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Documentação de Referência: Madeira e Marcenaria - NBRs e Definições, Slides de Comunicação

Referências de normas brasileiras (nbrs) relacionadas à madeira e marcenaria, incluindo especificações de madeira nativa e exótica, estanqueidade, resistência e comportamento acústico. Além disso, fornece definições de termos relacionados a portas, esquadrias e marcos.

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Wanderlei
Wanderlei 🇧🇷

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CADERNO DE ENCARGOS SUDECAP
CAPÍTULO 12
MARCENARIA
4ª Edição / Setembro 2019
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CADERNO DE ENCARGOS SUDECAP

CAPÍTULO 12

MARCENARIA

4ª Edição / Setembro 2019

SUMÁRIO

    1. MARCENARIA
    • 12.1. OBJETIVO
    • 12.2. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA
    • 12.3. CONDIÇÕES GERAIS
    • 12.4. DEFINIÇÕES
    • 12.5. PORTAS
    • 12.6. VÃOS DA PORTA
    • 12.7. MARCOS..............................................................................................................................................
    • 12.8. ALIZARES
    • 12.9. FERRAGENS
    • 12.10. CONTROLE
    • 12.11. CRITÉRIOS DE LEVANTAMENTO, MEDIÇÃO E PAGAMENTO
    • 12.12. REFERÊNCIAS

MARCENARIA

madeira de origem nativa via sistema DOF.

Além de atender às exigências legais supramencionadas, deverão ser observados os aspectos referentes à qualidade. Dessa forma, não poderão ser empregadas na estrutura peças de madeira que apresentem defeitos sistemáticos, como esmagamento ou outros danos que possam comprometer a resistência da estrutura, alto teor de umidade, nós soltos ou que abranjam grande parte da seção transversal da peça, rachas, fendas ou falhas exageradas, arqueamento, encurvamento ou encanoamento acentuado, etc. Também deverão ser recusadas peças de madeira que não se ajustarem perfeitamente nas ligações, apresentarem desvios dimensionais ou mostrarem sinais de deterioração por ataque de fungos, cupins ou outros insetos.

Considerando o desempenho, os sistemas de marcenaria devem observar as condições principais de:

 Estanqueidade ao ar: características dos sistemas que devem proteger os ambientes interiores da edificação das infiltrações de ar que possam causar prejuízo ao conforto do usuário e/ ou gastos adicionais de energia a climatização do ambiente, tanto no calor como no frio;  Estanqueidade à água: característica dos sistemas em proteger o ambiente interior da edificação das infiltrações de água provenientes de chuvas, acompanhadas ou não de ventos;  Resistência a cargas uniformemente distribuídas: característica dos sistemas em suportar pressões de vento estabelecidas nas normas técnicas e que têm de ser compatibilizadas pelo projetista, segundo o seu local de uso;  Resistência à operação de manuseio: característica do sistema em suportar os esforços provenientes de operações e manuseio prescrita nas normas;  Comportamento acústico: característica das janelas em atenuar, quando fechadas, os sons provenientes de ambientes externos, compatibilizado com as condições de uso e as normas técnicas.

As esquadrias de madeira e demais serviços de marcenaria deverão ser executados rigorosamente de acordo com as determinações do projeto executivo e seus respectivos detalhes, no que diz respeito ao dimensionamento, funcionamento, localização e instalação.

Toda e qualquer alteração de dimensões, funcionamento etc., quando absolutamente inevitável, deverá contar com expressa autorização da FISCALIZAÇÃO, que consultará o setor responsável pelo projeto arquitetônico.

Sempre que a FISCALIZAÇÃO julgar necessário, caberá à CONTRATADA apresentar uma amostra da peça tipo para ser submetida à aprovação, antes da execução dos serviços.

Todos os serviços de marcenaria deverão ser executados exclusivamente por mão de obra especializada e com a máxima precisão de cortes e ajustes, de modo a resultarem peças rigorosamente em esquadro, com acabamentos esmerados e com ligações sólidas e indeformáveis.

A montagem e a fixação das peças de marcenaria não deverão permitir deslocamentos ou deformações sensíveis, sob a ação de esforços, normais e previsíveis, produzidos por agentes externos ou decorrentes de seu próprio funcionamento.

12.4. DEFINIÇÕES

12.4.1. Portas, Componentes e Acessórios

a. Porta

Conjunto funcional composto de marco, alizar, ferragens, uma ou mais folhas, cuja função é regular a abertura ou fechamento de um vão transitável.

b. Porta de madeira

Conjunto no qual a folha, seu quadro, suas capas e/ou suas almofadas são constituídas por madeira maciça e/ou seus derivados.

c. Acabamento

Qualquer tipo de tratamento ou arremate dado às superfícies da porta, com finalidades estéticas e/ou conservação.

d. Alizar

Régua ou sarrafo utilizado para cobrir a junta presente entre a parede e o marco, emoldurando o vão. O alizar também é conhecido por guarnição, cercadura, cobrejuntas ou mata-junta.

MARCENARIA

e. Bandeira, ou imposta

Esquadria fixa ou móvel, presente na parte superior de algumas portas.

f. Contramarco

Conjunto de peças fixas que, eventualmente, guarnecem o contorno do vão, servindo como elemento de ligação entre a parede e o marco ou como complemento do marco.

g. Ferragens

Conjunto de peças destinadas à sustentação, manobrabilidade e travamento da folha de porta.

h. Folha de porta

Painel móvel de uma porta.

i. Marco

Elemento fixo constituído por ombreiras e travessa, destinado a guarnecer o vão e sustentar a folha de porta. O marco também é designado por diversos outros termos, tais como: aduela, aro, batente, caixão, caixilho, couceira e portal.

j. Vão de porta

Abertura em parede destinada à instalação de porta.

k. Vão livre

Abertura limitada pelas faces internas do marco e pela soleira.

l. Almofada

Peça saliente ou reentrante no corpo da folha.

m. Capa

Cada uma das chapas externas das folhas que determinam as faces da porta.

n. Faixa de borda

Peça com formato de lâmina que, sem ter função resistente, pode eventualmente revestir as bordas de uma folha de porta.

o. Miolo ou núcleo

Material inserido entre as capas da folha com a função de estabilizá-la estruturalmente e, eventualmente, melhorar suas características termoacústicas.

p. Quadro

Armação estrutural periférica de uma folha de porta.

q. Montante

Qualquer uma das barras verticais de um quadro.

r. Montante intermediário

Qualquer barra vertical no interior de um quadro.

s. Travessa

Qualquer barra horizontal de um quadro.

t. Travessa superior

Barra superior do quadro.

u. Travessa inferior

Barra inferior do quadro.

v. Travessa intermediária

Qualquer barra horizontal no interior de um quadro.

w. Reforço

MARCENARIA

d. Porta de entrada

Porta de comunicação entre uma unidade autônoma e a área comum de circulação de uma edificação, abrigada das intempéries.

e. Porta de entrada resistente à umidade

Porta de entrada que separa pelo menos um dos ambientes submetido à ação da umidade.

f. Porta de uso exterior

Porta destinada ao uso no qual há a exposição de uma ou duas de suas faces aos agentes atmosféricos como sol, chuva, neve e raios solares.

g. Porta externa

Porta de comunicação entre o interior de uma edificação e o ambiente exterior, sujeita a intempéries como sol, chuva etc.

12.4.5. Nomenclatura das portas segundo o acabamento

a. Porta acabada

Porta que inclui, no processo de fabricação, o acabamento final de pintura, impregnante ou verniz nas superfícies de todos os seus componentes, apresentando toque suave e delicado em toda a sua superfície.

b. Porta semiacabada

Porta que inclui no processo de fabricação o acabamento parcial de todos os seus componentes. Apresenta toque com leve aspereza devido à presença da primeira demão de tinta, impregnante ou verniz, necessitando lixamento brando e aplicação do acabamento final.

c. Porta não acabada

Porta que não inclui no processo de fabricação qualquer fundo ou primer de proteção ou, ainda, o acabamento de qualquer dos seus componentes. Desta forma ela permite a aplicação de acabamento posterior, sem a necessidade de lixamento prévio antes da aplicação do fundo ou primer de proteção.

12.4.6. Nomenclatura das portas segundo o movimento das folhas

a. Porta de giro ou porta de abrir

Porta cuja folha gira em torno de um eixo vertical posicionado no seu bordo e está fixada no marco, normalmente, através de dobradiças.

b. Porta pivotante

Porta cuja folha gira em torno de um eixo vertical posicionado nas proximidades de uma de suas bordas, fixada no piso e na travessa do marco ou diretamente no montante do marco através de um pivô, de tal forma que, no movimento de rotação da folha, as suas bordas verticais deslocam-se para lados opostos do vão da porta.

c. Porta de correr ou porta deslizante

Porta cuja(s) folha(s) apresenta(m) movimento de translação horizontal no(s) plano(s) da folha.

d. Porta sanfonada

Porta constituída de duas ou mais folhas, articuladas entre si e que apresentam movimentos combinados de rotação e translação, dobrando-se umas sobre as outras. O movimento de translação é limitado por uma guia horizontal.

12.5. PORTAS

12.5.1 Aspecto visual

a. Madeira maciça

Os componentes das portas (marco, alizar e folha) constituídos por madeira maciça devem apresentar aspectos visuais enquadrados dentro dos parâmetros estabelecidos na Tabela 1, verificados a olho nu.

A porta deve estar em condições semelhantes às condições de uso, sob iluminação de 300 lux, e o observador em pé, a 1 m de distância.

MARCENARIA

Tabela 1 - Padrões de aparência para componentes de madeira maciça (Fonte: Adaptado de NBR 15930- 2, 2018).

Características e/ou defeitos

Padrão de aparência C B A Presença de fungos que atacam a madeira Não Não Sim Presença de insetos xilófagos que destroem a madeira Não Não Não

Presença de medula Sim Sim Não Presença de fissura de compreensão Não Não Não Presença de ceme quebradiço Não Não Não Presença de apodrecimento ou ardido Não Não Não

Esmoado ou quina morta aparente Não Não Não Furos de insetos mortos na face aparente (quantidade), com ou sem retoques ¹ Até 7^ Até 3^ Não

Furos de insetos mortos na contraface Sim Sim Sim Bolsas de resina na face aparente (diâmetro inscrito) com ou sem retoques Até 3 cm^ Até 1 cm^ Não

Arrevesso ou grã reversa na face aparente Até 3 % Até 1 % Até 0,5 % Nó firme na face aparente (diâmetro inscrito) ¹ Até 7 cm Até 5 cm Até 3 cm Nó solto ou quebrado (nó morto) Sim Não Não

Rachaduras de topo abertas Sim Não Não Fissuras superficiais abertas na face aparente Sim Não Não Fissuras superficiais na contraface Sim Sim Sim Emenda lateral tipo EGP visível Sim Sim Sim Emenda no comprimento do finger joint visível (^) Sim Não Não

¹ Não aplicável às espécies exóticas decorativas

b. Madeira composta

Os componentes das portas (marco, alizar e folha) constituídos por madeira composta devem apresentar aspectos visuais enquadrados dentro dos parâmetros estabelecidos na Tabela 2, considerando-se os padrões e as características da Figura 1, verificados a olho nu. A porta deve estar em condições semelhantes às condições de uso, sob iluminação de 300 lux, e o observador em pé, a 1 m de distância.

Todos os parâmetros expressos nesta subseção devem estar enquadrados em determinado padrão. Em caso de não atendimento de todos os parâmetros ao padrão pretendido, deve ser estudado o enquadramento em padrão imediatamente inferior e assim sucessivamente, até obter-se total atendimento aos requisitos.

MARCENARIA

conforme exemplo da Figura 2. No caso de armazenamento de peças com dimensões de até 1,50 m, podem ser utilizados elementos de separação como sarrafos, calços de EPS, calços de papelão, calços de espuma e até a própria embalagem pode já conter este elemento de proteção.

Para esquadrias cuja maior dimensão exceda 1,50 m, devem ser previstos apoios sobre três calços espaçados equidistantes entre si, para que a esquadria não sofra esforço de flexão durante o armazenamento.

Figura 2 - Exemplo de armazenamento horizontal de esquadrias (Fonte: Adaptado de NBR 10821-5, 2017).

Na vertical, as esquadrias devem ter apoio total, com ângulo de aproximadamente 15º em relação à vertical, afastadas do chão, sem empilhamento adicional, com proteção para evitar contato de fechos, dobradiças e fechaduras com os requadros, conforme modelo da Figura 3. Podem ser utilizados elementos de separação como sarrafos, calços de EPS, calços de papelão, calços de espuma e até a própria embalagem poderá conter este elemento de proteção, observando-se que as esquadrias devem ser posicionadas das dimensões maiores para as menores.

Figura 3 - Exemplo de armazenamento vertical de esquadrias (Fonte: Adaptado de NBR 10821-5, 2017).

MARCENARIA

12.5.3. Folha de porta

Os principais tipos padronizados de núcleo de porta, material ou produto presente no interior da folha da porta plana, com a função de estruturar as contracapas e, eventualmente, adequar seu desempenho, são apresentados nas Figuras 4 e 5 a seguir.

Legenda:

A - Núcleo do tipo sarrafeado de madeira

B - Núcleo do tipo colmeia de madeira

C - Núcleo do tipo colmeia de papel

Figura 4 - Tipos de núcleos vazados de porta (Fonte: Adaptado de NBR 15930-1, 2011).

MARCENARIA

Tabela 3 - Medidas padronizadas para as folhas das portas internas (segundo sua massa) (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Descrição

Dimensões das folhas das portas internas para os padrões (mm)

Leve Acima de 6 kg/m² até 10 kg/m²

Médio Acima de 10 kg/m² até 20 kg/m²

Pesado Acima de 20 kg/m² até 3 0 kg/m²

Espessura 35 35 40 40 45

Altura 2100 2100

Largura

Tabela 4 - Medidas padronizadas para as folhas das portas de entrada e externas (segundo sua massa) (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Descrição

Dimensões das folhas das portas de entrada e externas para os padrões (mm) Médio Acima de 10 kg/m² até 20 kg/m²

Pesado Acima de 20 kg/m² até 30 kg/m²

Superpesado Acima de 30 kg/m²

Espessura 35 40 40 45 45 50

Altura 2100

Largura

MARCENARIA

12.5.4. Kit porta

A Tabela 5 apresenta o dimensionamento e as tolerâncias para o kit porta de giro com 1 folha, com dobradiças e fechadura embutidas. As Figuras 6 a 11 apresentam o detalhe dos espaçamentos e a Figura 12 as dimensões do kit porta.

Tabela 5 - Dimensionamento padronizado para o kit porta de giro com 1 folha (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Descrição

Dimensionamento e tolerâncias para o kit porta de giro com 1 folha, para os padrões (mm)

Leve Médio Pesado Superpesado

Largura do kit (Lk) L + 45 L + 55 L + 65 Altura do kit (Hk) H + 30 H + 35 H + 40 Espaçamento padronizado entre a folha e a travessa do marco (Figura 6 )

Espaçamento padronizado entre a folha e a soleira do piso seco acabado (Figura 7 )

Espaçamento padronizado entre a folha resistente à umidade e o piso seco com desnível de 10mm para o piso molhado ou molhável (Figura 8 )

Espaçamento padronizado entre a folha resistente à umidade e o piso molhado ou molhável (Figura 9 )

Espaçamento padronizado entre a folha e o piso, para ventilação mecânica (Figura 10 ) 27

Espaçamento total padronizado entre a folha e o montante (Figura 11 )

Tolerância  2

Figura 6 - Detalhe esquemático de espaçamento entre a folha e a travessa do marco - Sem escala (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

MARCENARIA

Figura 10 - Detalhe esquemático de espaçamento entre a folha e o piso para ventilação mecânica - Sem escala (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Figura 11 - Detalhe esquemático de espaçamento entre a folha e o montante do marco - Sem escala. (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Figura 12 - Detalhe esquemático com dimensões do kit porta de giro com 1 folha (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

MARCENARIA

12.6. VÃOS DA PORTA

O dimensionamento e as tolerâncias para os vãos da porta de giro com 1 folha fixada mecanicamente com parafusos devem atender ao especificado na Tabela 6, observando o padrão do kit porta. A figura 13 a seguir apresenta a representação de vão da porta com o alizar.

Figura 13 - Detalhe esquemático de vão da porta com a espaleta dos alizares (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Em caso de emprego de kit porta resistente ao fogo, conforme NBR 15281, a utilização destes mecanismos de fixação e das respectivas dimensões padronizadas é compulsória. A figura 14 apresenta a representação de vão da porta.

Figura 14 - Detalhe esquemático de vão da porta. (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

MARCENARIA

Tabela 7 - Medidas padronizadas para os marcos de madeira das portas de giro (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Descrição Tipologia do marco

Dimensões do marco para os padrões (mm) Leve Médio Pesado Superpesado

Espessura da alma dos montantes e travessa(s) do marco (E)

Com rebaixo 30 35 45 50

Com ressalto 20 25 30 30

Largura do rebaixo ou do ressalto do marco (P)

Com rebaixo Espessura da folha + 2 mm; em caso de emprego de Com ressalto^ amortecedor, deve-se somar a sua espessura

Profundidade do rebaixo ou do ressalto do marco (e)

Com rebaixo 10 10 15 20

Com ressalto 10 10 15 20

Largura dos montantes e travessa do marco (L)

Padrão (mínimo)

Marco envolvente

Deve acompanhar a largura nominal prevista para a parede respeitando o padrão mínimo

Marco não envolvente Deve atender ao padrão mínimo

NOTA: Em função da variação da densidade da madeira do marco, para atingir o desempenho de uma classe do marco, pode haver necessidade de aumentar seu dimensionamento para a classe seguinte, sem alterar a classificação requerida inicialmente (conforme NBR 15930-2).

A Figura 15 abaixo apresenta detalhes esquemáticos para marcos de madeira em portas de giro.

Figura 15 - Detalhe esquemático de marcos de madeira das portas de giro - Sem escala (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

12.8. ALIZARES

Os alizares deverão ser instalados com afastamento absolutamente constante e não superior a 5 mm com relação às arestas longitudinais externas dos batentes; os encontros entre alizares horizontais e verticais deverão ser executados em meia-esquadria perfeita.

A fixação dos alizares deverá ser efetuada com pregos sem cabeça, convenientemente repuxados e emassados ou recobertos com cera, conforme tipo de acabamento previsto.

As dimensões dos alizares planos encontram-se na Tabela 8. O vão da porta deve conter as espaletas necessárias para os respectivos alizares (ver Figura 13), quando o alizar for requisito de desempenho da porta.

MARCENARIA

Tabela 8 - Dimensões padronizadas para os alizares (Fonte: Adaptado de NBR 15930-2, 2018).

Descrição

Dimensões dos alizares planos para os padrões (mm) Leve Médio Pesado Superpesado

Largura 40 50 60 70 Espessura 8 10 12 15 Tolerância  1

12.9. FERRAGENS

 As ferragens para esquadria de madeira deverão ser de primeira qualidade, com funcionamento preciso, acabamento esmerado, características gerais integralmente de acordo com as presentes especificações ou com as especificações do projeto executivo.  Na instalação e fixação das ferragens, os rebaixos, desbastes e furações deverão apresentar forma e dimensões exatas, não sendo permitidas instalações forçadas, ou instalações com folgas excessivas, que exijam correções posteriores com massa, lascas de madeira ou outros artifícios, especialmente em se tratando de esquadrias com acabamento em cera ou verniz.  Antes da execução dos serviços de pintura, enceramento ou envernizamento das esquadrias de madeira, todas as ferragens deverão ser devidamente protegidas, sendo vedada a aplicação de tinta ou verniz em qualquer tipo de ferragem.  Não será permitida a fixação de fechaduras e/ou dobradiças com o uso de pregos, mas sim com parafusos auto-atarrachantes para madeira, em número, dimensões e acabamento adequado a cada caso ou circunstância, em conformidade com o detalhamento executivo e especificações do fabricante ou do projeto arquitetônico.  As dobradiças de aba deverão ser de aço laminado (com eixo, bola e eventuais anéis de reforço, em latão), fabricadas estritamente de acordo com as determinações da NBR 7178, com furação escareada para três parafusos, acabamento cromado e dimensões compatíveis com os esforços previstos.  As fechaduras deverão atender às especificações do projeto de arquitetura e em especial à NBR

 Os parafusos devem ser do tipo aço para madeira.

12.10. CONTROLE

A FISCALIZAÇÃO deverá verificar:

 Se as ferragens (dobradiças, maçanetas, trincos, puxadores, fechaduras, entre outros) aplicadas estão em conformidade com as especificações estabelecidas no memorial descritivo e se suas instalações estão sendo feitas com parafusos e ferramentas apropriados, de forma a apresentar acabamento adequado, observando os rebaixos ou encaixes para as dobradiças, fechaduras, chapas testas e outros componentes;  Se no assentamento das esquadrias estão sendo atendidos o alinhamento, prumo e nivelamento indicados no projeto;  Se há vulnerabilidade nas juntas entre as esquadrias e a alvenaria de modo comprometer a sua qualidade, desempenho e estanqueidade. Para este último, pode-se utilizar jato d’água sobre a esquadria instalada e acabada;  Por meio de instrumento de aferição (trena ou paquímetro), se a largura do batente (marco) da esquadria e a espessura dos perfis que a compõem estão em conformidade com o especificado em projeto;  Se junto às esquadrias há pingadeiras ou dispositivos similares que garantam a perfeita estanqueidade do conjunto, impedindo a penetração de águas pluviais, conforme indicado no projeto arquitetônico;