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Câncer do Colo do Útero: Prevenção, Diagnóstico e Tratamento - Guia Completo, Notas de aula de Radioterapia

A necessidade de cada um desses procedimentos e exames depende totalmente do quadro clínico e do tipo de tumor. Tuba uterina. Endométrio. Útero. Ovário. Colo do ...

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Selecao2010 🇧🇷

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Centro de Referência de Tumores Ginecológicos
câncer do colo do útero
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Baixe Câncer do Colo do Útero: Prevenção, Diagnóstico e Tratamento - Guia Completo e outras Notas de aula em PDF para Radioterapia, somente na Docsity!

Centro de Referência de Tumores Ginecológicos

câncer do colo do útero

2

Introdução

Centro de Referência de Tumores Gine cológicos – câncer do colo do útero: o cuidado integrado e multidisciplinar desde a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação do paciente

Entendendo seu diagnóstico Câncer do colo do útero Fatores de risco e prevenção Pro cesso de diagnóstico Sinais e sintomas Exames diagnósticos Estadiamento Entendendo seu tratamento Compre endendo como é desenvolvido o plano de tratamento Cirurgia de conização ou traquele ctomia Tratamento sistêmico Quimioterapia Radioterapia Cartilha de direitos do paciente com câncer Demais informaçõ es no site

Sumário

4

A.C.Camargo Cancer Center (^) Sumário

Centro de Referência de Tumores Ginecológicos:

O cuidado integrado e multidisciplinar desde

a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a

reabilitação do paciente.

De acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados 16.370 casos novos de câncer do colo do útero em 2019, com um risco estimado de 15,43 casos a cada 100 mil mulheres, ocupando a terceira posição no ranking nacional.

Combater o câncer é uma causa da humanidade. É a nossa causa. A integração de diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer é o modelo que adotamos no A.C.Camargo Cancer Center, assim como já é adotado nos principais Cancer Centers do mundo. Uma evolução do conceito de saúde em oncologia para aprofundar constantemente o combate à doença: o paciente é avaliado por um grupo multidisciplinar de especialistas em todas as etapas, desde o diagnóstico até a reabilitação.

Uma visão global e personalizada, porque cada paciente é único. Os atendimentos são segmentados de acordo com cada tipo de tumor. Assim, a paciente de Tumores Ginecológicos é atendida no Centro de Referência de Tumores Ginecológicos, consolidado por profissionais de cerca de 20 especialidades: cirurgião, anestesista, oncologista clínico, radioterapeuta, entre outros.

Como funciona: desde o primeiro contato, você é atendido por um especialista em câncer

ginecológico. Se necessário, será direcionado para o Navegador, um profissional que vai orientá-lo e acompanhá-lo durante toda a sua jornada de cuidados.

O tratamento é definido em conjunto pela equipe multidisciplinar e considera todas as informações de cada paciente. É o tratamento pensado para você. Dependendo do caso, vai envolver várias equipes, como Fisioterapia, Nutrição, Psico-oncologia, Serviço Social, Cuidados Paliativos, Central da Dor, entre outras. Para a discussão de casos que fogem do padrão, temos os Tumor Boards - fóruns com especialistas de várias áreas que vão decidir a conduta terapêutica mais adequada.

Todos os profissionais envolvidos no atendimento têm pleno conhecimento dos procedimentos a serem realizados. Essa visão do todo otimiza o custo do tratamento e também a vida do paciente, porque ele precisa vir menos vezes à unidade e a agenda é coordenada, de modo a agrupar as consultas e os exames. Oferecemos o que você precisa com a melhor qualidade e no menor tempo.

Parte da sua jornada será em um espaço acolhedor, a Unidade Pires da Mota, com iluminação natural, visual leve e agradável, pensado para humanizar o atendimento desde a recepção até os leitos. Uma experiência mais positiva: você vai poder fazer seus exames, confirmar diagnósticos e ter definido seu tratamento em um único lugar, fora do contexto hospitalar tradicional.

É a evolução no cuidado. Faz toda a diferença contar com um Cancer Center.

Sumário

5

Entendendo seu

diagnóstico

Os cânceres ginecológicos podem acometer vulva, vagina, colo do útero, corpo do útero (endométrio) e ovários.

O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser diagnosticada e tratada em seus estágios iniciais, além de ser evitada com uso de preservativo e, mais recentemente, com vacina. A incidência desse câncer vem caindo acentuadamente nos países ricos. Há uma decada, a Austrália começou a vacinar suas crianças e já faz planos para a erradicação da doença. A principal causa do câncer do colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido principalmente pelo contato sexual.

A incidência desse tipo de câncer é muito alta nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento e mais baixa nos países desenvolvidos, por causa do acesso regular a exames preventivos, como o Papanicolau, que detecta a doença pré- câncer. Nos países pobres e em desenvolvimento, porém, a procura e o acesso ao exame ainda são problemáticos, o que explica a alta incidência da doença.

Câncer do

colo do útero

O diagnóstico é baseado na história, no exame clínico e na análise anatomopatológica. Para avalição completa, é necessário a realização de exames específicos, como ginecológicos, de sangue laboratoriais, ultrassonografia abdominal e pélvica, tomografias, ressonância magnética, PET-CT, colposcopia (exame do colo do útero), histeroscopia diagnóstica e videolaparoscopia, entre outros. A necessidade de cada um desses procedimentos e exames depende totalmente do quadro clínico e do tipo de tumor.

Tuba uterina

Endométrio

Útero

Ovário

Colo do útero

Vulva

7

Processo de diagnóstico

A colposcopia permite examinar o colo do útero por meio de um aparelho
chamado colposcópio, que se assemelha a um par de binóculos. Ele produz
uma imagem ampliada, entre 10 a 40 vezes, que possibilita que o médico
identifique lesões imperceptíveis a olho nu. O diagnóstico definitivo é feito
por meio de biópsia, que é a retirada de uma amostra de tecido, que vai ser
analisada ao microscópio para ver se nela há células cancerosas.

10 anos) podem parar de fazer. Mulheres submetidas à histerectomia total (retirada do útero e colo do útero) por outro motivo que não o câncer ou a lesão pré-cancerosa também podem parar de fazer o exame. As submetidas à histerectomia parcial devem continuar com os exames de rotina. A vacina contra HPV deve ser aplicada em meninas e meninos antes do início da vida sexual e atualmente está disponível na rede pública e privada. A recomendação é vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos em duas doses (0 e 6 meses), respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre elas. Há ainda a recomendação para vacinação em pessoas portadoras de HIV/ Aids e indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos, entre 9 e 26 anos de idade, sendo que nessa população o esquema vacinal consiste na administração de três doses (0, 2 e 6 meses). Há duas vacinas no mercado: uma é eficaz contra as versões 16 e 18 do vírus, que respondem por até 70% dos casos de câncer de útero; outra eficaz contra os tipos 16 e 18 e contra as variedades 6 e 11, sendo os dois últimos responsáveis por 80% dos casos de condiloma (verrugas genitais). Infecção por HIV: o vírus da Aids diminui as defesas do organismo e reduz a capacidade dele de combater o vírus e o câncer em seus estágios iniciais. Fumo: mulheres fumantes têm duas vezes mais risco de ter câncer do colo do útero do que aquelas que não fumam.

Sinais e sintomas

Em seus estágios iniciais, o câncer do colo do útero geralmente não
apresenta sintomas, esses só aparecem nos casos mais avançados.
Contudo, eles não significam necessariamente que a mulher tem câncer.
Os sintomas, como os citados abaixo, podem indicar vários outros
problemas, mas revelam que é preciso consultar um médico.
  • Secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum.
  • Sangramento leve, fora do período menstrual.
  • Sangramento ou dor após a relação sexual ou exame ginecológico.

8

Exames diagnósticos

A história clínica do paciente, o exame físico e o resultado da colposcopia
são utilizados para diagnósticos.
Com o colposcópio é possível examinar o trato genital inferior incluindo
a vulva, a vagina, o epitélio do colo do útero e a parte do canal endocervical.
É indicado realizar quando o colo está anormal ao exame, quando há queixa
de sangramento após as relações sexuais ou presença de alterações ao
exame de citologia (papanicolau).
O colposcópio é um aparelho com lentes de aumento, o que permite
a colposcopista visualizar lesões não observadas a olho nu. Com a paciente
em posição ginecológica, é colocado o espéculo vaginal, popularmente
conhecido como bico de pato. Após a visualização do colo com o
colposcópio uma primeira vez, o ácido acético é o primeiro líquido colocado
sobre o colo do útero e na vagina para corar as células e permitir que o
médico veja melhor onde as células anormais estão localizadas e o tamanho
de todas as áreas anormais. Quando essa solução é utilizada, a paciente
pode sentir uma sensação de queimação ou ardência leve.
O tamanho, tipo e localização de células anormais vão ajudar a determinar
qual área ou áreas precisam ser biopsiadas. Essa informação vai ainda
determinar quão grave é a anormalidade e também ajudar a determinar
qual o tratamento. Quando monitorada e tratada precocemente, as áreas
pré-cancerosas geralmente não evoluem para o câncer cervical. Anestesia
não é normalmente usada antes da biópsia do colo uterino ou das paredes
vaginais porque a biópsia provoca apenas um leve desconforto ou cólica
para a maioria das mulheres. Mas o limiar de dor de cada pessoa pode variar.
Converse com seu médico sobre isso.
Após essa visualização com ácido
acético, em geral, é aplicado o
lugol, substância à base de iodo,
com a função de corar o colo do
útero e as paredes vaginais para
fornecer ainda mais informações.
Pessoas com alergia a iodo devem
informar ao médico para que essa
parte do exame não seja realizada.

Colposcópio Vagina

Colo do útero

Espéculo

Útero

Raio de luz

Colposcopia

10

Estágio IIA2: carcinoma invasivo com ≥ 4 cm em sua maior dimensão.

Estágio IIB: com invasão parametrial mas sem extensão à parede da pelve.

Estágio III: carcinoma acomete o terço inferior da vagina e/ou se estende à parede da pelve e/ou causa hidronefrose ou perda de função renal e/ou invade os linfonodos pélvicos e/ou para-aórticos.

Estágio IIIA: carcinoma acomete o terço inferior da vagina, mas sem extensão à parede pélvica.

Estágio IIIB: extensão à parede da pelve e/ou hidronefrose ou perda de função renal (exceto quando sabidamente decorrente de outras causas).

Estágio IIIC: invasão dos linfonodos pélvicos e/ou para-aórticos, independentemente do tamanho e extensão do tumor.

Estágio IIIC1: metástase somente em linfonodos pélvicos.

Estágio IIIC2: metástase em linfonodos para-aórticos.

Estágio IV: carcinoma estende-se além da pelve verdadeira ou envolve (com confirmação em biópsia) a mucosa da bexiga ou do reto. (Edema bolhoso, por si só, não permite que o caso seja classificado como Estágio IV).

Estágio IVA: disseminação para órgãos pélvicos adjacentes.

Estágio IVB: disseminação para outros órgãos à distância.

11

Pode fazer parte do plano de tratamento

Cada uma delas, sozinha ou combinada, pode ter como Cirurgia objetivo Radioterapia Quimioterapia Terapia direcionada Ensaio clínico Cuidado paliativo

Retirar o câncer Reduzir o crescimento do câncer Reduzir o risco de disseminação do câncer para outras partes do corpo Encolher o tumor para melhorar a operabilidade Aliviar os sintomas Gerenciar os efeitos colaterais

Entendendo

seu tratamento

No cuidado do câncer, médicos de diferentes especialidades trabalham
juntos para criar um plano de tratamento personalizado para cada paciente.
As opções e recomendações dependem de vários fatores, incluindo o tipo
de tumor, seu tamanho e a extensão de sua disseminação (classificado em
diferentes estágios do câncer), idade e informações sobre os receptores
hormonais e expressão da proteína do tumor. Além do câncer, o plano de
cuidados incluirá também o tratamento de efeitos colaterais.

Antes do início do tratamento, é importante

discutir os objetivos e os possíveis efeitos

colaterais com o médico.

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Cirurgia de conização ou traquelectomia

A cirurgia de conização do colo do útero é bastante simples e rápida, durando
aproximadamente 15 minutos. Ela pode ser feita via ambulatorial ou com sedação
e tem objetivo de diagnóstico e em alguns casos de tumores muito iniciais de
tratamento. A conização pode ser feita com uma alça de ressecção (CAF-cirurgia
de alta frequência) e com um bisturi de lâmina fria. O melhor método é escolhido
pelo seu médico.
Durante o exame, a mulher é colocada em posição ginecológica e
o médico coloca o espéculo para observar o colo do útero. Depois,
usando um pequeno laser ou um aparelho semelhante a um
bisturi, o médico retira uma amostra de cerca de 2 cm, que será
analisada em laboratório.

Espéculo

Colo do útero

Alça de ressecção

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Quimioterapia

A quimioterapia é uma modalidade de tratamento que utiliza medicamentos

específicos para a destruição das células cancerosas. Como atuam em

diversas etapas do metabolismo celular, as medicações alcançam as células

malignas em qualquer parte do organismo, com o objetivo de diminuir ou

parar a atividade do tumor.

A aplicação da quimioterapia é definida pelo médico oncologista e pode

ser realizada durante a internação ou em ambulatório. O tratamento

quimioterápico pode contar com um único medicamento ou com a

combinação de vários deles (mistura de drogas e doses), por via intravenosa

(na veia ou por cateteres) ou via oral (comprimidos ou cápsulas).

O tratamento pode ser indicado como terapia exclusiva, adjuvante ou

neoadjuvante. A terapia exclusiva é quando o principal tratamento adotado

para combater o câncer é o de quimioterapia. Adjuvante, é geralmente o

tratamento complementar aplicado após o tratamento primário, como a

cirurgia. E neoadjuvante é feito antes da cirurgia, utilizado para diminuir o

tumor e a agressividade do procedimento.

Em todos os casos, o tratamento é acompanhado pelo médico oncologista,

que avalia a eficácia da terapêutica adotada e decide, a partir dos resultados

e das reações orgânicas apresentadas por cada paciente, a necessidade de

adotar algum ajuste. Além da quimioterapia, existem outros medicamentos

utilizados, como antagonistas hormonais, anticorpos monoclonais e algumas

modalidades da chamada terapia-alvo dirigida.

Tratamento sistêmico

O tratamento sistêmico pode utilizar a quimioterapia e terapia-alvo,

explicadas nas seções abaixo.

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Na cartilha dos Direitos do Paciente com Câncer, você encontra informações sobre:

_- Saque do FGTS;

  • PIS;
  • Compra de veículos adaptados ou especiais;
  • Isenção de IPI, CMS e IPVA;
  • Dispensa do rodízio de veículos;
  • Transporte coletivo gratuito;
  • Quitação de financiamento de imóvel;
  • Compra de veículos adaptados ou especiais;
  • Entre outros benefícios aos quais o paciente e sua família têm direito._

Para consultar a cartilha, acesse https://accamargo.org.br/pacientes-acompanhantes/ cartilha-dos-direitos-do-paciente-com-cancer

Para apoiar e auxiliar o paciente diagnosticado com câncer, elaboramos

uma cartilha que reúne os direitos do paciente com câncer.

Essa foi a forma encontrada para demonstrar nossa preocupação

também com algumas questões práticas, sociais e financeiras que afetam

os pacientes. Essa compilação de legislações trata dos direitos das

pessoas portadoras de câncer e/ou de doenças graves, sendo que o seu

objetivo é facilitar o entendimento e auxiliar no processo de solicitação

dos benefícios previstos em lei, que podem atenuar os impactos

financeiros e sociais dos pacientes oncológicos.

Cartilha de direitos

do paciente com câncer

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