Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Série de Taylor e MacLaurin: Cálculo II - Maria José Pacifico, Notas de aula de Cálculo

Vários exemplos de cálculo de séries de taylor e maclaurin, incluindo a determinação da série de maclaurin e do raio de convergência para diferentes funções. Além disso, o texto aborda a representação de integrais indefinidas como séries de potências.

O que você vai aprender

  • Qual é a série de Taylor de f(x) = log(x) ao redor de x = 1?
  • Como se calcula o raio de convergência de uma série de Taylor?
  • Qual é a série de Taylor de f(x) = 1/(√(1 − x)) ao redor de x = 0?
  • Qual é a série de MacLaurin da função f(x) = (1 − x)−2?
  • Qual é a série de Taylor de f(x) = x/(2 − x)² ao redor de x = 0?

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

jacare84
jacare84 🇧🇷

4.5

(451)

225 documentos

1 / 16

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Cálculo II - Séries de Taylor e MacLaurin
Maria José Pacifico
Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro
Os seguintes exemplos e exercícios complementam o capítulo 11 do livro “Stewart, J. Calculo,
Vol II.
Séries de Taylor e MacLaurin. Capítulo 11.10
1. Séries de Taylor e de MacLaurin. Lembramos que dada uma função f:RR, define-se
sua série de Taylor ao redor do ponto x=acomo
Taf(x) =
X
n=0
f(n)(a)
n!(xa)n.(1)
Como o lado direito da série de Taylor é uma série de potências, podemos calcular o raio de con-
vergência usando algum método estudado anteriormente. Lembre também que f(n)(a)denota
an-ésima derivada de favaliada no ponto a.
Asérie de MacLaurin, nada mais é do que a série de Taylor ao redor de x= 0; isto é,
T0f(x) =
X
n=0
f(n)(0)
n!xn.(2)
Theorem 1. Se fadmite uma representação (expansão) em série
f(x) =
X
n=0
an(xa)n
Então Taf(x) = P
n=0 an(xa)n.
Note que os coeficientes satisfazem an=f(n)(a)
n!para cada n0.
Exemplo 1. Encontrar a série de MacLaurin da função
f(x) = (1 x)2
usando a definição e encontre o raio de convergência.
Resolução. Precisamos primeiro achar (conjecturar) uma expressão geral para f(n)(0). Para
isso, calculamos f(n)(0) para alguns valores de n.
Sabemos que f(0) =f, logo f(0)(0) = f(0) = 1
(1(0))2= 1.
1
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Série de Taylor e MacLaurin: Cálculo II - Maria José Pacifico e outras Notas de aula em PDF para Cálculo, somente na Docsity!

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Os seguintes exemplos e exercícios complementam o capítulo 11 do livro “Stewart, J. Calculo, Vol II.”

Séries de Taylor e MacLaurin. Capítulo 11.

1. Séries de Taylor e de MacLaurin. Lembramos que dada uma função f : R → R, define-se sua série de Taylor ao redor do ponto x = a como

Taf (x) =

∑^ ∞

n=

f (n)(a) n!

(x − a)n. (1)

Como o lado direito da série de Taylor é uma série de potências, podemos calcular o raio de con- vergência usando algum método estudado anteriormente. Lembre também que f (n)(a) denota a n-ésima derivada de f avaliada no ponto a.

A série de MacLaurin , nada mais é do que a série de Taylor ao redor de x = 0; isto é,

T 0 f (x) =

∑^ ∞

n=

f (n)(0) n! xn. (2)

Theorem 1. Se f admite uma representação (expansão) em série

f (x) =

∑^ ∞

n=

an(x − a)n

Então Taf (x) =

n=0 an(x^ −^ a) n_._

Note que os coeficientes satisfazem an = f^

(n)(a) n! para cada^ n^ ≥^0.

Exemplo 1. Encontrar a série de MacLaurin da função

f (x) = (1 − x)−^2

usando a definição e encontre o raio de convergência.

Resolução. Precisamos primeiro achar (conjecturar) uma expressão geral para f (n)(0). Para isso, calculamos f (n)(0) para alguns valores de n.

Sabemos que f (0)^ = f , logo f (0)(0) = f (0) = (^) (1−^1 (0)) 2 = 1.

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Para n = 1, f (1)(x) = f ′(x) =

1 (1−x)^2

= (^) (1−^2 x) 3 ⇒ f ′(0) = 2.

Para n = 2, f (2)(x) = f ′′(x) = (^) (1^3 −·^2 x) 4 ⇒ f ′′(0) = 3 · 2.

Para n = 3, f (3)(x) = (^) (1^4 −·^3 x·^2 ) 5 ⇒ f (3)(0) = 4 · 3 · 2. Resumidamente,

n = 0 n = 1 n = 2 n = 3 f (0)(0) = 1 f ′(0) = 2 f ′′(0) = 3 · 2 f (3)(0) = 4 · 3 · 2

Esses cálculos já são suficientes para conjecturar que f (n)(x) = (^) (1(−nx+1)!)n+.

Portanto, f (n)(0) = (n + 1)!

para todo n ≥ 0.

Assim, substituindo na equação (2), a série de MacLaurin da função dada é

T 0 f (x) =

∑^ ∞

n=

(n + 1)! n!

xn^ =

∑^ ∞

n=

(n + 1)n! n!

xn^ =

∑^ ∞

n=

(n + 1)xn.

Para calcular o raio de convergência podemos usar, por exemplo, o Teste da Raiz, sabendo que limn→∞ n

n + 1 = 1:

n^ lim→∞^ n

|(n + 1) · xn| = lim n→∞^ n

(n + 1) · |x|n^ = (^) 

nlim→∞^ n

n + 1 · (^) nlim→∞^ n

|x|n^ = |x|.

Para garantizarmos convergência, precisamos que |x| < 1. Portanto o raio de convergência da série de MacLaurin de f é R = 1. ■

Problema 1. Encontre o intervalo de convergência da série de MacLaurin achada no exemplo acima.

Exemplo 2. Encontre a série de MacLaurin da função

f (x) = sinh(x).

Resolução. Como no exemplo anterior, calculamos f (n)(0) para alguns valores de n, para podermos “conjecturar” uma expressão geral. Por definição sinh(x) = ex^ − e−x 2

(ex^ − e−x).

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Exemplo 3. Determine a série de MacLaurin de

f (x) = 3x^2 − 6 x + 5

usando a definição e determine seu raio de convergência.

Resolução. Como antes, calculamos f (n)(0) nos primeiros valores de n, para assim podermos determinar uma expressão geral. Para n = 0, f (0)(0) = f (0) = 5. Para n = 1, f ′(x) = 6x − 6 , ⇒ f ′(0) = − 6. Para n = 2, f ′′(x) = 6, ⇒ f ′′(0) = 6. Para n = 3, f (3)(x) = 0, ⇒ f (3)(0) = 0. Como f (3)(x) = 0, é claro que f (n)(x) = 0 para todo n ≥ 3 , portanto,

n = 0 n = 1 n = 2 n ≥ 3 f (0)(0) = 5 f ′(0) = − 6 f ′′(0) = 6 f (n)(0) = 0

Assim, a série de MacLaurin é

T 0 f (x) =

∑^ ∞

n=

f (n) n! xn^ =

∑^2

n=

f (n) n! xn^ +  

 

>

∑^ ∞

n=

f (n) n! xn^ =

f (0) 0! x^0 +

f ′(0) 1! x^1 +

f ′′(0) 2! x^2 = 5 − 6 x + 3x^2.

Como a série de Taylor é finita (os termos an = 0, para n ≥ 3 ), a série é convergente para qualque valor de x. Portanto, o raio de convergência é R = ∞. ■

Remark 2. O resultado acima não deve ser tão surpreendente, porque a série de MacLaurin de qualquer polinômio é o próprio polinômio.

Exemplo 4. Sabendo que a função cos(x) tem expansão em série:

cos(x) =

∑^ ∞

n=

(−1)nx^2 n (2n)! para todo x ∈ R,

determine a série de MacLaurin de cos^2 (x).

Resolução. Basta usar a identidade trigonométrica

cos^2 (x) = 1 + cos(2x) 2

Pois, conhecendo a expansão em série de cos(x), podemos calcular fácilmente a expansão em série de cos(2x). De fato,

cos (2x) =

∑^ ∞

n=

(−1)n(2x)^2 n (2n)!

∑^ ∞

n=

(−1)n 22 nx^2 n (2n)!

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Logo

cos^2 x =

1 + cos(2x) 2

∑^ ∞

n=

(−1)n 22 nx^2 n (2n)!

∑^ ∞

n=

(−1)n 22 n−^1 x^2 n (2n)!

Como o raio de convergência da série

n=

(−1)nx^2 n (2n)! é^ R^ =^ ∞, o raio de convergência da série 1 2 +^

n=

(−1)n 22 n−^1 x^2 n (2n)! tem que ser também^ R^ =^ ∞.^ ■

Exemplo 5. (a) Mostre que a função

f (x) =

∑^ ∞

n=

xn n!

é uma solução da equação diferencial y′^ = y. (3) (b) Mostre que f (x) = ex_._

Resolução. (a) Se f é solução de (3), deveria verificar que f ′(x) = f (x). Observe que

f (x) = 1 + x +

x^2 2

x^3 3 · 2

x^4 4 · 3 · 2

Derivando essa função termo a termo obtemos

f ′(x) = 1 + x +

x^2 2

x^3 3 · 2

x^4 4 · 3 · 2

que coincide com f (x). Portanto f ′(x) = f (x) e portanto é solução de (3). (b) Sabemos que as soluções de (3) são múltimos da exponencial (as únicas funções cuja derivada coincide com ela mesma); isto é, as soluções de (3) são da forma

ϕ(x) = a · ex, a ∈ R.

Em particular, f (x) = a · ex^ para algum a ∈ R (já que foi provado em (a) que f é solução). Assim,

a · ex^ =

∑^ ∞

n=

xn n! = 1 + x +

x^2 2

x^3 3 · 2

x^4 4 · 3 · 2

Avaliando em x = 0, obtemos

ae^0 = 1 + 0 +

Portanto, a = 1 e logo f (x) = ex. ■

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Para n = 1, f ′(x) = (^1) x , → f ′(2) = 12. Para n = 2, f ′′(x) = − (^) x^12 , → f ′′(2) = − 14. Para n = 3, f (3)(x) = (^) x^23 , → f (3)(2) = 28. Para n = 4, f (4)(x) = − (^3) x· 42 , → f (4)(2) = − 316 ·^2. Em suma n = 0 n = 1 n = 2 n = 3 n = 4 f (0)(2) = log(2) f ′(2) = 12 f ′′(2) = − 14 f (3)(2) = 28 f (4)(2) = − 166 log(2) (−1)^0 · 0! 2 (−1)1 1! 22 (−1)2 2! 23 (−1)3 3! 24

De onde podemos concluir que f (0)(2) = log(2) e f (n)(2) = (−1)n−1 (n− 2 n1)! se n ≥ 1. Portanto, a série de Taylor é

T 2 f (x) =

∑^ ∞

n=

f (n)(2) n! (x − 2)n^ =

f (0)(2) 0! (x − 2)^0 +

∑^ ∞

n=

f (n)(2) n! (x − 2)n

= log(2) +

∑^ ∞

n=

(−1)n−^1 (n − 1)! 2 nn! (x − 2)n

= log(2) +

∑^ ∞

n=

(−1)n−^1 n 2 n^

(x − 2)n.

O raio de convergência pode ser calculado usando o Teste da Raiz, sabendo que limn→∞ n

n = 1:

lim n→∞

n

(−1)n−^1 n 2 n^

(x − 2)n

∣ = lim n→∞

n

|x − 2 |n n 2 n^

= lim n→∞

√ n|x − 2 |n √ nn √n 2 n =^

|x − 2 | 2

limn→∞ n

n

|x − 2 | 2

Pelo Teste da Raiz, para que a série convirga, precisamos que |x− 2 2 | < 1. Assi, |x − 2 | < 2 e portanto, o raio de convergência é R = 2. ■

Exemplo 8. Encontre a série de Taylor de f centrada em x = 4 se

f (n)(4) = (−1)nn! 3 n(n + 1)

Qual é o raio de convergência da série de Taylor?

Resolução. Pela definição da série de Taylor, temos que

T 4 f (x) =

∑^ ∞

n=

f (n)(4) n!

(x − 4)n^ =

∑^ ∞

n=

(−1)nn! 3 n(n+1) n!

(x − 4)n^ =

∑^ ∞

n=

(−1)n 3 n(n + 1)

(x − 4)n.

Para calcular o raio de convergência podemos usar, por exemplo, o Teste da Raiz, sabendo que limn→∞ n

n + 1 = 1:

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

n^ lim→∞^ n

(−1)n(x − 4)n 3 n(n + 1)

∣ =^ nlim→∞

n

|x − 4 |n 3 n(n + 1)

= lim n→∞

√ n(x − 4)n √ n 3 n √nn + 1

= lim n→∞

|x − 4 | 3 n

n + 1

|x − 4 | 3

O Teste da Raiz garante a convergência da série somente quando |x− 3 4 | < 1 , ou seja, quando |x − 4 | < 3. Portanto, o raio de convergência da série é R = 3. ■

Exemplo 9. Determine a série de Taylor de f (x) = 3x^2 − 6 x + 5 ao redor de x = − 1_. Achar seu raio de convergência._

Resolução. Como temos feito até agora, devemos achar os valores de f (n)(−1) para alguns valores de n, para podermos determinar uma expressão geral. Para n = 0, f (0)(−1) = f (−1) = 14. Para n = 1, f ′(x) = 6x − 6 , logo f ′(−1) = − 12. Para n = 2, f ′′(x) = 6, logo f ′′(−1) = 6. Para n = 3, f (3)(x) = 0, logo f (3)(−1) = 0. É fácil ver que f (n)(−1) = 0 para todo n ≥ 3. Em suma,

n = 0 n = 1 n = 2 n ≥ 3 f (0)(−1) = 14 f ′(−1) = − 12 f ′′(−1) = 6 f (n)(−1) = 0

Assim,

T 1 f (x) =

∑^ ∞

n=

f (n)(−1) n! (x + 1)n^ =

∑^2

n=

f (n)(−1) n! (x + 1)n^ + 

 

∑∞ :^0

n=

f (n)(−1) n! (x + 1)n

= 14 − 12(x + 1) +

(x + 1)^2 = 14 − 12(x + 1) + 3(x + 1)^2.

Como a série é finita, o raio de convergência é R = ∞. ■

Exemplo 10. Determine a série de MacLaurin de

f (x) =

{ (^) x−sen(x) x^3 se^ x^ ̸= 0 1 / 6 se x = 0.

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Re-escrevendo,

1 − cos x 1 + x − ex^

1 − x 2 2! +^

x^4 4! −^

x^6 6! +^ · · ·

1 + x −

1 + x + x 2 2! +^

x^3 3! +^

x^4 4! +^

x^5 5! +^ · · ·

^1 −^ 1 +^ x

2 2! −^

x^4 4! +^

x^6 6! − · · · 1 + x −  1 − x − x 2 2! −^

x^3 3! −^

x^4 4! −^

x^5 5! − · · ·

=

x^2

1 2! −^

x^2 4! +^

x^4 6! − · · ·

x^2

− (^) 2!^1 − (^) 3!x − x 2 4! − · · ·

1 2! −^

x^2 4! +^

x^4 6! − · · · − (^) 2!^1 − (^) 3!x − x 4!^2 − · · ·

Usando a continuidade das séries de potências, obtemos

lim x→ 0

1 − cos x 1 + x − ex^ = lim x→ 0

1 2! −^

x^2 4! +^

x^4 6! − · · · − (^) 2!^1 − (^) 3!x − x 2 4! − · · ·^

Exemplo 12. Encontrar a soma das seguintes séries:

(a)

∑^ ∞

n=

(−1)nx^4 n n!

(b) 1 − log(2) +

log^2 (2) 2!

log^3 (2) 3!

(c)

∑^ ∞

n=

(−1)nπ^2 n 62 n(2n)!

Resolução. (a) Como aparece o termo n! no denominador do n-ésimo termo da série, uma primeira possibilidade é que essa série de potências represente alguma variante da função expo-

nencial. Lembramos que • ex^ =

∑^ ∞

n=

xn n!

Então, manipulando nossa série dada, tentaremos chegar numa expressão similar à da exponen- cial. (^) ∞ ∑

n=

(−1)nx^4 n n!

∑^ ∞

n=

(−1)n(x^4 )n n!

∑^ ∞

n=

(−x^4 )n n!

Da última série, podemos ver que

∑^ ∞

n=

(−1)nx^4 n n!

∑^ ∞

n=

(−x^4 )n n! = e−x 4

. ■

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

(b) Primeiro, vamos escrever a expressão em (b) como uma série expressada em somatório. Para isso, começamos observando que os termos da série vão alternando seu sinal, portanto o termo (−1)n^ deve aparecer na série. Agora é fácil ver que

1 − log(2) + log^2 (2) 2!

log^3 (2) 3!

∑^ ∞

n=

(−1)n^ logn(2) n!

∑^ ∞

n=

(− logn(2))n n!

Fazendo x = − log(2) na expanssão da exponencial, obtemos

∑^ ∞

n=

(− logn(2))n n! = e−^ log(2)^ =

elog 2^

(c) Observe que ∑∞

n=

(−1)nπ^2 n 62 n(2n)!

∑^ ∞

n=

(−1)n (2n)!

( (^) π 6

) 2 n .

e como sabemos

cos(x) =

∑^ ∞

n=

(−1)nx^2 n (2n)!

Portanto, se avaliamos x = π/ 6 na expanssão em série da função coseno obtemos a soma desejada. Assim, ∑∞

n=

(−1)nπ^2 n 62 n(2n)!

= cos(π/6) =

Theorem 3 ( Desigualdade de Taylor). Seja f : (a, b) → R uma função infinitamente difer- enciável. Se |f (n+1)(x 0 )| ≤ M para x 0 ∈ (a − R, a + R) , então

|Rn(x 0 )| ≤

M

(n + 1)!

|x 0 − a|n+1.

Exemplo 13. Considere a função f (x) = sen(x). (a) Determinar a série de Taylor de f ao redor de x = π/ 2_._ (b) Achar o raio de convergência da série anterior. (c) Achar o intervalo de convergência da série. (d) Mostrar que a Série de Taylor achada em (a) representa à função seno.

Resolução. (a) Temos que determinar uma expressão para f (n)(π/2).

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

(porque as funções seno e coseno são limitadas por 1 ). Portanto, se satisfazem as hipóteses da desigualdade de Taylor, logo

Tπ/ 2 (x) = f (x) para todo x ∈ (−R, R).

Como R foi escolhido arbitrariamente, f (x) = Tπ/ 2 f (x) para todo x ∈ R. ■

EXERCICIOS

Exercício 1. Represente as seguintes integrais indefinidas como séries de potências:

(a)

sen(πx) πx

dx_._

(b)

e−x 2 dx_. Pode dar uma aproximação do valor_

0

e−x 2 dx_?_

Exercício 2. Encontre a série de MacLaurin das seguintes funções e determine o raio de convergência: (a) f (x) = cos(

x). (b) f (x) = cosh(x). (c) f (x) =. (d) f (x) =

∫ (^) x

0

cos(

t)dt_._

Exercício 3. Determine a série de Taylor das seguintes funções no ponto que se indica, e calcule o raio de convergência: (a) f (x) = log(x) em x = 1_._ (b) f (x) = x 4 x − 2 x^2 − 1

em x = 1_._

(c) f (x) =

1 − x

em x = 0_._ (d) f (x) = log(1 − x) , em x = 0_._

Exercício 4. Usando séries de potências, calcule os seguintes limites:

(a) (^) xlim→ 0

log(1 − x^2 ) x^2

(b) lim x→ 0 +

cos(

x) − 1 2 x

Exercício 5. Achar a soma das seguintes séries numéricas:

(a)

∑^ ∞

n=

2)n^

(b)

∑^ ∞

n=

(−1)n n

(c)

∑^ ∞

n=

(−1)nk^2 nπ^2 n (2n)!

para todo k ∈ Z_._

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Exercício 6. Achar a série de MacLaurin e o raio de convergência da função

f (x) =

2 − x

Na seguinte tabela, resumimos as séries de MacLaurin das funções mais importantes.

Maria José Pacifico Instituto de Matemática - Universidade Federal do Rio de Janeiro

k n

k(k − 1)(k − 2) · · · (k − (n − 1)) n!