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Guias e Dicas
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Evangelho Completo - São Mateus: Revelação e Conquista do Reino de Deus, Slides de Materiais

Neste texto, encontramos uma reflexão sobre a importância da palavra de deus na vida dos cristãos e na conquista do reino de deus. O autor enfatiza a importância de se confesar os pecados, amar a deus acima de tudo, lutar contra as paixões e perdoar. Ele também destaca a importância da simplicidade e da humildade na busca da palavra de deus. O texto também aborda a importância da caridade e da santificação do domingo, o dia do senhor.

O que você vai aprender

  • Como se conquista o Reino de Deus?
  • Qual é a importância da Palavra de Deus na vida dos cristãos?
  • Qual é a importância da simplicidade e da humildade na busca da Palavra de Deus?
  • Que atitudes devem ser adotadas para conquistar o Reino de Deus?
  • Quais são as lições de vida que podemos extrair deste texto?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jose92
Jose92 🇧🇷

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EVANGELHO COMPLETADO - SÃO MATEUS CAPÍTULO 11
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CAPÍTULO 11
Mt 11,1-11
O Batista
(cf. Lc 7,18-35)
(1)
Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze apóstolos, partiu dali a
fim de ensinar e anunciar a Boa-Nova nas outras cidades da Galiléia, de onde eram
os astolos.
(2)
Ora, João Batista fora encarcerado por Herodes Antipas na prisão
do castelo de Maqueronte (hoje Makaur, situado num rochedo a leste do mar Morto.
Podia ser visitado pelos amigos.) Ouvindo falar tanto dos prodígios realizados por
Jesus, mesmo do fundo da masmorra continuou a cumprir sua missão de precursor
do Messias, enviando uma delegação de seus discípulos para perguntar oficialmente
a Jesus:
(3)
o s enhor o Messias que deve vir ou devemos esperar por outro?"
João, embora estranhasse as atitudes humildes de Jesus, estava s eguro da
messianidade dEle (cf. Mt 3,16-17; Jo 1,29-34). Mas os discípulos do precursor
duvidavam, por ciúme e porque Jesus se apresentava de maneira tão diferente do
poderoso Messias que todos esperavam como libertador da dominação romana.
Agora João lhes proporciona oportunidade de superarem as idéias correntes acerca
do Messias, vendo as coisas com os próprios olhos.
(4)
Jesus, que tinha acabado de
realizar muitas curas, mostrou à delegação do Batista que o que eles acabavam de
ver era exatamente o que Isaías (cf. 35,1-6; 61,1) vaticinou do Messias. Disse-lhes:
"Voltem e contem a João o que vocês acabaram de ver e ouvir aqui (cf. Lc 7,21), isto
é, as obras que segundo Isaías inauguram a era messiânica:
(5)
os cegos recuperam
a vista, os aleijados andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem (cf. Is 29,18-
19), os mortos ressuscitam (cf. Lc 7,14-15) e aos pobres é anunciada a Boa-Nova do
Reino de Deus, o Evangelho.
(6)
E feliz de quem não perde a confiança em Mim nem
se abala na vendo-Me na humildade, na pobreza, na condenação, ao invés da
grandeza, da glória e poder de dominação, como esperavam os judeus".
(7)
A
multidão que ouviu a pergunta da embaixada do Batista poderia crer que também
ele estivesse agitado pela dúvida. Para desfazer semelhante suspeita, logo que os
enviados partiram, começou Jesus a falar de João, enaltecendo seu caráter enérgico
e intrépido, sua vida austera e penitente, com sua prerrogativa de maior profeta:
"Que foram ver vocês no deserto? Um homem sem convicções e inconstante como
caniço agitado pelo vento?
(8)
Mas que foram ver? Um homem efeminado e vestido
com roupas de luxo? Mas os que trajam vestes finas estão nos palácios e não no
deserto.
(9)
Afinal, para que foram lá? Para ver um profeta? Sim, lhes digo Eu, e mais
que um profeta.
(10)
Porque é esse realmente o precursor vaticinado assim por
Malaquias (cf. 3,1): 'Eu envio Meu mensageiro à Sua frente, ó Messias, para
preparar-Lhe o caminho de chegar aos homens!
(11)
Em verdade lhes digo que, entre
os nascidos de mulher e investidos de especial missão profética (cf. Lc 7,28), não
surgiu no passado nenhum com missão maior que a do Batista, porque os demais
anunciaram um Messias futuro, enquanto este O mostrou a dedo aos seus
contemporâneos. Não obstante, uma pessoa, mesmo sendo a última em dignidade
na nova condição da graça concedida pela fé no Messias, está num plano superior e
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CAPÍTULO 11

Mt 11,1- O Batista (cf. Lc 7,18-35) (1) Quando Jesus acabou de dar essas instruções aos doze apóstolos, partiu dali a fim de ensinar e anunciar a Boa-Nova nas outras cidades da Galiléia, de onde eram os apóstolos. (2) Ora, João Batista fora encarcerado por Herodes Antipas na prisão do castelo de Maqueronte (hoje Makaur, situado num rochedo a leste do mar Morto. Podia ser visitado pelos amigos.) Ouvindo falar tanto dos prodígios realizados por Jesus, mesmo do fundo da masmorra continuou a cumprir sua missão de precursor do Messias, enviando uma delegação de seus discípulos para perguntar oficialmente a Jesus: (3) "É o senhor o Messias que deve vir ou devemos esperar por outro?" João, embora estranhasse as atitudes humildes de Jesus, estava seguro da messianidade dEle (cf. Mt 3,16-17; Jo 1,29-34). Mas os discípulos do precursor duvidavam, por ciúme e porque Jesus se apresentava de maneira tão diferente do poderoso Messias que todos esperavam como libertador da dominação romana. Agora João lhes proporciona oportunidade de superarem as idéias correntes acerca do Messias, vendo as coisas com os próprios olhos. (4) Jesus, que tinha acabado de realizar muitas curas, mostrou à delegação do Batista que o que eles acabavam de ver era exatamente o que Isaías (cf. 35,1-6; 61,1) vaticinou do Messias. Disse-lhes: "Voltem e contem a João o que vocês acabaram de ver e ouvir aqui (cf. Lc 7,21), isto é, as obras que segundo Isaías inauguram a era messiânica: (5) os cegos recuperam a vista, os aleijados andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem (cf. Is 29,18- 19), os mortos ressuscitam (cf. Lc 7,14-15) e aos pobres é anunciada a Boa-Nova do Reino de Deus, o Evangelho. (6) E feliz de quem não perde a confiança em Mim nem se abala na fé vendo-Me na humildade, na pobreza, na condenação, ao invés da grandeza, da glória e poder de dominação, como esperavam os judeus". (7) A multidão que ouviu a pergunta da embaixada do Batista poderia crer que também ele estivesse agitado pela dúvida. Para desfazer semelhante suspeita, logo que os enviados partiram, começou Jesus a falar de João, enaltecendo seu caráter enérgico e intrépido, sua vida austera e penitente, com sua prerrogativa de maior profeta: "Que foram ver vocês no deserto? Um homem sem convicções e inconstante como caniço agitado pelo vento? (8) Mas que foram ver? Um homem efeminado e vestido com roupas de luxo? Mas os que trajam vestes finas estão nos palácios e não no deserto. (9) Afinal, para que foram lá? Para ver um profeta? Sim, lhes digo Eu, e mais que um profeta. (10) Porque é esse realmente o precursor vaticinado assim por Malaquias (cf. 3,1): 'Eu envio Meu mensageiro à Sua frente, ó Messias, para preparar-Lhe o caminho de chegar aos homens! (11) Em verdade lhes digo que, entre os nascidos de mulher e investidos de especial missão profética (cf. Lc 7,28), não surgiu no passado nenhum com missão maior que a do Batista, porque os demais anunciaram um Messias futuro, enquanto este O mostrou a dedo aos seus contemporâneos. Não obstante, uma pessoa, mesmo sendo a última em dignidade na nova condição da graça concedida pela fé no Messias, está num plano superior e

acima da mais excelsa missão que existia no Antigo Testamento, mesmo a do Batista, porque irá tornar conhecido o Cristo que já veio, dando a posse do que as profecias prometiam". Questionário Quantos discípulos João mandou? Lc 7,18 diz "dois". João duvidou de Jesus? No batismo de Jesus, João teve certeza da messianidade do Mestre, porque viu o Espírito Santo vir sobre Ele e ouviu a vo z do Pai apresentando-O como Filho amado (cf. Mt 3,16-17). Logo depois, teve a oportunidade de dar um testemunho oficial diante das autoridades religiosas de Jerusalém, afirmando que Jesus daria um batismo no Espírito Santo e que era o "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1,29-34), pecado que é a ausência de Deus no coração. Mas os discípulos de João duvidavam, por ciúme (cf. 9,14; Jo 3,28) e porque a idéia formada era a de um Messias poderoso guerreiro, enquanto Jesus se apresentava tão diferente, tão simples e humilde. João então mandou essa delegação para que se convencesse da verdade, vendo e ouvindo. v. 10 - Que profeta Jesus está citando? Ml 3,1. v. 11a - Em que o Batista é maior que os grandes homens do passado? Aqui Jesus está falando dos profetas do Antigo Testamento. Ora, todos eles anunciaram um Messias distante, enquanto 1) o Batista preparou imediatamente o povo, através da purificação da consciência, a acolher o Messias; 2) só João O apontou a dedo, mostrando ao povo a pessoa física de Jesus; 3) João O batizou e deu dEle testemunho pessoal (cf. Jo 1,29-34). v. 11b - Em que podemos superar o Batista? A maior missão recebida por alguém no Antigo Testamento foi a de João: preparar, purificando o coração dos homens, para acolherem o Messias e mostrá-lO concretamente. Agora que Jesus veio, o acolhê-lO no coração pela fé e batismo, o vi ver intimamente unido a Ele é uma elevação que faz o homem ser mais do que se fosse o maior profeta; é ter a posse do que os antigos tinham como promessa futura. Trata-se do mistério da graça que nos torna filhos adotivos de Deus, irmãos do Cristo que devemos tornar conhecido, e nos possibilita alimentar-nos de Sua Palavra e do Pão da Eucaristia. É assim que a lei da graça supera a do Sinai, e que o Novo supera o Antigo Testamento. v. 11 c - Então, que valeu a Redenção para os do Antigo Testamento? Realizada a obra da Redenção, a graça de Jesus atingiu e elevou todos os que no Antigo Testamento morreram em paz com Deus. Portanto, estendeu-se também ao Batista, que, pela grandeza de suas virtudes, se pôs muito acima de nós nascidos cristãos. Quando Jesus voltou ao Pai depois de ressuscitado, levou Consigo todos os que viveram com Deus desde o início da humanidade, agora

profeta que fecha o Antigo Testamento, o mostrou presente aos olhos de todos. (14) Apoiados na profecia de Ml 3,23, vocês dizem que a vinda do Messias será precedida pela do profeta Elias, que viveu há nove séculos (cf. 1Rs 17-19; 2Rs 1-2). Posso dizer-lhes que essa profecia já se realizou na pessoa de João Batista, que veio (cf. 17,2) com o zelo e a virtude do primeiro Elias (cf. Lc 1,17). (15) Se quiserem crer em Mim, João Batista é o Elias, não em sentido próprio (cf. Jo 1,21), mas figurado, um novo Elias realmente precursor do Messias. (15) Procurem entender bem tudo o que lhes digo". (15) "A quem hei de comparar esta gente de hoje? Parecem essas crianças que brincam nas praças, imitando cerimônias nupciais ou fúnebres. Um grupo sentado toca flauta, como num casamento, convidando os outros a dançar, mas estes se recusam. Então os primeiros passam a entoar cantos de luto, convidando os companheiros a lamentar como as carpideiras profissionais, mas nem assim são correspondidos. (17) Então o grupo que anima a brincadeira se queixa da recusa: 'Tocamos flauta, e vocês não dançaram. Cantamos lamentações, e vocês não choraram. Se não sai a brincadeira, é porque vocês não querem!' (18) Esta geração está se comportando com a mesma leviandade infantil. Vejam só: veio João Batista convidando todos à conversão e dando exemplo de austeridade pessoal na comida e bebida, e o chamaram de fanático endiabrado. (19) Veio o Filho do Homem se adaptando à vida de todos, comendo e bebendo segundo o costume do tempo, e não obstante procuram pretextos para não ouvir a Sua doutrina, dizendo: 'É um glutão, um beberrão, amigo dos publicanos e pecadores'. Assim aniquilam o plano de Deus sobre si mesmos" (cf. Lc 7,30). Mas, apesar dessa recusa acintosa dos fariseus, a sabedoria dos desígnios de Deus, que quis inaugurar na terra o Seu Reino por João e Jesus, foi reconhecida justa pelos seus resultados, pois tanto a austeridade de João levou os homens à penitência como a bondade de Jesus atraiu os pecadores ao Reino de Deus. Questionário v. 12 - O Reino dos céus sofre violência. Como? Não é a violência contra os outros, mas contra si mesmo. Enquanto era "o tempo das profecias" (cf. v. 13), a vinda do Reino de Deus na terra, através do Messias, se apresentava longe. Agora, porém, João anuncia o Reino presente na pessoa do Messias. Conseqüentemente, urge que todos façam violência a si próprios confessando seus pecados (cf. 3,6), convertendo-se (cf. 3,8), separando o trigo do joio (cf. 3,12), perdoando (cf. 6,14), amando a Deus mais do que aos pais e aos filhos (cf. 10,37), perdendo a mão, o pé e o olho, antes que perder a fé (cf. 18,8- 9), amando o inimigo (cf. Lc 6,27), não julgando (cf. Lc 6,37), renunciando a si mesmo e tomando a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23), o que significa: mudando o modo de pensar e de agir. v. 16-17 - Que sentido tem a comparação com as crianças? Um grupo de crianças não aceita nenhum tipo de brincadeira. Os fariseus têm semelhante atitude: não aderem a João porque chama a uma penitência severa, nem a Jesus com Sua doutrina mais suave. Só que as crianças brincam sem conseqüência, ao passo que os fariseus rejeitam os meios de salvação propostos por João e Jesus. Os chefes judeus não querem desfazer-se da própria auto-

suficiência. Com a lei de Moisés e o privilégio da descendência de Abraão, não necessitam de mais ninguém. Por que se submeter à supérflua penitência de João? E por suas concepções messiânicas deformadas, nunca aceitarão Jesus, amigo dos pecadores e desrespeitador das tradições. É a obstinação e endurecimento do coração. Nada faz crer quem não quer crer. v. 19 - Que significa "a sabedoria revelou-se justa por suas ob ras"? É uma das sentenças difíceis da Escritura. Significa: a sabedoria do desígnio de Deus, escolhendo inaugurar o Seu Reino na terra por meio dos métodos de João e de Jesus, revelou-se acertada e perfeita pelos seus resultados: muita gente aderiu à penitência de João e, em seguida, acolheu no coração a mensagem evangélica de Jesus. Lições de vida Os fariseus tinham sua falsa segurança no fato de serem descendentes de Abraão, mas não viviam como filhos de Abraão. Assim, não nos basta ser cristãos, ser batizados; é necessário viver como cristão, como batizado. O cristão é sinal vivo do contraste com o ambiente onde reina a desordem, porque encontra a oposição dos que se dão bem com ela, aniquilando o plano de Deus. Oração Senhor, tendo consciência de minhas fraquezas, peço me conceda o espírito de renúncia, de sacrifício, de audácia na profissão da minha fé, de luta contra as paixões, para que o Reino de Deus conquiste inteiramente o meu coração, fazendo mudar meu modo de pensar e de agir de acordo com as exigências do Evangelho. Livre-me, Senhor, da auto-suficiência, da obstinação e endurecimento do coração. Que eu não me contente com ser cristão, mas que me empenhe em viver como cristão para honrar o meu batismo e o nome do meu Deus. Amém. Mt 11,20- Cidades impenitentes (cf. Lc 10,13-15) (25) Jesus oferecia as provas mais convincentes de Sua missão divina predita pelos profetas. Começou então a censurar duramente as cidades onde tinha realizado a maior parte dos milagres, sem que se convertessem: (21) "Ai de você, cidade de Corazin! Ai de você, cidade de Betsaida Júlia! Se em Tiro e Sidônia, pagãs de costumes corrompidos, tivessem sido feitos os milagres que vocês do povo eleito viram, há muito tempo teriam demonstrado arrependimento, usando cilício, isto é, aquela veste grosseira a modo de saco, como nos dias de luto (cf. 2Rs 13,19), e derramando cinza na cabeça em sinal de pesar (cf. Jn 3,6). (22) Por isso lhes declaro

Questionário v. 21 - Situe Corazim e Betsaida. Nome que só aparece aqui e em Lc 10,13, Corazim (hoje Khirbet Kerazeh), segundo o historiador Eusébio († 340), situa-se 3 km a norte de Cafarnaum (hoje Tell Hum). Betsaida (que significa Casa da Pesca, chamada hoje Khirbet el Arag) fica na embocadura oriental do rio Jordão, ao norte do lago de Tiberíades, na Galaunítide. Herodes Filipe a reedificou no ano 2 a.C. e lhe deu o nome de Betsaida Júlia, em homenagem à filha de César Augusto de Roma. Tiro e Sidônia são cidades fenícias na costa mediterrânea, célebres pelo comércio florescente, pela opulência e soberba. v. 23 - Sab e como se cumpriu essa dura profecia? Essa sentença é como a do rei de Babilônia em Is 14,13-15. Pela história, sabemos que Cafarnaum foi inteiramente destruída por violento terremoto no ano

  1. Jesus, durante Sua vida, tinha feito de Cafarnaum o centro da irradiação evangélica e de milagres. Hoje restam da cidade apenas centenas de colunas de basalto (pedra preta mais forte que o granito). v. 25 - Quem são esses "sáb ios e entendidos" e que são "estas coisas"? Consideravam-se sábios e entendidos os mestres religiosos daquele tempo. Pela auto-suficiência e orgulho de seus conhecimentos bíblicos, resistiam obstinadamente aos ensinamentos de Jesus. Deus não os excluiu do chamamento à fé. Eles é que se fecharam, confiando unicamente em suas idéias. Jesus, aqui, mostra que o caminho único para alguém se abrir à Palavra de Deus é a simplicidade, o ser pequeno. "Estas coisas" são os ensinamentos de Jesus, particularmente os mistérios do Reino de Deus (cf. 13,11). "Pequenos" são os apóstolos e os simples do povo. v. 27 - Que é esse "tudo"? Esse "tudo" indica o que é próprio da essência divina: a natureza de Deus, Seus atributos, Suas perfeições infinitas. Também a faculdade de dar a graça do conhecimento do Pai. Na Bíblia, o conhecimento não é apenas intelectivo, mas supõe íntima familiaridade e amor de posse. v. 28 - Que são esses fardos? São o peso das próprias falhas, são as aflições da vida, as interpretações arbitrárias da lei antiga. "As outras cargas oprimem, a carga de Jesus alivia. As outras têm peso, as de Jesus, asas. Se alguém tira as asas ao pássaro, diminui-lhe o peso, mas prende-o à terra. Devolva-lhe o peso das asas, e ele voará" (S. Agostinho). v. 30 - Que são o jugo e o peso? Jugo é a lei, os preceitos que alguém abraça. Peso é a disciplina inerente ao serviço de Deus.

Lições de vida v. 20 - É lamentável o endurecimento do coração diante da doutrina e dos milagres de Jesus, suficientes para revelar a origem divina do seu Autor. "O coração do insensato é como um cântaro lascado: nada retém da Sabedoria" (cf. Eclo 21,27). A ameaça que pesa contra as cidades impenitentes atinge também a pessoa que resiste aos apelos de conversão, mandados por Deus diretamente, à consciência, ou indiretamente, através de pessoas de bem. Se no milagre não se vê o sinal de Deus, ele ao menos deve suscitar inquietações e o desejo de saber quem é Jesus. O milagre reforça a fé ou a incredulidade (cf. Jo 12,37). v. 25-30 - Esse arroubo do Coração de Jesus é a pérola mais preciosa do Evangelho de Mateus. No versículo 25, Jesus atribui ao Pai a revelação de Seu mistério pessoal feita aos humildes. No versículo 27, Ele revela que pode dar-nos a conhecer os mistérios do Pai. Isso mostra a identidade de natureza do Pai e do Filho. "Conhecer" na Escritura é muito mais do que um conhecimento intelectual, resultado de reflexões mentais, é uma apropriação amorosa, em que coração, vontade e inteligência participam em proporções iguais. Conhecer e amar unificam- se. Só as pessoas da Trindade se conhecem assim. O que Jesus conhece do Pai quer passá-lo adiante para dilatar o Reino de Deus. É Sua missão. v. 30 - O jugo das exigências do Evangelho adapta-se bem à condição humana. Não fere o homem que vive a dedicação e o amor (cf. 1Jo 5,3). O jugo de Jesus é fonte de consolação e paz interior! Oração Senhor, que eu não crie obstáculos às graças e luzes a mim concedidas pela liberalidade divina. Uma dessas graças singulares é o conhecimento dos mistérios do Reino de Deus, que muitos sábios ignoram e que muitos grandes do mundo não compreendem. Jesus, eu não mereço, mas, porque sei que toda a graça é imerecida, ouso pedir me conceda ir crescendo sempre mais no conhecimento e amor do Pai. Senhor, que eu saiba praticar de coração a lei do amor como jugo suave, e que me seja fonte de consolação e paz interior o viver manso e humilde de coração. Que os santos mandamentos sejam asas para eu voar seguro no seguimento do Senhor. Amém.

Questionário v. 1 - Que lei permitia esse gesto dos discípulos? Dt 23,25: "Quando entrares na seara de trigo do teu próximo, poderás colher espigas com a mão, mas não usarás a foice ". v. 2 - Que é que os fariseus estão condenando nos apóstolos? A condenação não se funda no roubo ou no comer, mas, como a lei (cf. Ex 34,21) proibia qualquer trabalho, como o amanho da terra e as colheitas, para os fariseus apanhar umas espigas no sábado era trabalho de colheita, segundo eles proibido. Chegaram a elencar 39 espécies de trabalhos ilícitos, até ninharias, como dar ou desatar o nó de uma corda, apagar uma lamparina, cozinhar um ovo, levar qualquer objeto para fora de casa, fosse ainda um figo seco, salgar comida. Assim tornavam a lei um peso insuportável. v. 3-4 - Onde se encontra essa passagem de Davi? Em 1 Sm 21,2- v. 4 - Que eram os pães da proposição ou oferta? Eram 12 pães de trigo, postos sobre uma mesa de ouro diante do tabernáculo do Templo, como homenagem perpétua das doze tribos de Israel a Deus, que da terra faz brotar o alimento para a vida humana (cf. Ex 25,30; Lv 24,5-9). Renovados todos os sábados, eram consumidos só pelos sacerdotes no recinto do Templo. v. 5 - Que violação do sáb ado praticavam os sacerdotes no Templo? Coleta das ofertas; limpeza dos vasos sagrados; matar as vítimas dos sacrifícios (cf. Nm 28,9), esquartejá-las, dispô-las sobre o braseiro... v. 7 - O autor dessa citação b íb lica? Os 6,6. Lições de vida Nesse caso dos discípulos e no de Davi, Jesus nos deixa importante ensinamento: uma lei positiva deixa de obrigar quando conflita com a lei natural da conservação da vida ou da caridade. (Lei negativa é a que proíbe, como por exemplo "não matar".) Mais vale a obra de misericórdia ou o exercício da caridade em favor do necessitado, do que o puro rito do culto sem os bons sentimentos do coração. Para os judeus nada existia maior que o Templo e que o sábado. Jesus, declarando-se maior que o Templo e que o sábado, está se apresentando como Deus, o que para os fariseus era uma blasfêmia passível de morte. Oração Senhor, que eu aprenda a grande lição da caridade, que Deus aprecia mais que o culto; a lição das obras de

misericórdia, que já por si mesmas se constituem no mais elevado culto a Deus. Que eu saiba santificar o nosso dia do Senhor, o domingo, valorizando aquela hora do nosso encontro na Eucaristia, destinada a glorificarmos o Pai, a abastecermos nossa mente com a Palavra de Deus, a fortificarmos a fé na comunhão do Corpo do Senhor ressuscitado, a sentirmos o calor da união fraterna dos cristãos e a aprendermos sempre mais a doar o melhor de nós mesmos. Que a nossa missa seja a grande experiência de Deus, que renova nossa alegria de viver. Amém. Mt 12,9- Mão seca. Sentido do dia santificado (cf. Mc 3,1-6; Lc 6,6-11) (9) Poucos dias depois, Jesus entrou na sinagoga deles em dia de sábado. (10) Estava lá um homem com a mão direita atrofiada. Os fariseus, no intuito de O acusarem, prevendo outro milagre, perguntaram-Lhe: "É lícito curar alguém em dia de sábado?" De acordo com suas interpretações da lei, não era permitido ao médico, num sábado, encanar uma perna quebrada nem deitar um medicamento num membro ferido. Só abriam exceção em perigo de morte. (11) Jesus replicou-lhes com um argumento contundente, mostrando-lhes a contradição consigo mesmos e a incoerência da vida: "Quem de vocês, camponeses, se tiver uma só ovelha e esta cair num fosso, não a irá procurar e tirar fora, mesmo que seja sábado? (12) Ora, um ser humano não vale muito mais que um animal?! Sim, respondo, é lícito no sábado não só curar, mas em geral praticar o bem". (13) Então disse com firmeza àquele homem: "Estenda a sua mão". Ele a estendeu com naturalidade, porque ela imediatamente ficou tão sã quanto a outra. (14) Mas os fariseus, irredutíveis no preconceito contra Jesus, não tendo como afirmar que uma palavra é trabalho e diante da evidência de que Jesus mostrou-se Senhor do sábado, saíram dali, e, num conciliábulo, tramaram um meio de matá-lO, porque Ele revolucionava a interpretação da Lei. Questionário v. 9a - Que insinua esse "deles"? Quando Mateus escreveu seu Evangelho, a sinagoga não era mais a casa de oração dos cristãos. Era só dos judeus não convertidos. v. 9b - Qual era a mão atrofiada Lc 6,6, "a mão direita". v. 12 - Qual o ensinamento de Jesus aqui? Ele estabelece a caridade acima da observância formal do dia santificado. Mostra que nenhuma lei pode opor-se à realização do bem em qualquer

lanterna, até levar a cabo Sua missão de fazer triunfar a verdade e justiça da nova lei, para o reconhecimento da soberania de Deus em todos os povos. (21) Em Seu nome e em Sua obra redentora, depositarão as nações pagãs a esperança messiânica da salvação rejeitada por Israel". Questionário v. 18 - Três vezes se fala do "servo" ou "Filho no qual o Pai se compraz". Esta é a segunda. Onde estão as outras duas? No batismo de Jesus (cf. Mt 3,17) e na Transfiguração (cf. Mt 17,5). v. 20 - Qual o sentido de "caniço rachado" e "pavio como chama b ruxuleante"? São imagem da fraqueza humana. Representam aqui toda pessoa caída no erro, mas na qual ainda há uma esperança, mesmo tênue, de recuperação. Lições de vida Jesus retirou-se para longe dos que não O queriam. Deus respeita infinitamente a liberdade humana. Muitas vezes é obrigado a afastar-se de quem O rejeita, mas sempre deixa aberto o caminho de volta. Jesus curou a todos. Mesmo aborrecido e contrariado, nunca deixa de atender a quem O procura. Exemplo para que não deixemos o engajamento em trabalhos apostólicos, mesmo nos desentendimentos. Deus, em Sua misericórdia, está sempre pronto a erguer um galho caído ou uma chama quase extinta, desde que veja uma centelha de boa vontade no sentido de se recuperar. Oração Como o profeta Isaías escreveu do Messias, Senhor Jesus, faça repousar sobre mim também o Espírito Santo, para que eu me disponha a anunciar a verdade sem provocar conflitos, sem procurar aplausos dos homens. Que eu sinta o prazer de reerguer do chão o galho caído e reativar a chama de esperança que ameaça apagar. Infunda em mim tal grau de doçura que eu saiba amar também as pessoas de caráter difícil, aprendendo do Senhor a ser manso e humilde de coração. Amém. Mt 12,22- Um possesso (cf. Mc 3,22-27; Lc 11,14-23) (22) Apresentaram-Lhe depois um cego e mudo, conseqüência de possessão diabólica. Jesus curou-o, de modo que ele falava e via normalmente. (23) De toda a

multidão, dominada pelo impacto diante de milagre tão singular, irrompeu um grito de fé: "Não será este o Messias, filho de Davi, prometido por Deus?" (24) Mas os fariseus, ouvindo isso, deram-se pressa em sufocar com uma calúnia o entusiasmo popular. Impossibilitados de negarem o fato presenciado, tentaram desacreditar Jesus acusando-O de demonismo, com estas palavras: "Este homem expulsa demônios pelo poder de Beelzebul, chefe dos próprios demônios" (cf. 9,34; 10,25). (25) Jesus leu-lhes o pensamento e mostrou a falsidade da acusação com esta parábola: "Todo reino dividido entre si mesmo arruina-se. Como toda cidade ou família dividida contra si mesma, não ficará de pé. (26) Ora, se satanás expulsa satanás, devemos afirmar que ele está promovendo a destruição de seu próprio reino pela discórdia interna, uma vez que expulsa seus próprios aliados. Como subsistirá esse reino? (27) E se Eu expulso os demônios pelo poder de Beelzebul, por virtude de quem os expulsam esses discípulos de vocês, que são exorcistas? Se vocês reconhecem o poder de Deus atuando nesses seus discípulos, por qual razão vocês o negam em Mim? Por isso, eles serão juizes de vocês, tornando a todos patente a injusta parcialidade que estão usando Comigo. (28) Agora, se Eu expulso os demônios por virtude do Espírito de Deus, então o bom senso diz que, de um lado, o reino do demônio está sendo dissolvido e, de outro lado, chegou até vocês de surpresa o Reino de Deus, em sua fase inicial, cujo fundador sou Eu, mais forte que o forte por excelência, isto é, o demônio, que Eu posso expulsar com uma Palavra. (29) Ou, por outra parábola, como pode alguém (Eu) entrar em casa de um homem forte (o demônio) e saquear-lhe os bens sem primeiro subjugá-lo? Ora, se Eu entro livremente no domínio de satanás e lhe arranco sua presa, isto é, os homens que ele escravizou desde o início, é sinal claro de que o reinado do demônio foi superado, embora ainda não definitivamente (cf. Hb 2,14-15), e substituído pelo de Deus, que irá restringindo progressivamente a ação diabólica. (30) Nesta luta pela extensão do Reino de Deus, não há meio-termo: quem não está Comigo, está contra Mim; quem não junta Comigo, dispersa as forças e prejudica a empresa". Questionário v. 23 - Que entendiam por "o filho de Davi"? Pelo profeta Nata (cf. 1Cr 17,11-14), Deus prometeu a Davi: "Um de teus filhos me construirá uma casa, e eu darei firmeza a seu trono para sempre". Esse filho de Davi sempre foi visto como o Messias, que devia implantar no mundo o Reino de Deus (cf. Mc 12,35-37). v. 24 - Para Beelzebul, ver 9,34 e 10,25. v. 27 - Uma idéia sob re exorcismo. Os povos pagãos e Israel viam nas doenças a obra e até mesmo a presença do demônio. Daí a origem do exorcismo, que consistia em libertar desse mal a pessoa, invocando o poder divino. Essa prática adquiriu legitimidade e caráter sacro. Mas só Jesus expulsa o demônio com uma simples palavra de ordem. Esse poder, Ele o passou aos apóstolos (cf. Mc 3,15; Lc 10,17). Há manifestações patológicas: epilepsia, mudez, cegueira, doenças psíquicas, desequilíbrios mentais com aparência de possessão diabólica. O tratamento delas depende da ciência médica.

22,53; Cl 1,13). Senhor, necessito de mais convicção para não me omitir diante dessa luta entre Deus e o maligno. Apesar de o demônio não ser o mais forte, o mundo lhe abre espaço imenso, chegando a dar impressão de que o mal leva a melhor. Mas sabemos, Senhor, que a vitória final será do Cordeiro que o mundo imolou e Cujo sangue nos lavou. Tire-nos o medo, o acanhamento, e torne-nos mais aguerridos na implantação do Seu Reino no mundo. Amém. Mt 12,31- Pecado irremissível (cf. Mc 3,28-30; Lc 12,10;6,43-45) (31) Por isso lhes digo: todo pecado e toda injúria que uma pessoa praticar terá perdão. Mas injuriar o Espírito Santo, isto é, negar obstinadamente a verdade manifestada à luz do dia por Deus, como isso de atribuir ao demônio as obras divinas, igualando o Espírito Santo que age em Mim ao espírito maligno — dificilmente será perdoado. Isso não por limitação do poder da misericórdia divina, mas porque esse pecado encerra uma maldade intrínseca sem limites: da luz faz trevas e de Deus faz um demônio. Quem comete esse pecado não quer reconhecer seu erro nem tem as disposições necessárias para o perdão. (32) Quem falar contra Mim, o Filho do Homem, com as limitações humanas, mas com o poder de perdoar e de ser juiz no fim dos tempos, injuriando-Me por preconceito ou ignorância, considerando-Me apenas igual aos outros não obstante Minhas obras prodigiosas, e perdendo a fé em Mim em vista das humilhações e fraquezas humanas a que Me verá sujeito no sofrimento, por essas circunstâncias atenuantes facilmente será perdoado (cf. Lc 23,34). Mas quem injuria o Espírito Santo está dirigindo seu ódio contra Deus diretamente e afasta-se das condições de ser perdoado nesta vida ou na vindoura. Mt 12,33- A árvore boa e a má (cf. Lc 6,43-45) (33) Suponham uma árvore boa. Ela produz frutas boas. A árvore má dá frutas que não prestam. Portanto, é pelas suas frutas que se conhece a árvore (cf. 7,17-19). Se os frutos produzidos por Mim são bons, como curar os enfermos, expulsar o demônio, ressuscitar mortos, implantar o Reino de Deus... é sinal que sou árvore boa, que vocês vêem, mas não querem reconhecer e dizem que é o demônio. (34) Raça de víboras! (cf. 3,7) Como podem dizer coisas boas, se são tão perversos? Pois a boca fala do que está cheio o coração. (35) O homem bom tira coisas boas do depósito do seu coração. O homem mau tira o mal do seu depósito de coisas más enraizadas no seu interior. (36) Garanto-lhes que no dia do julgamento os homens prestarão contas de qualquer palavra de efeito negativo que disserem. Então, que

contas serão exigidas das injúrias dos fariseus?! (37) Pois pelas palavras que saem de sua boca é que você será julgado inocente ou culpado. Questionário v. 31a - Em que consiste o pecado contra o Espírito Santo? É negar a verdade conhecida como tal ou atribuir obstinadamente ao demônio as obras do Messias, praticadas claramente por virtude do Espírito Santo. Quem não reconhece o Messias nas humildes aparências de um homem como Jesus, que Se igualou a nós, é desculpável. Mas quem acintosamente nega a presença de Deus na expulsão dos demônios, na ressurreição de mortos e no perdão dos pecados é indesculpável, porque a pessoa teima em negar Deus que se revela. v. 31b - Deus não quer perdoar esse pecado? É o homem que não quer o perdão, porque não se rende à verdade; não quer arrepender-se de um erro evidente, no qual se obstina. E o arrependimento, ou seja, o reconhecimento do erro, é condição indispensável para o perdão. Então, a imperdoabilidade vem da falta de disposição subjetiva do homem e nunca da parte de Deus, que sempre perdoa o arrependido. Dos fariseus que se posicionaram abertamente avessos a Jesus, cometendo esse pecado contra o Espírito Santo, muitos se converteram pela pregação dos apóstolos após Pentecostes (cf. At 15,5). Por isso, o Pe. Marco M. Sales, OP, professor no Colégio Angélico de Roma, traduz a frase "não será perdoado" assim: "dificilmente será perdoado", porque "não há pecado algum, por mais grave que seja, que a Igreja não possa perdoar" (Catecismo da Igreja Católica, 982). Assim outros grandes biblistas. S. João Crisóstomo escreve: "Diz-se que nunca se perdoa quando mais dificilmente se perdoa". Aliás é bíblico: "Se confessarmos nossos pecados, Ele, que é fiel e justo, perdoará nossos pecados e nos purificará de TODA iniqüidade (cf. 1Jo 1,9). v. 32a - Conhece palavras más ditas contra o Filho do Homem? Chamaram-nO por desprezo "filho do carpinteiro" (cf. Mt 13,55), "samaritano" (pagão) (cf. Jo 8,48), "endemoninhado" (cf. Mt 9,34; Jo 7,20), "comilão, beberrão, amigo dos publicanos e pecadores" (cf. Mt 9,11; 11,19), "violador do sábado" (cf. Mt 12,2; Jo 5,18) e "desprezador das tradições" (cf. Mt 15,2). Isso diziam criticando Jesus como homem. Esse pecado, fruto de preconceitos, tem perdão fácil. v. 32b - Que quer dizer "nem no mundo vindouro" ou "nem na vida futura "? Para muitos, é força de expressão que significa "nunca". Para outros, ela dá a entender que depois da morte existe a possibilidade de expiar pecados dos quais não nos purificamos bem na vida presente. O Ap 21,27 revela que no céu, ou como ele o chama, na "Cidade Santa", "jamais entrará algo de impuro". Como quase todos nós morreremos com algo de impuro, Deus estabeleceu o processo de purificação final que denominamos Purgatório, para que nos purguemos de toda impureza da qual não fizemos suficiente penitência no mundo. S. Paulo ensina que Deus nos quer "conformes à imagem de Seu Filho" (cf. Rm 8,28). Se não chegamos a essa conformidade na terra, o Purgatório a completará. A legitimidade da oração pelos

Filho do Homem estará três dias e noites no interior da terra para em seguida ressuscitar, como prova decisiva do caráter divino de Sua pessoa e missão. (41) Os ninivitas hão de levantar-se no dia do julgamento final contra essa raça, para condená-la, porque apesar de serem pagãos e Jonas estrangeiro, creram na pregação dele, que anunciava a próxima destruição da cidade, e fizeram penitência de seus pecados. E aqui está alguém maior que Jonas, mais do que profeta, porque é o Filho de Deus, anunciando o novo Reino e fazendo milagres que confirmam Sua Palavra. E vocês não crêem nEle! (42) A rainha de Sabá há de levantar-se no dia do julgamento final contra essa raça e a condenará, porque fez longa viagem lá dos confins da Arábia meridional para ouvir a sabedoria de Salomão, um mortal. E aqui está quem é mais que Salomão porque traz em Sua Palavra a sabedoria do próprio Deus! E vocês O rejeitam!" Questionário v. 38 - Que intenção tinham esses fariseus? Que tipo de sinal queriam? Mal intencionados, fingiam o desejo de crer. Propuseram um sinal prodigioso, à semelhança do de Josué, que fez o sol parar (cf. Js 10,12-13), ou de Elias, que subiu ao céu num carro de fogo (cf. 2Rs 2,11), porque os milagres que Jesus havia realizado aos olhos deles, curando com uma palavra doenças incuráveis e fazendo mortos reviver, de nada lhes serviram. O pedido deles não nasce do desejo da verdade, mas do estado de incredulidade preconcebida. v. 39 - Que significa "geração adúltera?" O adultério é pecado de infidelidade matrimonial, é trair o pacto de amor sagrado. A Aliança de Deus com o povo de Israel é vista na Bíblia como um casamento, uma consagração nupcial. A rejeição a Jesus é trair esse juramento de amor a Deus, um grave adultério do enlace mais sagrado, como era adultério a adoração de falsos deuses. v. 40a - Jonas e Jesus estiveram três dias e três noites no peixe e na sepultura? Pode significar um dia inteiro e parte de outros dois. É que a parte de um dia era contada como um dia inteiro. Jesus esteve "três dias e três noites no seio da terra". É frase feita no uso popular. Quando diziam "três dias", ajuntavam "e três noites". Modo de falar tomando a parte pelo todo ou indicando uma duração aproximativa. Sabemos que Jesus ficou sepultado parte final da sexta-feira (primeiro dia), todo o dia de sábado (segundo dia) e do pôr-do-sol no sábado à madrugada do domingo (terceiro dia). Marcos omite Jonas porque os ex-pagãos de Roma, para quem escreve, teriam dificuldade de entender. Jonas viveu 750 anos antes de Cristo. v. 40b - Os fariseus entenderam que Jesus falava da ressurreição? Entenderam tão bem, que disseram a Pilatos: "Esse impostor afirmou enquanto vivia: depois de três dias ressurgirei" (cf. 27,63). v. 41 - Que conversão foi a dos ninivitas pagãos? Fizeram penitência de seus pecados e passaram a crer no único Deus verdadeiro, o Deus de Jonas (cf. Jn 3,9-10). Nínive é capital da Assíria, hoje Iraque.

v. 42 - Quanto viajou essa rainha? Sabá ficava no extremo sul da Arábia e do mar Vermelho, correspondente hoje ao lêmen. Portanto, viajou cerca de 2 mil quilômetros. Lições de vida Jesus se declara "maior que Jonas", "maior que Salomão", "maior que o Templo" (cf. 12,6) e "senhor do sábado" (cf. 12,8). Supera Jonas na pregação da penitência e conversão. Supera Salomão como mestre da vida. Mais que no Templo, mora nEle a plenitude da divindade. Como "senhor do sábado", está investido da mesma autoridade de Deus. Jesus não faz milagres para despertar admiração (cf. 4,6). Nem a ressurreição de Jesus convenceu Seus adversários (cf. Mt 28,11-13). O milagre convence uns e endurece os que resistem aos apelos da Palavra de Deus e aos toques da graça. Os maiores milagres do amor de Jesus foram assumir a cruz e morte em nosso lugar, perdoar aos Seus inimigos e ressuscitar. Oração Senhor, maior que Jonas, que Salomão, que o Templo, que o sábado, Sua ressurreição pelo Seu próprio poder é a base de nossa fé cristã e a mais segura esperança de nossa própria futura glorificação, porque no batismo somos inseridos no mistério pascal de Sua vida, morte e ressurreição. Peço a graça de viver alegremente essa minha realidade nova. Que minha vida testemunhe essa condição de filho de Deus, sem necessidade de milagres. Só aumente-nos a fé, Senhor. Mt 12,43- Recaída (cf. Lc 11,24-26) (43) As condições de vocês, recusando crer no Filho do Homem e aceitá-lO, tornar- se-ão cada vez piores. Porque, quando o demônio é obrigado a sair de alguém em que se havia instalado, anda por lugares desertos em busca de nova habitação, mas não a encontra, porque ele prefere habitar os homens. Então resolve: (44) "Vou voltar para a casa de onde fui expulso". Volta e encontra a casa desocupada, sem que ninguém a guarde, varrida e arrumada, muito conveniente para ele. (45) Para garantir a posse, vai chamar, em ajuda, uma porção de companheiros piores ainda e faz um supremo esforço para apoderar-se dela. Entram e fixam ali a sua morada, de tal forma que a última situação desse homem vem a ser pior que a primeira. É isso que vai acontecer a esta geração perversa.