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Guias e Dicas
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Cálculo de Áreas e Volumes: Exercícios Resolvidos, Transcrições de Matemática

Cálculo Diferencial e Integral para estudantes

Tipologia: Transcrições

2020

Compartilhado em 04/02/2020

luiz-reis-39
luiz-reis-39 🇧🇷

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APOSTILA DE CÁLCULO
DIFERENCIAL E INTEGRAL II
x
y
z
ab
y=f(x)
r=f(x)
dx
Cálculo do elemento de volume
dV= r dx
dV= f(x) dx
π ²
π ²[ ]
x
y
ab
y=f(x)
Área plana
Colaboradores para elaboração da apostila:
Elisandra Bär de Figueiredo, Enori Carelli, Ivanete Zuchi Siple, Marnei Luis Mandler
Versão atual editada por Elisandra Bär de Figueiredo
Para comentários e sugestões escreva para dma2ebf@joinville.udesc.br
Home-page: http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/elisandra/
Joinville, julho de 2011
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APOSTILA DE CÁLCULO

DIFERENCIAL E INTEGRAL II

x

y

z

a b

y=f(x)

r=f(x)

dx

Cálculo do elemento de volume

dV= r dx

dV= f(x) dx

π [ ]²

x

y

a b

y=f(x)

Área plana

Colaboradores para elaboração da apostila: Elisandra Bär de Figueiredo, Enori Carelli, Ivanete Zuchi Siple, Marnei Luis Mandler

Versão atual editada por Elisandra Bär de Figueiredo Para comentários e sugestões escreva para dma2ebf@joinville.udesc.br

Home-page: http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/elisandra/

Joinville, julho de 2011

Capítulo 1

INTEGRAL DEFINIDA

Objetivos (ao nal do capítulo espera-se que o aluno seja capaz de):

  1. Denir integral inferior e integral superior;
  2. Calcular o valor da integral denida por denição;
  3. Aplicar o teorema fundamental do cálculo e suas propriedades;
  4. Calcular integral denida por substituição de variáveis;
  5. Resolver exercícios que envolvam integrais impróprias;
  6. Resolver exercícios que envolvam integrais impróprias de funções descontínuas;
  7. Calcular áreas delimitadas por funções em coordenadas retangulares;
  8. Calcular áreas delimitadas por funções em coordenadas polares;
  9. Calcular áreas delimitadas por funções em coordenadas paramétricas;
  10. Calcular volume de um sólido de revolução;
  11. Calcular o comprimento de um arco em coordenadas retangulares, paramétricas e po- lares;
  12. Calcular a superfície de um sólido de revolução;
  13. Resolver problemas através da integral nas áreas de física, produção, economia entre outras aplicações;
  14. Resolver exercícios usando uma ferramenta tecnológica.

A prova será composta por questões que possibilitam vericar se os objetivos foram atingidos. Portanto, esse é o roteiro para orientações de seus estudos. O modelo de formu- lação das questões é o modelo adotado na formulação dos exercícios e no desenvolvimento teórico desse capítulo nessa apostila.

1.1 Introdução

Neste capítulo estudaremos a integral denida. Uma das principais aplicações da integral denida encontra-se em problemas que envolvem cálculo de área e volumes. Por exemplo, seja f : [a, b] → R uma função contínua tal que f (x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b]. Nosso propósito é determinar a área da região delimitada pela curva y = f (x), pelo eixo x e pelas retas x = a e x = b, conforme Figura 1.1 abaixo:

a y^ b

x

f

Figura 1.1: Área da região R

Estimando o valor da área R: Sabemos como calcular a área de um retângulo (base × altura). A área de um polígono podemos obter subdividindo-o em triângulos e retângulos. No entanto, não é tão fácil encontrar a área de uma região com lados curvos. Assim, parte do problema da área é utilizar uma ideia intuitiva do que é a área de uma região. Recordemos que, para denir uma tangente, primeiro aproximamos a inclinação da reta tangente por inclinações de retas secantes e então tomamos o limite dessas aproximações. Utilizaremos uma ideia semelhante para obter áreas. Por exemplo para calcular a área da região R vamos dividir o intervalo [a, b] em 2 subin- tervalos de comprimento ∆x = b− 2 a. Denotamos os extremos destes subintervalos por xi, onde i ∈ { 0 , 1 , 2 }. Veja que, neste caso, temos x 0 = a, x 1 = c e x 2 = b. Na Figura 1.2, considere os retângulos de largura ∆x e altura Mi = M ax{f (x) : x ∈ [xi− 1 , xi]}.

a y (^) c (^) b

x

f

Figura 1.2: Estimativa por soma de áreas de retângulos

Deste modo obtemos um polígono circunscrito a região R cuja área é dada pela soma da área dos dois retângulos. Como a base é a mesma, podemos dizer que a área é dada

por

∑^2

i=

Mi∆x, onde Mi = M ax{f (x) : x ∈ [xi− 1 , xi]}. Você acha que podemos comparar a

denominados intervalos da partição. Além disso, podemos escrever |[x 0 , x 1 ]| = x 1 − x 0 = ∆x 1 |[x 1 , x 2 ]| = x 2 − x 1 = ∆x 2 |[x 2 , x 3 ]| = x 3 − x 2 = ∆x 3 · · · |[xi− 1 , xi]| = xi − xi− 1 = ∆xi · · · |[xn− 1 , xn]| = xn − xn− 1 = ∆xn.

EXEMPLO 1.2.2 Considerando o intervalo [1, 12], o conjunto de pontos P = { 1 , 2 , 4 , 8 , 12 } é uma partição de [1, 12]. Os intervalos dessa partição são [1, 2], [2, 4], [4, 8] e [8, 12]. Naturalmente, temos 1 = x 0 < 2 = x 1 < 4 = x 2 < 8 = x 3 < 12 = x 4.

DEFINIÇÃO 1.2.3 Seja [a, b] um intervalo e considere

P = {x 0 , x 1 , x 2 , · · · , xi, · · · , xn} e Q = {x 0 , x 1 , x 2 , · · · , y 0 , · · · , xi, · · · , xn}

duas partições de [a, b]. Dizemos que a partição Q é um renamento da partição P se P ⊂ Q.

EXEMPLO 1.2.4 Consideremos o intervalo [1, 12]. Os conjuntos de pontos

P = { 1 , 2 , 4 , 8 , 12 } e Q = { 1 , 2 , 3 , 4 , 5 , 8 , 10 , 12 }

são duas partições de [1, 12] com P ⊂ Q. Então Q é um renamento de P.

1.3 Soma Superior

Consideraremos sempre uma função contínua f : [a, b] → R denida num intervalo fechado [a, b] e limitada nesse intervalo, isto é, existem m, M ∈ R tais que m ≤ f (x) ≤ M para todo x ∈ [a, b].

DEFINIÇÃO 1.3.1 Seja f : [a, b] → R uma função limitada e seja P = {x 0 , x 1 , x 2 , ..., xi, ..., xn} uma partição de [a, b], com a = x 0 < x 1 < x 2 < ... < xn = b. Seja Mi o valor supremo de f no intervalo [xi− 1 , xi] , onde i = 1, 2 , 3 , · · · , n. Denominamos soma superior de f em relação à partição P e denotamos por S(f, P ) à expressão:

S(f, P ) = M 1 (x 1 − x 0 ) + M 2 (x 2 − x 1 ) + .. + Mn(xn − xn− 1 ) =

∑^ n

i=

Mi(xi − xi− 1 ). (1.3.1)

EXEMPLO 1.3.2 Considere a função f : [0, 2] → R denida por f (x) = xsenx. Na Figura 1.4 podemos ver o gráco de uma soma superior referente a uma partição composta por 15 pontos. Já uma soma superior referente a uma partição com maior número de pontos ( pontos), é ilustrada pela Figura 1.5.

Note que, conforme aumentamos o número de pontos da partição, aqui uniformemente distribuídos, a soma superior S(f, P ) vai se aproximando da área sob o gráco de f (x) = x sin x, no intervalo [0, 2].

y

x

f(x)=xsen x

Figura 1.4: Soma Superior, S(f, P ), P com 15 pontos: A = 1, 863 u.a.

y

x

f(x)=xsen x

Figura 1.5: Soma Superior, S(f, P ), P com 80 pontos: A = 1, 746 u.a.

1.4 Soma Inferior

DEFINIÇÃO 1.4.1 Seja f : [a, b] → R uma função limitada e seja P = {x 0 , x 1 , x 2 , ..., xi, ..., xn} uma partição de [a, b], onde a = x 0 < x 1 < x 2 < ... < xn = b. Seja mi o valor ínmo de f no intervalo [xi− 1 , xi] para i = 1, 2 , 3 , ..., n. Denominamos soma inferior de f em relação à partição P e denotamos por S(f, P ) à expressão:

S(f, P ) = m 1 (x 1 − x 0 ) + m 2 (x 2 − x 1 ) + ... + mn(xn − xn− 1 ) =

∑^ n

i=

mi(xi − xi− 1 ). (1.4.1)

EXEMPLO 1.4.2 Considere a função f : [0, 2] → R denida por f (x) = xsenx. Na Figura 1.6 podemos ver o gráco de uma soma inferior referente a uma partição composta por um número reduzido de pontos (15 pontos) e na Figura 1.7 de uma soma inferior referente a uma partição com maior número de pontos (80 pontos).

Note que, aumentando o número de pontos de [a, b] a soma inferior S (f, P ) vai se apro- ximando da área sob o gráco de f (x) = x sin x no intervalo [0, 2].

da partição considerada, nem ∆xi é necessariamente constante. No entanto, em nossos propósitos, não iremos considerar esses casos mais gerais. Ainda, como f (x) pode ser negativa, certos termos de uma soma superior ou inferior também podem ser negativos. Consequentemente, nem sempre S(f, P ) e S(f, P ) irão repre- sentar uma soma de áreas de retângulos. De forma geral, estas somas representam a soma das áreas dos retângulos situados acima do eixo-x (onde f ≥ 0) com o negativo das áreas dos retângulos que estão situados abaixo deste eixo (onde f ≤ 0).

OBSERVAÇÃO 1.5.3 Para calcular integrais denidas usando a denição de somas superiores ou inferiores, serão usadas as seguintes expressões:

(i) 1 + 1 + 1 +| {z ... + 1} = k

k vezes

(ii) 1 + 2 + 3 + ... + k =

(1 + k)k 2

(iii) 12 + 2^2 + 3^2 + ... + k^2 =

k (k + 1) (2k + 1) 6

(iv) 13 + 2^3 + 3^3 + ... + k^3 =

k^2 (k + 1)^2 4

(v) 14 + 2^4 + 3^4 + ... + k^4 =

k (k + 1) (6k^3 + 9k^2 + k − 1) 30

EXEMPLO 1.5.4 Usando a denição de soma superior, encontre a área delimitada pelas curvas y = x^2 + 1, x = 0, x = 4 e y = 0 (sabendo que a função é integrável).

Solução: Tomamos P = {x 0 ,x 1 , x 2 , ..., xn} uma partição do intervalo [0, 4], conforme ilustra a Figura 1.

y

x

Figura 1.8: Soma Superior de f (x) = x^2 + 1 com 10 retângulos

Como os subintervalos da partição podem ser quaisquer, podemos admitir que todos possuem o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x 1 = ∆x 2 = ... = ∆xn. Portanto, temos que

∆x =

n

n

e podemos atribuir valores para cada xi ∈ P como sendo

x 0 = 0, x 1 = ∆x, x 2 = 2∆x, x 3 = 3∆x, ..., xn = n∆x.

Seja Mi o supremo de f (x) = x^2 + 1 no intervalo [xi− 1 , xi]. Como neste exemplo temos uma função crescente, o máximo de f em cada subintervalo ocorre no seu extremo direito, ou seja, Mi = f (xi). Assim, a soma superior de f é dada por

S(f, P ) = M 1 ∆x + M 2 ∆x + M 3 ∆x + .... + Mn∆x = f (x 1 )∆x + f (x 2 )∆x + f (x 3 )∆x + ... + f (xn)∆x = f (∆x)∆x + f (2∆x)∆x + f (3∆x)∆x + ... + f (n∆x)∆x = ∆x[(∆x)^2 + 1 + (2∆x)^2 + 1 + (3∆x)^2 + 1 + ... + (n∆x)^2 + 1] = ∆x[1 + 1 + ... + 1 + (∆x)^2 + 4(∆x)^2 + 9(∆x)^2 + ... + n^2 (∆x)^2 ] = ∆x[n + ∆x^2 (1 + 2^2 + 3^2 + ... + n^2 )]

= ∆x

n + ∆x^2

n(n + 1)(2n + 1) 6

n

n +

n^2

n(n + 1)(2n + 1) 6

(n + 1)(2n + 1) n^2 = 4 +

n

n^2

n

3 n^2

Portanto, a área desejada é dada por

∫ (^4)

0

(x^2 + 1)dx = lim n→+∞

n

3 n^2

Agora, se desejarmos encontrar a soma inferior de f, quais modicações deveremos efetuar nos cálculos acima? Sugere-se que o estudante refaça este exercício, prestando bastante atenção no que ocorre com as alturas dos retângulos inscritos e nas consequências deste fato.

EXEMPLO 1.5.5 Usando a denição de soma inferior, encontre a área delimitada pelas curvas y = 16 − x^2 , x = 1, x = 4 e y = 0 (sabendo que a função é integrável).

Solução: Tomamos P = {x 0 ,x 1 , x 2 , ..., xn} uma partição do intervalo [1, 4], conforme ilustra a Figura 1.

y

x

Figura 1.9: Soma Inferior de f (x) = 16 − x^2 com 10 retângulos

v. Se m ≤ f (x) ≤ M para todo x ∈ [a, b], então m (b − a) ≤

∫ (^) b

a

f (x) dx ≤ M (b − a).

vi. Se c ∈ [a, b] então

∫ (^) b

a

f (x) dx =

∫ (^) c

a

f (x) dx +

∫ (^) b

c

f (x) dx.

vii. A troca dos limitantes de integração acarreta a mudança no sinal da integral denida, ou seja, (^) ∫ b

a

f (x) dx = −

∫ (^) a

b

f (x) dx.

viii.

∫ (^) a

a

f (x)dx = 0.

EXEMPLO 1.5.7 Determine a soma superior e a soma inferior para f (x) = x^2 − 2 x + 2 no intervalo [− 1 , 2]. A seguir, utilize-as para calcular a área da região situada abaixo do gráco de f e entre as retas y = 0, x = − 1 e x = 2.

Solução: A Figura 1.10 ilustra o gráco da soma superior de f referente a uma partição composta de 15 pontos. Observe que as alturas dos retângulos circunscritos não possuem o mesmo comportamento em todo o intervalo. Isso ocorre porque a função é decrescente no intervalo [− 1 , 1] e crescente em [1, 2]. Para obter a expressão para a soma superior de f usaremos a Propriedade vi. Tomaremos uma partição para o intervalo [− 1 , 1] e outra para o intervalo [1, 2].

y

x

Figura 1.10: Soma Superior de f (x) = x^2 − 2 x + 2 com 15 retângulos

Soma Superior para o intervalo [− 1 , 1]

Seja P = {x 0 ,x 1 , x 2 , ..., xn} uma partição do intervalo [− 1 , 1], de tal forma que todos os subintervalos de P possuam o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x 1 = ∆x 2 = · · · = ∆xn.

Portanto, temos que a base de cada um dos retângulos é dada por ∆x =

n

n

e

assim podemos atribuir valores para cada xi ∈ P como sendo

x 0 = − 1 , x 1 = −1 + ∆x, x 2 = −1 + 2∆x, x 3 = −1 + 3∆x, · · · , xn = −1 + n∆x.

Agora vamos determinar as alturas dos retângulos circunscritos. Seja Mi o supremo de f (x) = x^2 − 2 x + 2 no subintervalo [xi− 1 , xi]. Como neste intervalo a função é decrescente o

máximo de f em cada subintervalo ocorre no seu extremo esquerdo, ou seja, Mi = f (xi− 1 ). Assim, a soma superior de f é dada por

S(f, P ) = M 1 ∆x + M 2 ∆x + M 3 ∆x + · · · + Mn∆x

= f (x 0 )∆x + f (x 1 )∆x + f (x 2 )∆x + · · · + f (xn− 1 )∆x = f (−1)∆x + f (−1 + ∆x)∆x + f (−1 + 2∆x)∆x + · · · + f (−1 + (n − 1)∆x)∆x = ∆x{5 +

[

(−1 + ∆x)^2 − 2(−1 + ∆x) + 2

]
[

(−1 + 2∆x)^2 − 2(−1 + 2∆x) + 2

]
[

(−1 + (n − 1)∆x)^2 − 2(−1 + (n − 1)∆x) + 2

]

= ∆x{5 +

[

(1 − 2∆x + (∆x)^2 ) + 2 − 2∆x + 2

]
[

1 − 4∆x + 2^2 (∆x)^2 + 2 − 4∆x + 2

]
[

1 − 2(n − 1)∆x + (n − 1)^2 (∆x)^2 + 2 − 2(n − 1)∆x + 2

]

= ∆x{5 +

[

5 − 4∆x + (∆x)^2

]
[

5 − 8∆x + 2^2 (∆x)^2

]
[

5 − 4(n − 1)∆x + (n − 1)^2 (∆x)^2

]

= ∆x

[

5 n − 4∆x (1 + 2 + · · · + (n − 1)) + (∆x)^2

1 + 2^2 + · · · + (n − 1)^2

)]

n

[

5 n − 4 ·

n

n(n − 1) 2

n

(n − 1)n (2n − 1) 6

]

n

[

5 n − 4(n − 1) +

2 n^2 − 3 n + 1 n

)]

n

n

n^2

n

3 n^2

Soma Superior para o intervalo [1, 2]

Seja Q = {x 0 ,x 1 , x 2 , ..., xn} uma partição do intervalo [1, 2], de tal forma que todos os subintervalos de Q possuam o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x 1 = ∆x 2 = · · · = ∆xn.

Portanto, temos que a base de cada um dos retângulos é dada por ∆x =

n

n

e assim

podemos atribuir valores para cada xi ∈ Q como sendo

x 0 = 1, x 1 = 1 + ∆x, x 2 = 1 + 2∆x, x 3 = 1 + 3∆x, · · · , xn = 1 + n∆x. Como neste intervalo a função é decrescente as alturas dos retângulos circunscritos, Mi, ocorre no extremo direito de cada subintervalo, i.e., Mi = f (xi). Assim a soma superior de f em [1, 2] relativa a partição Q é dada por

S(f, Q) = M 1 ∆x + M 2 ∆x + M 3 ∆x + · · · + Mn∆x = f (x 1 )∆x + f (x 2 )∆x + f (x 3 )∆x + · · · + f (xn)∆x = [f (1 + ∆x) + f (1 + 2∆x) + f (1 + 3∆x) + · · · + f (1 + n∆x)]∆x = {[(1 + ∆x)^2 − 2(1 + ∆x) + 2] + [(1 + 2∆x)^2 − 2(1 + 2∆x) + 2] + +[(1 + 3∆x)^2 − 2(1 + 3∆x) + 2] + · · · + [(1 + n∆x)^2 − 2(1 + n∆x) + 2]}∆x = {[1 + (∆x)^2 ] + [1 + (2∆x)^2 ] + [1 + (3∆x)^2 ] + · · · + [1 + (n∆x)^2 ]}∆x = n∆x + (1^2 + 2^2 + 3^2 + · · · + n^2 )(∆x)^3

= n ·

n

n(n + 1)(2n + 1) 6

n

2 n

6 n^2 Portanto, a soma superior de f em [− 1 , 2] é

S(f, P ∪ Q) =

n

3 n^2

2 n

6 n^2

2 n

2 n^2

Soma Inferior para o intervalo [1, 2]

Considere a partição Q tomada acima. A altura dos retângulos inscritos, mi, ocorre no extremo esquerdo de cada subintervalo [xi− 1 , xi], i.e., mi = f (xi− 1 ). Assim, a soma inferior de f em [1, 2], relativa a partição Q, é dada por

S(f, Q) = m 1 ∆x + m 2 ∆x + m 3 ∆x + · · · + mn∆x = f (x 0 )∆x + f (x 1 )∆x + f (x 2 )∆x + · · · + f (xn− 1 )∆x = f (1)∆x + f (1 + ∆x)∆x + f (1 + 2∆x)∆x + · · · + f (1 + (n − 1)∆x)∆x = ∆x{1 +

[

(1 + ∆x)^2 − 2(1 + ∆x) + 2

]
[

(1 + 2∆x)^2 − 2(1 + 2∆x) + 2

]
[

(1 + (n − 1)∆x)^2 − 2(1 + (n − 1)∆x) + 2

]

= ∆x{1 + [1 + (∆x)^2 ] + [1 + (2∆x)^2 ] + · · · + [1 + ((n − 1)∆x)^2 ]} = n∆x + 1^2 + 2^2 + · · · + (n − 1)^2 ^3

= n ·

n

(n − 1)n(2n − 1) 6

n

2 n

6 n^2

Portanto, a soma inferior de f em [− 1 , 2] é

S(f, P ∪ Q) =

n

3 n^2

2 n

6 n^2

2 n

2 n^2

Finalmente, utilizando a soma superior de f, obtemos que a área da região desejada é dada por

A =

− 1

(x^2 − 2 x + 2)dx +

1

(x^2 − 2 x + 2)dx

= lim n→+∞

n

3 n^2

  • lim n→+∞

2 n

6 n^2

Note que obteríamos o mesmo resultado utilizando a soma inferior de f.

EXEMPLO 1.5.8 Utilize a denição de integral denida para determinar a área da região R delimitada por f (x) = 9 e g(x) = x^2 , com x ≤ 0 , sabendo que f e g são funções integráveis.

Solução: A região R está sombreada na Figura 1.12.

Figura 1.12: Região R

A área da região R pode ser interpretada como sendo a área da região R 1 menos a área da região R 2 , onde R 1 é a região retangular limitada pelas curvas y = g(x), y = 0, x = − 3 e x − 0 e R 2 é a região limitada pelas curvas y = f (x), y = 0, x = − 3 e x − 0.

Área de R 1 : AR 1 =

− 3

9 dx = 9[0 − (−3)] = 27u.a. (usando as propriedades de integral

denida). Área de R 2 : Os retângulos inscritos na região R 2 estão representados na Figura 1.13. A área

Figura 1.13: Soma inferior da região R 2 com 7 retângulos

de R 2 é dada por AR 2 =

− 3

x^2 dx usando somas de áreas de retângulos inscritos tomamos

uma partição P = {x 0 , x 1 , x 2 , · · · , xn} do intervalo [− 3 , 0], de tal forma que todos os subin- tervalos de P possuam o mesmo diâmetro, isto é, ∆x = ∆x 1 = ∆x 2 = ... = ∆xn. Portanto,

temos que a base de cada um dos retângulos é dada por ∆x =

n

n

e assim

podemos atribuir valores para cada xi ∈ P como sendo

x 0 = − 3 , x 1 = −3 + ∆x, x 2 = −3 + 2∆x, · · · , xn = −3 + n∆x.

Agora vamos determinar as alturas dos retângulos inscritos. Como neste exemplo temos uma função decrescente, cada retângulo inscrito atinge sua altura no ponto xi, i = 1, 2 , · · · , n, ou seja, a altura de cada retângulo é g(xi) = x^2 i. Assim, a soma de Riemann de g relativa a partição P e com as alturas denidas é dada por

S(g, P ) =

∑^ n

i=

g(xi)∆x =

∑^ n

i=

x^2 i ∆x = (x^21 + x^22 + · · · + x^2 n)∆x

= [(−3 + ∆x)^2 + (−3 + ∆x)^2 + · · · + (−3 + ∆x)^2 ]∆x

[(

9 − 6∆x + (∆x)^2

9 − 6 · 2∆x + (2∆x)^2

9 − 6 · n∆x + (n∆x)^2

)]

∆x = 9 n∆x − 6(∆x)^2 (1 + 2 + · · · + n) + (∆x)^3 (1^2 + 2^2 + · · · + n^2 )

= 27 −

n^2

n(n + 1) 2

n^3

n(n + 1)(2n + 1) 6

= 27 − 27

n

n

n^2

2 n

2 n^2