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Guias e Dicas
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Diversidade de Espécies Vegetais no Jardim Botânico, Notas de aula de Medicina

Várias espécies vegetais encontradas no jardim botânico, incluindo suas características, distribuição geográfica e importância ecológica. Algumas espécies incluídas são victoria amazonica, ripsalis, nymphaea rubra, senna cana, opuntia brasiliensis, entre outras.

O que você vai aprender

  • Como é a textura do cacto Opuntia brasiliensis?
  • O que caracteriza a inflorescência da Ripsalis?
  • Quais são as cores das flores da Nymphaea rubra?
  • Qual é a distribuição geográfica da Victoria amazonica?
  • Qual é a importância ecológica da Senna cana?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Marcela_Ba
Marcela_Ba 🇧🇷

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CAMINHADA DA FLORAÇÃO
Abril 2018
Associação de Amigos do Jardim Botânico
Floração por Cecília Beatriz da Veiga Soares
Fotos de João Quental
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CAMINHADA DA FLORAÇÃO

Abril 2018

Associação de Amigos do Jardim Botânico

Floração por Cecília Beatriz da Veiga Soares Fotos de João Quental

3. Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth - Próximo à entrada da Bi- blioteca encontra-se o ipezinho-de-jardim. Família: Bigno- niaceae. Distribuição geográfica: Sul dos Est. Unidos, México, Guatemala e América do Sul. Outros nomes: ipê-de-jardim, guará, guará, sinos-amarelos, bignônia-amarela, ipê-amare- lo-de-jardim. Árvore de pequeno porte de 4 a 6m de altura, lenhosa e muito ramificada, folhas compostas, de bordas ser- rilhadas. Inflorescência vistosa, terminal com flores amare- lo-ouro, campanuladas, parecidas como as dos ipês amarelos. Os frutos são cápsulas glabras, deiscentes, compridas, conten- do muitas sementes que são levadas pelo vento. Florescem e frutificam grande parte do ano. Introduzida no Brasil em 1871 como ornamental, e hoje se tornou uma planta invasora que sufoca a vegetação nativa de ambientes cultivados, infes- tando seriamente as áreas de pastagens. É agressiva de difícil controle e causa os maiores problemas principalmente no norte do Paraná e na região da Serra Gaúcha. 4. Calliandra harrisii (Lindl.) Benth. - caliandra , esponjinha

  • Família: Fabaceae - Distribuição geográfica: Brasil, América Central e México. Arbusto com altura de 1,5 a 2m. Inflores- cências compostas por muitas pequenas flores de cor verme- lho-escuro com inúmeros estames longos e finos. Outros no- mes: cabeça-de-anjo, tiririca, flor-de-sangue, erva pambotano, taguapillo. Folhas longas, planas, bipinadas, as flores possuem estames numerosos, longos, vermelhos com anteras amare- las. Há uma planta florida, de pequeno porte, ao lado do Labo- ratório Fitossanitário e outra de maior porte próxima da aleia das Coroupitas (abricó-de –macaco). 5. Cryptostegia grandiflora - Estão floridas as alamandas-ro- xas. Família: Apocynaceae - Distribuição geográfica: Madagas- car e Ilhas Mascarenhas. Confundida com as outras alaman- das amarelas e vinho, mas pertence a outra família. As flores são rosa-arroxeadas. O seu látex dá origem a uma borracha conhecida como “borracha-da-índia”. Possui outros nomes:

videira-borracha, viúva alegre e margarida. Planta arbustiva com 2m de altura. Na Austrália tornou-se invasora, as semen- tes dispersas por ventos e inundações esta planta pode atingir até 30m de altura estrangulando e matando árvores nativas. As sementes são muito tóxicas para os animais.

6. Um caquizeiro decora a AAJB com seus belos frutos verme- lhos, despertando a atenção dos visitantes e fazendo a alegria de diversos pássaros.

Diospyros kaki L.f. - caqui - Família: Ebenaceae - Distribuição geográfica: China e Japão. O nome dióspiri (Diospyrus) tem origem no grego dióspuron, significa “alimento de Zeus” e ca- qui vem do japonês kaki. Está entre as plantas mais antigas de cultivo, conhecido o seu uso na China há mais de 2.000 anos. Em algumas comunidades rurais chinesas a fruta é considera- da com poder místico que pode resolver dores de cabeça, nas costas e nos pés. As primeiras variedades de caqui doce foram trazidas por imigrantes japoneses em 1916. É cultivada prin- cipalmente no Sul do Brasil em climas mais amenos e frios. A fruta possui grande valor nutritivo, contendo vitaminas e sais minerais e indicada para muitos usos medicinais.

7. Encontramos um Ripsalis diferente também na árvore do jardim da AAJB. Família: Cactaceae. Distribuição geográfica:

Estrela do norte ( Rosenbergiodendron formosum)

Alamanda-roxa ( Cryptostegia grandiflora)

Caqui ( Diospyros kaki L.f)

Américas, África ocidental, Madagascar, Ásia tropical. Planta epífita, suculenta, muito comum na Mata Atlântica,

8. Antigonon leptopus - amor agarradinho , lágrima de noi- va , amor entrelaçado. Família: Polygonaceae. Distribuição geográfica: México. Trepadeira semi-herbácea, muito florífe- ra, de ramagem densa e com gavinhas. As flores muito deli- cadas são cor de rosa ou brancas, na primavera e verão. Não se adaptam à clima frio. Muito procurada pelas abelhas, tem grande importância para a apicultura. 9. Megaskepasma erythrochlamys Lindau - Junto ao muro, próximo da AAJB, está a Megaskepasma erythrochiamys - justícia vermelha , capota-vermelha. Família: Acanthaceae

  • Distribuição geográfica: Venezuela. Arbusto grande, semi-le- nhoso, de 3 a 5 m de altura, com folhas grandes elíticas e co- riáceas. Inflorescências grandes, vistosas, terminais, muito ornamentais, compostas de numerosas brácteas vermelhas e pequenas flores brancas, muito atrativas para os beija-flores. Embora sejam nativas da Venezuela são chamadas também de “manto-brasileiro” ou “capa-vermelha-brasileira”. 10. Caryocar microcarpum - Assim que entramos no Parque,

apreciamos o solo decorado por um belo tapete rosado: pe- quiarana-da-várzea. Família: Caryocaraceae - Distribuição geográfica: Região Amazônica, Estados de Amazonas, Pará e Amapá, nas matas periodicamente alagadas. Outros nomes: pequiarana-do- igarapé , pequiá-bravo , petiá , vinagreira. Árvore de grande porte de 20 a 35 m de altura, copa arredon- dada e ampla, tronco ereto e sulcado de 80 cm a 1,00 m de diâmetro, com casca grossa. Folhas opostas e longo-peciola- das, quando esmagadas são usadas pelos nativos como sa- bão. A inflorescência é na extremidade dos ramos com flores branco-amareladas, de estames vistosos róseos de 2,5 cm de comprimento, quando caem ao solo formam um belo tapete rosado. O fruto, com casca lisa, tem uma coloração verde-bri- lhante, contendo uma única semente espinhosa, é comestível. Seu pericarpo é empregado como veneno para os peixes na Região do Rio Negro. O nome pequiarana deriva do tupi e significa “semelhante ao pequi”. A madeira resistente ao apo- drecimento e ao ataque dos cupins é utilizada na construção civil e naval, rodas de moinho, carroçaria, dormentes, esteios, estacas marítimas etc.

11. Syzygium malaccense - Um grande jambeiro , conhecido como jambo-vermelho , jambo da índia ou jamboachá , está frutificando na entrada do Jardim Sensorial.

Da família Myrtaceae , esta imponente árvore frutífera e orna- mental, de até 10m de altura, é nativa da Malásia, Indonésia e Vietnã, foi introduzida na América, ao longo dos anos, princi- palmente nos países do Caribe. Foi levada para o Havaí pelos Polinésios, provavelmente há 1.000 - 1.700 anos atrás. Cha- mada também de “montanha maçã”, “rosa malaio”, “maçã-ma- laio” ou simplesmente “malaio”. É uma combinação de rara beleza com o formato cônico de sua copa, suas folhas gran- des verde-escuras e brilhantes, uma vistosa inflorescência vermelho-rosada de perfume suave e agradável, os frutos são vermelhos com polpa suculenta, comestíveis, aproveitados no preparo de compotas, geleias e vinho. Os frutos são também apreciados e disputados por diversos pássaros, pelos maca- cos e outros animais.

( Ripsalis)

Amor agarradinho (Antigonon leptopus )

Jambo-vermelho (Syzygium malaccense )

espécie, que pode ser apreciada até hoje, como parte de um roteiro turístico.

19. Tradescantia sillamontana - planta perene, de 30 a 40cm de altura. Família: Commelinaceae. É endêmica nas áreas se- cas no nordeste do México. As folhas carnosas são dispostas em uma forma geométrica. As flores são delicadas, a corola é constituída por três pétalas rosa-púrpura brilhante e três sépalas pequenas. 20. Cactos com flores brancas aveludadas. 21. Senna cana - Na encosta do cactário, completamente co- berta de flores amarelas, encontra-se o fedegoso-do-mato ou cássia cana. Família: Fabaceae. Distribuição geográfica: Brasil, na Caatinga e no Cerrado, principalmente nas terras do Vale São Francisco. Pequena árvore, não passa de 6m de altura, de tronco curto, com copa arredondada, densa e baixa. A floração é exuberante, com delicadas flores amarelas. Con- siderada pela população local de grande importância com vá- rios empregos como planta medicinal. 22. Tradescantia spathacea Sw. - moisés-no-berço , aba-

caxi-roxo. Família: Commelinaceae. Distribuição geográfica: México. Planta muito ornamental, com 20 a 30 cm de altura, folhas em rosetas verde-escuras na fase superior e roxas na inferior e na base das folhas pequeninas flores brancas envol- vidas por brácteas em forma de berço, origem ao seu nome popular.

23. Opuntia brasiliensis - opuntia com flores amarelas. Famí- lia: Cactaceae. 24. Hylocereus monacanthus - pitaia , fruto dragão , planta exótica por seus frutos vermelhos muito decorativos. Família: Cactaceae. Distribuição geográfica: Colômbia, Panamá, Costa Rica, Equador, Suriname, Venezuela, Guiana, Nicarágua, Peru e México. Somente floresce à noite, conhecida e chamada tam- bém como “flor da noite”. O termo Pitaia significa fruta esca- mosa. Seus frutos são muito comercializados.Atualmente tem sido cultivada na China e em Israel. No Brasil já são encontra- das nos nossos mercados. 25. Galphimia brasiliensis - Ao lado da escada que vai para o Mirante encontra-se o resedá amarelo , brasileirinha ou trialis , da família Malpighiaceae. Distribuição geográfica: sul do Brasil, Argentina e Uruguai. São pequenos arbustos de 1 a

(Tradescantia sillamontana )

Cacto com flores brancas aveludadas

Moisés no berço (Tradescantia spathacea )

Pitaia (Hylocereus monacanthus )

2 m de altura, de textura semi-lenhosa, muito ramificado, com folhagens verde-médio, estão quase sempre floridos forman- do um conjunto vistoso pela grande quantidade de pequeni- nas flores delicadas, na cor amarelo-dourado.

26. Dianella tasmanica - dianela - Família: Xanthorrhoeaceae. Distribuição geográfica: Austrália, Tasmânia e Oceania. Planta perene, de pequeno porte, forma touceiras. As flores são de um lindo azul suave. 27. Cacto com fruto cor de rosa. 28. Aeschynomene elaphroxylon - No Lago Frei Leandro está a madeira de balsa - Família: Fabaceae - Distribuição geográfi- ca: Etiópia, Sudan, Gana, Nigéria e Zimbábue. Pequena árvore de até 9 m cresce em solos encharcados, rios, lagos e pânta- nos. As flores são amarelo-alaranjadas, os frutos são em espi- ral, as sementes castanho-escuro arroxeadas têm a forma de rim, as folhas misturadas a outras plantas são empregadas no tratamento de reumatismo e também no tratamento de pele. Utilizam as hastes para pesca, no fabrico de sandálias e como combustível e forragem. A madeira pálida e muito leve serve para a construção de balsas, canoas, jangadas e no fabrico de móveis. 29. Ravenala madagascariensis - árvore-do-viajante encon- tra-se com inflorescências brancas e belíssimas sementes azul cobalto. O nome como é conhecida refere-se à água retirada do interior da bainha de suas folhas, utilizada pelos viajantes. Pertence à mesma família da ave-do-paraíso ( Strelitzia regi- nae ).

Uma curiosidade quanto às suas flores: As inflorescências nascem nos eixos foliares. Ultrapassam o ápice das folhas e as- sim notavelmente adaptadas à polinização pelos passarinhos. Numerosas flores com seis pétalas brancas e seis estames são dispostas nas axilas das brácteas naviculares. O passarinho polinizador pousa sobre uma das brácteas e é obrigado a se inclinar muito para a frente, a fim de conseguir atingir o néc- tar da flor da mesma inflorescência que se encontra embaixo dele. No momento desse contato, a flor se abre subitamente e inunda o peito do passarinho com pólen, que ele leva, em seguida, até a próxima flor.

30. Nymphaea lotus ou lírio d´água com flores brancas, no Lago Frei Leandro. Família: Nymphaenaceae.

Dianela (Dianella tasmanica )

Árvore do viajante (Ravenala madagascariensis )

curandeiros indígenas como aditivo para a ayahuasca, com- postos psicoativos são encontrados nas folhas, caules e raízes. Também é importante para a cerimônia ritual e observâncias mágicas e religiosas. Nas tribos amazônicas é empregada como planta medicinal para tratar a febre, artrite, sintomas de sífilis, febre amarela, picada de cobra e de outros insetos. Ajuda a regular a pressão sanguínea e possui propriedades anti-inflamatórias. Pesquisas recentes indicam que podem ser útil para as pessoas que sofrem de pressão e ansiedade. O nome do gênero Brunfelsia é uma homenagem ao médico, botânico e teólogo alemão Otto Brunfelds (1480-1543).

37. Rotheca myricoides - A borboleta azul está florida. Fa- mília: Verbenaceae - Distribuição geográfica: Uganda, África. Arbusto ereto, ramificado de 1,5 a 2m de altura. As folhas são verde-brilhantes e as flores delicadas tem parte azul-clara e parte azul-violeta, semelhantes a pequenas borboletas. É planta muito visitada pelo inseto mamangava. 38. Cordia superbagrão de galo ou babosa branca. Distri- buição geográfica: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. O solo ao seu redor está coberto por um tapete de flores bran- cas. Deveriam ser muito utilizadas para a arborização urbana, pois florescem três vezes ao ano, nunca perdem as folhas e suas raízes não prejudicam as calçadas. Seus frutos são muito apreciados pelos pássaros. 39. Schefflera arborícola - cheflera pequena. Família: Aralia- ceae. Distribuição geográfica: Taiwan. Arbusto ramificado de 3 a 5 m de altura, textura semi-lenhosa. Inflorescência branco- creme, muito ornamental. Está frutificando atraindo diversos pássaros. 40. Schefflera actinophylla - árvore guarda-chuva , árvore polvo , brassaia. Família: Araliaceae. Distribuição geográfica: Austrália. Árvore de 5 a 8 m de altura, sendo que no seu país de origem pode atingir até 30 m de altura. As folhas são gran- des, verdes e brilhantes. Inflorescência terminal vermelha que surge por cima da folhagem com muitas flores diminutas e frutos pequenos vermelhos e suculentos disputado pelos mais diversos pássaros. Muito decorativa é usada como plan- ta de interior na Europa e nas Américas. 41. Senna silvestris - Em frente ao Orquidário está florida a cássia silvestre , poucada ou fedegoso-do-mato. Família: Fabaceae. Distribuição geográfica: Ocorre em todo o Brasil, encontrada em matas pluviais, florestas semidecíduas e cer- rados, tanto em terra firme como em várzeas. Árvore de 5 a 20 m de altura, copa arredondada, baixa, tronco curto, reves- tido de casca fina. Muito ornamental com exuberante floração amarela que sempre ocorre no verão. A madeira é usada em caixotaria. 42. Heliconia psittacorum - No jardim da antiga Presidência, ao lado do Bromeliário há um grande canteiro da helicônia papagaio , caetezinho , tracoá. Família: Heliconiaceae - Dis-

Manacá de flor grande (Brunfelsia grandiflora )

Cheflera pequena (Schefflera arborícola )

Árvore guarda-chuva (Schefflera actinophylla )

tribuição geográfica: Brasil. Pequeno arbusto, entouceirado, ereto, de 1,5 a 2m de altura. Folhas coriáceas, lisas, inflores- cências com brácteas vermelhas e amarelas, durante quase o ano todo.

43. Allamanda blanchetii A.DC. - alamanda vinho. Família: Apocynaceae. Distribuição geográfica: Brasil, região Norte. Outros nomes: alamanda-cheirosa , alamanda-rosa , orélia , rosa-do-campo. Arbusto semi-lenhoso utilizado como trepa- deira, muito rústica e bonita, os ramos longos atingem de 3 a 3,5m, as folhas são ovaladas, coriáceas, verde-brilhantes, as flores são grandes, perfumadas, de cor róseo-arroxeadas. Flo- resce grande parte do ano. Esta planta não tolera o frio. 44. Clusia lanceolata - Ao lado e atrás do Bromeliário a cebo- la-da-mata , cebola-da-restinga ou ceboleiro-da-praia. Fa- mília: Clusiaceae. Distribuição geográfica: áreas de restinga do Rio de Janeiro, região costeira e no norte de S. Paulo. Arbusto de 2 a3 m de altura, as folhas são espessas, lisas e brilhan- tes, suas flores de textura a de uma flor de cera e suas flores brancas com centro avermelhado atraem pássaros, abelhas e borboletas. Permanece florida grande parte do ano. O látex de algumas espécies de clusia é utilizado na medicina popular como cicatrizante de feridas, no tratamento de pele, entre ou- tros e é analgésico. 45. Magnolia champaca - Na beira do Lago da Restinga está florescendo a magnólia amarela. Família: Magnoliaceae. Distribuição geográfica: India e Himalaia. Árvore de 7 a 10m de altura, de tronco cilíndrico com casca parda. Copa caracte- rística, decorativa, muito ornamental. É considerada uma das árvores mais disputadas pelos pássaros, atraindo também a fauna. Entre os hindus esta magnólia é objeto de grande vene- ração, dedicada a Vichnou, segunda pessoa da trindade hin- du. No Sudeste Asiático as flores são levadas para adoração

nos templos e usadas para perfumar ambientes, colocadas flutuando em recipientes de água e como fragrância no leito matrimonial. Apreciadas pelas meninas e mulheres como or- namento dos cabelos pela beleza e perfume natural. É empre- gada na fabricação de perfumes.

46. Ouratea cuspidata - O trabalho da recuperação da Res- tinga já começa a apresentar excelentes resultados: já encon- tramos florida a vassoura de feiticeira. Família: Ochnaceae. Distribuição geográfica: Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Arbusto de 2m a 4m de altura, com folhas simples e alternas. A inflorescência é terminal, flores amarelas com 5 pétalas. Os frutos são enegrecidos quando maduros. Floresce e frutifica praticamente o ano todo. Planta muito ornamental, suporta solos secos e muito sol, adaptando-se também a locais semi- sombreados. 47. Triplaris americana L. - É tempo de apreciarmos a inflo- rescência vermelha do pau-formiga , formigueira , pau-de- novato , novateira. Família: Polygonaceae - Distribuição geo- gráfica: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e oeste de S. Paulo. Árvore alta e esguia, de 10 a 20 m de altura, de crescimento rápido. A copa tem formato colunar e piramidal, com tron- co retilíneo, de casca acinzentada, oco, abrigando formigas

Alamanda vinho (Allamanda blanchetti )

Magnólia amarela (Magnolia champaca )

Vassoura de feiticeira (Ouratea cuspidata )

corante de larga utilização nas indústrias alimentar, popular, farmacêutica, cosmética, de tintas e tecidos. Na indústria ali- mentar, está provada a sua eficácia na utilização como corante em derivados do leite, como queijos, manteigas, margarinas, refrigerantes, vinhos, carnes, em substituição aos corantes de origem mineral. Contém vitaminas A, B e caroteno. Na indústria de cosméticos é empregado como bronzeador. São inúmeras as indicações na indústria farmacêutica e é também afrodisíaco. Considerado a essência do amor incondicional, nos Florais de Minas é indicado para as personalidades agres- sivas, quando essa atitude gera somatizações que comprome- tem a saúde.

NOS CANTEIROS DAS PLANTAS MEDICINAIS

51. Hedychium coronarium - lírio do brejo - Famíla: Zingi- beraceae. Distribuição geográfica: Himalaia, Nepal e Índia. Conhecido também como lágrima-de-moça , lágrima-de- vênus , jasmim-borboleta , lírio branco , gengibre branco. Planta palustre, com 1,5 a 2,0 m de altura, de crescimento rápido, com folhagem verde brilhante, ornamental, com gran- des flores brancas muito perfumadas. 52. Justicia calycina (Nees) V.A.W.Graham - sara tudo - Famí- lia: Acanthaceae - Distribuição geográfica: América do Sul, Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Guianas.

Planta perene de 80 a 100cm de altura. É colhida na natureza para uso local como medicinal. Brotos jovens e folhas são an- tibactericidas, empregada no combate das tosses e resfriados e na dor dos olhos. Suco das folhas maceradas é aplicada no tratamento de eczema, micose e feridas.

53. Cheilocostus speciosus (J.Koenig) C.D.Specht - cana-do-bre- jo. Família: Costaceae - Distribuição geográfica: América Cen- tral e América do Sul, especialmente Brasil, algumas espécies da Ásia (Índia). Outros nomes: costus , canela-de-ema , cana- de-macaco , gengibre-espiral. Herbácea rizomatosa, entou- ceirada, 1,20 a 2m de altura, com hastes recurvadas nas ex- tremidades, semelhantes à cana, folhas dispostas em espiral, inflorescências cilíndricas com brácteas vermelhas vistosas e flores brancas. Na Índia, os rizomas comestíveis (raízes) fa- zem parte da famosa “triaga” índia, compota e conserva muito apreciadas. Na Indochina, costuma-se extrair do rizoma uma fécula idêntica à da araruta, indicada especialmente como complemento alimentar para crianças e convalescentes. Na medicina possui várias indicações, as folhas frescas são efica- zes quando aplicadas sobre ferimentos. 54. Ipomoea quamoclit - trepadeira esqueleto - Família: Con- volvulaceae - Distribuição geográfica: América Central e do Sul. De crescimento rápido, pode chegar a 6 m de altura, flores pequenas, vermelhas, em forma de estrela de 5 pontas. Consi- derada planta medicinal. 55. Xiphidium caeruleum - xifidio - há vários canteiros com delicadas flores brancas. Família: Haemodoraceae - Distribui- ção geográfica: Sul do México e América do Sul, é encontrada na floresta amazônica, principalmente em áreas mais úmidas como bordas de igarapés. Planta perene de pequeno porte está dispersa em alguns locais do Arboreto.

Urucum (Bixa orellana )

Sara tudo (Justicia calycina (Nees.) V.A.W.Graham )

Esqueleto (Ipomoea quamoclit )

56. Antidesma bunius (L.) Spreng. Junto à ponte do Rio dos Ma- cacos, a pequena árvore falsa richéria está plena de semen- tes para a alegria dos mais diversos pássaros. 57. Nymphaea capensis - as ninfeias de belas flores azuis estão floridas. Família: Nympheaceae. Distribuição geográfica: África. Nativa do rio Nilo, no tempo dos faraós, esta ninfeia era venerada como flor sagrada. Grandes buquês foram encerra- dos no túmulo de Ramsés. 58. Spathodea campanulata - tulipa africana ou bisnaguei- ra. Família: Bignoniaceae. Distribuição geográfica: África Tro- pical. Árvore muito ornamental de 15 a 20 m de altura, copa densa arredondada de folhagem vigorosa com folhas grandes verde escuras. As flores são vistosas de cores vermelho ala- ranjado, muito numerosas, campanuladas, voltadas para cima em forma de taça. Chamadas pelos Britânicos de “Chamas da Floresta” e “Árvore das Chamas”. O botão floral em forma de bisnaga contém água. Estes botões fazem a alegria das crian- ças, usados nas brincadeiras tirando partido de sua capacida- de de esguichar água. Conhecida por isso de “xixi de macaco”. 59. Pavonia schimperiana Hochst. ex A.Rich. No grande cantei- ro, em frente ao Memorial Mestre Valentim, encontra-se flo- rido o algodão-da-abissínia – Família: Malvaceae. Distribui- ção geográfica: Abissínia, Etiópia, Angola, Luanda, encontrada ao longo das margens das florestas e matagal secundário, associados à áreas de alta pluviosidade. Conhecido também como algodão-da-vizinha. Árvore de 6 a 9 m de altura, com crescimento rápido, tronco curto e cilíndrico, revestido por casca fina, rugosa e de cor acinzentada, ramos curtos e tortuo- sos, com copa ovalada e densa. Folhas simples, de coloração verde-escuro na face superior e acinzentada na face inferior, grosseiramente serrilhadas, lisas e muito macias. Flores so- litárias terminais, muito vistosas com coloração de rosa ao lilás-escuro e pétalas vermelhas. Frutos cápsulas deiscentes, revestidos por denso tomento ferrugíneo, contendo muitas sementes marrons. As fibras da casca são empregadas na cor- doaria e a madeira leve em caixotaria e lenha. Adapta-se bem em regiões litorâneas do sudeste e nordeste do Brasil. 60. Heliconia hirsuta - helicônia amarela - Família: Helicona- ceae. De pequeno porte, até 2 metros. Distribuição geográfica: Havaí. Floresce o ano todo.

Falsa richéria (Antidesmia bunius (L.) Spreng )

Ninféia azul (Nymphaea capensis )

Algodão da abissínia (Pavonia schimperiana Hochst. ex A. Rich )

muito aromáticas. As flores são brancas de 1,5 a 2cm de diâ- metro com 7 a 8 pétalas. Era um sonho de D. JoãoVI trans- formar o Brasil em grande produtor e exportador de chá, tor- nando-se o maior fornecedor do mercado europeu. Em 1812 foi iniciada, nas encostas do local que conhecemos como Vista Chinesa, uma plantação de chá, por chineses trazidos de Ma- cau, pelo Conde de Linhares. Foram plantados 6.000 pés, sob a supervisão do Jardim Botânico, com três colheitas anuais até 1822. Fracassou em 1828. O grande botânico Von Martius achou detestável o paladar do nosso chá.

67. Couroupita guianensis - A aleia dos abricós de macaco encontra-se com belíssima floração e perfumada, outros no- mes: cuia-de-macaco , macacarecuia. Família: Lecythida- ceae. Distribuição geográfica: Região Amazônica em margens inundáveis dos rios e nas Guianas. Atinge até 30m de altura. É uma das mais belas árvores tropicais quando nesta época se transformam em imensas colunas revestidas de inúme- ras flores vermelhas, belas, vistosas e perfumadas que saem diretamente dos troncos, envolvendo-os totalmente. Seus frutos, esféricos, grandes e pesados, na tonalidade castanha, são comparados a balas de canhão, sendo a árvore também conhecida como “bala-de-canhão”. Estes frutos contém uma polpa azulada de odor desagradável no amadurecimento, contém grande quantidade de sementes apreciadas pelos animais e disputadíssimas especialmente pelos macacos. Esta floração geralmente permanece do mês de outubro ao mês de março. 68. Vangueria madagascariensis J.F.Gmel.- o tamarindo-es- panhol está florescendo. Família: Rubiaceae - Distribuição geográfica: África Tropical do Senegal a Nigéria, República do Congo, também Sudão, Etiópia, Uganda, Zanzibar e Ma- dagascar. Arbusto ou pequena árvore de 2 a 10m de altura. Encontrada em áreas secas, em baixas elevações, ribeirinhos, florestas verdes, prados arbustivos, também em afloramen- tos rochosos e montículos de cupim, da elevação do nível do mar até 2.400 m de altitude. É intolerante à geadas. O gênero

Vagueria foi descrito em 1791 por Johan Friedrick Gmelin. As flores são pequenas e de aroma desagradável. A fruta é glo- bosa, castanho amarelada, a polpa de sabor ligeiramente aci- dulado que lembra o do tamarindo ou às vezes do chocolate, principalmente apreciado pelas crianças. São consumidos ao natural ou em bebidas e conservas.Na medicina caseira é em- pregada no tratamento da malária.Raízes e cascas são usadas na medicina tradicional.

69. Mascarenhasia arborescens - mascarenhas - encontra-se em frente às mangueiras. Família: Apocynaceae. Distribuição geográfica: África Oriental, Madagascar, Ilhas Comores e Sei- cheles. Árvore de 3 a 4 metros de altura, de casca marrom- claro e raminhos cinzas e ásperos, contendo um látex leitoso. Está sempre florida com inúmeras pequeninas belas e delica- das flores brancas de suave aroma. Foi uma importante fon- te de borracha natural, em Madagascar, no início de 1900. O nome genérico é retirado de Mascareignes franceses, referen- te a um grupo de iIhas do Oceano Pacífico. 70. Parmentiera cereifera - Próximas à guarita, após a entrada do Arboreto as duas árvores-da-vela estão floridas. Família: Bignoniaceae. Distribuição geográfica: México, Panamá, Amé- rica Central.

Chá (Camellia sinensis (L.) Kuntze )

Tamarindo-espanhol (Vangueria madagascariensis J.F.Gmel )

Árvore da vela (Parmentiera cereifera )

Árvore de 5 a 7m de altura, com tronco muito ramificado. As flores são dispostas ao longo do tronco e dos ramos, quando caem formam sob a sua copa um tapete branco muito deco- rativo, os frutos são longos, cilíndricos, branco-amarelados, cerosos, dependurados diretamente dos ramos, com aspecto semelhantes a uma vela, contêm polpa na qual estão embuti- das as sementes, pequenas e achatadas.

71. Averrhoa carambola - carambola - Família: Oxalidaceae. Distribuição geográfica: Ásia, Sri Lanka e nas Ilhas Molucas. Foi introduzida no Brasil em 1817, sendo popular em todo o país, principalmente na Região Nordeste. Árvore muito orna- mental, seu fruto de sabor agridoce é rico em minerais, vita- mina A, C e do complexo B, sendo indicada para combater a febre. 72. Trimezia fosteriana - iris amarelo , pseudo-iris - Família: Iridaceae. Distribuição geográfica: Venezuela, Caribe. Her- bácea de 60 a 90cm de altura, perene, erecta, entouceirada. Flores amarelas, pequenas, delicadas, quase o ano todo, prin- cipalmente na primavera. Tolera o sol pleno mas prefere meia sombra. Pode ser plantada na contenção de taludes e no com- bate à erosão. Pois cresce e se alastra com rapidez, tem raízes fortes e não é exigente quanto ao solo. 73. Para quem aprecia rosas vale uma visita ao Roseiral.

Carambola (Averrhoa carambola )

Iris amarelo (Trimezia fosteriana )

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Jornalista Ligia Lopes contato@amigosjb.org.br +55 21 2239- +55 21 2259-