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CAPÍTULO 1 - O FALSO FAUSTO - LAURA DE MELLO E SOUZA, Resumos de História

Resumo do capítulo 1 do livro "Desclassificados do ouro: a pobreza mineira no século XVIII" por Laura de Mello e Souza

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 30/06/2025

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O falso fausto
Por Laura de Mello E Souza
Compilação – Notas Cornell
- 1729 – comunicação oficial à Coroa da extração de diamantes nas
Minas por D. Lourenço de Almeida
- 1735 – foco no aparato administrativo sobre racionamento de
distribuição de ouro para a população
- Festas religiosas esbanjavam opulência
Transformadas em exibição do sucesso da expedição aurífera,
deixando a religião de lado
- 1748 – criação do Bispado de Mariana
D. Frei Manual da Cruz é designado a ele
o Prefere não ventilar sua chegada para não haver festa e
gastos por ouro já estava em decadência
Mesmo assim, a festa não foi evitada
Pajens “mulatinhos” acompanharam o D. Frei
referências de danças indígenas
executadas por tais “mulatinhos”
o Fazendo vezes de gentio da terra
- 1751 – começo da decadência
Surgimento da ritualização de uma sociedade rica e opulenta
o Riqueza começa a sumir, mas opulência aparece como
pródiga
o É de poucos, mas aparece como de todos
o Cria zona fictícia de convivência, dando a ilusão (barroco)
que a sociedade é rica e igualitária
Aspecto neutralizador de conflitos e diferenças
- 1789 – Representação da Câmara de Mariana
Acusa que espetáculos teatrais induziam espectadores à falsa
consciência
o Palha dourada passa por ouro
o Vidro lapidado passa por pedras preciosas
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Baixe CAPÍTULO 1 - O FALSO FAUSTO - LAURA DE MELLO E SOUZA e outras Resumos em PDF para História, somente na Docsity!

O falso fausto

Por Laura de Mello E Souza Compilação – Notas Cornell

  • 1729 – comunicação oficial à Coroa da extração de diamantes nas Minas por D. Lourenço de Almeida
  • 1735 – foco no aparato administrativo sobre racionamento de distribuição de ouro para a população
  • Festas religiosas esbanjavam opulência
    • Transformadas em exibição do sucesso da expedição aurífera, deixando a religião de lado
  • 1748 – criação do Bispado de Mariana
    • D. Frei Manual da Cruz é designado a ele o Prefere não ventilar sua chegada para não haver festa e gastos por ouro já estava em decadência ▪ Mesmo assim, a festa não foi evitada - Pajens “mulatinhos” acompanharam o D. Frei - Há referências de danças indígenas executadas por tais “mulatinhos” o Fazendo vezes de gentio da terra
  • 1751 – começo da decadência
    • Surgimento da ritualização de uma sociedade rica e opulenta o Riqueza começa a sumir, mas opulência aparece como pródiga o É de poucos, mas aparece como de todos o Cria zona fictícia de convivência, dando a ilusão (barroco) que a sociedade é rica e igualitária ▪ Aspecto neutralizador de conflitos e diferenças
  • 1789 – Representação da Câmara de Mariana
    • Acusa que espetáculos teatrais induziam espectadores à falsa consciência o Palha dourada passa por ouro o Vidro lapidado passa por pedras preciosas

▪ Paradoxo

  • Fausto (luxo) é falso o Ideia presente ao longo de todo o século XVIII mineiro
  • Sessenta primeiros anos do século XVIII
  • Portugal o Saída de aproximadamente 600 mil pessoas ▪ Média anual de 8 a 10 mil pessoas
  • 1730 o Governador do Rio de Janeiro descreve chegada de dois navios vindos do Porto, Portugal ▪ Autoridades tentavam refrear a onda migratória causada pelo ouro
  • 1697 e 1698 + 1700 a 1701- maiores crises de fome
  • Minas Gerais tornou-se centro da inflação
  • Causa fugas de povoados o Ribeirão do Carmo o Serra do Ouro Preto ▪ Dão origem a muitos outros arraiais ▪ até mesmo os fundadores debandaram
  • Passa-se a cultivar roças junto às minas
  • mais atenção ao abastecimento das capitanias o realizado pela capitania da Bahia ▪ a partir de 1725
  • também realizado pelas capitanias do Sul
  • Sociedade mineira
  • privilegiava aquele com o maior número de escravos o mais da metade das lavras estava nas mãos de menos de um quinto dos proprietários de escravos o quanto mais escravos tinha, mais terra recebia o havia poucos grandes senhores de escravos com lavras ▪ a média era de três escravos por senhor Rio Acima
  • São João del Rei o 96 proprietários de escravos
  • Sucessor de Conde das Galvêas o Gomes Freire ▪ Nova face da decadência - Ônus pelo crescimento da tributação sobre mineração o Aumento da produção o Aumento do lucro da coroa o Aumento da taxa ▪ Coroa mais rica ▪ Povo mais pobre
  • Alexandre de Gusmão o Recrimina Portugal por “correr ignorantemente em seguimento da riqueza imaginária das Minas”
  • Autor anônimo de “Roteiro do Maranhão” o “as minas são a ruína de Portugal e o ouro, a perdição das Minas”
  • Uma vez detectada a pobreza o Elaborada a formulação de que o fausto é falso ▪ Natureza do ouro é intrinsicamente enganosa
  • Surge a necessidade de explicação do estado das coisas e de justificativas para a pobreza o Mais elementar de todas ▪ Explicação: não há riqueza por conta do extravio e contrabando - De fato, existia o Penas duras no Distrito Diamantino ▪ De prisão a exílio ou morte - Era a coisa na qual as autoridades preferiam colocar a culpa o Estudo científico da Academia de Ciências de Lisboa ▪ D. Rodrigo de Sousa Coutinho - Extravio não é mais a explicação - Atenção se volta à inadequação dos métodos de extração dos metais o Segundo patamar de tentar compensar o problema o 1799 ▪ Ferreira Câmara e Vieira Couto - Apontam necessidade da metalurgia o Anos depois ▪ Eschwege
  • Minerador alemão o Aponta a ignorância dos mineradores em matéria de mineração e adotavam os métodos mais inoportunos o 1813 ▪ Conde de Palma
  • Aponta as dificuldades advindas da profundidade das minas e do terreno montanhoso o Menções e documentos da época ▪ Contestação do extravio como explicação da decadência é sempre associada à falta de braços o Terceiro nível de explicação ▪ Ideia de que minas são ilusórias
  • Na realidade não são trabalho o Configura-se como praga bíblica ▪ Penoso ▪ Demorado ▪ Difícil ▪ Provação necessária para a obtenção final da felicidade
  • Atividades extrativista o Ouro sempre acaba o Não é eterno ▪ Atrai o homem pelo caráter imediato
  • Instinto leva à procura de caminhos mais curtos à felicidade o Nem sempre levam à felicidade ▪ Ouro é riqueza aparente ▪ Desaparece subitamente
  • Reformas em Portugal
  • Revivescer fisiocrático o “imaginária riqueza dos mineiros” ▪ Encarada como mal ▪ Agricultura se transforma em verdadeira riqueza