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RESUMO. O comportamento agressivo tem se tornado comum dentro do espaço ... trabalho, o tema bullying foi debatido em sala de aula, onde os alunos puderam.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde para Professor do Ensino Fundamental e Médio da Universidade Federal do Paraná. Orientadora: Profª. Luciana Grittem
Primeiramente a Deus por mesmo eu tendo me afastado dele na maior parte da minha vida, Ele não ter se afastado de mim. Agradeço meus pais por tudo. A orientadora pelo tempo e paciência a mim dedicados e pelo espírito crítico o qual espero, pelo menos em parte, ter adquirido. Ao meu noivo Rafael pelo auxílio na realização deste trabalho, sem ele eu não teria conseguido. A todos os meus alunos que contribuíram de alguma forma para a realização desse trabalho. A amiga e colega de curso Herika Janina, pela disposição em me ajudar sempre.
Educação é aquilo que fica depois que você esquece o que a escola ensinou.
(Albert Einstein)
MARTINEZ, F.W. Bullying at school : the importance of intervening. 2011. Monograph (Specialization in Health for Teachers of Primary and Middle) - Federal University of Parana.
ABSTRACT
Aggressive behavior has become commonplace in the school environment, and due to the observation of violence, over-derogatory nicknames combined with low academic achievement of students who are victims of "pranks" that has emerged is the interest and motivation to explore the theme of bullying at school. Before the search for possible solutions to the problem and considering the importance of the subject considered as general objective: to inform students about the bullying phenomenon, through classroom discussions aimed at raising awareness, prevention and reduction of the occurrence of such an occurrence. The early intervention project began in July and lasted for six months, which was first made to observe the behavior of students enrolled in the morning of the 1st series B High School State School Aldo Dallago, located in the city of Ibaiti - Paraná. The bullying issue was conveyed to students through lecture given on cases of bullying and its consequences. Following the work, the subject was discussed bullying in the classroom, where students could express their ideas and reflect on whether they were victims, perpetrators or bystanders of bullying. During the development of the project, students watched educational videos addressing the subject, presented by the teacher on TV stick. The project was attended by students from the 7 series B, the afternoon, where they reported their experiences of bullying, and left messages of friendship, helping the students of a Series B, crocheting posters for a campaign against bullying. As a result, it was noticeable change in behavior and motivation of the students involved in pursuing the project, leading to other students of the college.
Devido à agressividade, a violência, ao excesso de apelidos pejorativos e a observação do baixo rendimento escolar dos alunos vítimas de “brincadeiras” do Colégio Estadual Aldo Dallago é que se percebeu a relevância do tema e motivou-se este trabalho de intervenção. Diante da busca de possíveis soluções ao problema descrito anteriormente e diante da importância do assunto considerou como objetivo geral: Informar os alunos do Colégio Estadual Aldo Dallago sobre o fenômeno bullying, por meio de debates em sala de aula que visem à sensibilização, a prevenção e diminuição da ocorrência de tal ocorrência.
2.1 Definição de bullying
O termo bullying é origem inglesa e sem tradução no Brasil, é empregado para expressar comportamentos agressivos no ambiente escolar, praticados pelos educando. Os atos de violência ocorrem de maneira intencional e repetitiva contra um ou mais indivíduos, que se encontram impossibilitados de reagir às agressões sofridas. Esses comportamentos não apresentam motivações justificáveis, os mais fortes utilizam os mais frágeis como objetos de diversão, prazer e poder, com a intenção de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas (Silva, 2010).
2.2 Os agressores
Os agressores que praticam bullying são denominados bullies, estes por sua vez escolhem os indivíduos que estão em desigualdade de poder, seja por situação socioeconômica, faixa etária ou porte físico. Aponta ainda que as
vítimas, de forma geral, possuem alguma característica que se diferencia do restante do grupo; podendo ser acanhadas, introspectivas, muito magras; obesas, ser de religião, raça ou orientação sexual diferente (Silva, 2010). Ainda ressalta que não há justificativas aceitáveis para a seleção de vítimas, mas certamente os alvos são aqueles que não conseguem reagir às agressões sofridas. Muitos bullies se comportam assim por uma clara ausência de limites em seus processos educacionais no contexto familiar (Silva, 2010). Segundo o site Wikipédia (2011,sp) pesquisas mostram que adolescentes agressores muitas vezes possuem personalidades autoritárias, aliadas com uma forte necessidade de dominar.
Segundo Wikipédia (2011,sp) :
"Se o comportamento agressivo não é desafiado na infância, há o risco de que ele se torne habitual. Realmente, há evidência documental que indica que a prática do bullying durante a infância põe a criança em risco de comportamento criminoso e violência doméstica na idade adulta."
2.3 As vítimas
É comum na prática pedagógica o docente observar quer certos alunos possuem dificuldades em se relacionar com os colegas, seja por timidez, por traços característicos de personalidade ou se não se sente seguro, ou possui baixa estima, seja por não se enquadrar nos padrões físicos exigidos pela mídia atual, por baixa condição financeira, ou se ainda sofre algum tipo de bullying seja no ambiente familiar, ou mesmo escolar. Trabalhar com pessoas requer cuidado e atenção, cabe aos profissionais da educação um olhar atento e diferenciado a cada indivíduo que esteja sobre a responsabilidade escolar, para que seja feito o devido encaminhamento quando necessário do aluno que sofre bullying.
2.4 Os espectadores
De acordo com Silva (2010, sp) espectadores são alunos que seguem a “lei do silêncio”. Observam a tudo, mas não toma partido, e também não saem em defesa do agredido por receio de ser a próxima vítima. Existem dois tipos de espectadores; os Espectadores ou testemunhas e os espectadores-agressores. Os Espectadores ou testemunhas são aqueles que observam a violência e aprendem a conviver com ela e não se sentem incomodados diante das agressões assistidas. Já os espectadores-agressores são aqueles que sofrem, mas ao mesmo tempo agridem com atos de violência em algum outro ambiente aonde se sinta numa pequena vantagem, muitas vezes ocorre dentro da família irmão ou primo mais novo (ROSA, 2011, sp).
2.5 Causas do bullying
As causas que faz com que o bullying ocorra, segundo os estudos de especialistas, devem-se à um grau elevado de carência afetiva aliada a falta de limites impostas pelos pais juntamente com os educadores e a vivência escolar com práticas educativas baseadas em maus tratos físicos e psicológicos com explosões emocionais intensas. Os bullies sentem a necessidade de reproduzir em outros indivíduos as violências e agressões sofridas, como forma de se fazer notado e de exercer autoridade, muitas vezes para se auto-afirmar para que possam obter reconhecimento e satisfação pessoal. A falta de modelos educativos instrutivos e mais humanos contribui também para que o bullying se manifeste, diante disso o direcionamento do educando leva-o ao caminho da intolerância, onde é expressa pela não aceitação das diferenças pessoais, intolerância e preconceito. Dessa forma o bullying geralmente se inicia com a recusa de aceitação de uma diferença que envolva raça, religião, condição econômica, deficiência física, diferença de ordem psicológica ou sexual ou ligada a aspectos como força, coragem e mesmo habilidades esportivas ou intelectuais. (LINS, 2010).
Diante dos fatos faz-se necessário que a escola esteja preparada para desenvolver projetos que supram, ou que ao menos tentem suprir a ausência de limites e boa educação familiar, para que dessa forma a escola seja a referência não só educacional, mas norteadoras de princípios dignos e humanos. (LINS, 2010).
2.6 Conseqüências do bullying
As conseqüências deixadas pelas agressões em forma de bullying são variadas e dependem muito de cada indivíduo, da sua personalidade, do seu emocional e da intensidade das agressões. Mas todas as vítimas sofrem com os ataques e maus tratos do bullying. (Silva, 2010)
De acordo com Silva, (2010, sp):
Os problemas mais comuns são: desinteresse pela escola; problemas psicossomáticos; problemas comportamentais e psíquicos como transtorno do pânico, depressão, anorexia e bulimia, fobia escolar, fobia social, ansiedade generalizada, entre outros. O bullying também pode agravar problemas preexistentes, devido ao tempo prolongado de estresse a que a vítima é submetida. Em casos mais graves, podem-se observar quadros de esquizofrenia, homicídio e suicídio.
As conseqüências do bullying são devastadoras em todos os sentidos, afetam os envolvidos em todos os níveis, sendo a vítima a que tem maior probabilidade de continuar sofrendo seus efeitos pelo resto da vida. A vítima Pode ter prejuízos na formação de sua personalidade, nas suas relações profissionais, constituição de família e educação dos filhos. (LINS, 2010) Para LINS (2010, p. 13) bullying passou a ser considerado como “problema de saúde pública”, devendo ser reconhecido e assistido por profissionais especializados da área.
Na visão de (CAVALCANTE, apud OLWEUS, sp)
VÍTIMA Na escola
2.8 A escola e o bullying
Segundo Silva (2006, sp):
A educação do jovem no século XXI tem se tornado algo muito difícil, devido à ausência de modelos e de referenciais educacionais. Os pais de ontem, mostram-se perdidos na educação das crianças de hoje. Estão cada vez mais ocupados com o trabalho e pouco tempo dispõem para dedicarem-se à educação dos filhos. Esta, por sua vez, é delegada a outros, ou em caso de famílias de menor poder aquisitivo, os filhos são entregues à sorte. Os pais não conseguem educar seus filhos emocionalmente e, tampouco, sentem-se habilitados a resolverem conflitos por meio do diálogo e da negociação de regras. Optam muitas vezes pela arbitrariedade do não ou pela permissividade do sim, não oferecendo nenhum referencial de convivência pautado no diálogo, na compreensão, na tolerância, no limite e afeto. A escola também tem se mostrado inabilitada a trabalhar com a afetividade. Os alunos mostram-se agressivos, reproduzindo muitas vezes a educação doméstica, seja por meio dos maus-tratos, do conformismo, da exclusão ou da falta de limites revelados em suas relações interpessoais. Os professores não conseguem detectar os problemas, e muitas vezes, também demonstram desgaste emocional com o resultado das várias situações próprias do seu dia sobrecarregado de trabalhos e dos conflitos em seu ambiente profissional. Muitas vezes, devido a isso, alguns professores contribuem com o agravamento do quadro, rotulando com apelidos pejorativos ou reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado de alguns alunos.
2.9 Estratégias de combate
Para que o combate ao bullying seja eficaz e seguro é fundamental a participação de profissionais da saúde, pais e professores. A interação desses profissionais juntamente com os professores se faz necessário para que se possa observar o comportamento do indivíduo na escola, assim como as condições psicopedagógicas e ambiente físico do espaço escolar. É importante que crianças e os adolescentes possuam boa relação com seus colegas na escola, pois ao contrário, poderá ser prejudicada em relação ao desenvolvimento social, já que o estresse psicossocial está envolvido na saúde do indivíduo. O indivíduo deve ser encorajado a enfrentar o problema, participar de grupos sociais e ser incentivado a comunicar a alguém caso sofra alguma agressão ou mesmo presencie atos de violência. Já em relação aos educadores é preciso que sejam treinados para que
3.1 Local de Intervenção
O trabalho foi desenvolvido no Colégio Estadual Aldo Dallago - Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional, situado na Rua Antônio de Moura Bueno, 1028, centro, na cidade de Ibaiti, Estado do Paraná. A Autorização de Funcionamento do Estabelecimento é conferida pelo Decreto 5732 D.O.E. 30/10/1978, sendo o Estabelecimento reconhecido Resolução 3064 de 16/12/ D.O.E. 15/01/1982 onde estão matriculados 1.115 alunos.
3.2 Sujeitos da Intervenção
O trabalho foi desenvolvido com alunos que apresentam faixa etária entre 14 e 15 anos de idade, matriculados no 1º ano B do ensino médio, período matutino onde freqüentam em média 35 alunos.
3.3 Descrição da trajetória da intervenção
Primeiro momento
O trabalho teve início por meio de palestra ministrada pela Advogada Andréia Vivian Amaral Valentini, onde foi apresentado o tema bullying e suas conseqüências. A palestrante dividiu o tema em partes, e foi apresentando aos alunos através de slides, a cada tópico era aberto um espaço para que os alunos pudessem falar e expressar o que sentiam em relação ao bulliyng, suas dúvidas e até mesmo críticas. A palestra foi esclarecedora e contou com a participação efetiva
dos alunos, onde os mesmo levantaram muitas questões e fizeram várias perguntas, o diálogo da palestrante com os alunos despertou profunda reflexão sobre o tema.
Segundo momento
Em sala de aula, realizou-se um diálogo profundo, aberto e honesto com os alunos, os mesmos expressaram sua opinião sobre o tema e o grau de importância que o assunto representava para cada um, durante a mesma oportunidade os alunos que escreveram um texto sobre o bullying, relataram sua experiência com o tema e se já sofreram ou mesmo se praticaram bullying durante a sua vida escolar.
Terceiro momento
Uma aula com imagens de pessoas sofrendo bulliyng no ambiente escolar foi ministrada, alternando imagens que revelavam amizade, companheirismo entre pessoas. O objetivo era que o contraste das imagens proporcionasse uma reflexão individual em cada aluno.
Quarto momento
Os alunos assistiram a uma palestra realizada por algumas alunas da turma da 7º série B do Ensino Fundamental do Colégio Aldo. A palestra ocorreu em uma forma de diálogo, e de relatos das alunas sobre a ocorrência do bullying sofridas. Em seguida a sala foi dividida em Grupos, onde cada aluna da 7º série ficou responsável por ajudar o seu grupo a realizar uma campanha contra o bullying, utilizando imagens e mensagens na confecção de cartazes. Foi entregue um pirulito para cada aluno com uma mensagem e repressão ao bullying, para finalizar este momento.