Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

BRINQUEDO TERAPEUTICO, Teses (TCC) de Enfermagem

CLASSIFICAÇÃO E ESTUDO CRÍTICO SOBRE O USO DO BRINQUEDO TERAPEUTICO

Tipologia: Teses (TCC)

2021

Compartilhado em 28/02/2021

leonardo-leal-40
leonardo-leal-40 🇧🇷

1 documento

1 / 39

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
FACULDADE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE ENFERMAGEM
ANAÍSIS ARAÚJO DE LIMA
LEONARDO MOREIRA LEAL
A UTILIZAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO EM CRIANÇAS
HOSPITALIZADAS
CAMPO GRANDE - MS
2020
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27

Pré-visualização parcial do texto

Baixe BRINQUEDO TERAPEUTICO e outras Teses (TCC) em PDF para Enfermagem, somente na Docsity!

FACULDADE MATO GROSSO DO SUL

CURSO DE ENFERMAGEM

ANAÍSIS ARAÚJO DE LIMA

LEONARDO MOREIRA LEAL

A UTILIZAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO EM CRIANÇAS

HOSPITALIZADAS

CAMPO GRANDE - MS

ANAÍSIS ARAÚJO DE LIMA

LEONARDO MOREIRA LEAL

A UTILIZAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO EM CRIANÇAS

HOSPITALIZADAS

Trabalho de Conclusão de Curso solicitado como pré-requisito para conclusão do curso de bacharel em Enfermagem oferecido pela Faculdade Mato Grosso do Sul, sob a orientação da professora Dra. Francine Ramos de Miranda CAMPO GRANDE - MS 2020

DEDICATÓRIA

Eu, Leonardo Moreira Leal, dedico esse trabalho a minha mãe Celi, ao meu irmão Gabriel, a minha avó Gecy Moreira Leal (in memorian), a Deus, Nossa senhora e São Benedito e a minha namorada Anaísis que me provou que o amor verdadeiro constrói vidas e futuros, não permitiu que eu desistisse dessa caminhada mesmo quando não tinha mais ânimo e forças para continuar. Eu, Anaísis Araujo de Lima dedico esse trabalho a Deus, pelo sopro de vida fornecido todas as manhãs. Aos meus amados pais, Maria e Márcio, por não desistirem de mim. Ao meu namorado e companheiro de jornada Leonardo, a minha avó Cleia (in memorian), que onde estiver sei que se orgulha da graduação que eu escolhi e a minha afilhada Heloísa, minha criança preferida.

AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar, agradecemos a Deus pela oportunidade em chegar até aqui, por nos dar forças e serenidade nos momentos em que pensamos em desistir, fazendo com que acreditássemos mais em nós e nos amparando. A nossa orientadora Prof. Dra Francine Ramos de Miranda, tão esplêndida, que nos ajudou nessa árdua caminhada, sempre sincera, dedicada, e que sempre nos mostrou que tínhamos potencial para melhorar a cada dia, além de ser um exemplo na caminhada da enfermagem. Agradecemos também a Prof. Me. Tayana Serpa Ortiz Tanaka pelo respaldo fornecido como detentora da disciplina de Projeto Técnico Cientifico, junto a Prof. Dra. Francine (supramencionada), duas grandes profissionais e excelentes professoras, nosso muito obrigado! Agradecemos também um ao outro pela colaboração e respeito reciproco durante a elaboração do trabalho, conseguimos juntos finalizar ambos dando os melhores de si. Agradecer faz bem para o corpo, a mente e a alma.

RESUMO

Este Trabalho teve como objetivo identificar a eficácia do Brinquedo Terapêutico no preparo para procedimentos em crianças hospitalizadas. Método: revisão de literatura, foi realizado levantamento bibliográfico do período de 2015 a 2020 no portal de pesquisa BVS, foi utilizada a palavras-chave “Brinquedo Terapêutico” e a correspondente em inglês “Therapeutic Play”. Foram selecionados 82 artigos e, após a leitura dos resumos, foram excluídos 62 artigos, sendo 5 por duplicação e 57 por não abordarem o tema, 20 artigos foram selecionados. Resultados: dos 20 artigos selecionados 19 constataram que Brinquedo Terapêutico é eficaz no preparo para procedimentos hospitalares, ele diminui a ansiedade e ajuda a criança a entender o que acontecerá com ela, somente um dos estudos não obteve o mesmo resultado, onde os níveis de ansiedade foram os mesmos no grupo de crianças submetidas ao preparo com o brinquedo e no grupo de crianças não submetidas. Conclusão: mesmo com barreiras o estudo atingiu o objetivo proposto e constatou a necessidade da adesão da técnica do Brinquedo Terapêutico devido aos seus benefícios para criança, família e equipe. Palavras Chaves: Brinquedo Terapêutico \ Hospitalização \ Enfermagem \ Criança

ABSTRACT

This work aimed to identify the efficacy of Therapeutic Play in the preparation for procedures in hospitalized children. Method: literature revision, bibliographic research was made on the period between the year 2015 and 2020 on the BVS Research Portal utilizing the keywords “brinquedo terapêutico” and it’s English correspondent “therapeutic play”. 82 articles were selected and, after reading their abstracts, 62 were excluded, 5 of which due to their being duplicates and 57 for not addressing the subject, 20 articles were selected. Results: out of the 20 selected articles 19 assessed that Therapeutic play is effective on the preparation for medical procedures, lowering levels of anxiety and helping the child to understand what is going to happen, only one of the studies did not achieve the same result, in which the anxiety levels were the same in the group of children who were submitted to the play preparation and those who weren’t. Conclusion: even with all its limitations this research achieved its objective and found that the adherence to the Therapeutic Play technique would be beneficial to both child, family and support team. Keywords: Therapeutic Play\Hospitalization\Nursing\Children

3 1 INTRODUÇÃO O Brinquedo Terapêutico é um instrumento de cuidado essencial na hospitalização infantil, pois traz vários benefícios para a criança, facilita a relação interpessoal entre a criança e o profissional e entre os familiares da criança e o profissional. O Brinquedo Terapêutico diminui o medo e a ansiedade da criança, além de favorecer sua compreensão frente aos procedimentos hospitalares realizados (MARQUES et al ., 2015) O Brinquedo Terapêutico no Brasil como recurso de intervenção na assistência de Enfermagem à criança, foi pioneiro no final da década de 1960, pela a Profa. Dra. Esther Moraes, que era docente na Disciplina Enfermagem Pediátrica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) (RIBEIRO, 2002). Em 1990 o brinquedo foi classificado em três modalidades: dramático, instrucional e capacitador de funções fisiológicas (VESSEY; MAHON, 1990). Temos que priorizar a atenção integral, sem se limitar aos procedimentos, medicações e técnicas a serem realizadas, tendo em vista que, deve-se assistir a criança visando o atendimento biopsicossocial e espiritual, no qual o Brinquedo Terapêutico serve como ferramenta importante (MARQUES et al., 201 5). Destaca-se a prestação de assistência sem traumas dentro das novas tendências filosóficas do cuidado à criança, essas pressupõem intervenções voltadas a diminuição de desconfortos físicos e psicológicos vivenciados pelas crianças e seus familiares durante a inevitável experiência hospitalar (FERREIRA et al. 2018). Os enfermeiros não aderem à prática de utilização do Brinquedo Terapêutico por três motivos, não recebem formação qualificada sobre o tema durante a graduação, não possuem tempo disponível para utilizar a técnica durante o atendimento nos serviços de saúde, bem como desconhecem os benefícios do brinquedo terapêutico para a criança. O trabalho proposto analisou, demonstrou e levantou questões relacionadas a utilização do Brinquedo Terapêutico no preparo de crianças mediante procedimentos hospitalares. O Brinquedo Terapêutico é um grande instrumento no apoio da diminuição do nervoso e da ansiedade em crianças e suas famílias, além de auxiliar no entendimento e na aceitação da criança frente ao tratamento. O Brinquedo Terapêutico é proposto e regulamentado pelo Conselho Federal de Enfermagem e fornece aporte ao profissional por ser um recurso que permite

4 melhorias na assistência, auxilia no estabelecimento de um vínculo de confiança entre profissional e paciente. Independente se o cuidado é simples ou complexo, o brinquedo terapêutico pode ser utilizado. A convicção de que crianças hospitalizadas necessitam mais do que cuidados físicos relacionados à sua patologia também justificou a escolha do tema. Para que os profissionais de Enfermagem utilizem o brinquedo terapêutico é necessário que sejam sensibilizados dê sua importância durante a graduação, logo é preciso que, os docentes disseminem recursos que moldem os alunos a empregar a abordagem no ensino prático para que o aluno reconheça sua real importância e consiga utilizá-lo no seu exercício profissional futuro. Diante disso surgiu o questionamento: Qual a eficácia da utilização do brinquedo terapêutico no preparo a procedimentos em crianças hospitalizadas?

6 capaz de gerar compreensão da criança referente aos procedimentos a qual será submetida, assim como facilita o vínculo da mesma com o profissional constituindo maior confiança (BERTÉ, et al., 2017). Ressalva-se que, os brinquedos acatados como lúdicos tornam-se terapêuticos quando promovem o deleite psicofisiológico da criança (SOUZA et al. , 2012). O Brinquedo Terapêutico é proposto e regulamentado pelo Conselho Federal de Enfermagem e fornece aporte ao profissional por ser um recurso que permite melhorias na assistência. Pode-se classificá-lo como um mecanismo essencial para abraçar melhor a criança e perceber de maneira facilitada suas necessidades (MENDES et al., 2017). Independente se o cuidado é simples ou complexo, o brinquedo terapêutico pode ser utilizado (SOUZA; FAVERO, 2012). As reações perante o medo do desconhecido são distintas dependendo da fase do ciclo vital, entretanto podem ser cruéis em todas as fases, contudo crianças possuem recursos limitados para enfrentar situações desconhecidas e dolorosas (VIERIA, 2008). Independente da faixa etária o brinquedo terapêutico pode ser utilizado, basta o profissional escolher o brinquedo apropriado de acordo com às fases do desenvolvimento infantil, logo o profissional deve conhecer os estágios evolutivos da criança (JUNIOR; COSTA, 2010). Utilizar o brinquedo terapêutico previamente a procedimentos invasivos é capaz de suavizar sofrimentos e possíveis traumas na criança, tendo em vista que a execução das práticas lúdicas com o Brinquedo faz o paciente reconhecer no procedimento realizado qual é a sua finalidade e o que esperar (MENDES et al. , 2017). Seu uso pela enfermagem na prestação de cuidados pediátricos é permeado por numerosos benefícios, não exclusivamente para a criança que compreende melhor o que está acontecendo com ela, a tornando mais segura, calma, e colaborativa, mas também para a família e para a equipe (BARRETO et al. , 2017). Profissionais e familiares possuem resistência em propagandear informações para a criança, ocultando dela a verdade, com a finalidade de protege-la de sofrimentos relacionados a hospitalização, entretanto quando isso ocorre, a criança perde a confiança no profissional e nos seus cuidadores diretos (PALADINO et al. , 2014). O brinquedo terapêutico permite ao enfermeiro compreender mais adequadamente as necessidades e os sentimentos da criança (FRANCISCHINELLI; DE AMORIM ALMEIDA; FERNANDES, 2012).

7 A vivência hospitalar na infância propicia ganhos e perdas, crescimento e amadurecimento, sucessos e fracassos, mantendo a evolução do processo de desenvolvimento infantil, logo não se deve mentir para uma criança que possui capacidade de entender. Insta salientar que, ao ter a possibilidade de brincar com os materiais hospitalares realizando os mesmos procedimentos que são nelas realizados, as crianças têm a oportunidade de sanar curiosidades, duvidas diminuir medos e principalmente compreender a necessidade da realização do procedimento (SOUZA; FAVERO, 2012). Segundo Lemos et al. (2010), cuidar utilizando brinquedos é uma das formas mais eficientes de assistir uma criança hospitalizada. O envolvimento da criança e principalmente o seu sorriso, com certeza, pode ser considerados os maiores retornos imediatos que o Enfermeiro terá, visualiza-se assim a humanização (MARQUES, 2011).

2. 1 Classes do brinquedo terapêutico Pode-se subdividir o brinquedo terapêutico em três classes: Brinquedo Terapêutico Capacitador de Funções Fisiológicas, Brinquedo Terapêutico Catártico ou Dramático, e Brinquedo Terapêutico Instrucional (FERREIRA et al. , 2018). O brinquedo terapêutico necessita de um profissional para direcionar a criança, um membro da família pode estar presente ou não, e não existe um número padronizados de sessões, o enfermeiro deve avaliar cada situações lembrando que cada criança e única (LEITE; SHIMO, 2007). 2. 1 .1 Brinquedo terapêutico dramático O Brinquedo Terapêutico Dramático, é capaz de auxiliar na descarga emocional, promovendo a aparição das emoções, anseios e experiências vividas, permiti também que a criança assuma papéis sociais (CALEFFI et al. , 2016). Pode-se corporificar a terapia com essa classe de brinquedo utilizando figuras, para representar a família, os profissionais e até mesmo animais doméstico, bem como os objetos hospitalares pertinentes ao procedimento a ser dramatizado, bonecos e objetos que se assemelhem a vida real, como: telefone, mamadeira, carrinhos e matérias de pintura. Essa classe de brinquedo é capaz de revelar, por exemplo, como a criança com câncer se sente durante o tratamento, tendo em vista que, brincando a criança

9 Segue abaixo, checklist descrevendo a técnica de aplicação do brinquedo terapêutico Capacitador de Funções Fisiológicas: FIGURA 2 – Procedimento Operacional Padrão (POP) – brinquedo terapêutico capacitador de funções fisiológicas. Fonte: (Ribeiro et al., 2008)

  1. 1 .3 Brinquedo Terapêutico Instrucional O Brinquedo Terapêutico Instrucional é utilizado com a finalidade de orientar sobre procedimentos que serão realizados com a criança, através do manuseio do material antes e após o mesmo. (CALEFFI et al. , 2016). Realizar a instrução com o uso do brinquedo terapêutico no preparo pré-operatório de crianças submetidas a cirurgias eletivas, diminui o medo e suaviza as tensões relacionadas ao procedimento (MENDES et al. , 2017). Deve-se utilizar bonecos de borracha e material referente ao procedimento que será realizado na criança. Vale despontar, que o preparo da criança para experiências difíceis e dolorosas como por exemplo, cirurgias, pode ser realizado preferencialmente em dias antes do procedimento. Essa classe de brinquedo pode proporcionar mudança no comportamento da criança frente ao procedimento (LEITE; SHIMO, 2007).

10 FIGURA 3 – Procedimento Operacional Padrão (POP) – brinquedo terapêutico Instrucional. Fonte: (Ribeiro et al., 2008)

2. 2 A adesão do enfermeiro na utilização do brinquedo terapêutico Cuidar do indivíduo de maneira integral na enfermagem não envolve apenas o domínio de técnicas e tecnologias, mas no sentir seu espírito, seu olhar, sua dor, sua impotência e também sua alegria (LEITE; SHIMO, 2007). Conforme cita a Resolução 546/2017 do COFEN, cabe à Equipe de Enfermagem atuante na área pediátrica utilizar a técnica do brinquedo terapêutico na assistência à criança hospitalizada (COFEN, 2017). Os enfermeiros mencionam conhecer os benefícios do brincar lúdico e guiado na hospitalização, entretanto afirmam que o método ainda é pouco empregado na prática devido algumas dificuldades como a falta de tempo para o brincar e a falta de preparo relacionada ao uso do brinquedo terapêutico (FRANCISCHINELLI; DE AMORIM ALMEIDA; FERNANDES, 2012). Quem esteve em

12 enfermeiro deve entender a prática de utilização do brinquedo terapêutico não como mais uma atividade a ser realizada, mas como algo que facilitará a realização de procedimentos desgastantes, que além de ser um gerador de vínculo entre o profissional e a criança, é capaz de promover alegria (SOUZA; FAVERO, 2012). Com a finalidade de prevenir traumas futuros a criança, se faz necessário que o Enfermeiro conheça os critérios mínimos para elaboração e utilização do brinquedo terapêutico (JUNIOR; COSTA, 2010). Vale salientar que, alguns hospitais detêm de protocolos assistenciais sobre o brinquedo terapêutico, suas classes e suas formas de utilização no preparo do recém-nascido, da criança, do adolescente e da família, desta forma facilitando a adesão por parte da equipe (OLIVEIRA et al. , 2015). A experiência do profissional é permeada por numerosos fatores que o excitam a utilizar o brinquedo e a valorizá-lo, entretanto há outros fatores, que podem bloquear o aprendizado dessa prática. Estes transcorrem da própria dificuldade em compreender e aplicar a técnica do brinquedo terapêutico (BARRETO et al. , 2017). Mesmo com o a vasta literatura que menciona às vantagens e benefícios do brincar no hospital, na prática ele ainda é pouco empregado, em colocação de algumas dificuldades elencadas pelos profissionais de saúde, como destaque para a falta de tempo para brincar e o despreparo em relação ao uso do brinquedo terapêutico (FRANCISCHINELLI; DE AMORIM ALMEIDA; FERNANDES, 2012). Entre as dificuldades elencadas pode-se mencionar também o medo do manuseio do material hospitalar pelas crianças por parte dos Enfermeiros e acúmulo de atividades administrativas, burocráticas levando a escassez de tempo (OLIVEIRA et al. , 2015). Estudos também notaram que, ao empregar o brinquedo terapêutico, o enfermeiro otimiza o tempo empregado no cuidado, pois, devido ao vínculo estabelecido por meio dessa estratégia, a criança modifica seu comportamento, se tornando mais colaborativa (DA CUNHA SALOMÃO BARROSO et al. , 2019). O desconhecido é um agente causador de apreensão, que pode prejudicar a adesão do profissional a novas metodologias de cuidado como o brinquedo terapêutico (SOUZA; FAVERO, 2012). Desse modo o brinquedo terapêutico deve ser abordado nos cursos de graduação, proporcionando graduandos conhecimento dos efeitos e constatação dos benefícios do mesmo, motivando-os desde o início a valorizar essa prática como instrumento de intervenção da enfermagem, além de torná-los divulgadores e promotores da mesma (KICHE; ALMEIDA, 2008). Além da

13 necessidade de um preparo técnico científico mais completo dos profissionais, precisa-se que as instituições promovam uma melhoria das unidades, reestruturando o ambiente (SOUZA et al. , 2012). A formação dos profissionais em enfermagem inclui os princípios humanísticos capazes de estimular criatividade, bem como a adoção de novas comunicações estratégias em cuidados infantis. Nesse sentido, é necessário fomentar discussões nas universidades e nos próprios hospitais, com a finalidade de aumentar o conhecimento a respeito das práticas pedagógicas propícias ao aprendizado sobre o brinquedo terapêutico (DA CUNHA SALOMÃO BARROSO et al. , 2019). Desse modo, se mostra essencial a inserção de conteúdos sobre a utilização do brinquedo terapêutico nos cursos de graduação em Enfermagem, permitindo identificar as melhores maneiras de inseri-los no âmbito hospitalar (BARRETO et al. , 2017). Estudos demonstram que, desde que haja instrumentalização teórica e prática, além de sensibilização para a mudança todos os profissionais conseguem utilizar o brinquedo terapêutico (SOUZA; FAVERO, 2012).

2. 3 A utilização do brinquedo terapêutico no ambiente hospitalar Os estudos evidenciam que, após serem preparadas com o brinquedo, as crianças conseguem controlar melhor suas emoções e contribuir com o procedimento (KICHE; ALMEIDA, 2008), existe uma relevância no ato de brincar, ele supre necessidades psicológicas e sociais da criança, ao proporcionando uma vivência reestruturada que a ajuda a melhorar o sofrimento em momentos de estresse Nas últimas décadas houveram avanços de conhecimentos científicos devido as pesquisas nas áreas das ciências médicas, humanas e sociais, em decorrência disto os alicerces da assistência à criança hospitalizada têm se alterado, melhorando a compreensão de suas necessidades emocionais (VIERIA, 2008). Se a criança não for devidamente preparada para o procedimento e poderá desenvolver sintomas psicológicos e emocionais que atrasará seu desenvolvimento como: incapacidade de interagir com outras crianças e de brincar, pesadelos, insônia, enurese diurna e noturna, distúrbios de dicção, temor de pessoas vestidas de branco e agressividade (CALEFFI et al. , 2016; NEIRA HUERTA, 1996).