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Guias e Dicas
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Cancer de mama e psicologia, Manuais, Projetos, Pesquisas de Psicologia da saúde

O psicologo (a) na luta contra o câncer

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2019

Compartilhado em 25/08/2019

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bruno-vinicius-64 🇧🇷

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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE
LONDRINA
Bruno Vinicius
Emerson Santos
Guilherme Cantieri
O papel do profissional de psicologia no
tratamento do câncer de mama
Londrina
2019
SUMÁRIO
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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DE

LONDRINA

Bruno Vinicius

Emerson Santos

Guilherme Cantieri

O papel do profissional de psicologia no

tratamento do câncer de mama

Londrina 2019

SUMÁRIO

REFERENCIAL TEÓRICO

  • RESUMO...............................................................................................
  • INTRODUÇÃO......................................................................................
  • PROBLEMA..........................................................................................
  • JUSTIFICATIVA.....................................................................................
  • OBJETIVO GERAL...............................................................................
  • OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................
  • HIPÓTESE.............................................................................................
  • CONTEXTO HOSPITALAR.................................................................. O PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA NO
  • O CANCER DE MAMA E SUAS IMPLICAÇÕES................................
  • TRATAMENTO DO CANCER DE MAMA A ATIVIDADE DO PSICÓLOGO NO
  • CONCLUSÃO........................................................................................
  • METODOLOGIA....................................................................................
  • CRONOGRAMA...................................................................................
  • REFERÊNCIA........................................................................................

RESUMO:

A psicologia moderna conseguiu apresentar um expressivo desenvolvimento terapêutico em diversas linhas de abordagens. Uma importante área de atuação do psicólogo é a prática hospitalar, onde o profissional é peça fundamental em todas as etapas do tratamento ao paciente; visando diminuir a ansiedade, angústia, e outros aspectos emocionais relacionados ao impacto da hospitalização. O tratamento do câncer de mama é um exemplo, visto que, é uma doença extremamente temida pelas mulheres, deste modo não somente afeta o emocional e o social, mas também questões como a sensualidade e a sexualidade, e toda a simbologia cultural que detém o seio da mulher. Podemos descrever oito preocupações básicas em pacientes com câncer de mama: “perda do controle sobre a vida, mudanças na autoimagem, medo da dependência, estigmas, medo do abandono, raiva, isolamento e morte”. A atitude de otimismo do paciente frente à doença e às perspectivas do tratamento são fundamentais para a qualidade de vida, e mesmo com as dificuldades inerentes à doença, é possível manter um quadro de atividades de equilíbrio psicológico. A manutenção desse equilíbrio é fundamental no tratamento e tem no psicólogo uma excelente oportunidade para atingir esse objetivo.

Palavras chave: Psicologia hospitalar; tratamento; câncer de mama; feminilidade

INTRODUÇÃO

O presente trabalho se constitui em identificar e descrever qual é a atuação do profissional de psicologia no tratamento do câncer de mama. O seguinte projeto foi realizado na Instituição de Ensino Superior de Londrina, no segundo trimestre do ano de 2019. Trata-se de uma pesquisa, a partir de levantamentos de bibliografias acerca de tal assunto; buscas em livros, artigos e revistas. Tem como objetivo geral a apresentação da atuação do psicólogo no contexto hospitalar, com enfoque no câncer de mama; apresentar os aspectos subjetivos relacionados ao tratamento e a atuação neste contexto de hospitalização. Na primeira sessão, a problemática que envolve a atuação do profissional de saúde mental em hospitais é colocada em questão. Faz-se presente também a dinâmica relacionada à intervenção do psicólogo (a) junto às equipes multidisciplinares no processo de tratamento em pacientes acometidas pelo câncer de mama, visto que, é indubitável que o profissional possua certa desenvoltura para agir perante a situação. Mais adiante, na segunda sessão, foi abordada a questão em volta das variadas implicações no tratamento, assim como, o impacto nos aspectos subjetivos da feminilidade da mulher; do diagnostico ao tratamento. Por fim, faz-se necessário a amostra do trabalho do psicólogo (a) no cenário oncológico. São práticas e técnicas que partem de premissas fundamentais para a humanização do paciente, levando em conta seu histórico de vida, idade, sexo e estágio da doença.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 O PROFISSIONAL DE PSICOLOGIA NO CONTEXTO HOSPITALAR

A psicologia moderna conseguiu apresentar um expressivo desenvolvimento terapêutico em diversas linhas de abordagens. Muitas dessas linhas obtiveram

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Desde a década de 70, instalaram-se vários cursos de formação, introdução, aperfeiçoamento, especialização mascarando a preocupação com a formação do psicólogo hospitalar, ou seja, ainda havia resistência do psicólogo trabalhar junto à equipe, pois até então o seu trabalho era clínico. (Cantarelli, 2009 p.138).

A psicologia hospitalar trabalha na diminuição do sofrimento do paciente enquanto hospitalizado, desse modo, a psicoterapia breve é uma das técnicas usadas. Tal técnica possui objetivos claros e limitados, assim se propondo a fazer modificações nos sintomas apresentados e também aliviá-los e, até mesmo, suprimi- los, levando em conta o pouco tempo para tratamento. Este método é usado devido ao número muito alto de pacientes, e também interrupções constantes no tratamento por parte de enfermeiros e médicos que compõe as equipes de cuidado e atenção. Da Silva descreve a dinâmica dessa atuação:

O psicólogo hospitalar tem a sua atuação marcada pelo seu dinamismo, ato que exige do profissional um rápido raciocínio para poder melhor trabalhar com cada situação que lhe é apresentada de forma única e inesperada. (DA SILVA, 2012 p. 3)

O papel do psicólogo hospitalar é extremamente relevante, tanto para a evolução de melhora no quadro do paciente, quanto na questão da harmonia e do desenvolvimento da equipe multidisciplinar que cuida desse paciente. Não podendo esquecer que, o profissional deve ter consciência de que possui limites ligados à sua atuação. Desse modo, o mesmo precisa ter cautela para não se tornar um elemento “negativo” ou invasivo neste processo. Lustosa nos descreve a laboração no processo de apoio psicossocial:

O apoio social exerce efeitos sobre o sistema imunológico, fortalece a autoconfiança, aumenta a capacidade das pessoas de enfrentarem situações adversas, podendo vir da família, dos amigos, do trabalho e dos serviços de saúde (RAMOS & LUSTOSA, 2009, p. 3)

Esses efeitos de apoio social destacados na citação acima são de competência da prática do psicólogo. Ao dispor das técnicas corretas, a psicologia se apresenta como uma prática indispensável para a sobrevida de muitos pacientes

acometidos por muitas doenças, entre elas, o câncer de mama. Com isso, não se faz uma crítica aos tratamentos alopáticos tradicionais, mas apenas se apresenta o trabalho da psicologia como uma importante tarefa para mediar as diversas práticas médicas com o paciente.

1.2 O CÂNCER DE MAMA E SUAS IMPLICAÇÕES

O profissional de psicologia ultrapassou muitas dificuldades e preconceitos por parte de outros profissionais da saúde até instalar-se no meio hospitalar, e hoje tem papel fundamental junto à equipe multidisciplinar. Na atualidade, existem doenças psicossomáticas, autoimunes e muito invasivas, nas quais, o psicólogo é indispensável. O tratamento do câncer de mama é um exemplo, visto que, é uma doença temida por todos, sobretudo, pelas mulheres, desse modo, não afeta somente o emocional e o social, mas também questões como a sensualidade e a sexualidade, e toda a simbologia cultural que detém o seio da mulher (RAMOS e LUSTOSA, 2009 p.1) O câncer possivelmente é uma das doenças mais amedrontadoras que existem, introduzem o real medo da dor, da mutilação e também o medo da morte, pelo fato de que essa doença muitas vezes é vista como algo da ordem da incurabilidade (LOURENÇÃO, et al, 2010 p. 2). A cura ou progresso no tratamento é influenciado pela prática terapêutica e intervencionista, isso implica em cuidados nos âmbitos: biológico, psicológico, familiar, social, econômico, cultural e espiritual. Neste caso, o suporte ao paciente e a equipe se faz indispensável e com isso, é possível reduzir o sofrimento, elevar a autoestima para encarar essa dificuldade, que para as mulheres, muitas vezes, pode ser considerada uma das piores doenças. [...] estressores associados ao diagnóstico e tratamento de câncer acarretam perdas importantes na qualidade de vida implicando em uma necessidade de ajustamento psicossocial para pacientes e familiares (LOURENÇÃO, 2010, p. 3). Podemos descrever oito preocupações básicas em pacientes com câncer de mama: “Perda do controle sobre a vida, mudanças na autoimagem, medo da dependência, estigmas, medo do abandono, raiva, isolamento e morte” (VENÂNCIO, 2004, p.56) Diante desse quadro, podemos observar que as reações das pacientes diante do tratamento apresentam características individuais: “história de vida, contexto cultual e social, espiritualidade e opção sexual” (VENÂNCIO, 2004, p.56).

women's health and body image. The literature shows that patient in breast cancer treatment did not only demonstrate a worsening of physical function and quality of life compared to the general population, but also a greater fall than patients newly diagnosed or who survived. Bettencourt, Moreira, & Canavarro , 2011) apud. (PEREIRA, 2019).

Para que não ocorra uma drástica piora na qualidade de vida do paciente e isso reflita no processo de tratamento, faz-se necessário a atuação do psicólogo para tentar ressignificar o contexto da doença, criar reforçadores positivos e auxiliar na intelecção do quadro de tratamento do doente e da família. É muito importante que o psicólogo faça uma boa Anamnese para levantar junto à família e paciente, quais são as situações sociais que davam significado a vida do paciente. Manter essas atividades pode auxiliar no estresse e na anedonia. A doença e o tratamento formaram um novo contexto ao paciente, no entanto, não é necessário condicionar as experiências produtivas, prazerosas e relevantes aos efeitos do câncer. A pesquisa apontou que os pacientes que se mantiveram otimistas e preservaram as atividades que desempenhavam antes do diagnóstico, obtiveram uma eficácia maior no tratamento. Sendo assim, a pesquisa na Universidade de Murcia apontou para a relevância do quadro psicológico de otimismo do paciente frente ao tratamento:

Optimism can be conceptualized through two theoretical perspectives: optimistic disposition and explanatory style. Optimistic disposition is a personality trait that describes relatively the general mood of positive expectancy of results in different situations. The explanatory style, in turn, understands that relative expectations of future outcome interpret the causes of negative events of the past. Then, individuals with a style of explanatory optimism would interpret negative events as specific, temporary, and external events andexternal (no guilt feelings) causes (PEREIRA, 2019) 1.

Sendo assim, verificamos que a atitude de otimismo do paciente frente à doença e às perspectivas do tratamento são fundamentais para a qualidade de vida. A doença é interpretada como um momento, um aspecto, um quadro limitado diante de outras possibilidades na vida do paciente com câncer de mama. Mesmo com as dificuldades inerentes à doença, é possível manter um quadro de atividades de

1 Otimismo pode ser conceituado através de duas perspectivas teóricas: disposição otimista e estilo explanatório. Disposição otimista é um traço de personalidade que descreve relativamente o estado de disposição geral de expectativa positiva dos resultados em diferentes situações. O estilo explanatório, por sua vez, compreende que expectativas relativas do resultado futuro, interpretam as causas de eventos negativos do passado. Então, indivíduos com um estilo de otimismo explanatório interpretariam eventos negativos como eventos específicos, temporários e externos (Tradução nossa).

equilíbrio psicológico. A manutenção desse equilíbrio é fundamental no tratamento e tem no psicólogo uma excelente oportunidade para atingir esse objetivo

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Levando-se em conta o que foi observado, os objetivos deram norte à pesquisa, portanto, os resultados são de notória magnitude informativa e descritiva sobre a atuação de um profissional de psicologia inserido no contexto oncologico. A problemática que envolve a questão da atuação de um profissional de psicologia no ambiente oncologico se fez presente em todo o texto. É sabido que desde o inicio a ciência psicológica passou por dificuldades e por um processo lento, até se instaurar no contexto hospitalar, porém, com avanço da medicina e a expectativa maior de vida entre os doentes, se fez necessário o trabalho do psicólogo (a) neste cenário. Como visto acima, no primeiro tópico (pagina6), o papel do psicólogo hospitalar requer certo dinamismo para lidar com a situação, são muitos pacientes e como afirma Da Silva (2012 p.3), é importante que o profissional tenha um raciocínio rápido, inclusive quando se trata da questão de trabalho junto à equipe formada por outros profissionais e pelo psicólogo, a equipe multidisciplinar. No contexto oncologico, no câncer de mama, o psicólogo (a) atua sobre uma questão muito importante; a feminilidade da mulher, que está em tratamento, ou seja, o psicólogo (a) tem papel ativo no processo de cura. É preciso entender e intervir sobre os fatores emocionais e reduzir o sofrimento da mulher, elevar sua auto-estima e fazer com que a paciente entenda a real situação em que está, e que é possível enfrentá-la e dar novo significado para a vida. O apoio para com a família também se torna indispensável neste processo.

Os seios da mulher detêm um simbolismo não somente cultural, mas também envolve fatores emocionais e ligados ao feminino e ser mulher. Deste modo podemos mencionar o estudo da universidade de Murcia (PEREIRA, 2019), que relata o importantíssimo trabalho relacionado às perspectivas teóricas de otimismo; a disposição otimista e o estilo explanatório. Foi constatado que pacientes que possuam um otimismo explanatório tendem a ter uma visão diferenciada de seu quadro negativo, interpretam eventos negativos como sendo temporários, e de

Redação do relatório final X

Maio – Levantamento de bibliografia básica e elaboração do projeto; elaboração dos objetivos e correção; encontro semanal com os professores orientadores.

Junho – fundamentação teórica e justificativa; elaboração da apresentação do projeto; apresentação do projeto para sala.

REFERÊNCIAS

DA SILVA, Diogo Batista pereira - PSICOLOGIA HOSPITALAR.

ANGERAMI — CAMON, Valdemar Augusto, et al. Psicologia hospitalar - teoria e pratica

BERGAMASCO, B. B., Ângelo, M. ( 2001). O sofrimento de descobrir-se com câncer de mama: como o diagnóstico é experienciado pela mulher. Revista Brasileira de Cancerologia, v. 03. n.47. ano. 07. Acesso em: 19/05/19. Disponível em: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Desktop/ C%C3%82NCER%20DE%20MAMA%20FEMININO%20E%20PSICOLOGIA.pdf

VENÂNCIO, Juliana Lima. Importância da atuação do Psicólogo no tratamento de mulheres com câncer de mama. In: Revista Brasileira de Cancerologia, 2004.

RAMOS, Bianca Figueiredo, LUSTOSA, Maria Alice. Câncer de mama feminino e psicologia Rev. SBPH v. 12 n. 1 Rio de Janeiro jun. 2009

Vanessa Cristina Lourenção ;Randolfo dos Santos Junior ; Andreia Mara Gonçalves Luiz. Aplicações da terapia cognitivo-comportamental em tratamentos de câncer REVISTA BRASILEIRA DE TERAPIAS COGNITIVAS, 2010, Vol 5, N. 2

SILVA, ET al, Oncologia e ética: relações e aproximações. In: Rev. paul. enferm; 20(1): 42-50, jan.-abr. 2001.

Pereira, M., Paredes, A. C., Nabiço, R., Ribeiro, C., & Ferreira, G. (2019). Calidad de vida en pacientes concáncer de mama: el papel moderador delestrés familiar. Anales De Psicología / AnnalsofPsychology , 35 (2), 181-187. https://doi.org/ 10.6018/analesps.35.2.