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Calendário Vacinal da gestante, Resumos de Obstetrícia

Resumo tradando-se do calendário vacinal das gestantes

Tipologia: Resumos

2024

Compartilhado em 29/04/2024

michelly-montenegro
michelly-montenegro 🇧🇷

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MICHELLY PEREIRA MONTENEGRO – G8
CALENDÁRIO VACINAL DA GESTANTE
Qual a importância da vacinação para a
gestante?
Na gravidez, a prática da vacinação é
indispensável, visando à saúde materna e do
concepto. Deve fazer parte do checklist de
recomendações do ginecologista e obstetra.
Alterações da imunidade celular acarretam
maior susceptibilidade da gestante a infecções,
como a influenza, com evolução para formas
graves da doença. Ao mesmo tempo, as
gestantes respondem de forma efetiva à
vacinação, produzindo anticorpos
adequadamente.
Quando a gestante é vacinada, melhora
significativa na saúde materna e neonatal
relativa a essas infecções. É importante
destacar que, vacinando a gestante,
passagem transplacentária de anticorpos,
protegendo o concepto. Isso também ocorre
pelo leite materno. Talvez esse seja o melhor
argumento para o aumento da adesão à
imunização.
Quais são as vacinas recomendadas na
gestação?
• As vacinas recomendáveis durante a gestação
são: influenza, dTpa (difteria, tétano e
coqueluche) e hepatite B (quando não recebeu
as três doses previamente).
Vacina contra INFLUENZA:
A vacinação contra a gripe consta no calendário
oficial e é aplicada gratuitamente às mães nos
postos de saúde. A vacina contra a gripe é a
única que pode ser tomada em qualquer período
da gestação e deve ser aplicada mesmo que a
mulher tenha sido vacinada na gravidez
anterior.
É importante lembrar também o quanto a gripe
é uma doença grave, pois a mulher grávida tem
quatro vezes mais chance de desenvolver uma
condição crítica, podendo até vir a óbito. Além
disso, a gripe também pode aumentar em 30% o
risco de nascimento prematuro do bebê.
Vacina dT e dTpa (difteria, tétano e
coqueluche):
A vacina Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa)
protege contra Coqueluche, Tétano e Difteria. A
Coqueluche é a quinta maior causa de morte em
crianças, sendo especialmente grave em bebês
até seis meses. O Tétano é uma doença
conhecida no período pré-natal, possuindo alta
taxa de letalidade devido à contaminação do
cordão umbilical durante o parto. Já a Difteria é
uma doença que pode causar obstrução
respiratória, tendo alta taxa de mortalidade
entre os recém-nascidos.
A vacina dTpa deve ser aplicada após a 20ª
semana de gestação, suficiente para induzir
proteção contra o tétano neonatal em gestantes
com história prévia de imunização completa (3
doses) com vacinas contendo o componente
tetânico, ou que tenham recebido duas doses de
dT previamente. Em casos de história vacinal
incompleta ou desconhecida, deve-se garantir 2
doses de dT e mais a dTpa.
Qual conduta em cada situação vacinal?
- NÃO vacinadas previamente deve-se
administrar três doses de vacinas contendo
toxóide tetânico e diftérico com intervalo de 60
dias (mínino 30 dias) entre as doses, sendo duas
doses de dT em qualquer momento da gestação
e uma dose de dTpa, a partir da 20ª semana de
gestação.
- Vacinadas com 1 dose de dT deve-se
administrar uma dose de dT em qualquer
momento da gestação e uma dose de dTpa a
partir da 20ª semana de gestação com intervalo
recomendado de 60 dias entre as doses (mínino
30 dias).
- Vacinadas com duas doses de dT deve-se
administrar uma dose da dTpa a partir da 2
semana de gestação.
- Histórico vacinal com três doses de dT deve-
se administrar uma dose de dTpa a partir da 20ª
semana de gestação.
Observações:
- Caso a gestante chegue ao serviço a partir da
20ª (vigésima) semana, administrar dTpa como
a primeira dose, completanto o esquema com
dT.
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MICHELLY PEREIRA MONTENEGRO – G

CALENDÁRIO VACINAL DA GESTANTE

Qual a importância da vacinação para a gestante? Na gravidez, a prática da vacinação é indispensável, visando à saúde materna e do concepto. Deve fazer parte do checklist de recomendações do ginecologista e obstetra.

  • Alterações da imunidade celular acarretam maior susceptibilidade da gestante a infecções, como a influenza, com evolução para formas graves da doença. Ao mesmo tempo, as gestantes respondem de forma efetiva à vacinação, produzindo anticorpos adequadamente.
  • Quando a gestante é vacinada, há melhora significativa na saúde materna e neonatal relativa a essas infecções. É importante destacar que, vacinando a gestante, há passagem transplacentária de anticorpos, protegendo o concepto. Isso também ocorre pelo leite materno. Talvez esse seja o melhor argumento para o aumento da adesão à imunização. Quais são as vacinas recomendadas na gestação?
  • As vacinas recomendáveis durante a gestação são: influenza, dTpa (difteria, tétano e coqueluche) e hepatite B (quando não recebeu as três doses previamente). ➔ Vacina contra INFLUENZA: A vacinação contra a gripe consta no calendário oficial e é aplicada gratuitamente às mães nos postos de saúde. A vacina contra a gripe é a única que pode ser tomada em qualquer período da gestação e deve ser aplicada mesmo que a mulher já tenha sido vacinada na gravidez anterior. É importante lembrar também o quanto a gripe é uma doença grave, pois a mulher grávida tem quatro vezes mais chance de desenvolver uma condição crítica, podendo até vir a óbito. Além disso, a gripe também pode aumentar em 30% o risco de nascimento prematuro do bebê. ➔ Vacina dT e dTpa (difteria, tétano e coqueluche): A vacina Tríplice Bacteriana Adulta (DTPa) protege contra Coqueluche, Tétano e Difteria. A Coqueluche é a quinta maior causa de morte em crianças, sendo especialmente grave em bebês até seis meses. O Tétano é uma doença conhecida no período pré-natal, possuindo alta taxa de letalidade devido à contaminação do cordão umbilical durante o parto. Já a Difteria é uma doença que pode causar obstrução respiratória, tendo alta taxa de mortalidade entre os recém-nascidos. A vacina dTpa deve ser aplicada após a 20ª semana de gestação, suficiente para induzir proteção contra o tétano neonatal em gestantes com história prévia de imunização completa ( doses) com vacinas contendo o componente tetânico, ou que tenham recebido duas doses de dT previamente. Em casos de história vacinal incompleta ou desconhecida, deve-se garantir 2 doses de dT e mais a dTpa. Qual conduta em cada situação vacinal? - NÃO vacinadas previamente → deve-se administrar três doses de vacinas contendo toxóide tetânico e diftérico com intervalo de 60 dias (mínino 30 dias) entre as doses, sendo duas doses de dT em qualquer momento da gestação e uma dose de dTpa, a partir da 20ª semana de gestação. - Vacinadas com 1 dose de dT → deve-se administrar uma dose de dT em qualquer momento da gestação e uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação com intervalo recomendado de 60 dias entre as doses (mínino 30 dias). - Vacinadas com duas doses de dT → deve-se administrar uma dose da dTpa a partir da 20ª semana de gestação. - Histórico vacinal com três doses de dT→ deve- se administrar uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação. Observações: - Caso a gestante chegue ao serviço a partir da 20ª (vigésima) semana, administrar dTpa como a primeira dose, completanto o esquema com dT.

MICHELLY PEREIRA MONTENEGRO – G

  • Mesmo com esquema completo (três doses de dT ou dTpa) ou reforço com dT ou dTpa, a gestante deverá receber sempre uma dose de dTpa a cada gestação.
  • Caso a vacina dTpa não tenha sido administrada durante a gestação, a mesma poderá ser realizada no puerpério imediato (pós-parto) até 45 dias. ➔ Vacina Hepatite B: A vacinação contra a Hepatite B também é muito importante. No caso de transmissão perinatal, quase 25% das crianças contaminadas desenvolverão infecção hepática crônica. Os bebês podem vir a morrer de carcinoma hepato-celular (um tipo de câncer que acomete o fígado) ou de uma cirrose. A vacinação contra Hepatite B está no calendário oficial infantil e quem toma as três doses, em geral, já está protegido por toda a vida. Entretanto, é importante a mulher, até mesmo antes de engravidar, ter certeza se já foi ou não vacinada. Caso não tenha tomado as três doses (ou não tenha certeza disso), ela deve realizar a sorologia da doença para se certificar se está imunizada. ➔ Vacina COVID- 19 : Deve ser feito 1 dose semestral, sendo o intervalo mínimo de 6 meses do recebimento da última dose. A vacinação contra covid-19 durante a gravidez tem sido recomendada amplamente para prevenir doença grave e mortes nesta população. Adicionalmente, os bebês têm risco de complicações associadas à doença, incluindo insuficiência respiratória e outras complicações graves, logo a transferência de anticorpos (IgG) maternos para o feto é um benefício adicional da vacinação de gestantes. Sendo assim, as gestantes têm recomendação para vacinação com a Vacina COVID-19, em qualquer idade gestacional. Em um contexto de ampliação da proteção materna e possivelmente transferência de anticorpos maternos para o bebê, há de se considerar uma dose da Vacina COVID-19 em 2024 para gestantes que tenham recebido a última dose há mais de 6 meses durante o período gestacional. Rerências:
  • Ministério da Saúde (MS). Programa Nacional de Imunização
  • Vacinação nas gestantes e puérperas; Revista Femina; Publicação ofi cial da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; Volume 48, Número 12, 2020.
  • Imunizações ativa e passiva durante a gravidez; Protocolos FEBRASGO, 2021.
  • ESTRATÉGIA DE VACINAÇÃO CONTRA A COVID 19 – 2024. Ministério da Saúde.