














































































Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Uma descrição histórica e detalhada da carbunculose, uma doença causada pelo bacillo bacillus anthracis. O texto aborda os diferentes períodos da doença, os sintomas associados a cada estágio, as diferentes teorias sobre a origem da doença e os métodos de diagnóstico. Além disso, o documento discute as variedades da carbunculose, como o edema maligno e a febre carbunculosa, e os diferentes tratamentos utilizados na época.
Tipologia: Exercícios
1 / 86
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
■ues
SOBRE O
DISSERTAÇÃO INAUGURAL
APREENTADA Á
Escola Medico-Cirurgica do Porto
S^>
P O R T O TYPOGRAPH1A DE A. E. VASCONCELLOS, SUC. Rua de Sá Noronha, 51 1 9 0 3
D I R E C T O R A N T O N I O J O A Q U I M DE M O R A E S C A L D A S LENTE SECRETARIO
C o r p o G a t h e d r a t i c o Lentes Cnthedraticos 1.* Cadeira —Anatomia descripti- va geral Carlos Alberto de Lima. 2." Cadeira — Physiologia... Antonio Placido da Costa. S." Cadeira—Historia natural dos medicamentos e materia me- dica Illydio Ayres Pereira do Valle. 4." Cadeira — Pathologia externa e therapeutica externa.. 5." Cadeira—Medicina operatória. 6." Cadeira —Partos, doenças das mulheres de parto e dos re- cem-nascidos Cândido Augusto Corrêa de Pinho 7." Cadeira —Pathologia interna e therapeutica interna.. 8.a^ Cadeira—Clinica medica.. 9.a^ Cadeira — Clinica cirúrgica. 10." Cadeira —Anatomia patholo- gica 11." Cadeira —Medicina legal.. 12." Cadeira—Pathologia geral, se- meiologia e historia medica. IH." Cadeira— Hygiene....
Antonio Joaquim de Moraes Caldas. Clemente J. dos Santos Pinto.
Antonio d'Oliveira Monteiro. Antonio d'Azevedo Maia. Roberto B. do Rosário Frias. Augusto H. d'Almeida Brandão. Maximiano A. d'Oliveira Lemos. Alberto Pereira Pinto d'Aguiar. João Lopes da S. Martins Junior. Pharmacia Nuno Freire Dias Salgueiro. Lentes jubilados
Secção medica.^ __
Secção cirúrgica
Secção medica. Secçio cirúrgica
Secção cirúrgica
José d'Andrade Gramaxo. __ Pedro Augusto Dias. ' I Dr. Agostinho Antonio do Souto. Lentes substitutos j José Dias d'Almeida Junior. ' José Alfredo Mendes de Magalhães. i Luiz de Freitas Viegas. I Antonio Joaquim de Sousa Junior. Lente demonstrador
... Vagi,.
meu£ Wac^
A M E U T I O
Vujigario il oão JCj^odrtgues (-Hern'erreira
Tudo o que aqui podésse dizer seria pouco para vos significar a minha profunda amizade e grati- dão, por tantos sacrifícios,
minha
O teu amor e carinho foram o mais pode- roso incentivo para chegar ao termo do meu curso. Acceita, pois, esta prova final como ex- pressão do desejo que sinto de fazer-te feliz.
A M E U S S O G R O S
Procurarei sempre corresponder a tanta bondade e extrema dedicação.
AO EX.mo SNR.
Mil agradecimentos e protestos de esti- ma do seu sobrinho JJOSÉ.
A> ME 31 O BI A
I»E MEU Q U E R I D O IRMÃO
Choro a tua perda.
fios TLL.M 0 3^ E E X , M O S^ S N R S.
(^l/('Lair/.acx f/a Q2^/lata e t/e (^í/(>'Ci:<n/o-í/e
B I S P O DO P O R T O
Sianaf de iiviià-to wfc-pevto e a -iiumeoaua q&attaao.
Aos III.'"^05 e Ex.mos^ Snrs.
Capitão J^ntonio José de Sá Meão Cimentei.
Meão dos Sj^eis. Ouvidor Ddïanoef José Wires. Cónego Cfíristiano de Jesus ^Borges. Vigário ®iniz ^ego da Ponte.
pOMO PROVA DE MUITA CONSIDfcR AÇÃO.
"Escola Medica do Torto
O discipulo g " a t : >.
^os mnn tondisiriplos
De todos conservo gratas recordações.
Aos meus contemporâneos
O carbúnculo ou doença carbunculosa é a infecção produzida pela bacteridia de Da- vaine. E' contagiosa, de natureza gangrenosa, de- primente ou asthenica, communicada, em ge- ral, dos animaes ao homem, revestindo varias formas e d'uma terminação geralmente mortal, quando abandonada a si mesma. A sua denominação, que seria difficil e pouco util substituir por uma outra, repousa sobre um antigo erro de diagnostico, sobre a confusão, commettida pela maior parte dos au- ctores primitivos, entre o carbúnculo propria- mente dito e o anthraz. Esse engano explica-se pelo calor ardente de que se acompanha esta ultima affecção, bem mais do que pela coloração negra, como
27
a existência, na região onde o homem habita, das affecçôes carbunculosas. Sabendo-se que os animaes são a fonte e centro d'irradiaçao da doença, vejamos agora o que a pratica e a sciencia nos ensina da influencia sobre o ho- mem, da edade, sexo, da constituição, da h y - giene privada, da profissão, para contrahir o mal. EDADE — Não ha senão um período da vida, segundo a nossa opinião, que possa ra- cionalmente ser accusado de predispor á affec- çao carbunculosa : é o de maior actividade. Não se veja aqui uma predisposição intrín- seca physiologica, mas uma predisposição, que chamaremos de coincidência, pelo facto das relações maiores que ha entre os indivíduos e os animaes ou seus despojos. Esso período da vida vae dos 18 aos 50 armos; é edade do tra- balho. S E X O — E m idênticas circumstancias, um e outro sexo parece-nos que tem uma aptidão egual para a invasão do carbúnculo. E se é certo que as cstatisticas apontam o homem como mais predisposto para contrahir a doen- ça, é porque elle, mais do que a mulher, está em contacto com os animaes ou seus despojos, origem do mal. CONSTITUIÇÃO — As estatísticas e os aucto- res nada dizem sobre a constituição como causa predisponente para esta doença.
'J 8
Nós cremos, todavia, que devem applicar- se ao carbúnculo os dados geraes da epidemio- logia e da observação medica que nos ensinam, se bem que em principio todos os géneros de constituição são próprios para contrahir as doenças contagiosas e virulentas, que os indi- víduos fracos, debilitados, não deixam de offe- recer uma aptidão mórbida mais pronunciada. HYGIENE PRIVADA. — Os vicios de regimen, exercendo uma influencia das mais decisivas sobre as forças e o desenvolvimento do ho- mem, a joonto de transformar, pela sua accu- mulação e persistência, as condições de boa saúde em um estado opposto, julgamos dever applicar á hygiene privada as mesmas refle- xões que á constituição. PROFISSÃO. — Uni dos meios que mais pre- dispõe o homem a ser contagiado pelo mal, não ha duvida que é o que o approxima pelas suas profissões dos animaes doentes ou seus despojos. Os auctores, entre elles o Dr. Raphael, tem notado que as profissões que mais levam o homem a contrahir a doença, são, pela ordem da frequência, as seguintes: Lavradores, habitantes das provindas,pas- tores, cortidores, carniceiros. E o que dizem os auctores referindo-se ao que se dá no estrangeiro, observa-se também em Portugal.
30
de bastonete até ás formas filamentosas, ex- tremamente longas, onduladas, emaranhadas, torcidas. Tomemos a bacteria do sangue d'uni ani- mal inoculado ou do homem — bastonetes re- ctos, flexiveis, cylindricos, transparentes, immo- veis ; ora separados, ora articulados e dividi- dos por septos transversaes, comprimento de 5 a 6 pi 1 a 1,5 p de largura. CULTURAS — fáceis em todos os meios (cal- do, gelatina, gélose etc.) No caldo, liquido floco- noso em 24 horas, turva depois c acaba em alguns dias por depositar flocos brancos, fi- cando o caldo límpido. Na gelatina liquefal-a em 6 dias ; antes da liquefação forma-se como que uma arvore, cujos ramos partissem da li- nha da picada. Na gélose, feita a cultura em estria, desenvolve-se bem sob a forma de massa branca opaca com bordos dentados. Na batata induto branco, muito espesso com finas dentaduras nos bordos. Levada ao mi- croscópio um pouco da massa, esta mostra que o bacillo perdera já a sua forma primitiva para as formas emaranhadas de que fallei. Além d'isso o bacillo esporulou c mostra d'onde a onde espécies de grãos ovóides, ré- fringentes, d'aspecto brilhante. Ao passo que o filamento se cora muito bem pelas cores usuaes, o esporo não as fixa eguahncnte. Os esporos necessitam de três condições
para a sua formação : presença do oxygenio, temperatura conveniente (entre 16° e 42°) e meio pobre em matérias orgânicas. A influencia da temperatura não é egual no filamento e es- poro ; 58" durante 20 minutos matam os fila- mentos, mas não os esporos ; são precisos mui- tos minutos de ebullição para os destruir. Re- sistem á dissecação, á acção do alcool abso- luto, ao oxygenio comprimido até á maior pressão que se pôde obter (Roger), ao CO^2 e ao acido phenico a 5 °/o- No sangue do animal não ha esporos certamente pela falta de oxy- genio, dizem; mas esse ponto não está estu- dado e muito bem pode ser que outras condi- ções do meio exerçam a sua influencia no sen- tido d'uma vida asporogenica. Formas involutivas apparecem nas velhas culturas. Notável propriedade: póde-se obter uma forma asporogenica definitiva pela addic- ção á cultura de bichromato de potássio ou acido phenico. O sueco gástrico tem acção des- truidora, talvez não contra o esporo. Antagonismos microbianos conheeem-se os de estreptococco, prodigiosus, bacillo de Frie- dlander, pyocyanico. INOCULAÇÕES — ratinho e caviá. Subcutâ- nea, empastamento, edema gelatinoso; morte em 36 lioi-as com lesões de septicomia hemor- rhagica ; sangue agglutinado carregado de ba- ctérias, sobretudo nos animaes.