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Carcinomas: Tipos, Fatores de Risco e Tratamento, Esquemas de Citogénica de Câncer

Este documento fornece uma visão abrangente sobre os carcinomas, um tipo de câncer de pele muito comum. Ele aborda os principais tipos de carcinomas, como o carcinoma basocelular (cbc) e o carcinoma espinocelular (cec), detalhando suas características clínicas, fatores de risco e opções de tratamento. O texto destaca a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento médico regular para pacientes que já tiveram essa patologia, uma vez que o risco de desenvolver novos cânceres de pele é maior. Com informações detalhadas e relevantes, este documento pode ser útil para estudantes de medicina, profissionais de saúde e pacientes interessados em compreender melhor essa condição dermatológica.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 21/09/2023

larissa-marques-lacerda
larissa-marques-lacerda 🇧🇷

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Rayssa Ramalho
Os carcinomas são neoplasias malignas derivadas de células epiteliais da
derme e dos anexos cutâneos, constituindo o tipo de câncer mais comum
na pele.
Como ocorre com a maioria das neoplasias, chance maior de cura ocorre
quando mais precocemente for realizado o tratamento, geralmente
cirúrgico. Ademais, é sempre importante acompanhar um paciente que já
tivera essa patologia, visto que a chance de desenvolver um câncer de pele
em outro local é maior quando comparado com os demais
Os principais são:
Carcinoma basocelular
Carcinoma de células escamosas ou espinocelular
CARCINOMA BASOCELULAR (CBC)
É um neoplasma maligno epidérmico cujas células mimetizam as células
normais da camada basal da derme.
Este representa cerca de 80% dos tumores de pele, sendo de baixíssima
mortalidade, uma vez que muito raramente evolui para metástase.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento deste são:
Pele tipo 1 (sempre queimada)
Cabelos loiros ou ruivos
Olhos claros
Pele sardenta
HF de câncer de pele
Tratamento com imunossupressores
Exposição a arsênico
Na maioria dos casos está localizado nas regiões de cabeça e pescoço, não
ocorrendo em mucosas. Em geral, é uma lesão persistente, de crescimento
lento, frequentemente coberta por pequena crosta, usualmente
arrancada pelo paciente, deixando à mostra a lesão inicial elevada e
pequenas telangiectasias. Geralmente é indolor e não evolui para o quadro
de linfadenomegalia satélite.
Quando não tratado, progride em lateralidade e profundidade, resultando
inclusive em destruição tecidual e mutilações, especialmente nas regiões
nasal, periorbital e orelhas.
1. CBC NODULAR
Inicia-se como um nódulo ou uma pápula perolada, eritematosa,
com finas telangiectasias na superfície, apresentando um
crescimento muito lento.
Tipicamente, apresentam ulcerações superficiais e sangramentos,
sinais esses que podem regredir espontaneamente. Em alguns
casos essas podem regredir para o tamanho do nódulo com apenas
presença de bordas elevadas que delimitam a úlcera rasa coberta
para um tecido de granulação. Os nódulos podem apresentar-se
pigmentados, simulando melanomas.
Inicialmente, a invasão tecidual tem o mesmo tamanho do
diâmetro do tumor. Ademais, como as lesões costumam ser
Carcinomas
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Os carcinomas são neoplasias malignas derivadas de células epiteliais da derme e dos anexos cutâneos, constituindo o tipo de câncer mais comum na pele. Como ocorre com a maioria das neoplasias, chance maior de cura ocorre quando mais precocemente for realizado o tratamento, geralmente cirúrgico. Ademais, é sempre importante acompanhar um paciente que já tivera essa patologia, visto que a chance de desenvolver um câncer de pele em outro local é maior quando comparado com os demais Os principais são:

  • Carcinoma basocelular
  • Carcinoma de células escamosas ou espinocelular CARCINOMA BASOCELULAR (CBC) É um neoplasma maligno epidérmico cujas células mimetizam as células normais da camada basal da derme. Este representa cerca de 80% dos tumores de pele, sendo de baixíssima mortalidade, uma vez que muito raramente evolui para metástase. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento deste são:
  • Pele tipo 1 (sempre queimada)
  • Cabelos loiros ou ruivos
  • Olhos claros
  • Pele sardenta
  • HF de câncer de pele
  • Tratamento com imunossupressores
  • Exposição a arsênico Na maioria dos casos está localizado nas regiões de cabeça e pescoço, não ocorrendo em mucosas. Em geral, é uma lesão persistente, de crescimento lento, frequentemente coberta por pequena crosta, usualmente arrancada pelo paciente, deixando à mostra a lesão inicial elevada e pequenas telangiectasias. Geralmente é indolor e não evolui para o quadro de linfadenomegalia satélite. Quando não tratado, progride em lateralidade e profundidade, resultando inclusive em destruição tecidual e mutilações, especialmente nas regiões nasal, periorbital e orelhas. 1. CBC NODULAR Inicia-se como um nódulo ou uma pápula perolada, eritematosa, com finas telangiectasias na superfície , apresentando um crescimento muito lento. Tipicamente, apresentam ulcerações superficiais e sangramentos , sinais esses que podem regredir espontaneamente. Em alguns casos essas podem regredir para o tamanho do nódulo com apenas presença de bordas elevadas que delimitam a úlcera rasa coberta para um tecido de granulação. Os nódulos podem apresentar-se pigmentados, simulando melanomas. Inicialmente, a invasão tecidual tem o mesmo tamanho do diâmetro do tumor. Ademais, como as lesões costumam ser

Carcinomas

redondas ou ovais, elas devem ser encaradas como esféricas para um tratamento mais efetivo.

2. CBC SUPERFICIAL Apresentam-se como lesões eritematosas, finamente enrugada, com apagamento do relevo normal da epiderme e ulcerações superficiais. Sua forma pode ser arredondada ou irregular, com ou sem limites precisos. Pode ser multifocal, com áreas aparentemente normais intercaladas com áreas de lesão. Tem maior tendência a ocorrer no tronco em áreas de pele não expostas ao sol.

3. CBC INFILTRATIVO

São lesões que não apresentam relevo e possuem grande conteúdo fibrótico. Na maioria das vezes é branca ou amarelada, de consistência endurecida e raramente sangra ou evolui para úlcera. A invasão é mais frequente na derme do que em tecidos subcutâneos, sendo estas mal delimitadas e se assemelha a uma cicatriz esbranquiçada. Deve-se realizar biopsia incisional.

4. CARCINOMA BASOESCAMOSO/ BASOESPINOCELULAR Este tumor apresenta áreas com características de CBC e áreas com características de CEC. É um carcinoma mais agressivo , podendo, em alguns casos, evoluir para quadro de metástase. Mais predominante em homens. Suas lesões predominam em região de cabeça e pescoço apresentam maior índice de recidiva, sendo mais semelhante ao CEC do que ao CBC.

É o 2º tumor cutâneo mais frequente, acometendo mais homens (3:1), sua

incidência vem aumentando nas últimas décadas de forma progressiva e aumenta com o passar dos anos de exposição. Ocorre predominantemente em áreas expostas ao sol, principalmente em região de cabeça e pescoço. Possui maior incidência em áreas do planeta com maior incidência de raios UV (mais próximas da linha do Equador). Sua etiopatogenia se dá a partir da exposição à radiação UV (tanto a UVA quanto a UVB (B tem menor comprimento de onda e é mais carcinogênica), que se associa a lesões no gene supressor p53. Importante lembrar que ele tem efeito cumulativo. Além disso, condições hereditárias que se associam com maior risco são presença de xeroderma pigmentoso e albinismo, sendo mais incidente em indivíduos de pele claro, olhos claros, cabelos loiros e ruivos, indivíduos que exercem atividades ao ar livre. A associação com cicatrizes ou feridas crônicas, como úlceras de Marjolin , que é um CEC que pode se desenvolver a partir destas lesões, podendo surgir após vários anos, metastatizar e cursar com alto índice de mortalidade. O quadro clínico possui morfologia variada, sendo a lesão mais encontrada a ceratose actínica. Além disso, observa-se máculas eritematosas associadas a escamas aderentes com pouca ou nenhuma infiltração. Algumas são pigmentadas e podem ter extensão periférica, já outras podem mostrar hiperceratose (semelhante a corno cutâneo). Por fim, a coloração é semelhante à da pele ou rósea/acastanhada. A lesão inicial é o CEC in situ (formas mais comuns são a Papulose Bowenoide, Doença de Bowen e Eritroplasia de Queyrat). A partir do CEC in situ, a lesão não tratada evolui para CEC invasivo (pápulas ou placas firmes, cor da pele ou róseas, lisas ou hiperceratóticas, quase sempre em áreas expostas ao sol e geralmente ulceradas). Podem ser pruriginosas ou dolorosas, não cicatrizam, sangram ao mínimo trauma.

O seu diagnóstico é semelhante ao do CBC devendo sempre ser realizada a biopsia do local, seja ela incisional ou excisional. Por existirem vários subtipos, algumas lesões menos diferenciadas apresentam menor taxa de sucesso terapêutico, maior chance de metástases e maior incidência de recorrência. Por isso deve ser feito o estadiamento clínico e patológico (quando menor o T, M e N melhor o prognostico e melhor o tratamento para o paciente). O tratamento é cirúrgico, sendo que quando houver cometimento linfonodal considerar o procedimento de linfadenectomia (metástases linfonodais estão associadas a redução expressiva nas taxas de cura). De maneira geral, as margens devem ser de 1 cm. Porém, podem variar de acordo com o grau de diferenciação tumoral e localização da lesão. Como tratamento alternativo existe a radioterapia (indicada como tratamento inicial em casos de que não é possível realizar a cirurgia por algum caso), curetagem e cauterização, criocirurgia, cirurgia micrográfica.