DOWN b. no momeno em que deveria ocorrer a septação da válvula mitral e tricúspide → forma um anel valvar único → faz uma CIA, CIV+ válvula intravenstricular única c. apresenta hiperfluxo pulmonar maciço d. necessitam de correção nos primeiros 6m de vida

Acianogênicas SEM hiperfluxo pulmonar

as manifestações clínicas dependem do grau de obstrução discreta: assintomática moderada: VE: sinais de baixo débito cardíaco (palidez, sudorese fria, vertigem) VD: dispneia e fadiga- mais assintomáticos graves: dor precordial, síncope, morte súbita tratamento clínico: seguimento medicações: propanolol cirúrgico x hemodinâico

  1. coarctação de aorta a. constricção localizada na região ístmica da aorta b. coarctação crítica descompensa no período neonatal

crises hipoxêmicas

d. exame físico

frêmito sopro sistólico rude no foco pulmonar (estenose pulmonar) B2 ÚNICA estálido aórtico protossistólico

e. exames complementares

ECG: desvio do eixo para direita, sinais de sobrecarga de câmaras direita raio-x de tórax: coração em bota (aumento de VD e TP escavado) ECO cateterismo: estudo da árvore pulmonar

f. tratamento

clinico- realizado até necessidade cirúrgica suporte nutriconal BB: propanolol 1 a 6 mg,kg, dia ferro profilaxia para endocardite infecciosa cirurgico: correção de urgência correção total complicações tardia (pós-operatório) insuficiência pulmonar dilatação e disfunção do VD arritmias reoperação- quanto mais tardia, melhor crise hipoxêmica

💡 Crise hipoxêmica comum dos 3-18 meses acentuação abrupta da cianose- por aumento da resistência vascular pulmonar (choro, movimento intestinal) u diminuição da resistência vascular sistêmica (calor, hipotensão, drogas, exercícios) clínica- crise hipoxêmica cianose intensa e generalizada agitação taquidisneia (acidose) pode ou não evoluir para síncope, convulsão, coma e óbito tratamento posição genupeitoral (aumenta a pressão sistêmica) e oxigênioterapia morfina 0,1mg por kg (IM) correção dos distúrbios metabólicos correção da anemia ou poliglobulia infecções (tratar( BB(propanolol)- se o paciente estiver ESTÁVEL prostaglandina E1-período neonatal(posterga o fechamento do canal arterial) cirurgia de urgência

💥 O que é a crise hipóxica da Tetralogia de Fallot?

É um episódio agudo de cianose intensa e hipóxia , que pode acontecer em crianças com Tetralogia de Fallot — especialmente bebês entre 2 e 4 meses.

🧠 Por que acontece?

Vamos imaginar o coração da criança com Tetralogia como um “túnel congestionado”:

  1. Na TOF, já existe estenose da via de saída do ventrículo direito (obstrução da artéria pulmonar).
  2. Em certos momentos, essa obstrução piora subitamente (por espasmo do infundíbulo do VD, choro intenso, agitação, febre, jejum prolongado, etc.).
  3. O coração não consegue mandar sangue pro pulmão → o sangue desvia ainda mais pela CIV direto pra aorta → vai mais sangue venoso (sem O) pro corpo.
  4. Resultado: hipóxia severa + cianose intensa = crise hipóxica.

🚨 Como a criança se apresenta?

Cianose intensa e súbita Irritabilidade , choro inconsolável Taquipneia Pode evoluir para hipotonia , convulsões e até parada cardiorrespiratória se não for tratada rápido.

🧎‍♀️ ✨ Postura instintiva da criança: agachamento

Crianças maiores com TOF aprendem instintivamente a agachar durante a crise.

💡 Por quê?

O agachamento aumenta a resistência vascular sistêmica , fazendo o sangue desviar menos pela CIV e ir mais pros pulmões. Resultado: melhora a oxigenação.

💊 Tratamento da crise hipóxica

Complicações das cardiopatias cianogênicas quando não tratadas

desnutrição energético- proteica crises hipoxêmicas policetemia (secundária à hipoxemia crônica): AVE infecções: abcesso cerebral, endocardite bacteriana arritmias cardíacas óbito