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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO — RESUMO DO CAP 01
Reflexo Inato:
O reflexo inato surge de uma alteração no ambiente que, consequentemente, leva à uma alteração no organismo. Sendo essas alterações uma preparação mínima que os organismos têm para começar a interagir com seu ambiente e para ter chances de sobreviver. EXEMPLOS: 1- Luz forte atinge os olhos (alteração no ambiente) e resulta em contração/diminuição da pupila (alteração/reflexo do organismo). 2 - Taquicardia (alteração/reflexo do organismo) quando algo te preocupa (alteração no ambiente). 3 - Barulho repentino (alteração no ambiente) leva o corpo a ter um sobressalto (alteração/reflexo do organismo). Fazem parte do repertório comportamental (comportamentos de um organismo) dos animais em geral desde o nascimento, como também durante a vida intrauterina; por isso são chamados de Comportamentos Reflexos Inatos. O termo reflexo é utilizado por psicólogos e fisiologistas para falar de comportamento, mas a forma como usamos essa palavra na psicologia é diferente do seu significado na língua cotidiana. Na língua cotidiana, uma pessoa tem bons reflexos quando ela consegue executar certas ações de forma rápida e bem-sucedida, referindo-se às capacidades e habilidades do indivíduo. Já na psicologia, o que chamamos de comportamento reflexo trata-se da relação entre uma ação e o que aconteceu antes dela.
Estímulo e Resposta:
Para compreendermos o que é reflexo, ou seja, uma relação entre estímulo e resposta, é necessário que, antes, esclarecer o que é um estímulo e o que é uma resposta. Estímulo: acontecimento que antecede a resposta — e responsável por produzi-la. Resposta: A ação cometida pelo indivíduo em decorrência do estímulo, como uma consequência do evento que aconteceu anteriormente. Reflexo: relação entre um estímulo e uma resposta. Ou seja, determinada mudança no ambiente (estímulo) produz determinada mudança no organismo (resposta). EXEMPLOS: Fogo próximo à mão → Contração do braço. Martelada no joelho → Extensão da perna. Barulho alto e repentino → Sobressalto. Alimento na boca → Salivação. Contingências: modos de descrever como ambiente e organismo interagem de forma condicional. Uma contingência é definida como uma descrição de relações condicionais entre eventos, isto é, relações do tipo: “ se ..., então …”. EX: Se uma luz forte acerta meus olhos (estímulo/alteração no ambiente), então haverá uma contração das pupilas (resposta/alteração no organismo).
respostas por eles eliciadas que se repetissem nos mais diversos reflexos e em diferentes espécies animais. Essas regularidades nas relações entre estímulos e respostas são chamadas de leis ou propriedades do reflexo. Leis na ciência → descrições de regularidades dos fenômenos naturais que foram sistematicamente testados por cientistas.
Efeitos e eliciações sucessivas:
Quando um determinado estímulo, que elicia uma determinada resposta, ocorre várias vezes seguidas em curtos intervalos de tempo, a resposta que compõe o reflexo em questão é eliciada várias vezes sucessivamente. Podendo, conforme a repetição do estímulo, haver uma redução da magnitude da resposta e aumento da latência entre as repetições de resposta, como também pode acontecer o oposto. Essa sequência de respostas diante de um estímulo que se repete várias vezes é chamada de Eliciações Sucessivas de uma Resposta – Ocorrência repetitiva de uma resposta diante de um mesmo estímulo que, por sua vez, também se repete. Podem alterar as relações entre a intensidade do estímulo e a magnitude, a duração e a latência da resposta. Em outras palavras, a forma como se dá a resposta pode variar conforme o estímulo se repete — podendo ser menor ou maior do que foi na primeira vez. Habituação da resposta: padrão de diminuição da resposta e aumento da latência diante de um estímulo repetitivo. Sensibilização da resposta: padrão onde a eliciação da resposta aumenta e a latência diminui diante da repetição do estímulo (há quem use o termo Potenciação no lugar de Sensibilização).
Os reflexos e o estudo das emoções:
Um aspecto extremamente relevante do comportamento humano são as emoções (medo, alegria, raiva, tristeza, excitação sexual, etc). Parte daquilo que chamamos de emoções envolve respostas reflexas a estímulos ambientais. Em certos casos, talvez esse seja o motivo da dificuldade em “controlar” algumas emoções (EX: ansiedade/medo para falar em público). Da mesma forma que os organismos, de acordo com suas espécies, já nascem de certa forma preparados para interagir com seu ambiente, nascemos também preparados para ter algumas respostas emocionais diante de certos estímulos do nosso ambiente. Na maioria dos casos, não sentimos medo, alegria ou raiva na ausência de eventos desencadeadores; sentimos essas emoções apenas quando algo acontece. Mesmo que a situação que produza uma resposta emocional não seja aparente, isso não quer dizer que ela não exista, podendo ser até mesmo um pensamento, uma lembrança, uma palavra, etc. Outro ponto importante a ser considerado é que boa parte, mas não tudo, daquilo que entendemos como emoções diz respeito à fisiologia do organismo. EX: Quando sentimos medo uma série de reações fisiológicas está acontecendo em nosso corpo; as glândulas suprarrenais secretam adrenalina, os vasos sanguíneos periféricos contraem-se e o sangue concentra-se nos músculos, entre outras reações. Esse aspecto fisiológico das emoções fica claro quando falamos sobre o uso de medicamentos, como ansiolíticos e antidepressivos, pois não afetam a mente humana, mas, sim, o organismo.
