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Apostilas do caítulo 1 de medidas elétricas, cujo o conteúdo é direcionado aos alunos de engenharia
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
1.1 Conceitos Básicos
Medir é estabelecer uma relação numérica entre uma grandeza e outra, de mesma espécie, tomada como unidade. Medidas elétricas só podem ser realizadas com a utilização de instrumentos medidores , que permitem a quantificação de grandezas cujo valor não poderia ser determinado através dos sentidos humanos.
Padrão é a grandeza que serve de base ou referência para a avaliação da quantidade ou da qualidade da medida; deve ser estabelecido de tal forma que apresente as seguintes características:
a) Grosseiros São sempre atribuídos ao operador do equipamento e, de uma maneira geral, pode-se dizer que resultam da falta de atenção. A ligação incorreta do instrumento, a transcrição equivocada do valor de uma observação ou o erro de paralaxe são alguns exemplos. Esses erros podem ser minimizados através da repetição atenta das medidas, seja pelo mesmo observador ou por outros.
b) Sistemáticos Devem-se as deficiências do instrumento ou do método empregado e às condições sob as quais a medida é realizada. Costuma-se dividi-los em duas categorias:
1.2 Classificação dos Instrumentos de Medidas Elétricas
Os instrumentos de medidas elétricas podem ser classificados de várias formas, de acordo com o aspecto considerado quanto à:
a) G randeza a ser medida : amperímetro (corrente); voltímetro (tensão); wattímetro (potência ativa); varímetro (potência reativa); fasímetro ou cosifímetro (defasagem entre tensão e
(frequência).
b) Forma de apresentação dos resultados :
(a) (b)
Figura 2: Exemplos de multímetros: (a) analógico; (b) digital. Os instrumentos digitais ganham a cada dia destaque entre os dispositivos de medidas elétricas. Dois fatores são apontados para seu sucesso:
No entanto, a utilização de medidores analógicos ainda é muito intensa devido a fatores tais como: 1) grande número de instrumentos de oficinas e painéis de controle de indústrias ainda têm por base instrumentos analógicos; 2) de maneira geral, instrumentos analógicos são mais robustos que os digitais, tornando-os mais apropriados em determinadas situações e 3) em algumas aplicações onde há variações rápidas da grandeza a ser medida, é mais interessante observar o movimento de um ponteiro do que tentar acompanhar a medida através de dígitos. Por exemplo, em experiências em laboratório é prática recomendada utilizar no circuito experimentado um amperímetro analógico em série ao circuito como equipamento de segurança. Isto porque caso o circuito experimentado esteja em curto-circuito (devido a um erro de montagem) o amperímetro analógico acusará um grande deslocamento em seu ponteiro (facilmente perceptível) mesmo se os valores de tensão aplicados ao circuito forem muito pequenos. c) Capacidade de armazenamento das leituras :
(a) (b)
Figura 3: Exemplos de instrumentos classificados quanto à sua capacidade de armazenamento de leituras: (a) registrador-medidor de energia ativa eletrônico; (b) totalizador - medidor analógico (relógio de luz). d) Princípio físico utilizado para a medida : bobina móvel, ferro móvel, ferrodinâmico, bobinas cruzadas, indutivo, ressonante, eletrostático.
Figura 4: Classificação das escalas de acordo com a posição do zero (a) zero à direita; (b) zero central; (c) zero suprimido; (d) zero deslocado.
Figura 5: Espelho para correção do erro de paralaxe.
(^1) Nome usado devido usualmente corresponder ao valor marcado no fim da escala do equipamento.
aquelas mostradas na Figura 4; caso contrário, a escala é chamada não-linear ( heterogênea ), como a que aparece acima do espelho da Figura 5.
1.3.2 Principais Características Operacionais
max
Considerando a Lei de Ohm, para a qual 1 A = 1 V/Ω, deduz-se que a sensibilidade é dada em ohms por volts (Ω/V). Quanto maior for a sensibilidade de um instrumento, melhor este será. De uma maneira geral, os instrumentos de bobina móvel são aqueles que apresentam melhor sensibilidade entre os medidores analógicos, podendo atingir valores da ordem de 100 kΩ/V.
Tabela 1: Valor fiducial de instrumentos de medida.
Figura 8: Posição dos instrumentos de medida. (a) representação de diversas posições possíveis; (b) simbologia utilizada.
0,5 (^200) 1mA
Portanto, se o aparelho indicar 50mA, a variação admissível será 50 ± 1 mA; se estiver indicando 150 mA, a variação será igualmente 150 ± 1 mA. A Tabela 2 apresenta as classes de exatidão de instrumentos de medidas elétricas.
Tabela 2: Classes de exatidão de instrumentos de medidas elétricas.
Figura 9: Simbologia para diversos instrumentos de medição elétrica em relação à grandeza medida.
1.4 Instrumentos Digitais
Se nos instrumentos analógicos o modelo básico é o amperímetro, a operação dos aparelhos digitais tem como fundamento a medida de tensão (voltímetro). A alteração da configuração inicial permite que sejam medidas outras grandezas, como corrente, resistência, frequência, temperatura e capacitância.
1.4.1 Características Construtivas
A característica básica dos instrumentos digitais é a conversão dos sinais analógicos de entrada em dados digitais. Esta conversão análogico-digital (ou A-D ) é realizada por circuitos eletrônicos cuja operação foge ao escopo deste curso.
A parte mais evidente em um instrumento digital é seu display (visor), que pode ser de 2 tipos:
a) Display de LEDs ( Light Emiting Diodes ), dispositivos semicondutores capazes de emitir luz quando percorridos por corrente elétrica. Esses displays têm fundo escuro, para proporcionar maior destaque ao brilho dos LEDs.
b) Display de cristal líquido LCD ( Liquid Crystal Display ), constituídos por duas lâminas transparentes de material polarizador de luz, com eixos polarizadores alinhados perpendicularmente entre si; entre as lâminas existe uma solução de cristal líquido, cujas moléculas podem se alinhar sob a ação da corrente elétrica, impedindo a passagem da luz. A Figura 12 mostra modelos de displays de LED e LCD respectivamente.
(a) (b)
Figura 12: Exemplos de displays. (a) Voltímetro de corrente contínua-LED; (b) Multímetro Digital-LCD.
A Tabela 3 apresenta as principais vantagens e desvantagens de cada um desses tipos de displays. O conhecimento dessas características pode auxiliar na tomada de decisão sobre qual tipo de visor é mais adequado às condições da medida.
Tabela 3: Comparação entre displays de LED e LCD.
1.4.2 Principais Características Operacionais
Instrumentos com contagem de 3999 (3^1 / 4 dígitos), 4999 (3^1 / 5 dígitos) ou 6999 (3^1 / 7 dígitos) também são fabricados, até com contagens máximas maiores.
Figura 13: Categorias dos instrumentos digitais de medidas elétricas.
Figura 14: Multímetro digital categoria CAT II.
1.5 Instrumentos Básicos De Medidas Elétricas
Denominam-se básicos os instrumentos destinados à medida das grandezas elétricas básicas: corrente, tensão, potência e energia. Outras grandezas elétricas – como resistência e capacitância - podem ser determinadas a partir de adaptações feitas nesses medidores básicos.
1.5.1 Amperímetro
Utilizado para medir correntes, sempre é ligado em série com elemento/circuito cuja corrente quer se medir; isto significa que um condutor deverá ser “aberto” no ponto de inserção do instrumento, como mostra a Figura 15(a). O símbolo do amperímetro está mostrado no diagrama esquemático da Figura 15(b).
(a) (b) Figura 15: Medida de corrente com amperímetro: (a) conexão do instrumento; (b) diagrama da ligação. Se a interrupção do circuito é impraticável pode-se usar um amperímetro-alicate (Figura 16), capaz de medir a corrente pelo campo magnético que esta produz ao passar no condutor.
Figura 16: Multímetro digital com alicate amperímetro.
com o instrumento um resistor cujo valor seja apropriado para receber o “excesso” de tensão (Figura 19).
Figura 19: Esquema de ligação para a ampliação de escala de um voltímetro. A mesma observação relativa à ligação dos amperímetros analógicos vale para os voltímetros: a inversão na conexão do instrumento ocasiona a inversão do sentido de deslocamento do ponteiro.
Uma observação importante com relação a ligação de voltímetros e amperímetros para medição de tensões e correntes, respectivamente, é o fato de que nunca se deve ligar um amperímetro em paralelo com a carga que se deseja medir a corrente. Isto porque, um amperímetro (que idealmente possui uma resistência interna nula) quando ligado em paralelo causará um curto- circuito nos terminais da carga (possibilidade de passagem de correntes na ordem de kA no amperímetro ocasionando queima do equipamento e risco de choque elétrico no operador). Por outro lado, um voltímetro (que idealmente deve ter impedância infinita) não deve ser colocado em série na carga que se deseja medir a tensão pois haverá interrupção da corrente demandada pela carga.
1.5.3 Wattímetro
É o aparelho apropriado para a medida de potência ativa. Os wattímetros analógicos (Figura 20(a)) possuem duas bobinas, uma para a medida de tensão (também chamada bobina de potencial ) e outra para medir a corrente (bobina de corrente ). O aparelho é construído de tal forma que o ponteiro indica o produto dessas duas grandezas multiplicado, ainda, pelo cosseno da defasagem entre elas (fator de potência). Na Figura 20(b) mostra-se o símbolo geral usado para wattímetros e sua conexão para a medição de potência ativa em uma carga.
(a) (b)
Figura 20: Wattímetro analógico. (a) vista geral, com indicação das bobinas de tensão (V) e de corrente (A); (b) símbolo e conexão para medir potência ativa de uma carga. Nos wattímetros digitais, um circuito eletrônico calcula, por amostragem, tensão e corrente eficazes e, através delas, a potências ativa. Na Figura 21(a) é ilustrado um wattímetro digital e na Figura 21(b) sua ligação para medida de potência ativa de uma carga.
(a)
Fonte Carga
WattímetroDigital
(b)
Figura 21: Wattímetro digital. (a) vista geral; (b) conexão para medir potência ativa de uma carga.