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Caderno de Estudos Práticos em Anatomia Humana: Guia Completo para Estudantes de Saúde, Exercícios de Anatomia

Este caderno de estudos práticos em anatomia humana é um recurso valioso para estudantes de graduação da área da saúde. Ele aborda os principais acidentes anatômicos dos diversos órgãos e estruturas que constituem os sistemas orgânicos do corpo, com uma parte teórica e uma parte de atividades com exercícios, desenhos e esquemas. O material é gratuito e visa complementar o estudo e sedimentação do conhecimento adquirido nas aulas teóricas e práticas.

Tipologia: Exercícios

2025

Compartilhado em 27/03/2025

zuila-medeiros
zuila-medeiros 🇧🇷

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C A D E R N O D E E S T U D O S
P R Á T I C O S E M
A N A T O M I A H U M A N A
Luiz Fernando Takase
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Baixe Caderno de Estudos Práticos em Anatomia Humana: Guia Completo para Estudantes de Saúde e outras Exercícios em PDF para Anatomia, somente na Docsity!

C A D E R N O D E E S T U D O S

P R Á T I C O S E M

A N A T O M I A H U M A N A

Luiz Fernando Takase

Caderno de Estudos Práticos em Anatomia Humana 4 PLANEJAMENTO GRÁFICO: Luiz Fernando Takase ILUSTRAÇÕES: Luiz Fernando Takase

Caderno de Estudos Práticos em Anatomia Humana 5 “Nós poucos, felizes poucos, bando de irmãos; Pois quem verter o sangue hoje comigo É meu irmão; e por plebeu que fôra Este dia o há de enobrecer: E os nobres na Inglaterra, que agora estão na cama — Julgar-se-ão malditos que aqui não estiveram — Sentindo-se menos homens do que o homem que disser Que lutou conosco no dia de São Crispim.” William Shakespeare (A vida do rei Henrique V, ato IV, cena III) "Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente." Karl Rokitansky (1876)

SUMÁRIO

  • Caderno de Estudos Práticos em Anatomia Humana
  • Caderno de Estudos Práticos em Anatomia Humana
  • I - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA
  • II - OSSOS
  • III - ARTICULAÇÕES
  • IV - SISTEMA MUSCULAR
  • V - SISTEMA CARDIOVASCULAR
  • VI - SISTEMA RESPIRATÓRIO
  • VII - SISTEMA DIGESTÓRIO
  • VIII - SISTEMA URINÁRIO
  • IX - SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
  • X - SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
  • XI - SISTEMA TEGUMENTAR
  • XII - SISTEMA ENDÓCRINO
  • XIII - SISTEMA NERVOSO
  • XIV – BIBLIOGRAFIA
  • XV – RESPOSTAS

Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 8

I - INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA ANATOMIA HUMANA

1. Generalidades A anatomia (do grego anna = em partes + temnein = cortar, ou seja, cortar em partes) é a ciência que estuda a organização estrutural, micro e macroscópica, dos sistemas orgânicos, órgãos e tecidos que constituem os seres vivos. Com o desenvolvimento da ciência, o estudo anatômico se diversificou e se especializou em outras disciplinas como a Citologia (estudo da célula), Histologia (estudo dos tecidos), Embriologia (estudo do desenvolvimento), Anatomia por imagens (estudo anatômico através de técnicas de imagens, como raio-x, tomografia computadorizada, ressonância magnética, etc), Anatomia Comparada (estudo comparado das estruturas anatômicas de espécies diferentes), etc. 2. Conceitos anatômicos Na anatomia, o conceito de normal é definido por aquilo que é observado mais frequentemente. Estatisticamente falando, o normal são os indivíduos ou estruturas que estão dentro da curva de normalidade. Como por exemplo, na maioria dos indivíduos, o estômago tem o formato de um “J”, sendo este considerado o normal. No entanto, alguns indivíduos possuem o estômago mais alongado, estando fora da curva de normalidade, mas sem nenhum prejuízo em seu funcionamento. Quando estas diferenças morfológicas não acarretam em prejuízos funcionais ao órgão ou ao indivíduo, são denominadas de variações anatômicas. Os principais fatores gerais de variação anatômica são a idade (mudanças do corpo ao passar do tempo), sexo (diferenças entre gêneros), biótipo (pessoas longilíneas ou brevilíneas), etnia (antropometria), evolução (variações durante a evolução das espécies) e o meio externo (alterações devido ao meio externo, como as decorrentes de exercícios físicos, etc). As anomalias são alterações morfológicas onde há prejuízo funcional ao indivíduo. Podem ser congênitas, como o nascimento sem um dos membros; ou adquirida, como no caso de pacientes amputados. Por fim, as monstruosidades são as alterações que não são compatíveis com a vida, como a anencefalia, má formação rara, caracterizada pela ausência parcial do encéfalo e da calota craniana. São estudadas por um ramo da ciência médica denominada teratologia (do grego terat , que significa “monstro”).

Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 10 considerando o corpo como se estivesse sempre nesta posição anatômica. O corpo em posição anatômica deve estar em posição ereta, face voltada para a frente, membros superiores estendidos com as palmas das mãos voltada para frente, e membros inferiores unidos com as pontas dos pés dirigidas para frente.

6. Planos de delimitação Na posição anatômica, o corpo humano pode ser delimitado por planos imaginários tangentes à sua superfície, formando um sólido geométrico do tipo paralelepípedo. É como se o corpo estivesse dentro de uma caixa cujas paredes encostam nas suas extremidades. Pode-se identificar os seguintes planos de delimitação: - Plano ventral ou anterior – vertical, tangencia o ventre. - Plano dorsal ou posterior – vertical, tangencia o dorso. - Planos laterais – verticais, tangenciam as laterais do corpo. - Plano cranial ou superior – horizontal, tangencia o topo da cabeça. - Plano podálico ou inferior – horizontal, tangencia a planta dos pés. 7. Planos de Secção Os planos de secção são paralelos aos planos de delimitação e podem cortar o corpo em três diferentes direções. Estes planos são comumente usados nos livros e atlas para descrever secções do corpo, de órgãos ou de estruturas anatômicas. Pode-se identificar os seguintes planos de secção: - Plano sagital – Vertical, paralelo aos planos de delimitação laterais, corta o corpo no sentido antero-posterior. O plano sagital mediano divide o corpo em duas metades iguais ou antímeros. - Plano frontal ou coronal – Vertical, paralelo aos planos de delimitação ventral e dorsal. - Plano transversal – Horizontal, paralelo aos planos cranial e podálico, divide o corpo em secções horizontais denominadas metâmeros. 8. Eixos Os eixos são linhas imaginárias que atravessam o corpo e que estão contidas dentro dos planos de secção. Pode-se identificar os seguintes eixos nas três direções ortogonais: - Eixo sagital ou ântero-posterior – Horizontal, está dentro do plano de secção sagital e liga os planos de delimitação ventral e dorsal. - Eixo transversal ou laterolateral – Horizontal, está dentro do plano de secção transversal e liga os dois planos de delimitação laterais. - Eixo longitudinal ou craniocaudal – Vertical, está dentro do plano de secção

Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 11 frontal e liga os planos de delimitação cranial e podálico.

9. Termos de posição e direção Os termos de posição e direção obedecem a posição anatômica vista anteriormente e são seguidas pelos livros e atlas anatômicos. A descrição dos órgãos geralmente é feita por comparação geométrica, ou seja, os considera como formas geométricas com faces, margens e extremidades, denominados de acordo com os planos os quais estão voltados. Se uma face do órgão está voltada para o plano sagital mediano é denominada face medial , a face voltada para um dos planos laterais é denominada face lateral , a face voltada para o plano cranial é denominada de face superior , a face voltada para o plano podálico é denominada face inferior , a face voltada para o plano dorsal é denominada face posterior ou dorsal , e por fim, a face voltada para o plano ventral é denominada a face anterior ou ventral. As denominações das margens (os encontros das diferentes faces), extremidades e ângulos seguem a mesma lógica em relação aos planos de delimitação. Os termos de posição de estruturas anatômicas também podem ser feitos de acordo com a proximidade dos planos: - Mediana - Estrutura localizada no plano sagital mediano. As vértebras e a artéria aorta são exemplos de estruturas medianas.

  • Medial, intermédia e lateral – A estrutura mais próxima do plano sagital mediano é denominada medial, a mais distante é denominada lateral, enquanto que a estrutura entre elas é denominada intermédia.
  • Dorsal, média e ventral - A estrutura mais próxima do plano dorsal é denominada dorsal, a mais próxima do plano ventral é denominada ventral, enquanto que a estrutura entre elas é denominada média.
  • Proximal, média, distal – nos membros, a estrutura mais próxima da raiz do membro é denominada proximal, a mais próxima da extremidade é denominada distal, enquanto que a estrutura entre elas é denominada média. As falanges dos dedos podem ser divididas em falange proximal, falange média e falange distal. 10. Princípios gerais de construção corpórea O corpo é dividido de acordo com alguns princípios fundamentais de construção e organização: antimeria , metameria , paquimeria e estratificação. A grande maioria dos seres vivos possuem uma simetria bilateral, ou seja, o plano sagital mediano divide o corpo em

Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 13 Assim, recomenda-se o estudo prévio aprofundado da anatomia sistêmica para melhor compreensão da anatomia topográfica. As principais regiões de estudo são cabeça, pescoço, tórax, abdome, dorso, membros, pelve e períneo. Geralmente o estudo é feito por estratificação, ou seja, por camadas: primeiro estuda-se a camada superficial, a pele; seguida pela tela subcutânea, fáscia muscular, vasos e nervos, músculos superficiais, músculos profundos, articulações e ossos, e por fim, as vísceras. Exercício 1 – Identificar as divisões do corpo humano em posição anatômica. A - _________________________ B - _________________________ C - _________________________ D - _________________________ E - _________________________ F - _________________________ G - _________________________ H - _________________________ I - _________________________ J - _________________________ K - _________________________ L - _________________________ M - _________________________ N - _________________________ O - _________________________ P - _________________________

Introdução ao Estudo da Anatomia Humana 14 Exercício 2 – Identificar os planos de delimitação e secção. A - _________________________ B - _________________________ C - _________________________ D - _________________________ E - _________________________ F - _________________________ G - _________________________ H - _________________________ Exercício 3 – Identificar os termos de posição e direção. A - _________________________ B - _________________________ C - _________________________ D - _________________________ E - _________________________ F - _________________________ G - _________________________ H - _________________________ I - _________________________

Ossos 16 inorgânicos, como cálcio e fosfato, representa cerca de 60% da composição óssea e confere ao osso resistência à compressão, tensão e tração (dureza); e uma parte orgânica , formada principalmente por fibras colágenas, representam cerca de 40% da composição óssea e confere ao osso flexibilidade (aumentando sua resistência) e a capacidade de remodelação e regeneração. Quando o osso vivo é submetido a forças de pressão, há a reabsorção óssea; quando é submetido a forças de tração, há a formação de tecido ósseo. Esta dinâmica pode ser observada no esqueleto: locais de pressão, como nas regiões por onde passam vasos sanguíneos, há reabsorção óssea, formando sulcos na superfície óssea; já nos pontos de fixação dos músculos, onde há força de tração, pode ser observada a formação de tecido ósseo, formando rugosidades e cristas. 5. Substância óssea O tecido ósseo pode ser dividido em osso esponjoso , formado por várias trabéculas, que formam espaços medulares amplos e conferem o aspecto poroso do tecido, similar à de uma espoja; e em osso compacto , que praticamente não apresenta espaço medular, sendo sólido e com grande resistência e dureza. O conjunto das duas substâncias ósseas conferem ao osso maior resistência mecânica. O osso compacto, que forma a diáfise e também localizado na superfície óssea, é responsável pela resistência à compressão e tensão. Já o osso esponjoso, localizado no interior das epífises, são importantes na absorção de impactos mecânicos e na transferência do peso corporal. 6. Classificação dos ossos Os ossos podem ser classificados de acordo com sua forma da seguinte maneira:

  • Ossos longos – Possuem comprimento maior que a largura. Ex: úmero, rádio, ulna, metacarpos e falanges.
  • Ossos curtos – Possuem comprimento e largura similares. Geralmente de formato cuboide, são constituídos por uma fina camada externa de osso compacto, que recobre o osso esponjoso. Sua principal função é estabilizar a articulação e fornecer algum grau de movimento. Ex: ossos do carpo e ossos do tarso.
  • Ossos planos ou laminares - Possuem comprimento e largura similares, mas com espessura reduzida. São constituídos por duas lâminas de osso compacto com uma camada de osso esponjoso entre as duas, formando a díploe. Ex: escápula, parietal e esterno.

Ossos 17

  • Ossos irregulares – Possuem formato irregular e variado, que não se encaixa em nenhuma classificação. Geralmente são constituídos por uma fina camada de osso compacto recobrindo uma massa de osso esponjoso. Ex: vértebras e osso do quadril.
  • Ossos pneumáticos – Localizados na cabeça, possuem em seu interior uma cavidade revestida de mucosa que se comunica com a cavidade nasal. Estas cavidades tem como função aquecer e umidificar o ar inspirado e também agem como caixa de ressonância durante a fonação. Ex: maxilas.
  • Ossos sesamoides – Geralmente são pequenos nódulos ossificados, de formato ovoide, localizados dentro dos tendões. Estão localizados na extremidade distal de longos ossos dos membros, ao longo do trajeto dos tendões. Sua função é proteger os tendões ao reduzir o atrito entre os componentes do sistema locomotor. Ex: patela e osso pisiforme. 7. Componentes do osso longo Um típico osso longo é formado por uma haste denominada diáfise, e duas extremidades denominadas epífises. A diáfise é um tubo de osso compacto com uma cavidade medular em seu interior, revestida internamente por uma fina camada de tecido conjuntivo denominada endóstio e repleta de tecido adiposo, a medula amarela. As epífises são revestidas externamente de osso compacto, mas sua estrutura é formada principalmente por osso esponjoso. Os espaços entre as trabéculas do osso esponjoso são preenchidos pela medula vermelha , responsável pela produção de células sanguíneas. Os ossos ainda são revestidos externamente por uma dupla camada de tecido conjuntivo fibroso ricamente inervado e vascularizado denominada periósteo. 8. Número de ossos O esqueleto humano possui 206 ossos divididos na cabeça, tronco e membros. No entanto, estes valores podem sofrer alterações devido a alguns fatores de variação anatômica:
  • Fatores etários – À medida que o indivíduo se desenvolve e envelhece, ocorre a redução no número de ossos. No recém-nascido, alguns ossos são constituídos de diferentes partes que se unem durante o desenvolvimento para formar um único osso no adulto. Em idosos, ocorre a sinostose (ossificação das suturas), unindo os ossos da abóbada craniana.
  • Fatores individuais – Alguns indivíduos possuem ossos extra-

Ossos 19 De maneira geral, as vértebras possuem um corpo reforçado, que dá origem ao arco da vértebra , para formar o forame vertebral. Os processos transversos tem origem nas porções laterais do arco, enquanto que o processo espinhoso tem origem na porção posterior do arco. As vértebras se articulam entre si através dos processos articulares superior e inferior. Separando os corpos das vértebras adjacentes, pode-se observar uma articulação cartilaginosa denominada disco intervertebral. Cada grupo vertebral ainda possui características próprias: as vértebras cervicais possuem o forame transversário na base do processo transverso; as vértebras torácicas possuem as fóveas costais superior e inferior , locais onde se articulam as costelas; os corpos das vértebras lombares são maiores e robustos, pois são responsáveis por suportar o peso do corpo. 9 .3 Tórax O esqueleto do tórax é formado pelo osso esterno, costelas e cartilagem costal. O osso esterno está localizado na linha mediana, na porção anterior do tórax e possui formato achatado e alongado. Pode ser dividido em três partes: manúbrio , corpo e processo xifóide. As costelas são constituídas por doze pares que se articulam posteriormente com as vértebras torácicas. Anteriormente, os sete primeiros pares se articulam diretamente com o osso esterno através da cartilagem costal , sendo denominadas costelas verdadeiras. O oitavo, nono e décimo pares se articulam indiretamente ao osso esterno e são denominadas costelas falsas. Os dois últimos pares não se articulam anteriormente com nenhum osso e são denominadas c ostelas flutuantes. As cartilagens costais são articulações cartilaginosas constituídas de cartilagem hialina, são responsáveis pela fixação da maioria das costelas e conferem maior resistência e flexibilidade à caixa torácica. 9 .4 Membro superior A cintura escapular (ou cíngulo do membro superior ) articula o membro superior com o esqueleto axial através do osso esterno e permite amplos movimentos dos ombros. É formada pela clavícula e escápula. O membro superior é dividido em braço, antebraço e mão. O braço é formado pelo úmero , o antebraço é formado pelo rádio e ulna , enquanto que a mão é formada pelos ossos do carpo , ossos do metacarpo e falanges. Na mão, os oito ossos do carpo estão arranjados em duas fileiras transversais de quatro ossos cada uma, formando o punho. Na fileira proximal, da região lateral para a medial, podem-se identificar os ossos

Ossos 20 escafóide , semilunar , piramidal e pisiforme. Na fileira distal, da região lateral para a medial, podem-se identificar os ossos trapézio , trapezóide , capitato e hamato. Os ossos do metacarpo formam a palma e dorso da mão e são numerados de I a V. Os dedos são formados por três falanges ( proximal , média e distal ), com exceção do polegar, que possui apenas duas falanges, uma proximal e uma distal. 9 .5 Membro inferior A cintura pélvica (ou cíngulo do membro inferior ) é formada pelo osso do quadril. Além de articular o membro inferior ao esqueleto axial, também deve suportar o peso do corpo. Para desempenhar esta função de maneira adequada, ambos os ossos possuem extensa área de articulação com o sacro e também tem o reforço fornecido pela união das duas cinturas pélvicas através da sínfise púbica. Os ossos do esqueleto apendicular inferior também estão alinhados com a cintura pélvica de modo que parte do peso seja transferido para eles. O osso do quadril pode ser dividido em três partes: ílio, ísquio e púbis. O ílio (2/ superiores) constitui a porção superior do osso do quadril, onde pode-se identificar a asa do ílio , que delimita a pelve maior. O ísquio (1/3 inferior e posterior) constitui a zona inferior do osso do quadril e é a porção mais resistente, uma vez que é responsável por suportar o peso do corpo quando o indivíduo está sentado. O púbis (1/3 inferior e anterior) está voltado anteriormente e se articula com o púbis contralateral através da sínfise púbica. O membro inferior é dividido em coxa, perna e pé. A coxa é formada pelo fêmur , a perna é formada pela patela , tíbia e fíbula , enquanto que o pé é formado pelos ossos do tarso, ossos do metatarso e falanges. O fêmur é o maior osso do corpo e a conformação das trabéculas do osso esponjoso em sua cabeça é a responsável pela transferência do peso do corpo para o membro inferior. Os sete ossos do tarso são: tálus , calcâneo , navicular , cubóide , cuneiforme medial , cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral. Os ossos do metatarso formam a planta e dorso do pé e são numerados de I a V. Os dedos são formados por três falanges ( proximal , média e distal ), com exceção do hálux, que possui apenas duas falanges, uma proximal e uma distal.